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    AMBIENTES DEPOSICIONAIS E EVOLUÇÃO ESTRATIGRÁFICA DO CRETÁCEO SUPERIOR DA BACIA DOS PARECIS

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    Embora haja muitas publicações sobre as bacias cretácicas brasileiras, o entendimento sobre processos tectônicos e climáticos envolvidos na evolução das sequências continentais ainda carece de estudos, sobretudo aqueles relacionados à porção centro-oeste do país. A sequência sedimentar do Cretáceo Superior da Bacia dos Parecis, se assenta discordantemente sobre rochas vulcânicas das formações Anarí e Tapirapuã (Jurássico Inferior) e arenitos do Cretáceo Inferior da Formação Rio Ávila. É constituída por uma sucessão de estratos conglomeráticos e arenosos na base (Formação Salto das Nuvens) sobreposta por estratos arenosos no topo (Formação Utiariti). A partir da análise de fácies e arquitetura estratigráfica, foi elaborado um modelo paleoambiental e uma proposta de evolução que contempla aspectos tectônicos e climáticos dessa porção brasileira. Usando o conceito de nível de base estratigráfico e/ou a razão entre espaço de acomodação e suprimento sedimentar (A/S), foi identificado o padrão de empilhamento aluvial e eólico, que corresponde aos diferentes estágios da Tectônica Juruá. Os eventos de sedimentação que deram origem a sequência tiveram início após a gênese de uma discordância regional (Discordância K-1) entre o Cretáceo Precoce e Tardio. Durante o Cretáceo Tardio a Bacia dos Parecis abrigou um ciclo de sedimentação aluvial (Sequência 1A) e outro eólico (Sequência 1B). O primeiro registra o aumento na razão A/S onde se desenvolveram sistemas de leques retrabalhados por rios entrelaçados e dunas eólicas baixas (Trato de Sistema de Alta Acomodação – HST). Progressivamente o espaço de acomodação foi diminuindo, fazendo com que os depósitos aluviais fossem colmatados por campos de dunas (Trato de Sistema de Baixa Acomodação – LST). Nesse período a razão A/S tendeu a 1, chegando a ser negativa nos estágios finais, com possível by-pass sedimentar e gênese da Discordância K-2. A variação de fácies da base para o topo registra mudança nas condições de climáticas da bacia, passando de um ambiente mais úmido para mais seco. Dados de paleocorrentes indicam que o Alto de Tapajós ao norte da bacia esteve ativo, sendo a área fonte dos sedimentos

    GRUPO ITARARÉ (P – C DA BACIA DO PARANÁ) NAS REGIÕES DE LIMEIRA E PIRACICABA – SP: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS LITOFÁCIES

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    O Grupo Itararé é uma unidade litoestratigráfica permo-carbonífera da Bacia do Paraná das mais complexas, quer do ponto de vista da diversidade dos processos geradores, quer da relação espacial, caracteristicamente marcada pela descontinuidade de suas litofácies constituintes. Vale ressaltar que, sob o ponto de vista exploratório, a unidade representa um dos intervalos mais importantes da bacia, pois a ela se associam diversas ocorrências de bens minerais e energéticos como água subterrânea, petróleo e carvão. A prospecção e explotação desses recursos dependem de um bom entendimento da arquitetura estratigráfica e da paleogeografia regional. Existem muitas contribuições na literatura especializada que tratam do tema, porém, na região de Limeira e Piracicaba, onde a unidade aflora em sua porção superior, ainda cabem novas investigações que podem contribuir para o entendimento dos processos geradores das litofácies desse grupo. Foi realizado o empilhamento dos conjuntos sedimentares, seguido de uma tentativa de correlação estratigráfica entre as duas regiões. Além disso, a partir de estruturas sedimentares foram efetuadas medidas de paleocorrentes com a intenção de se obter padrões indicativos de polaridade sedimentar, contribuindo, assim, para o entendimento da paleogeografia. Trabalhos recentes na região do Domo de Pitanga (entre as cidades de Rio Claro e Piracicaba) e na bacia hidrográfica do rio Corumbataí também serviram de base para as possíveis correlações. Como resultado, foi obtido um quadro das litofácies presentes, suas relações verticais e laterais, bem como seus processos geradores e sentidos deposicionais. Palavras-chave: Grupo Itararé, glacial, fácies, estratigrafia

    Structural Blocks as Flood Control in Brazilian Pantanal

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    The Pantanal basin formation and evolution are not well known and explained. This work brings new information showing the structural control over the physical environment of the Pantanal, one of the most important regions all around the world due to its biodiversity. We used different data sets from remote sensing data, the first set is a corrected SRTM (shuttle radar topographic mission) altimetric data and the second is a map of the major lineaments of Pantanal extracted from photointerpretation of satellite images. Both sets were confronted with the official borderlines of Pantanal and to other two limits defined by phytogeography and remote sensing images. It is possible to show that there is a good match between the internal limits of Pantanal and the interpreted lineaments. The altitudes decrease from N to S and from E to W and the slope analysis shows that this declivity is not homogeneous on these directions. The height difference between adjacent blocks is about 3 or 4 meters. Moreover, different regions have different mean altitudes and slope, although the slope inside each block is homogeneous. Considering Pantanal as a Cenozoic active basin, this paper proposes that the neotectonic controls these blocks and so the water flow in the basin, which in turn controls the fauna and flora of the region

    CALCULATING BEDLOAD TRANSPORT IN RIVERS: CONCEPTS, CALCULUS ROUTINES AND APPLICATION

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    Rivers are immensely important to human activities such as water supply, navigation, energy generation, and agriculture. They are also an important morphodynamic agent of erosion, transport and deposition. Their capacity to transport sediment depends on their hydraulic characteristics and can be predicted by mathematical models. Several mathematical models can be used to compute bed-load transport. Each one is appropriately better for certain conditions. In this paper, we present an application built in Microsoft Excel to compute the bed-load transport in rivers based on the Van Rijn mathematical model. The Van Rijn model is appropriate for rivers transporting sandy sediments in conditions of subcritical flow. Hydraulic parameters such as channel slope, stream power, and Reynolds and Froude numbers can be calculated using the application proposed here. The application was tested in the Parana River and results from the calculations are consistent with data obtained from fieldwork surveys. The error of the application was only 20%, which shows good agreement of the model with survey values.CNPqMato Grosso do Sul Research FoundationSao Paulo Research FoundationNational Council of Technological and Scientific DevelopmentCAPESSao Paulo Research Foundation (FAPESP)Univ Estadual Paulista, Inst Geociencias & Ciencias Exatas, Ave 24A,1515, BR-13506900 Rio Claro, SP, BrazilUniv Fed Mato Grosso do Sul, Dept Geog, Ave Rio Branco 1270, BR-79304902 Corumba, MS, BrazilUniv Fed Sao Paulo, Dept Ciencias Ambientais, Rua Sao Nicolau 210, BR-09913030 Diadema, SP, BrazilUniv Kentucky, Dept Earth & Environm Sci, 101 Slone Res Bldg, Lexington, KY 40506 USAUniv Fed Sao Paulo, Dept Ciencias Ambientais, Rua Sao Nicolau 210, BR-09913030 Diadema, SP, BrazilCNPq: 140334/2015-7CNPq: 308563/2013-1CNPq: 312386/2014-1FUNDECT/CNPq: 083/2016]FAPESP: 2007/55987-3FAPESP: 2014/06889-2CNPq: 443437/2014-9CNPq: 447402/2014-5CAPES: 140334/2015-7CAPES: 308563/2013-1CAPES: 312386/2014-1FAPESP: 2014/23334-4Web of Scienc

    O GRUPO ITARARÉ (NEOCARBONÍFERO-EOPERMIANO) ENTRE PORTO AMAZONAS (PR) E MAFRA (SC): SEDIMENTAÇÃO GRAVITACIONAL EM CONTEXTO MARINHO DELTAICO COM INFLUÊNCIA GLACIAL

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    Depósitos de fluxos gravitacionais na seção permocarbonífera da Bacia do Paraná são há muito conhecidos, todavia carecem de estudos mais detalhados visando a caracterização de fácies, dos processos e do contexto deposicional. Depósitos de transporte em massa (MTDs), na forma de fluxos de detritos (debris flows), deslizamentos (slides) e escorregamentos (slumps), compõem de maneira significativa a sucessão estratigráfica do Grupo Itararé na região compreendida entre Porto Amazonas (PR) e Mafra (SC), na borda leste da Bacia do Paraná. A análise de fácies e levantamento de perfis verticais resultou na discriminação de quatro associações de fácies. A associação A1 compreende depósitos lamosos, acumulados em ambiente marinho profundo e influenciados por gelo flutuante. As associações A2 e A3 representam depósitos provenientes de fluxos gravitacionais de massa (MTDs) e de sedimentos (turbiditos) respectivamente. A associação B é constituída por arenitos ligados a processos trativos, e foi interpretada como depósitos deltaicos. O empilhamento estratigráfico é caracterizado por sucessões progradacionais cíclicas, em que a associação A é superposta pela associação B. Nesse contexto, sucessivos avanços de sistemas deltaicos com alta taxa de sedimentação foram provavelmente o mecanismo desencadeador da instabilidade de taludes deposicionais e disparo de fluxos gravitacionais. MTDs demonstram importante aplicação na reconstrução paleogeográfica

    GEOFORMAS DEPOSICIONAIS E FEIÇÕES EROSIVAS NO PANTANAL MATO-GROSSENSE IDENTIFICADAS POR SENSORIAMENTO REMOTO

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    O Pantanal possui trato deposicional composto por sistemas deposicionais de grandes dimensões, do tipo megaleques fluviais. Uma rotina para a remoção da tendência do relevo nos megaleques do Pantanal é apresentada neste trabalho, com o objetivo de viabilizar a caracterização das geoformas e relacioná-las com os processos responsáveis por sua gênese. Para isso, foi aplicada uma equação polinomial do segundo grau nos dados altimétricos da missão SRTM (MDE-SRTM). A subtração deste plano de informação gerado com o MDE-SRTM resultou em alturas relativas à tendência, que mostram a microtopografia do Pantanal. Este procedimento permitiu reconhecer que lobos deposicionais são geoformas dominantes na superfície dos megaleques do Pantanal. Estes elementos geomorfológicos constituem as feições de relevo mais recentes do Pantanal e são compostos por complexos de canais/diques marginais, com padrão distributário de drenagem, que se encontram altimetricamente mais elevados que seu entorno. Feições erosivas também puderam ser observadas e estão relacionadas a mudanças climáticas e do nível de base, que vem ocorrendo desde o Pleistoceno tardio. Palavras-chave: Geomorfologia. Modelo digital de elevação. Geoformas. SRTM. Sensoriamento remoto. Depositional geoforms and erosional features on the Pantanal Wetland revealed by Remote Sensing The Pantanal basin has a depositional tract composed of large systems, known as fluvial megafans. In this work we present a simple routine for removal the general trend in the megafans relief, in order to make possible the characterization of geoforms and to relate them with the geomorphic processes. We applied a second order polynomial equation in topographic data from Shuttle Radar Topographic Mission (SRTM-DEM), and consequent subtraction of this new dataset with SRTM-DEM resulted in relative heights, which express the microtopography of the Pantanal. This procedure allowed us to recognize that depositional lobes are the main geoforms on the megafans surface. These geomorphic features can be considered the most recent landforms in geological history of Pantanal, and are composed of channel-levee complexes with distributary drainage pattern. Dissection features were also observed and are related to climatic and baselevel changes since the late Pleistocene. Key words: Geomorphology. Digital elevation model. Geoforms. SRTM. Remote sensing

    Sensoriamento Remoto na Análise do Alinhamento das Lagoas do Pantanal da Nhecolândia, MS

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    Among the several kinds of pantanais, the Nhecolândia sub-region deserves prominent role for presenting peculiar landscape. Its main feature is the presence of numerous lakes, which are divided into “baías” and “salinas” (fresh and brackish, respectively). The study aimed to quantify and analyze the orientation and aligning intensity of the major axes of these water ponds, in order to contribute for understanding the formation and functioning of this intriguing and yet unknown region. Firstly, we adopted the object-oriented classification method on Landsat 5 satellite image, TM sensor. Then, we used a specific algorithm for identifying the alignment of the ponds. As results, we recognized 17,631 lakes, 17,050 being baías and 577 salinas. These ponds are aligned in two directions - NE and NW -, which would be associated to the directions of the winds prevailing during the origin of the Nhecolândia lakes.Dentre os diversos pantanais, a sub-região da Nhecolândia merece papel de destaque por apresentar paisagem peculiar. Sua característica principal é a presença de inúmeras lagoas, as quais podem ser divididas em baias e salinas. O trabalho objetivou quantificar e analisar a orientação e intensidade de alinhamento dos eixos maiores dessas lagoas, de modo a contribuir com dados que permitam melhor compreender a formação e o funcionamento ainda poucos conhecidos desta região tão intrigante. Para tanto, primeiramente adotou-se o método de classificação orientada a objeto sobre imagem do satélite Landsat 5, sensor TM. Em seguida, utilizou-se um algoritmo específico para a identificação do alinhamento das lagoas. Como resultado, foram reconhecidas 17.631 lagoas, das quais 17.050 são baías e 577 salinas. Observou-se que as lagoas estão alinhadas em duas direções - NE e NW -, as quais estariam associadas às direções dos ventos atuantes durante a gênese das lagoas Nhecolândia

    SPATIOTEMPORAL EVOLUTION OF THE MARGINS OF LAKE UBERABA, PANTANAL FLOODPLAIN (BRAZIL)

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    Aquatic macrophytes are important components of wetland ecosystems, and studying them contributes to a better understanding of ecological succession in the Pantanal. The function and history of floating macrophytes on the shores of Lake Uberaba, located on the Paraguay River floodplain, were examined. A multitemporal analysis of Landsat satellite images in the years 1984-2015 was conducted. For the analysis, a land cover map was generated with three classes: water, aquatic macrophytes, and surroundings (undefined vegetation). The results revealed ~21.4% decrease in open water area of the lake over a period of 26 years (-4.7 km2/yr.). The expansion of vegetation helps explain the loss of open water and the recent shrinkage of Lake Uberaba. Macrophyte surface area along the lake margins grew by 1.4 km2/yr. Through ecological succession, the growth and decay of aquatic plants (r-strategists) along the lake shore likely provided the soil substrate needed for colonization by terrestrial plant assemblages (k-strategists). This hypothesis that we propose to describe the evolution of dynamic geomorphological processes in Lake Uberaba should be tested in other areas to verify its applicability to similar system
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