15 research outputs found

    A PROPAGANDA QUE NOS CRIA

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    O presente projeto de ensino resulta de uma prática de 20 horas aula com alunos de 6ª série do Ensino Fundamental. O Projeto tem por objetivo o contato crítico com a propaganda para identificar, além das caracetrísticas textuais do gênero, as estratégias de reprodução identitária, especialmente das crianças. Assim, o projeto explora a concepção social de infância, além de problematizar a produção de consumidores através de estratégias de persuasão. 

    APRESENTAÇÃO

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    Apresentação da edição v. 12, n. 2 da Revista Entrelinhas

    APRESENTAÇÃO

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    Apresentação da edição v. 12, n. 1

    Análise de categorias de pertença (ACP) em estudos de linguagem e gênero: a (des)construção discursiva do homogêneo masculino

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    Estudos sobre as relações entre linguagem, gênero e, agora, sexualidade, a partir de uma perspectiva etnometodológica, trouxeram mudanças profundas na maneira como são compreendidas essas relações. Gênero, não mais visto como natural e pré-discursivo, passa a ser entendido como uma construção social, negociada, atualizada, reifi cada e/ou refutada a cada interação. Essa transformação epistemológica das concepções de gênero e sexualidade em sua ligação com a linguagem requer instrumentos analíticos adequados. Para entender como as identidades de gênero são negociadas na esfera da fala-em-interação, apresentamos a relevância da Análise de Categorias de Pertença, quando aliada à Análise da Conversa (SACKS, 1992), por meio da análise de interações entre uma psicóloga e candidatos à vasectomia em um posto do SUS. Trata-se de consultas em que pacientes buscam o seu aval de sanidade mental para conseguirem o direito à vasectomia pelo Programa Nacional de Planejamento Familiar. Pela ação de “categorizar” observada nessas interações, é possível perceber a ordem social generifi cada, ou seja, as concepções normativas de gênero que operam em contextos macro-sociais e que são trazidas para a micro-esfera interacional. Categorizar é, assim, uma ação explícita ou implícita de exercitar a agentividade (BUTLER, 1990) no mundo, expondo a tensão entre as vivências de cada um e as expectativas convencionais de performances de gênero

    “Minha mãe ficou amarga”: expectativas de performances de maternidade negociadas na fala-em-interação

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    http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2012000100009 A concepção de identidade pós-estruturalista, em uma perspectiva etnometodológica, trouxe profundas mudanças na maneira como se estabelecem as relações entre gênero e linguagem. Gênero passa a ser entendido como uma construção social que precisa ser (re)negociada a cada nova interação e, por não existir fora do discurso, não tem um status fixo e estável. Para entender como as identidades de gênero são interacionalmente negociadas, e aqui especificamente os aspectos relacionados à maternidade, apresento a importância da Análise da Conversa, através da análise qualitativa de interações naturalísticas entre uma psicóloga e candidatos/as à vasectomia e à laqueadura, em um posto de saúde do SUS, na região Sul do Brasil. O que mostro, através da análise de três excertos, é que pequenas fissuras nas performances de maternidade fazem colidir a noção de uma maternidade estável, o que nos dá uma ideia prática do conceito de agentividade

    Identidades em devir: um processo dinâmico, contínuo e inacabado

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    A negociação da moralidade por meio da produção de justificativas na reconstrução da narrativa do abuso sexual de crianças e de adolescentes: um estudo situado

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    Esta pesquisa, ancorada nos preceitos teóricos da Etnometodologia (GARFINKEL, 1967) e da Análise da Conversa (SACKS, 1992) estuda qualitativamente interações entre um conselheiro tutelar e crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. O objetivo é observar como a experiência do abuso é significada e realinhada com as expectativas morais e sociais (BERGMANN, 1998). A análise das interações mostra que os adolescentes realizam um trabalho moral defensivo de forma mais ativa (DREW, 1988), enquanto as crianças se engajam menos neste tipo de atividade. Esse dado indica que os adolescentes possivelmente se orientam para o paradoxo da vitimização e da culpabilização das vítimas de abuso sexual (SANTOS, 2003), demonstrando maior socialização sobre como narrar histórias com implicações morais e sobre como performar a vítima "ideal" (TRINCH, 2013)

    A construção da significação da experiência do abuso sexual infantil através da narrativa: uma perspectiva interacional

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    A pesquisa apresentada neste artigo, inscrita na Linguística Aplicada e inserida nos marcos teórico-metodológicos da Análise da Conversa (Sacks, 1992; Sacks; Schegloff; Jefferson, 1974) de natureza etnometodológica (Garfinkel, 1967), descreve e analisa qualitativamente interações entre um conselheiro tutelar e duas crianças vítimas de abuso sexual. Assumindo a necessidade de entender o abuso sexual de forma mais interdisciplinar, pesquisas sobre o uso situado da fala e sobre as práticas narrativas com crianças podem contribuir para evitar o fenômeno da revitimização institucional (Cézar, 2007). Durante a empreitada interacional de reconstruir o evento de abuso, é possível identificar que o conselheiro tutelar se orienta para a sua meta de construir um relatório convincente e reportável para o sistema judiciário (i.e. Promotoria da Infância e da Juventude; Ministério Público), conduzindo a atividade de modo a contemplar as evidências que ele julga necessárias. Os contornos da narrativa são, então, construídos de acordo com a ação que ela desempenha na interação (i.e. garantir medida de proteção para a vítima e punição para o/a agressor/a). Em especial, a análise dos dados aponta que o conselheiro se envolve ativamente na ação de significar a experiência com a vítima, acionando diversas estratégias interacionais, dentre as quais a formulação de perguntas polares e a oferta de itens lexicais, para descrever os sentimentos da criança. O engajamento do conselheiro na ação de significar a experiência acaba por assumir um valor prescritivo de significação da experiência do abuso e de performance da identidade de vítima (Ehrlich, 2002; Trinch, 2013). Ao realizar a atividade de significar as experiências das vítimas, o conselheiro faz emergir na fala-em-interação os valores morais que permeiam o discurso jurídico, que são também elementos de socialização das crianças sobre como sentir e falar sobre a violência sofrida. Estudos com a interface linguagem e violência sexual contribuem também para equacionar o dilema da necessidade de construir narrativas reportáveis ao sistema judiciário sem retirar a agentividade da vítima em significar a sua experiência. Além disso, podem servir de insumo para os/as profissionais que acolhem narrativas de crianças vítimas
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