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    A INDISCIPLINA QUE NÃO VEMOS: O VISÍVEL E O INVISÍVEL DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA ESCOLA

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    A pesquisa, em curso, investiga problemas de convivência na escola, particularmente os relacionados à indisciplina. Buscando compreender elementos visíveis e invisíveis que subjazem o problema optou-se por autorizar alunos adolescentes a manifestarem seu entendimento em relação ao mesmo. Objetiva-se investigar como os alunos do 9º ano do ensino fundamental compreendem a indisciplina no cotidiano escolar e suas implicações nas relações intra e interpessoais. O estudo se caracteriza como descritivo e de natureza qualitativa.  A amostra foi constituída por 23 alunos, de uma escola pública da região Oeste de Santa Catarina. Como procedimentos de coleta de dados utilizou-se: documentos escolares; questionário com finalidade de diagnóstico; histórias de vida; jogo intitulado “Escutando o invisível nas relações interpessoais”; questionário após a participação da pesquisa; e, na análise, utilizou-se o software google docs e análise do conteúdo das respostas dos pesquisados. A análise preliminar dos dados evidenciou que os alunos caracterizam a indisciplina como falta de respeito, má educação, briga e falta de educação; percebem que as regras escolares não estão claras quanto o que se pode e como cada estudante deve organizar-se enquanto postura. Os alunos reconhecem que há problemas na forma como se dão os relacionamentos, porém, na grande maioria, afirmam relacionar-se bem e que o problema da indisciplina é dos próprios alunos e da família. Reconhecem ser necessário punição para questões comportamentais, mas enfatizam que essas medidas não possuem funcionalidade.Palavras-chave: Indisciplina na escola. Alunos adolescentes dos anos finais do ensino fundamental. Relações intra e interpessoais escolares

    Bullying in school: causes and standpoints of portuguese and brazilian students

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    Esse artigo objetiva analisar as causas do bullying na escola e de como e de que forma alunos portugueses e brasileiros reagem e se posicionam quando evidenciam esse problema. A base empírica desse texto é uma investigação, tendo como amostra 235 alunos adolescentes, procedentes de duas escolas públicas, uma do Brasil, e outra de Portugal. Para coleta de dados utilizou-se um questionário. As respostas foram tabuladas com a utilização da ferramenta Google Docs. No que se refere as causas apontadas pelos alunos verificou-se que são de natureza interpessoal e intrapessoal. O trabalho de prevenção e enfrentamento do bullying precisa envolver o coletivo da escola para que todos sintam-se responsáveis por garantir a qualidade das relações de convivência no espaço escolar. Palavras-chave: Bullying, Escola, Razões promotoras do problema, Alunos adolescentes.This article aims to analyze the causes of bullying in school and how and in which way Portuguese and Brazilian students react and position themselves when they evidence this problem. The empirical basis of this text is an investigation, having as sample 235 adolescent students, coming from two public schools, one from Brazil, and another from Portugal. For data collection, a questionnaire was used. Responses were tabulated using thel Google Docs tool. With regard to the causes pointed out by the students, it was found to be of an interpersonal and intrapersonal nature. The work of prevention and coping of bullying needs to involve the collective of the school so that everyone feels responsible for guaranteeing the quality of the relations of coexistence in the school space. Keywords: Bullying, School, Reasons promoting the problem, Adolescent students.CIEC (Centro de Investigação em Estudos da Criança), pelo Projeto Estratégico UID/CED/00317/2013, através dos Fundos Nacionais da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) com a referência POCI-01-0145-FEDER-007562info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    BULLYING NA ESCOLA: CARTOGRANDO RAZÕES INTRA E INTERPESSOAIS

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    O objetivo neste estudo foi analisar a compreensão de alunos adolescentes, na faixa de idade entre 12 e 16 anos, que frequentam a 8ª série/9º ano do ensino fundamental, quanto às razões promotoras de manifestações de bullying em suas escolas, como se posicionam diante dessas manifestações e como avaliam os encaminhamentos tomados pela escola e por seus profissionais visando solucionar as situações envolvendo conflitos entre e dos alunos. A base empírica foi uma pesquisa de cunho exploratório e de natureza quanti-qualitativa. Os alunos investigados reconhecem que o bullying é um fenômeno que ocorre entre pares, mas que suas razões e a natureza destas são, quase sempre, de caráter pessoal. Quanto a medidas para encaminhar as situações de bullying, os adolescentes enfatizaram ações que envolvam o autor, o alvo e a testemunha, intervenções que propiciem aos alunos expor seus sentimentos, anseios, concepções, a fim de que reconheçam uns aos outros e suas diferenças, suas qualidades e limitações como oportunas e necessárias no contexto da escola.Palavras-chave: Bullying na escola. Alunos adolescentes. Ensino fundamental

    O ensino superior no Brasil: políticas e dinâmicas da expansão (1991-2004)

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    Tomando-se como referência a base de dados do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep), essa pesquisa objetivou sistematizar os indicadores educacionais referentes ao ensino superior no Brasil no período entre 1991-2004. O objetivo principal do estudo foi conhecer as dinâmicas do ensino superior em curso e compreendê-las à luz das políticas educacionais implementadas no país nos últimos anos, notadamente a partir da segunda metade dos anos 90. Os indicadores educacionais do Inep foram o objeto por excelência deste estudo, pois se acredita que eles, quando devidamente analisados, oferecem um retrato mais ou menos fidedigno e abrangente do ensino superior, principalmente suas dinâmicas e principais tendências. O período entre 1991-2004 foi eleito como o recorte temporal da pesquisa. Os dados foram sistematizados a partir de algumas categorias: expansão do número de IES; número de matrículas; cursos de graduação criados; número de docentes e titulação; taxa média de escolarização. O levantamento de dados foi iniciado em março de 2006 e concluído em fevereiro de 2008. A análise dos referidos indicadores foi feita a partir de ampla pesquisa bibliográfica sobre a história e políticas de educação superior no Brasil e em Santa Catarina. Entre os resultados, cabe destacar os seguintes: estreita relação entre a expansão do ensino superior e a aprovação da nova LDB, em 1996; expansão largamente protagonizada pelas IESs privadas, sobretudo pelas faculdades isoladas; estagnação das matrículas do setor público; crescente processo de privatização e mercadorização do ensino superior.   Palavras-chave: Ensino superior. Políticas públicas. Indicadores educacionais. Inep

    Escola inclusiva: lugar para todos

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    Este artigo objetiva analisar o valor da inclusão escolar, os desafios que professores do ensino fundamental encontram em sua prática docente na sala de aula e nos serviços de atendimento especializados em relação aos alunos que apresentam necessidades especiais. A base empírica que subsidiou esta análise foi constituída por uma amostra composta por 12 professores que atuam na rede municipal de ensino de um município localizado ao norte do estado do Rio Grande do Sul. Desses, nove trabalham nas escolas regulares e três nos espaços de atendimento especializado. Como procedimento de coleta dos dados utilizou-se uma entrevista com roteiro semiestruturado. A análise dos dados coletados revelou que ainda há necessidade de esclarecimento com relação aos termos “inclusão e “integração escolar” por parte dos profissionais que atuam na escola e fora dela. Constatou-se também que é impossível trabalhar numa escola inclusiva cultivando o preconceito, a individualidade, a intolerância e a insensibilidade. É preciso viver a inclusão,respeitar as pessoa

    Aprender e ensinar no ensino médio: interfaces com a indisciplina escolar

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    O presente trabalho tem por objetivo analisar a compreensão dos estudantes do ensino médio integrado de uma instituição federal de ensino a respeito do fenômeno da indisciplina no âmbito escolar. A pesquisa se caracteriza como de cunho exploratório, de natureza qualitativa, de caráter descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas a partir de um roteiro semiestruturado e grupo focal, contando com nove alunos. Os dados coletados e analisados evidenciam que a indisciplina é vista pelos participantes como manifestação de desrespeito de maneira geral e exige uma intervenção da escola em relação a esse tipo de comportamento. Dentre as principais causas foram assinaladas a imaturidade e desinteresse do aluno. Verificou-se também a necessidade de regras na escola e a evolução do senso crítico, visando o desenvolvimento da autonomia dos estudantes

    A escola, o currículo e os temas transversais

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    Com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei nº 9 394/96, foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais, com o objetivo de que todas as regiões do Brasil tenham diretrizes curriculares comuns, voltadas especialmente para o ensino fundamental. Com a elaboração dos PCNs, vieram os temas transversais, que, de certa maneira, estão sendo institucionalizados e regulamentados, pois a escola, de alguma forma, no seu projeto educativo, já contempla uma série de ações voltadas ao desenvolvimento de valores morais e sociais. Vale, no entanto, ressaltar a dificuldade de adequar o currículo a essa nova proposta, como elaborar um currículo voltado para o desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos e, ao mesmo tempo, transversalizá-lo com temas que demandem novas posturas, tanto dos alunos quanto dos docentes e de toda a escola. Como, efetivamente, elaborar um currículo que atenda não só às exigências legais, mas, sobretudo, às exigências humanas, sociais e morais para a construção de cidadãos que saibam valorizar a natureza, o homem e os sentimentos? O presente artigo objetiva discutir a inserção dos temas transversais na escola, sua transversalização na organização curricular e a compreensão destes pelos professores

    A infância e o desenvolvimento infantil na perspectiva dos professores da educação infantil

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    A criança é um sujeito ativo desde o nascimento. Constitui função do educador atendê-la bem em todos os sentidos. É difícil dar-lhe uma atenção adequada sem que se compreenda a especificidade desse tipo de atendimento, que depende, entre outros aspectos, da concepção que o profissional que a atende possui de infância e de desenvolvimento infantil. Buscamos neste artigo discutir as concepções sobre infância e desenvolvimento infantil de professores que atuam com crianças de zero a três anos, relacionando essas concepções com a sua proposta pedagógica. A base empírica para essa discussão encontra-se num trabalho de investigação que teve como amostra 43 professores de quatro instituições de educação infantil. O embasamento teórico teve por sustentação autores que compreendem a construção do sujeito e do processo de desenvolvimento como uma constante interação. Os dados analisados permitiram-nos identificar, no que se refere às concepções de infância que esses profissionais manifestaram, domínio na concepção interrelacional, seguida da naturalista e da ambientalista. Nas concepções de desenvolvimento, também se evidenciou um domínio na concepção inter-relacional, seguida da ambientalista e da naturalista. Relacionando as concepções de infância e de desenvolvimento infantil com as propostas pedagógicas desses profissionais, identificou-se coerência na maioria das respostas analisadas, entretanto há respostas que revelam sintonia parcial e, em menor número, as que não tiveram sintonia. Diante desses dados, reitera-se o pressuposto de que as concepções de infância e de desenvolvimento infantil que os professores possuem estão relacionadas às propostas pedagógicas que aplicam em sala de aula

    PRINCÍPIOS ORGANIZADORES DO PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CENÁRIO DA COMPLEXIDADE

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    O artigo tem por objetivo analisar possíveis relações entre os princípios organizadores e o processo de ensino e de aprendizagem, considerando o cenário da complexidade. Inicialmente, aborda-se o processo da fragmentação do conhecimento, no qual apresentou indícios com a chegada dos jesuítas no Brasil e intensificou-se durante a Revolução Industrial e posteriormente com o capitalismo. Dessa fragmentação resultou uma hiperespecialização, não respondendo, desse modo, à complexidade dos fenômenos decorrentes na sociedade. Para tanto, como possibilidades de superação desse contexto, surge a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. Então, considerando o cenário da complexidade e o avanço do conhecimento apresentam-se princípios possíveis de organizar e orientar o processo de ensino e de aprendizagem, impactando na metodologia de ensino, na relação professor-aluno, na avaliação, no planejamento, na contextualização e ligação dos saberes e das áreas do conhecimento, na questão de se considerar a razão e a emoção como partes que se complementam nesse processo, além da questão da multirreferencialidade e da multidimensionalidade do conhecimento e do ser. Os princípios compreendem o princípio holográfico, o princípio da complementaridade, princípio da indeterminação, princípio da autopoiése e o princípio da transdisciplinaridade. Considera-se que é possível existir relações destes princípios com o processo de ensino e de aprendizagem, considerando a tentativa de modificar o modo de ser, viver, conhecer e conviver do ser humano, voltando-se para uma formação humana e para o reconhecimento do outro
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