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Associação entre uveíte posterior ativa presumivelmente por Toxoplasma gondii e IgA secretora específica na lágrima
Toxoplasmose é a principal causa de uveíte posterior focal. A sorologia é
importante para o esclarecimento diagnóstico. A mais relevante das
imunoglubulinas contra o T. gondii, é a IgG, considerada marcador de contato
prévio, seguida de IgA, IgE e IgM no soro, podendo ser determinadas também no
humor aquoso. A IgA pela sua localização intravascular e ao nível de mucosas tem
sido objeto de estudos para evidenciar seu papel no controle de parasitoses assim
como indicadora diagnóstica de infecção recente. A IgA sérica tem sido observada
nos primeiros meses após infecção por T. gondii e foi detectada IgA secretora
específica (IgAs) na lágrima de indivíduos sadios porém IgG positivos para T.
gondii. O presente estudo, objetivou estudar a associação de uveíte posterior ativa
presumivelmente por T. gondii e a presença de IgA secretora específica na lágrima,
assim como IgM, IgG e IgA sérica específicas para T. gondii. Participaram 75
indivíduos, 25 portadores da doença ocular e 50 controles sem a mesma, com IgG
positiva para T. gondii. Considerou-se padrão de seleção (padrão ouro) lesões de
uveíte posterior ativa, satélite de lesão cicatrizada. Foram determinadas a IgG,
IgM, IgA sérica e IgAs, através de ELISA, utilizando antígeno bruto de T . gondii.
A diferença de intensidade da reação da IgG não foi estatisticamente significante
(p= 0,082). A pesquisa de IgM foi negativa nos dois grupos participantes. A IgA
sérica apresentou média de absorbância significantemente maior nos casos (p=0,040). Todos os portadores de doença ocular foram IgA positivos no soro. A
IgA secretora foi verificada em 84,0% dos casos e 22,0 % dos controles. A média
da absorbância da IgA secretora mostrou-se maior nos casos (p=0,007). A
associação entre uveíte posterior ativa presumivelmente toxoplásmica mostrou 18
vezes mais probabilidades de apresentar IgA secretora nos casos que nos controles
( odds-ratio = 18,61; p=0,0001). A sensibilidade do teste foi 84,0% e a
especificidade 78,0%. Conclui-se que a IgA secretora anti-T. gondii da lágrima
pode constituir-se em um indicador promissor para diagnóstico de toxoplasmose
ocular ativa. Acreditamos que uma posterior purificação do antígeno utilizado para
esta reação possa aumentar a especificidade do teste imunoenzimático para IgA
Intracameral moxifloxacin after cataract surgery: a prospective study
<div><p>ABSTRACT Objective: To study the safety parameters associated with intracameral moxifloxacin application five weeks after cataract surgery. Methods: The study was a prospective case series set in a private hospital in Recife, Pernambuco, Brazil. A consecutive sample of 1,016 cataract surgeries was evaluated. The inclusion criteria were patients with indications for cataract surgery, a minimum of 55 years of age, and no history of allergy to quinolones. Patients were prepared for surgery using a 5% povidone solution diluted as a topical antiseptic agent. The operative technique was phacoemulsification with intraocular lens implantation. A 0.3-mL syringe was partially filled with moxifloxacin and 150 µg/0.03 mL of moxifloxacin was administered through the surgical incision at the end of the surgery. Postoperatively, patients were prescribed: (1) 0.5% moxifloxacin eyedrops 5 times daily for 1 week, and (2) 1% prednisolone acetate eyedrops 5 times daily for 1 week, followed by 4 times daily for 1 week and, subsequently, 2 times daily for 3 weeks. The outcomes were incidence of acute endophthalmitis, mean changes from baseline to 5 postoperative weeks in corneal endothelial cell density, corrected distance visual acuity and intraocular pressure. Results: The mean age was 67 ± 5 years, and 56.2% of the patients were female. There were no cases of endophthalmitis. The mean preoperative corrected distance visual acuity was 58 letters ± 10 (SD), and the mean postoperative corrected distance visual acuity was 80 letters ± 4 (SD). The mean change in corneal endothelial cell density was 249 cells/mm (-10.3%). There was almost no difference in intraocular pressure. No study-related adverse events were observed. Conclusion: The results suggest moxifloxacin is a safe option for intracameral use after cataract surgery.</p></div
Gatifloxacino e iodopovidine no pré-operatório de facectomia: influência na contagem de colônias bacterianas
Objetivo: Analisar dois método de redução da microbiota conjuntival em indivíduos submetidos à facectomia. Métodos: Ensaio clínico, com amostra de conveniência de 57 pacientes, com diagnóstico de catarata senil (57 olhos), submetidos à facoemulsificação com implante de lente intraocular em Recife entre 2011 a 2013. Os pacientes foram alocados em dois grupos: ATB (27 olhos) no qual foi instilado colírio antibiótico (gatifloxacino a 0,3%) e ASS (30 olhos) colírio antisséptico (iodopovidine a 5%), ambas as medicações foram instiladas três vezes (uma gota a cada 20 minutos, uma hora previamente à cirurgia). Os grupos foram avaliados a partir de duas coletas de material conjuntival: a primeira antes de instilar algum colírio e a segunda imediatamente após a cirurgia. Foi realizada bacterioscopia, cultura e antibiograma. Resultados: Comparando-se a redução no número de bactérias encontrado nas lâminas no pré e pós-operatório, não se verificou diferença estatística significativa nos dois grupos. Conclusão: Tanto o uso do antisséptico como do antibiótico usados como profiláticos para a endoftalmite reduzem a microbiota conjuntiva