38 research outputs found

    The interlocution of mental health with primary care in the city of Vitoria - ES

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    Abstract: So as to contribute to the advancement of the Psychiatric Reform in Brazil, one of the strategies that have been directed by public policies is the proposition of the articulation between primary care services and mental health services. The dialog between these services in the city of Vitoria (Southeastern Brazil) has currently been enabled mainly by Matrix Support. This paper presents the results of a research endeavor aimed at analyzing this ongoing interlocution in the aforementioned city. It was assumed in the study that the achievements of this dialog can positively impact community life and benefit both the professionals' practice and users. This is a qualitative study and data were collected through semi-structured interviews carried out with fourteen health professionals of various categories who worked at a Centro de Atenção Psicossocial (CAPS - Psychosocial Care Center) and at a Family Health Unit. Results show that the so-called interlocution takes different forms in the territory, with important dialogs but also great challenges. However, rich possibilities can be envisioned and perceived as indications that we must believe and make investments in the potentiality of the constitution of a substitutive net between the CAPS and primary care services as a way of guaranteeing integrality to users with mental disorders. This articulation was first outlined in Vitoria with the systematization of Matrix Support. The belief in this dialog has brought with it de-institutionalization and the transformation of the production of care in the territory.Para contribuição ao avanço da Reforma Psiquiátrica Brasileira, uma das estratégias que vêm sendo direcionadas pelas políticas públicas é a proposição da articulação entre os serviços de atenção básica e os de saúde mental. Atualmente, a aproximação desses serviços no município de Vitória, no Espírito Santo, tem ocorrido principalmente por meio do apoio matricial. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar essa interlocução em curso neste município. Partiu-se do pressuposto de que as conquistas dessa aproximação podem inferir positivamente na vida da comunidade e trazer benefícios tanto para a prática dos profissionais quanto para os usuários. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, realizado a partir de entrevistas semiestruturadas com 14 profissionais de diversas categorias da área de saúde inseridos em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Os resultados mostraram que a referida interlocução ocorre de forma diferente no território, com aproximações importantes, mas com grandes desafios. Entretanto, as ricas possibilidades já podem ser percebidas com indicações de que é preciso investir e acreditar na potencialidade da constituição de uma rede substitutiva entre os CAPS e a atenção básica, como forma de garantir a integralidade aos usuários com transtorno mental. Essa articulação começou a se delinear no município de Vitória-ES, com a sistematização do apoio matricial. A aposta nessa aproximação tem significado desinstitucionalizar e, assim, transformar a produção do cuidado no território.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Saúde, Educação e SociedadeUNIFESP, Depto. de Saúde, Educação e SociedadeSciEL

    Therapeutic residences and community: the construction of new anti-asylum practices

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    This article highlight an effort of connection between areas of Mental Health and Community Psychology related to public health practice focused on promoting autonomy and citizenship. In this sense through a research on the role of therapeutic residences, such as construction strategy anti-asylum practices, we discussed other spaces of sociability as mental health promoters, highlighting those asylum without walls which lead the community for psychiatric patients. Spinoza's contribution is important, because his theory conceives the subject from the quality of the interactions between themselves, or better, as it affects and is affected in the meetings, which may be the promoters of the power to act or not. This qualitative research, with inspiration ethnographic, participated in these research forty residents of five therapeutic residences installed in three districts of a Great Vitoria in Espírito Santo, Southeast Brazil.Este trabalho reflete um esforço de articulação entre as áreas de saúde mental e psicologia comunitária na perspectiva de construção de práticas em saúde pública voltadas para a promoção de autonomia e cidadania. Nesse sentido, através de uma pesquisa sobre o papel das residências terapêuticas como estratégia de construção de práticas antimanicomiais, discutimos outros espaços de sociabilidade como promotores de saúde mental, destacando aqueles extramuros institucionais os quais nos remete a comunidade da qual, alias, tais instituições, fazem parte. A contribuição de Espinosa é fundamental, na medida em que concebe os sujeitos a partir da qualidade das interações entre si, ou melhor, da forma como se afeta e se é afetado nos encontros, que podem ser promotores da potência de agir ou de padecimento. Desta pesquisa qualitativa, com inspiração etnográfica, participaram 40 moradores de cinco residências terapêuticas, instaladas em três bairros de um município da Grande Vitória/ES.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)UNIFESPSciEL

    30 anos após a intervenção no Anchieta, por onde andam os beneficiários do Programa de Volta Para Casa de Santos?

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    The de Volta Para Casa Program (Back Home Program – PVC) is one of the Deinstitutionalization Strategies of the Psychosocial Care Network of the Brazilian Unified Health System. Based on the change of perspective proposed by the Italian Democratic Psychiatry, it aims to promote social inclusion and access to human rights for those leaving psychiatric hospitalizations. The objective was to find out who are the PVC beneficiaries habitants of the municipality of Santos, where the deinstitutionalization process was a pioneer, where they live, and where they are now. With a semi-structured interview and participant observation, in a qualitative research, it was identified that the beneficiaries are people over 50 years old, without schooling, black, with an average income of a minimum wage, residents of the tenements in the city center, public transport and public health services users, and attending commercial and religious establishments. By using the hermeneutic-dialectical method and the intersectional perspective, it was concluded that the social markers race/color and origin are related to longer hospitalization, lack of access to decent housing, and greater social exclusion. For a critical praxis, it is necessary to guarantee access to PVC for black women and to adopt strategies for the decolonization of the self in facing the oppressive relationships most experienced by black and migrants beneficiaries, as well as their descendants.O Programa de Volta Para Casa (PVC) é uma das Estratégias de Desinstitucionalização da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde. Baseado na mudança de paradigma proposta pela Psiquiatria Democrática Italiana, tem o objetivo de promover a inclusão social e acesso aos direitos humanos de egressos de internações psiquiátricas. Objetivou-se saber quem são, onde moram e por onde andam os moradores da cidade de Santos beneficiários do PVC, local em que o processo de desinstitucionalização foi pioneiro. Por meio de entrevista semiestruturada e observação participante, em uma pesquisa qualitativa, identificou-se que as beneficiárias são pessoas acima de 50 anos, não escolarizadas, negras, com renda média de um salário mínimo; moradoras dos cortiços do centro; usuárias de transporte público e dos serviços de saúde; e frequentadoras de estabelecimentos comerciais e religiosos. Utilizando o método hermenêuticodialético e a análise interseccional, concluiu-se que os marcadores sociais raça/cor e origem estão relacionados às internações mais longas, ao menor acesso à moradia digna e à vivência de maior exclusão social. Para uma práxis crítica, é necessário garantir acesso ao PVC por pessoas negras e adotar estratégias de descolonização do eu no enfrentamento das relações de opressão mais vivenciadas pelos beneficiários negros e migrantes, bem como de seus descendentes

    30 anos após a intervenção no Anchieta, por onde andam os beneficiários do Programa de Volta Para Casa de Santos?

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    Resumo O Programa de Volta Para Casa (PVC) é uma das Estratégias de Desinstitucionalização da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde. Baseado na mudança de paradigma proposta pela Psiquiatria Democrática Italiana, tem o objetivo de promover a inclusão social e acesso aos direitos humanos de egressos de internações psiquiátricas. Objetivou-se saber quem são, onde moram e por onde andam os moradores da cidade de Santos beneficiários do PVC, local em que o processo de desinstitucionalização foi pioneiro. Por meio de entrevista semiestruturada e observação participante, em uma pesquisa qualitativa, identificou-se que as beneficiárias são pessoas acima de 50 anos, não escolarizadas, negras, com renda média de um salário mínimo; moradoras dos cortiços do centro; usuárias de transporte público e dos serviços de saúde; e frequentadoras de estabelecimentos comerciais e religiosos. Utilizando o método hermenêutico-dialético e a análise interseccional, concluiu-se que os marcadores sociais raça/cor e origem estão relacionados às internações mais longas, ao menor acesso à moradia digna e à vivência de maior exclusão social. Para uma práxis crítica, é necessário garantir acesso ao PVC por pessoas negras e adotar estratégias de descolonização do eu no enfrentamento das relações de opressão mais vivenciadas pelos beneficiários negros e migrantes, bem como de seus descendentes

    The comprehensive care as the axis of interdisciplinary training: Nutrition and Psychology undergraduate in the field of Public Health

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    This paper aimed to analyze the experience in interdisciplinary training for Nutrition and Psychology undergraduate courses at the Baixada Santista campus of Universidade Federal de São Paulo, focusing on comprehensive care. It took place between 2010 e 2012, in the Primary Care Health of Unified Health System of Santos municipality, São Paulo, Brazil, in the the territory of Monte Serrat Hill. We used field records from memories of supervisions and meetings between teachers and health team, according to qualitative research. Narratives have been constructed and Singular Therapeutic Projects. In joint-supervision by professors of Nutrition and Psychology courses, we debated situations highlighted by students and constructed work plans for each training cycle. Through interdisciplinary practices reflections and actions to SUS consonants were realized. Our results corroborate the importance of interdisciplinar work towards comprehensive care, promoting ways of listenning which leads to special health care in close relation to the services.Trata-se de relato de experiência de estágio interdisciplinar em Nutrição Social e em Psicologia da Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista, com foco na integralidade da atenção. O trabalho ocorreu entre 2010 e 2012, na Atenção Básica de Saúde do Sistema Único de Saúde no território Centro/Morro do município de Santos, São Paulo. Utilizaram-se registros de campo contendo memórias de supervisões e de reuniões entre professores e equipe de saúde. Construíram-se narrativas e projetos terapêuticos singulares. Em supervisão conjunta de professores de Nutrição e Psicologia, debateram-se situações destacadas pelos estudantes e planos de trabalho construídos para cada ciclo de formação. Isto fundamentou práticas interdisciplinares, reflexões e ações consoantes ao Sistema Único de Saúde, realizadas pelos estagiários. Os resultados corroboram a importância do trabalho interdisciplinar para a promoção da integralidade, constituindo formas de escuta e atenção diferenciadas aos usuários, em estreita relação com os serviços.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Instituto Saúde e Sociedade Departamento de Políticas Públicas e Saúde ColetivaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Instituto Saúde e Sociedade Departamento de Saúde, Clínica e InstituiçõesUNIFESP, Instituto Saúde e Sociedade Depto. de Políticas Públicas e Saúde ColetivaUNIFESP, Instituto Saúde e Sociedade Depto. de Saúde, Clínica e InstituiçõesSciEL

    A interlocução da saúde mental com atenção básica no município de Vitoria/ES

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    Abstract: So as to contribute to the advancement of the Psychiatric Reform in Brazil, one of the strategies that have been directed by public policies is the proposition of the articulation between primary care services and mental health services. The dialog between these services in the city of Vitoria (Southeastern Brazil) has currently been enabled mainly by Matrix Support. This paper presents the results of a research endeavor aimed at analyzing this ongoing interlocution in the aforementioned city. It was assumed in the study that the achievements of this dialog can positively impact community life and benefit both the professionals' practice and users. This is a qualitative study and data were collected through semi-structured interviews carried out with fourteen health professionals of various categories who worked at a Centro de Atenção Psicossocial (CAPS - Psychosocial Care Center) and at a Family Health Unit. Results show that the so-called interlocution takes different forms in the territory, with important dialogs but also great challenges. However, rich possibilities can be envisioned and perceived as indications that we must believe and make investments in the potentiality of the constitution of a substitutive net between the CAPS and primary care services as a way of guaranteeing integrality to users with mental disorders. This articulation was first outlined in Vitoria with the systematization of Matrix Support. The belief in this dialog has brought with it de-institutionalization and the transformation of the production of care in the territory.Para contribuição ao avanço da Reforma Psiquiátrica Brasileira, uma das estratégias que vêm sendo direcionadas pelas políticas públicas é a proposição da articulação entre os serviços de atenção básica e os de saúde mental. Atualmente, a aproximação desses serviços no município de Vitória, no Espírito Santo, tem ocorrido principalmente por meio do apoio matricial. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar essa interlocução em curso neste município. Partiu-se do pressuposto de que as conquistas dessa aproximação podem inferir positivamente na vida da comunidade e trazer benefícios tanto para a prática dos profissionais quanto para os usuários. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, realizado a partir de entrevistas semiestruturadas com 14 profissionais de diversas categorias da área de saúde inseridos em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Os resultados mostraram que a referida interlocução ocorre de forma diferente no território, com aproximações importantes, mas com grandes desafios. Entretanto, as ricas possibilidades já podem ser percebidas com indicações de que é preciso investir e acreditar na potencialidade da constituição de uma rede substitutiva entre os CAPS e a atenção básica, como forma de garantir a integralidade aos usuários com transtorno mental. Essa articulação começou a se delinear no município de Vitória-ES, com a sistematização do apoio matricial. A aposta nessa aproximação tem significado desinstitucionalizar e, assim, transformar a produção do cuidado no território

    Mental health care actions in the psychosocial care network viewed by users

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    This study was designed to analyze actions in mental health from the psychosocial care network through the perspective of users. Fourth-generation participatory methodology was used. The findings highlight the challenges of implementing mental health services in primary care and in different points of the psychosocial network, as users recognize the existence of a health network but indicate limited access to it, because, as they see it, actions could be undertaken in spaces that would facilitate their inclusion and integration with the community. There is weakness in the articulation and in the implementation of integrated care plans in services and, consequently, mental health needs to remain centralized in specialized services, showing strong inhibition of the work in the psychosocial care network. We concluded that the limits of working in networks present challenges in the daily life of service users and in the construction of new possibilities and progress towards social inclusion.O objetivo deste artigo é analisar ações em saúde mental a partir da rede de atenção psicossocial pela perspectiva dos usuários. Usou-se metodologia participativa de quarta geração. De acordo com os resultados, os dados evidenciam desafios na implementação de ações de saúde mental na atenção básica e em diferentes pontos da rede psicossocial, visto que os usuários reconhecem a existência de uma rede de saúde, mas indicam acesso limitado a ela, pois entendem que as ações poderiam ser realizadas em espaços facilitadores de sua aproximação e inserção na comunidade. Há fragilidade na articulação e na efetivação de cuidados integrados nos serviços e, consequentemente, as demandas de saúde mental se mantêm centralizadas nos serviços especializados, demonstrando forte inibição do trabalho em rede. Conclui-se que os limites do trabalho em rede apresentam desafios no cotidiano dos usuários dos serviços e apontam outros desafios para a construção de novas possibilidades e avanços em direção à inserção social

    La elaboración participativa de indicadores para la evaluación en salud mental

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    The specialized literature frequently cites the inclusion of different interest groups in evaluative research, referred to generically as participatory evaluation. However, there is a lack of an empirical basis for discussion on ways to operate and (especially) qualify such participation. This article discusses the participatory development of mental health indicators for use in the Centers for Psychosocial Care (CAPS) in Brazil. The process included participation by 58 health workers and managers from 26 CAPS through regular meetings over a year. The meetings were intermediated by a course on mental health evaluation and workshops in subgroups, supported by facilitators throughout the year. The creation of spaces for the qualification of their participation, through the course and other collective activities, proved effective for guaranteeing participation at various levels in the process (such as definition of issues, pre-test indicators, and data analysis) as well as for stimulating ownership of the final product by the participants.La inserción de diferentes grupos de intereses en estudios de evaluación, genéricamente denominada evaluación participativa, se cita frecuentemente en la literatura especializada. No obstante, faltan discusiones de base empírica sobre los modos de operar y, sobre todo, de calificar la referida participación. En el presente artículo, realizamos una discusión sobre la elaboración participativa de indicadores en salud mental, dirigidos a los Centros de Atención Psicosocial (CAPS). El proceso contó con la participación de 58 trabajadores y gestores de 26 CAPS, mediante encuentros periódicos a lo largo de un año. Tales encuentros fueron realizados tras asistir a un curso sobre evaluación en salud mental y talleres en subgrupos, organizados por personal de apoyo especializado, a lo largo del año. La creación de espacios para la calificación de la participación, mediante el curso y otros trabajos colectivos, se mostró eficaz para garantizar la participación efectiva en los diferentes niveles del proceso como: la definición de preguntas, pre-testes de los indicadores y análisis de los datos, además de estimular la apropiación por parte de los participantes del producto final.A inserção de diferentes grupos de interesses em pesquisas avaliativas, genericamente referida como avaliação participativa é frequentemente citada na literatura especializada. No entanto, faltam discussões de base empírica sobre os modos de operar e, sobretudo, qualificar a referida participação. No presente artigo, realizamos discussão sobre a elaboração participativa de indicadores em saúde mental, dirigidos aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O processo contou com a participação de 58 trabalhadores e gestores de 26 CAPS por meio de encontros periódicos ao longo de um ano. Tais encontros foram intermediados por um curso sobre avaliação em saúde mental e oficinas em subgrupos, apoiadas por facilitadores ao longo do ano. A criação de espaços para a qualificação da participação, por meio do curso e outros trabalhos coletivos, mostrou-se eficaz na garantia de efetiva participação nos vários níveis do processo, como definição de questões, pré-testes dos indicadores e análise dos dados, além de estimular apropriação do produto final pelos participantes.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Saúde, Educação SociedadeUniversidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciências MédicasUNIFESP, Depto. de Saúde, Educação SociedadeSciEL

    The port modernization process and the production of subjectivity: the port of Santos case

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    This article deals with some results from a large research conducted by an interdisciplinary team on the process of modernization of the port of Santos, in the State of São Paulo, and its implications on health and illness among workers. It focus on the production of subjectivity in the context of dock work, since the transformations that occurred mark the experience of each worker and the lives of the entire group of workers. Thirty workers aged between 34 to 67 years were interviewed. The semi-structured interviews were transcribed and submitted to content analysis. The results point to a peculiar universe of the work in which modernity and technology depend on workers' physical intervention. Thus, workers' body and health ensure the maintenance of port productivity, but they do not feel valued at work. The changing context since the 1990s has allowed workers, through their own actions, to produce services and also to produce a new way to create meaning to the work and the relationships formed there. That is, there is a process in which work is produced and, at the same time, workers are produced by work.Este artigo trata de parte dos resultados de pesquisa realizada por equipe interdisciplinar sobre o processo de modernização do porto da cidade de Santos-SP e suas implicações na saúde e no adoecimento dos trabalhadores. Destaca a produção de subjetividade no contexto do trabalho portuário, uma vez que as transformações ocorridas estão marcadas na vivência de cada trabalhador e na vida de todo o coletivo de trabalhadores. Foram entrevistados 30 trabalhadores com idade entre 34 e 67 anos. As entrevistas semiestruturadas foram transcritas e submetidas a análise de conteúdo. Os resultados apontam para um universo peculiar do trabalho em que a modernidade e a tecnologia ainda são dependentes da intervenção física do trabalhador. Assim, corpo e saúde dos trabalhadores garantem a manutenção da produtividade portuária, mas sem que eles se sintam valorizados pelo trabalho. O contexto em transformação, desde a década de 1990, tem permitido aos trabalhadores, por meio de sua ação, produzir serviços e também produzir um novo modo de significar o trabalho e as relações ali constituídas. Ou seja, há um processo em que, ao mesmo tempo em que se produz o trabalho, os trabalhadores são produzidos por ele
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