Museologia e museus: como implantar as novas tendências

Cadernos de SociomuseologiaAs controvérsias contemporâneas que têm assolado a sociedade brasileira não dispensam a discussão sobre o equilíbrio entre a preservação do patrimônio (especialmente o meio ambiente) e o desenvolvimento sócio-econômico. Em qualquer ângulo de observação esta questão está colocada e, muitas vezes, tem sido vista como o ponto fundamental para a chegada ao futur

Museus de empresa: princípios, problemas e perspectivas

Cadernos de SociomuseologiaA bibliografia especializada aponta três funções fundamentais para as instituições museológicas, a saber: função científica (produção de conhecimento novo, a partir da análise de suas coleções, organização sistemática de seus acervos, tratamento curatorial dos objetos no que diz respeito à conservação, aplicação de modelos de comunicação para a implantação de projetos expositivos e pedagógicos, e a necessária avaliação desses processos); função educativa (canalização de suas atividades para fins de educação e ação sócio-cultural de uma comunidade específica ou do público em geral); e função social (a junção das funções anteriormente mencionadas). O desempenho e aprimoramento dessas três funções resguardam para os museus um papel particular nos dias de hoje, mas, na verdade, espera-se um pouco mais dessas instituições. Ao lado de seu evidente compromisso com a preservação, o museu deve ser pensado e realizado como um canal de comunicação, capaz de transformar o objeto testemunho em objeto diálogo, permitindo a comunicação do que é preservado. Às antigas responsabilidades de coletar, estudar, guardar o patrimônio, outras exigências foram impostas. A preservação da herança cultural passou a exigir outros mecanismos de transmissão, na tentativa de interagir com uma sociedade que convive com o objeto descartável, com o desequilíbrio ecológico e com inúmeros estímulos visuais muito potentes

Formas de humanidade: concepção e desafios da musealização

Cadernos de SociomuseologiaApresentação: o discurso expositivo como um dos produtos do processo de musealização. No dia 12 de dezembro de 1995 o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo abriu à visitação pública a exposição de longa duração “Formas de Humanidade”. Com este evento inaugural, o MAE estabeleceu a plataforma básica de sua proposta de divulgação científico-cultural, rearticulou o seu contato direto com o público por meio museológico e apresentou a sua nova face de responsabilidade patrimonial uma vez que esta face vem sendo delineada desde 1989, a partir da emissão da Portaria nº 2073 que fundiu algumas unidades da USP ou partes delas, criando o novo Museu de Arqueologia e Etnologia. Com esta exposição a instituição pretende divulgar as várias formas que a humanidade vem dando, ao longo do tempo, às diferentes matérias-primas e às manifestações sócio-culturais. Cabe ressaltar que este discurso expositivo tem caráter sintético e panorâmico e está apoiado, prioritariamente, na evidência material da cultura. Da mesma forma, deve ser sublinhado que os temas decorrentes da proposta temática central foram escolhidos a partir da potencialidade do acervo institucional. Este acervo, por sua vez, corresponde às coleções arqueológicas e etnográficas brasileiras, etnográficas da África e arqueológicas do Mediterrâneo e Médio-Oriente. Embora o MAE ainda guarde outras coleções, distintas às que fazem parte desta mostra

MUSEOLOGIAL ACTION’S MAIN FIELDS

Museology has emerged and has been organised as a field of knowledge, precisely to frame the technical, theoretical and methodological aspects, regarding the constitution, implementation and evaluation of the processes that societies establish for the selection, treatment and extroversion of the memory indicators, transforming them into patrimonial references and projecting them into the constitutive fields of cultural heritage. It is therefore, one of the areas of knowledge that deals with the framing of heritage and their professionals are agents of memory education. The constitution of the parameters that define and delimit the museological action field has been outlined in the course of the centuries, if we consider the technical efforts related to the identification and organisation of collections, in addition to the curatorial treatment of specimens from nature, of objects, of the intangible heritage registers. The same length of elaboration is true if we evaluate the communication initiatives and of education of the senses

MUSEOLOGY AS A PEDAGOGY FOR HERITAGE

This essay presents some parameters for the study of Museology and its respective contribution for the constitution of preservationist processes, biased towards heritage education.             From the decoding of some parameters that delimit this applied discipline’s action and reflection field, the text presents some paradigms, which have stimulated its epistemological construction and have guided its social functions. These paradigms are considered responsible for a new methodological order within the scope of the museum and, further, for the new commitments that these institutions have taken up

Absence of Long Range Magnetic Order in the La1.4Sr0.8Ca0.8Mn2O7 Bilayered Manganite

In this work we studied, by means of high-resolution neutron diffraction as a function of temperature, the La1.4Sr0.8Ca0.8Mn2O7 bilayered manganite for two different annealing treatments. Out data allowed us to shown, for the first time, the absence of long-range magnetic order in this optimally doped bilayered manganite where the A-site of the structure is doped with equal proportions of different isovalent cations (Ca and Sr). The system, however, presents defined IM transitions which suggest that the transport properties are not linked to the evolution of long-range order and that two dimensional spin ordering in the layers of the perovskite blocks may be sufficient to 'assist' the hole hopping. Possible reason for the suppression of magnetic order induced by the Ca doping is a size effect coupled to the cation size mismatch between the Sr and Ca ions.Comment: 24 pages, 7 figure

Mucosa-Environment Interactions in the Pathogenesis of Rheumatoid Arthritis

Mucosal surfaces play a central role in the pathogenesis of rheumatoid arthritis (RA). Several risk factors, such as cigarette smoking, environmental pollution, and periodontitis interact with the host at the mucosal level, triggering immune system activation. Moreover, the alteration of microbiota homeostasis is gaining increased attention for its involvement in the disease pathogenesis, modulating the immune cell response at a local and subsequently at a systemic level. Currently, the onset of the clinical manifest arthritis is thought to be the last step of a series of pathogenic events lasting years. The positivity for anti-citrullinated protein antibodies (ACPAs) and rheumatoid factor (RF), in absence of symptoms, characterizes a preclinical phase of RA namely systemic autoimmune phase- which is at high risk for disease progression. Several immune abnormalities, such as local ACPA production, increased T cell polarization towards a pro-inflammatory phenotype, and innate immune cell activation can be documented in at-risk subjects. Many of these abnormalities are direct consequences of the interaction between the environment and the host, which takes place at the mucosal level. The purpose of this review is to describe the humoral and cellular immune abnormalities detected in subjects at risk of RA, highlighting their origin from the mucosa environment interaction

Nesting Biology of Sympatric Species of Megachilidae Bees in a Conservation Area in Brazilian Atlantic Forest

Megachilidae bees are important pollinators in the Neotropical region, however information on the ecology and behavior of these species is still scarce. The objective of this study was to analyze the nesting biology of sympatric species in the União Biological Reserve, a remnant of Atlantic Forest in the southeastern Brazil. Our results indicated the occurrence of 17 species, representing significant richness compared to other areas in the Atlantic Forest. Five sympatric species built ¾ of all nests found and the architecture of their nests was studied including, for the first time, nests of a species of Megachile (Ptilosarus). The use of petals or leaf fragments in the construction of the nests was observed for species of Megachile (Chrysosarus), confirming previous data. The nesting activity period in the trap-nests occurred mainly in the rainy season, with different peaks among the species. The results indicate that the distinctive characteristics of the species, such as the type of material used in the nests, the dimensions of cavities, and the asynchronous nesting period, could be important for the niche differentiation of these sympatric species, allowing the maintenance and the survival of the most abundant Megachilidae populations in the area