11 research outputs found

    A participação das células cromafins da medula supra-renal na instalação e/ou manutenção da obesidadeinduzida por lesão hipotalâmica

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    -Introdução: Roedores submetidos ao tratamento neonatal com L-glutamato monossódico (MSG) desenvolvem obesidade, hiperleptinemia e resistência à insulina, apesar de serem hipofágicos. As catecolaminas possuem papel importante na regulação do metabolismo, pois estimulam a glicogenólise e a gliconeogênese, inibem a secreção de insulina e aumentam a de glucagon e estimulam a lipólise. Nossa hipótese é de que falhas na função adrenomedular de ratos submetidos ao tratamento neonatal com MSG são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade. Material e Métodos: Nos 5 primeiros dias de vida, ratos Wistar machos receberam doses subcutâneas de MSG (4 mg/g de peso corporal) na região cervical. Animais controles receberam salina eqüimolar. Aos 90 dias os animais foram anestesiados com tiopental de sódio (60mg/Kg), sacrificados e adrenalectomizados. O índice de Lee (IL) foi calculado (massa 1/3(g)/comprimento naso-anal (CNA) (cm)) e as gorduras retroperitoneal e perigonadal pesadas para avaliar a obesidade. As glândulas adrenais direitas foram utilizadas para a dosagem do conteúdo total de catecolaminas. As adrenais esquerdas foram utilizadas para a realização de Western Blottings para avaliar a expressão da enzima tirosina hidroxilase (TH), ou dissecadas, sendo as medulas submetidas ao estímulo com 25 mM de cafeína ou 50 uM de carbamilcolina, para avaliar a secreção de catecolaminas. As catecolaminas foram dosadas por método fluorimétrico. Resultados: Os animais MSG apresentaram redução no consumo alimentar, na massa corporal e no CNA. Além disso, os ratos-MSG apresentaram aumento no IL, nas gorduras retroperitoneal e perigonadal. Houve um aumento de 35,51% no conteúdo total de catecolaminas nos animais MSG (p Conclusão: O maior conteúdo de catecolaminas nas adrenais de ratos obesos-MSG não é conseqüência de uma maior biossíntese e sim de falhas nos mecanismos de secreção. Essas alterações na função adrenomedular podem contribuir para a instalação ou desenvolvimento da obesidade devido à relevante função das catecolaminas no metabolismo energético

    Impaired Sympathoadrenal Axis Function Contributes to Enhanced Insulin Secretion in Prediabetic Obese Rats

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    The involvement of sympathoadrenal axis activity in obesity onset was investigated using the experimental model of treating neonatal rats with monosodium L-glutamate. To access general sympathetic nervous system activity, we recorded the firing rates of sympathetic superior cervical ganglion nerves in animals. Catecholamine content and secretion from isolated adrenal medulla were measured. Intravenous glucose tolerance test was performed, and isolated pancreatic islets were stimulated with glucose and adrenergic agonists. The nerve firing rate of obese rats was decreased compared to the rate for lean rats. Basal catecholamine secretion decreased whereas catecholamine secretion induced by carbachol, elevated extracellular potassium, and caffeine in the isolated adrenal medulla were all increased in obese rats compared to control. Both glucose intolerance and hyperinsulinaemia were observed in obese rats. Adrenaline strongly inhibited glucose-induced insulin secretion in obese animals. These findings suggest that low sympathoadrenal activity contributes to impaired glycaemic control in prediabetic obese rats

    A retrospective study of intoxications admitted to the university hospital/UFJF from 2000 to 2004

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    Poisonings may have their consequences minimized by the acquisition of knowledge concerning its etiologies, evolutions and means of prevention. In Brazil, the progressive increase of toxic emergencies justifies the acquisition and analysis of regional and decentralized data concerning toxic emergencies. The aim of this retrospective and descriptive study was to evaluate data on the toxicology occurrence registered at the University Hospital/UFJF from 2000 to 2004. Data were collected using a structured instrument which comprised: age range, gender, profession, average hospitalization time, etiology and possible reasons for the intoxication, drug categories, where the patients live and the most important exposure route to the poisonous agent. The possible relationship among the data was also examined. The profile found for poisoning in the 50 cases analyzed, was that accidents are more common from 0 to 5 years old (24%) and male gender (68%), the majority of the cases happened in the city of Juiz de Fora (78%) and oral exposure. The most important poisonous agents were found to be the psychotropics (60%). Definition of a profile helps promoting educative activities and expands poisoning prevention campaigns by public health agencies. Therefore, these facts strengthen the importance of an Information Service net to prevent and reduce intoxications and the irrational use of drugs.Intoxicações podem ter suas consequências minimizadas através da ampliação do conhecimento sobre suas origens, evoluções e providências quanto a medidas preventivas. No Brasil, o aumento progressivo das emergências tóxicas justifica a sua análise, de forma descentralizada e regionalizada. Este trabalho objetivou caracterizar dados sobre a ocorrência de intoxicações admitidas no Hospital Universitário/UFJF, entre 2000 e 2004. A coleta foi realizada mediante pesquisa em prontuários cadastrados no banco de dados do referido hospital. Os dados foram analisados através de estatística descritiva, permitindo estabelecer o perfil do grupo quanto às variáveis idade, sexo, local de origem do paciente, profissão, período de hospitalização, etiologia, razão da intoxicação, classe terapêutica de fármacos envolvidos e via de exposição ao agente toxicante. Crianças de zero a cinco anos e indivíduos do sexo masculino foram os mais acometidos, representando 24% e 68%, respectivamente. A maioria dos casos ocorreu em Juiz de Fora (78%) e a via oral foi a mais frequente. Os psicotrópicos foram os principais agentes toxicantes (60%). Os resultados evidenciaram a importância de atividades educativas dirigidas às comunidades e a relevância dos serviços de informação para prevenir e reduzir as intoxicações e o uso irracional de fármacos

    The role of corticotropin-releasing factor on estradiol effects on regulation of energy homeostasis

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    A homeostase energética é controlada por fatores neurais, endócrinos, adipocitários e intestinais. O sistema nervoso central (SNC) recebe sinalização de fatores periféricos e exerce uma função fundamental no controle da homeostase energética, estando bem estabelecido que existem populações neuronais que expressam neuropeptídeos que medeiam efeitos específicos na ingestão e/ou gasto energético. O fator liberador de corticotrofina (CRF), além de seus efeitos no controle da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, tem sido descrito como potente neuropeptídeo anorexígeno, modulando a ingestão alimentar e o gasto energético. Foi observado que a síntese de CRF é influenciada pela leptina, que atuaria aumentando a ativação de neurônios produtores de CRF no núcleo paraventricular (PVN). Os hormônios gonadais também participam na regulação da ingestão alimentar, do peso e da composição corporal. O efeito anorexígeno do estradiol é mediado pela ativação de receptores presentes nas áreas envolvidas no controle da homeostase energética. Em trabalho prévio de nosso laboratório foi observado que o menor ganho de peso e ingestão alimentar com o tratamento com estradiol em ratas ovariectomizadas está associado à maior expressão de RNAm de CRF no PVN. Dessa forma, este trabalho visa esclarecer a participação do CRF nos efeitos do estradiol no controle da homeostase energética. Para tanto, foram utilizadas ratas Wistar adultas, pesando entre 200-230g, provenientes do Biotério Central do Campus de Ribeirão Preto USP. Todos os animais foram submetidos à cirurgia de ovariectomia bilateral. Em todos os experimentos, houve três grupos de animais: ratas ovariectomizadas (OVX), ratas ovariectomizadas com reposição de estradiol (OVX+E) e ratas ovariectomizadas com dieta pareada ao grupo OVX+E (OVX+DP). Durante os oitos dias de cada experimento, estes animais receberam injeção subcutânea de cipionato de estradiol (10 g/Kg peso corporal, Grupo OVX+E) ou veículo (óleo de milho: 0,2 mL/rata, Grupos OVX e OVX+DP) entre 8h e 10h. Para avaliarmos a participação do CRF nos efeitos da leptina nos animais castrados com e sem reposição de estradiol, foi realizado o tratamento com injeção central de leptina (10g/5L) com e sem injeção central prévia de antagonista de CRF (antisauvagina-30). Observamos que o tratamento com cipionato de estradiol causa a redução na ingestão alimentar e no ganho de peso corporal. Ainda, quando realizamos a administração central de leptina há anorexia, perda de peso corporal, aumento na expressão de UCP-1 no BAT e na ativação neuronal no ARQ. Esses efeitos são revertidos quando realizamos administração central prévia do antagonista de CRF-R2. Os dados obtidos sugerem que o estradiol aumenta a sensibilidade à leptina, sendo este efeito mediado, pelo menos em parte, pelo receptor tipo 2 do CRF.Energy homeostasis is controlled by neural, endocrine, adipocyte and gut factors. Central nervous system plays a key role in the control of energy homeostasis; it receives signals from peripheral factors and it is well established that the hypothalamus contains neuronal populations that express important neuropeptides to the control of food intake and energy expenditure. Besides its action in the control of hypothalamus-pituitary-adrenal axis, corticotropin releasing factor (CRF), has been described as an anorexigenic neuropeptide, modulating food intake and energy expenditure. It was shown that CRF synthesis is influenced by leptin, which would act increasing CRF neuron activation in the paraventricular nucleus (PVN). Gonadal hormones also participate in the regulation of food intake, body weight and body composition. Estradiol anorexigenic effect is mediated by specific receptors located in areas involved in the control of energy homeostasis. It was previously demonstrated that the reduction of food intake and body weight gain in ovariectomized treated rats is associated with an increase in CRF mRNA expression in the PVN. The present study aimed to investigate the role of CRF on estradiol regulation of energy homeostasis. Wistar female rats, weighing 200 230g, were bilaterally ovariectomized and divided into three groups: ovariectomized rats (OVX), ovariectomized rats treated with estradiol (OVX+E) and ovariectomized rats pair-fed with OVX+E rats (OVX+PF). The animals received daily subcutaneous injections of either estradiol cypionate (10 g/Kg bw, OVX+E) or vehicle (corn oil, OVX, OVX+PF) between 8 10 am, during 8 days. To evaluate the role of CRF on leptins effects we performed intracerebroventricular (icv) injection of recombinant leptin (10g/5L) with or without previous icv treatment with CRF-R2 antagonist (ansauvagin-30). We observed that estradiol replacement in OVX rats induced lower food intake and body weight gain. Leptin icv treatment reduced food intake, body weight gain and increased UCP-1 expression in brown adipose tissue and neuronal activation in the arcuate nucleus. These effects were abolished with previous icv administration of CRF-R2 antagonist. In conclusion, our data suggest that estradiol increases central sensitivity to leptin and this effect is mediated, at least in part, by CRF type 2 receptor

    The role of corticotropin-releasing factor on estradiol effects on regulation of energy homeostasis

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    A homeostase energética é controlada por fatores neurais, endócrinos, adipocitários e intestinais. O sistema nervoso central (SNC) recebe sinalização de fatores periféricos e exerce uma função fundamental no controle da homeostase energética, estando bem estabelecido que existem populações neuronais que expressam neuropeptídeos que medeiam efeitos específicos na ingestão e/ou gasto energético. O fator liberador de corticotrofina (CRF), além de seus efeitos no controle da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, tem sido descrito como potente neuropeptídeo anorexígeno, modulando a ingestão alimentar e o gasto energético. Foi observado que a síntese de CRF é influenciada pela leptina, que atuaria aumentando a ativação de neurônios produtores de CRF no núcleo paraventricular (PVN). Os hormônios gonadais também participam na regulação da ingestão alimentar, do peso e da composição corporal. O efeito anorexígeno do estradiol é mediado pela ativação de receptores presentes nas áreas envolvidas no controle da homeostase energética. Em trabalho prévio de nosso laboratório foi observado que o menor ganho de peso e ingestão alimentar com o tratamento com estradiol em ratas ovariectomizadas está associado à maior expressão de RNAm de CRF no PVN. Dessa forma, este trabalho visa esclarecer a participação do CRF nos efeitos do estradiol no controle da homeostase energética. Para tanto, foram utilizadas ratas Wistar adultas, pesando entre 200-230g, provenientes do Biotério Central do Campus de Ribeirão Preto USP. Todos os animais foram submetidos à cirurgia de ovariectomia bilateral. Em todos os experimentos, houve três grupos de animais: ratas ovariectomizadas (OVX), ratas ovariectomizadas com reposição de estradiol (OVX+E) e ratas ovariectomizadas com dieta pareada ao grupo OVX+E (OVX+DP). Durante os oitos dias de cada experimento, estes animais receberam injeção subcutânea de cipionato de estradiol (10 g/Kg peso corporal, Grupo OVX+E) ou veículo (óleo de milho: 0,2 mL/rata, Grupos OVX e OVX+DP) entre 8h e 10h. Para avaliarmos a participação do CRF nos efeitos da leptina nos animais castrados com e sem reposição de estradiol, foi realizado o tratamento com injeção central de leptina (10g/5L) com e sem injeção central prévia de antagonista de CRF (antisauvagina-30). Observamos que o tratamento com cipionato de estradiol causa a redução na ingestão alimentar e no ganho de peso corporal. Ainda, quando realizamos a administração central de leptina há anorexia, perda de peso corporal, aumento na expressão de UCP-1 no BAT e na ativação neuronal no ARQ. Esses efeitos são revertidos quando realizamos administração central prévia do antagonista de CRF-R2. Os dados obtidos sugerem que o estradiol aumenta a sensibilidade à leptina, sendo este efeito mediado, pelo menos em parte, pelo receptor tipo 2 do CRF.Energy homeostasis is controlled by neural, endocrine, adipocyte and gut factors. Central nervous system plays a key role in the control of energy homeostasis; it receives signals from peripheral factors and it is well established that the hypothalamus contains neuronal populations that express important neuropeptides to the control of food intake and energy expenditure. Besides its action in the control of hypothalamus-pituitary-adrenal axis, corticotropin releasing factor (CRF), has been described as an anorexigenic neuropeptide, modulating food intake and energy expenditure. It was shown that CRF synthesis is influenced by leptin, which would act increasing CRF neuron activation in the paraventricular nucleus (PVN). Gonadal hormones also participate in the regulation of food intake, body weight and body composition. Estradiol anorexigenic effect is mediated by specific receptors located in areas involved in the control of energy homeostasis. It was previously demonstrated that the reduction of food intake and body weight gain in ovariectomized treated rats is associated with an increase in CRF mRNA expression in the PVN. The present study aimed to investigate the role of CRF on estradiol regulation of energy homeostasis. Wistar female rats, weighing 200 230g, were bilaterally ovariectomized and divided into three groups: ovariectomized rats (OVX), ovariectomized rats treated with estradiol (OVX+E) and ovariectomized rats pair-fed with OVX+E rats (OVX+PF). The animals received daily subcutaneous injections of either estradiol cypionate (10 g/Kg bw, OVX+E) or vehicle (corn oil, OVX, OVX+PF) between 8 10 am, during 8 days. To evaluate the role of CRF on leptins effects we performed intracerebroventricular (icv) injection of recombinant leptin (10g/5L) with or without previous icv treatment with CRF-R2 antagonist (ansauvagin-30). We observed that estradiol replacement in OVX rats induced lower food intake and body weight gain. Leptin icv treatment reduced food intake, body weight gain and increased UCP-1 expression in brown adipose tissue and neuronal activation in the arcuate nucleus. These effects were abolished with previous icv administration of CRF-R2 antagonist. In conclusion, our data suggest that estradiol increases central sensitivity to leptin and this effect is mediated, at least in part, by CRF type 2 receptor
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