11 research outputs found

    Plataformas de gestão de aprendizagem e inovação educativa : contextos e práticas de colaboração

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    Tese de doutoramento, Educação (Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2012Com o propósito de contribuir para o conhecimento dos processos de integração educativa de plataformas LMS numa perspetiva de inovação, a investigação incidiu sobre práticas e contextos de utilização do Moodle e sobre o contributo do uso desta tecnologia nos processos colaborativos. A investigação compreendeu três fases: exploratória, imersiva e folow-up. Na primeira, através da aplicação de um questionário, foi possível traçar um esboço da expressão do Moodle num conjunto de 92 escolas do 3º ciclo e/ou secundário. A segunda fase centrou-se na análise de conceções, contextos e práticas de utilização de plataformas LMS e desenvolveu-se em duas etapas nas quais participaram diferentes grupos de informantes. Uma entrevista focus group e uma ação de formação contínua de professores, na modalidade de círculo de estudos, desenhada para promover as práticas colaborativas com recurso à plataforma Moodle. Na fase de follow-up investigou-se a relação entre o processo formativo e as práticas dos professores ao nível da utilização da plataforma Moodle e das práticas de colaboração. Seguindo uma metodologia interpretativa, a segunda e a terceira fases implicaram a combinação de técnicas e de diversos instrumentos de recolha de dados: entrevistas semi-estruturadas (focus group e individuais), questionários, registos de interações na plataforma e outros vestígios digitais. Em ambas as fases, os dados recolhidos foram predominantemente qualitativos, sob a forma textual, pelo que a análise de conteúdo foi a técnica dominante. Recorreu-se também a técnicas específicas de análise de redes sociais e ao tratamento estatístico considerado adequado face à problematica em estudo. A investigação forneceu evidências que permitem identificar um conjunto de fatores críticos nas práticas de utilização educativa do Moodle, ao nível da escola, dos professores e dos processos formativos e que são essenciais para a compreensão dos processos de integração da plataforma como suporte ao desenvolvimento do trabalho colaborativo.In order to contribute to the knowledge of the processes of educational integration of LMS platforms from an innovation perspective, this research focused on practices and contexts of Moodle’ uses and on the contribution of this technology for collaborative learning processes. The research consisted of three phases: exploratory, immersive and follow-up. In the first phase was administrated a questionnaire to a sample of schools. A picture of the coverage and extension of the Moodle’s uses was drawn from data gathered in a set of 92 schools of the 3rd cycle of basic education and / or secondary education. The second phase was focused on the analysis of teachers' conceptions, contexts and practices in the use of LMS platforms developed in two stages with the participation of different groups of key informant persons: a focus-group interview and a continuing teachers training programme - in the form of study circle - designed to promote collaborative practices using the Moodle platform. During the follow-up phase, the study has researched the relationship between the training process and teachers’ collaborative learning practices through using the Moodle platform. The second and third phases involved the combination of several techniques and data collection instruments following an interpretive methodology: semi-structured interviews (focus-group and individual), records of social interactions in the platform, other digital vestiges and questionnaires. In both phases, the collected data were predominantly of a qualitative nature and content analysis was the dominant technique. Specific techniques of social network analysis and statistical data analysis considered appropriate were also used. The research results provided evidence to identify a set of critical factors in the practices of educational uses of Moodle at level of school, teachers and the training processes. Comprehending those factors is fundamental to understand the use of the platform to support the development of collaborative learning

    Com os outros aprendemos, descobrimos e... construímos - um projecto colaborativo na plataforma Moodle.

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    "O presente artigo aborda a utilização de uma plataforma de aprendizagem (Moodle) em contexto educativo e descreve uma experiência pedagógica que decorreu no ano lectivo 2007/2008 onde participaram três turmas (do 8º, 9º e 12º anos) de duas Escolas Portuguesas. Enquanto exemplo de integração da plataforma Moodle nas práticas educativas ao nível dos ensinos básico e secundário, o projecto aqui relatado foi assumidamente orientado para a construção de uma comunidade virtual de aprendizagem, com base em propostas pedagógicas centradas em temáticas transversais e com recurso a ferramentas colaborativas. Inspirado num modelo de aprendizagem colaborativa, proposto por diversos autores, foi desenhado um ambiente virtual de aprendizagem que contribuísse não só para potenciar a integração da tecnologia ao serviço da aprendizagem em alguns domínios curriculares, mas também para desenvolver nos alunos competências transversais baseadas na colaboração. Palavras-chave: Aprendizagem colaborativa; plataforma de gestão de aprendizagem; comunidade de aprendizagem. --MAIO, Vicência;  CAMPOS, Fernando; MONTEIRO, Maria Elvira & HORTA, Maria João (2008). Com os outros aprendemos, descobrimos e... construímos - um projecto colaborativo na plataforma Moodle. In <i>Educação, Formação & Tecnologias;</i> vol.1(2); pp. 21-31, Novembro de 2008, disponível no URL: http://eft.educom.pt.--" &nbsp

    Iniciativa Escola, Professores e Computadores Portáteis

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    O estudo diz respeito à avaliação da Iniciativa “Escola, Professores e Computadores Portáteis” lançada em Setembro de 2006 pela Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação, através da Unidade de Missão Computadores, Redes e Internet nas Escolas, com uma duração prevista de 3 anos. A Iniciativa permitiu o apetrechamento das escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico e secundário no território continental português com computadores portáteis num total de 27.711 computadores portáteis. O apetrechamento consistiu no fornecimento de 24 computadores portáteis por escola, em média, sendo 10 para utilização individual e profissional por professores e de 14 computadores portáteis para utilização por professores com os seus alunos, em ambiente de sala de aula e em actividades de apoio a alunos em situações curriculares e extra-curriculares, acrescidos de um projector de vídeo e de um ponto de acesso sem fios, por escola, de acordo com o respectivo Edital. O acesso à Iniciativa foi feito através de um concurso de projectos cujo resultado contemplou 1164 escolas públicas, representando 95% do total das escolas do continente .As actividades das escolas no âmbito da Iniciativa tiveram início no ano lectivo de 2006/2007 envolvendo 1164 das 1212 escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. Para este ano lectivo, a estimativa total de professores em serviço naquelas escolas foi de 102.167 e a frequência de 803.905 alunos destes estabelecimentos de ensino. A partir dos indicadores “uso dos portáteis na escola” incluído nos questionários administrados estimamos que os portáteis tenham sido usados por 40.591 professores em actividades educativas com alunos. Cada computador foi usado em média por 3,5 professores. A estimativa obtida para os alunos foi de 334.086 que usaram os computadores portáteis. Cada computador foi usado em média por 20,5 alunos. A perspectiva de avaliação assumida assenta no princípio de que os resultados alcançados podem ser úteis para as diferentes audiências envolvidas na iniciativa: professores, escolas e decisores políticos. Os resultados do estudo de avaliação da Iniciativa “Escola, Professores e Computadores Portáteis” podem ter implicações ao nível da escola, do currículo e da aprendizagem, pelo que será de todo o interesse indicar algumas sugestões e recomendações

    Competências TIC. Estudo de Implementação

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    A proposta de formação e certificação de professores e pessoal não docente aqui apresentada corresponde ao reconhecimento que, no âmbito do Plano Tecnológico da Educação (PTE), é feito sobre a necessidade de investimento no capital social e humano como forma de responder aos objectivos de modernização da escola em Portugal. Constituindo um imperativo que a escola acompanhe e, até, lidere o desenvolvimento verificado nas outras áreas e contextos da vida em sociedade e a par dos recursos disponibilizados, faz sentido, de facto, preparar convenientemente os agentes educativos para usarem regularmente e poderem tirar partido das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas suas actividades quotidianas. É uma proposta que permite responder às metas explícitas previstas no PTE de garantir que, em dois anos, a quase totalidade dos professores (pelo menos 90%) possuam as competências digitais básicas necessárias para poderem operar instrumentalmente com os recursos e tecnologias disponíveis nas escolas, mas, mais do que isso, permite traçar um caminho em direcção à inovação das práticas pedagógicas e de melhoria das aprendizagens dos alunos. Uma vez que, como é sabido, a mudança e a inovação em educação são processos complexos e longos, a equipa responsável pelo estudo quis aproveitar a oportunidade de apresentar um sistema integrado e articulado de formação e certificação, não apenas com um horizonte temporal mais amplo, mas que permitisse também equacionar e tomar em consideração as diferentes variáveis e especificidades que caracterizam o contexto nacional, isto é, a situação em que no nosso país as escolas funcionam e são geridas, o perfil de competências traçado para os professores portugueses e o modelo de avaliação do seu desempenho, a orientação do currículo nacional relativamente à utilização das TIC pelos alunos, as experiências desenvolvidas no terreno na área das TIC, etc. Nessa linha, tomou-se como principal alicerce do sistema a concepção de um referencial de competências em TIC que, beneficiando do conhecimento de alguns referenciais internacionais estudados, se ajustasse à realidade portuguesa e permitisse dar consistência e coerência aos restantes elementos do próprio sistema, isto é, a formação e a certificação. Não só como suporte à organização e desenvolvimento da formação de agentes educativos e à certificação de competências, mas também, de forma mais abrangente, como base de reflexão e de apoio ao seu desenvolvimento profissional, facilitando o processo de análise de necessidades de formação individuais e institucionais, a tomada de decisão sobre processos e percursos formativos, a orientação dos investimentos, a avaliação dos resultados, a investigação sobre a própria mudança de práticas ou melhoria do sistema escolar. A proposta aqui apresentada em respeito pelos normativos que regem a actividade profissional de professores e pessoal não docente, assentou nos resultados de investigação sobre a formação de professores e de adultos em geral e, no caso dos docentes, sobre a proposta de formação relativa à especificidade da integração das TIC na actividade pedagógica, mas também sobre os factores que facilitam ou inibem a utilização das novas tecnologias por parte dos professores. Em articulação estreita com o que nos restantes eixos do Plano Tecnológico da Educação está previsto, mas considerando que a eficácia da formação não é uma questão técnica, dependendo fortemente de variáveis impossíveis de controlar em toda a sua dimensão, como por exemplo a implicação do formando, ou a do próprio formador e o modo como ambos percebem e se envolvem nos processos formativos, a estratégia de formação aqui proposta assenta num conjunto de pressupostos e condições que é necessário assegurar, de forma a viabilizar a aplicação das aprendizagens que ela possibilita e reforcem e desenvolvam os seus efeitos.Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educaçã

    Competências TIC. Estudo de Implementação. Vol. II

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    Este segundo volume do estudo de implementação sobre as Competências TIC dos professores inclui os diversos estudos realizados, pela equipa do projeto e por alguns especialistas convidados, para suporte à apresentação da proposta sobre a formação e certificação das competências TIC dos professores em Portugal. Estudo 1. Auscultação de Informantes Chave Autoria: Equipa do projeto - Costa, Rodrigues, Peralta, Ramos, Sebastião, Maio, Dias, Gomes, Osório, Ramos, Valente, Cruz, Reis Resumo: No âmbito do Estudo de Implementação do Projecto ‘Competências TIC’ realizaram-se quatro entrevistas de grupo, correspondentes à primeira fase do dispositivo de auscultação directa. Os grupos entrevistados foram constituídos por responsáveis e colaboradores de Centros de Formação, responsáveis de Centros de Competência, Coordenadores TIC, Presidentes dos Conselhos Executivos e Formadores em TIC. As entrevistas foram conduzidas em torno dos seguintes aspectos nucleares: (1) pontos fortes e pontos fracos do processo de implementação das TIC na escola, em Portugal; (2) estratégias eficazes para introduzir as TIC nos processos de ensino e nos processos de aprendizagem; (3) sucessos e limitações da formação contínua já realizada e perspectivas para a formação desejada; (4) organização do processo de certificação de competências em TIC. Como técnica de análise e interpretação dos dados foram seguidos os procedimentos sugeridos na literatura. Os resultados aqui apresentados evidenciam os aspectos mais salientes bem como as tendências predominantes e são organizados em função de quatro temas de análise: “Implementação das TIC no ensino”, “Formação”, “Competências” e “Certificação”. Estudo 2. Auscultação de Painel de Especialistas em TIC e Responsáveis das Associações de Professores. Autoria: Equipa do projeto - Costa, Rodrigues, Peralta, Ramos, Sebastião, Maio, Dias, Gomes, Osório, Ramos, Valente, Cruz, Reis Resumo: No âmbito do Estudo de Implementação do Projecto ‘Competências TIC’ e na primeira fase do dispositivo de auscultação directa questionou-se um painel de especialistas em TIC e responsáveis de associações de professores, visando conhecer a sua opinião sobre estratégias de formação que permitissem a preparação efectiva de todos os professores com as competências básicas na área das TIC, bem como sobre o modo de fazer a certificação dessas competências. A amostra de conveniência dos respondentes foi constituída por onze especialistas e treze responsáveis de associações de professores. O questionário, elaborado com perguntas de resposta aberta, solicitava a opinião relativamente a recomendações que fariam (i) para a implementação de um programa de formação que permitisse a preparação efectiva de todos os professores com as competências básicas na área das TIC; (ii) para a implementação do processo de certificação das competências em TIC. Para a análise da informação obtida foram seguidos os procedimentos sugeridos na literatura, nomeadamente os de análise de conteúdo de respostas abertas. Os dados obtidos foram organizados e analisados em função de três temas: “Competências de Professores em TIC”, “Formação de Professores em TIC” e “Certificação de Competências em TIC”, permitindo a apresentação de resultados que, pela sua relevância, apoiaram e sustentaram as decisões da equipa do estudo no âmbito destas temáticas. Estudo 3. Auscultação de Ex-alunos dos Ensinos Básico e Secundário. Autoria: Equipa do projeto - Costa, Rodrigues, Peralta, Ramos, Sebastião, Maio, Dias, Gomes, Osório, Ramos, Valente, Cruz, Reis Resumo: No âmbito do Estudo de Implementação do Projecto ‘Competências TIC’, e tendo em conta a estratégia metodológica desenhada, particularmente o dispositivo de auscultação directa, aplicou-se um questionário a uma amostra de Ex-alunos dos Ensinos Básico e Secundário que frequentam o 1.° ano da Licenciatura em Ciências da Educação da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. O recurso a metodologias de recolha e análise de dados de natureza essencialmente qualitativa no quadro de uma abordagem exploratória, visou conhecer as representações dos alunos (1) sobre as competências que os professores devem possuir para que integrem as TIC em contextos educativos e, simultaneamente, (2) sobre o tipo de estratégias de ensino e de aprendizagem que poderão contribuir para melhor trabalhar e aprender com as TIC. A análise dos dados deste estudo permitiu identificar um conjunto de áreas de competência (pedagógica, tecnológica e profissional), bem como competências específicas, que os professores devem ter para que integrem as TIC em contextos educativos e, ao mesmo tempo, identificar um conjunto de estratégias que poderão contribuir para melhorar os processos de ensino e de aprendizagem com as TIC. Actividades que: (i) facilitem a comunicação de ideias; (ii) sejam adequadas quer à individualidade quer à heterogeneidade dos alunos; (iii) facilitem o acesso à informação por parte dos alunos; (iv) integrem uma componente de formação teórica com uma componente de formação prática ; (v) contemplem a realização de testes; (vi) promovam o desenvolvimento das competências necessárias à adaptação a novas situações, nomeadamente capacidades de trabalho autónomo, de comunicação e divulgação de ideias e de colaboração. Estudo 4. Visibilidade das TIC no Currículo Nacional em Portugal. Autoria: Elisabete Cruz Resumo: O trabalho aqui apresentado enquadra-se no Estudo de Implementação do Projecto ‘Competências TIC’, e tem como finalidade determinar em que medida o Currículo Nacional considera a utilização das TIC para o desenvolvimento das aprendizagens dos alunos. Nesse sentido, foram definidas as seguintes questões de investigação: (1) Como é que as TIC se encontram integradas no Currículo Nacional? (2) Que tipo de competências se espera desenvolver nos alunos com as TIC? (3) Que modalidades de organização do trabalho na sala de aula associadas ao uso das TIC são privilegiadas? (4) Que tipo de recursos é necessário mobilizar para a aquisição e desenvolvimento das competências visadas? Privilegiando uma abordagem de investigação de carácter exploratório, o estudo incidiu na análise do Currículo Nacional. O corpus de análise foi constituído pelo Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais e pelos Programas de dez disciplinas integradas no plano de estudos dos cursos científico humanísticos do Ensino Secundário. Para analisar os dados, recorremos à técnica de análise documental, organizando os dados numa matriz de análise de dupla entrada, contemplando seis dimensões sustentadas pela teoria do currículo, e cinco categorias correspondentes a cinco modos distintos de perspectivar o uso das TIC nos processos de ensino e de aprendizagem. Os dados recolhidos e globalmente analisados revelam que a visibilidade que é dada às TIC no Currículo Nacional: (i) é fruto de menor atenção face à cultura tecnológica que transparece nos mais recentes enunciados políticos; (ii) não é reveladora da integração dos conteúdos das diferentes áreas disciplinares; (iii) não revela de forma consistente uma preocupação em integrar uma vertente de aprofundamento de competências em TIC; (iv) é reduzida em termos de orientações concretas e claras sobre os modos de organizar o trabalho com as TIC; (v) assenta principalmente na valorização do uso da Internet; (vi) manifesta ausência de enunciados sobre formas, métodos e técnicas possíveis de avaliar as competências visadas. Estudo 5. Enquadramento das TIC na Formação Contínua de Professores Autoria: António Moreira e Maria José Loureiro Resumo: O presente texto pretende abordar algumas das condições que devem ser observadas para a implementação de modelos de formação contínua de professores em TIC que tenham em vista os avanços das tecnologias, as necessidades reais da educação e os novos pressupostos da aprendizagem. Considerando que os estudos nesta área não têm sido abundantes e que os seus resultados não são conclusivos, a abordagem adoptada assenta em grande parte em estudos de reflexão teórica e em alguns dos trabalhos empíricos realizados no contexto nacional, bem como em algumas outras realidades observadas noutros países. Traça-se uma breve panorâmica histórica da formação contínua de professores em TIC em Portugal, passando- se à análise das implicações da integração das TIC nas actividades de sala de aula para o desenvolvimento profissional dos professores. No âmbito da investigação nesta área, abordam-se aspectos como os objectivos da integração das TIC na sala de aula, bem com as TIC enquanto objecto de estudo e enquanto ferramentas de aprendizagem. Passa-se de seguida a perspectivar as TIC enquanto parte integrante do conteúdo, da pedagogia e da reforma do ensino, dando-se conta dos seus múltiplos papéis. Finalmente apresenta-se um conjunto de estratégias sistémicas associadas à formação contínua de professores na área, de acordo com dois vectores distintos – estratégias directas e indirectas/não directas, isto é: relativas a infra-estruturas/a aspectos logísticos. É ainda abordada a problemática do reconhecimento e certificação de conhecimentos prévios e competências neste domínio. Em jeito de conclusão apontam-se algumas sugestões/princípios de base à constituição de um plano de formação contínua de professores em TIC que a presente reflexão suscita. Estudo 6. Articulação entre a Formação Inicial e a Formação Contínua de Professores e Educadores na dimensão TIC: Princípios de orientação. Autoria: João Filipe Matos e Neuza Pedro Resumo: Este estudo apresenta uma definição do objecto, contexto e princípios orientadores para a formação em TIC,face às necessidades de integração pedagógica e inovação educacional com as tecnologias. Visando contribuir para a sustentação de opções quer ao nível da formação inicial, quer da formação contínua de professores e educadores, bem como para o estabelecimento de bases para a definição de formas de articulação entre tais modalidades de formação, o estudo desenvolve-se ao longo de cinco pontos temáticos. No primeiro ponto, “Integração plena da dimensão TIC na formação inicial e contínua”, os autores salientam a importância da redefinição estratégica da integração das TIC na formação inicial. No segundo ponto de reflexão, “Qualidade da formação dos formadores”, o estudo evidencia as limitações das políticas de desenvolvimento de competências centradas nas dimensões tecnológicas, e na consequente inadequação e desarticulação com as perspectivas de intervenção pedagógica. No terceiro ponto, “A continuidade estratégica na formação”, identifica-se o princípio de continuidade entre a formação inicial dos professores e os momentos de formação contínua como um eixo estruturante do novo quadro de referência para a formação. No quarto ponto, “Subsidariedade e sustentabilidade da formação inicial e contínua”, sublinha-se o princípio da participação e desenvolvimento do sentido de pertença nas comunidades de profissionais da educação, valorizando-se a responsabilização dos actores no desenvolvimento de uma visão estratégica da formação contínua face às necessidades e condicionalismos locais, suportada pela utilização extensiva de ambientes e plataformas de e-learning. No último ponto deste estudo, “Integração das TIC em órgãos funcionais e a participação em colectivos”, resume-se a problemática da utilização das TIC como artefactos mediadores da actividade educativa, bem como da sua apropriação e naturalização nas práticas funcionais dos grupos de utilizadores e da comunidade de educação, apresentando-se ainda uma síntese dos princípios enunciados ao longo do estudo para o enquadramento integrado da formação inicial e contínua. Destacam-se como principais conclusões: (1) a necessidade de promover uma política de formação inicial no domínio das TIC; (2) o desenvolvimento de uma visão integrada para a formação inicial e contínua que favoreça a articulação e continuidade nas diferentes fases e processos de formação; (3) a qualidade na integração das tecnologias nos processos e práticas pedagógicas; (4) a construção de uma cultura de pesquisa, participação e inovação nas comunidades de professores e educadores. Estudo 7. Comunicar com TIC: Base de trabalho para desenvolvimento de um módulo interactivo de auto-formação. Autoria: Francisca Soares e Sandra Fradão Resumo: Este produto, desenvolvido no âmbito do Estudo de Implementação do Projecto ‘Competências TIC’, visa fornecer uma base de trabalho para a concepção de um módulo de formação interactivo que possa ser disponibilizado online, especialmente numa perspectiva de autoformação. Após uma breve explicação do que se entende por Comunicação/Comunicar e de que forma as Tecnologias de Informação e Comunicação podem ajudar a desenvolver esta competência passa-se de seguida à identificação de ferramentas tecnológicas que podem servir essa mesma competência. O que é? procura explicar de forma sucinta o que são cada uma dessas ferramentas e os locais onde podem ser encontradas e descarregadas. Os 5 passos para começar pretendem ser uma ajuda para todos aqueles que se desejam iniciar na utilização das TIC tanto ao nível da comunicação síncrona como assíncrona. As Potencialidades apresentam algumas das mais-valias e aspectos mais positivos que as referidas ferramentas apresentam em termos do desenvolvimento da competência de comunicação. Os Exemplos e Boas Práticas podem servir de modelo e/ou inspiração dos usos que pode fazer destas ferramentas e das mais-valias que as mesmas poderão trazer. As Dicas e Sugestões assumem-se como um espaço de ajuda e de sugestões práticas e concretas para uma utilização plena das ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona. A Grelha de Verificação pretende funcionar como uma forma de auto-avaliação e tomada de consciência das dificuldades ainda sentidas, bem como dos aspectos já totalmente superados, numa lógica de autoformação e aprendizagem ao longo da vida. Pretende-se, por fim, em E se eu quiser… promover a reflexão em torno de questões relacionadas com o uso destas ferramentas e uma atitude crítica face às mesmas

    Contributos para o estudo da educação ambiental no 3º ciclo do ensino básico

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    Introdução - Um dos propósitos para a concretização do presente estudo prende-se com a potencial utilidade dos resultados que esta investigação vier a produzir. O interesse que a temática da Educação Ambiental vem suscitando e as preocupações educativas e sociais que lhe são inerentes, conduziram à necessidade de contribuir para o conhecimento da Educação Ambiental num contexto de Reforma Curricular. Esta dissertação, enquadrando-se no Curso de Mestrado em Ecologia Humana, do qual constitui um requisito obrigatório para a obtenção do grau de Mestre, responde também a uma outra necessidade profissional e pessoal, na medida em que a sua realização se irá traduzir num processo autoformativo, sobretudo ao nível da iniciação aos processos de investigação em educação. Em qualquer investigação, as opções e os caminhos que elas implicam envolvem sempre alguma margem de risco. A escolha do tema e a definição do objecto de estudo constituem um primeiro momento em que é preciso expormo-nos. No caso presente, a dificuldade maior resultou do facto de o campo científico em que nos situamos -Ecologia Humana- ser particularmente rico de possibilidades e, por isso, qualquer escolha deixaria para trás outras igualmente aliciantes e não menos importantes. Normalmente, o contexto e o percurso de cada investigador encarregam-se de fornecer os indícios, baseados em necessidades, interesses ou problemas da comunidade, necessários à eleição do tema a estudar. Assim aconteceu de facto. Se pela conjugação da formação académica com a actividade profissional, a temática da Educação Ambiental (de ora em diante designada, abreviadamente. por EA) surgiu quase naturalmente, já na definição do objecto e na formulação do problema a investigar o processo sofreu sucessivas aproximações até à opção que ora se apresenta. Assim, face à necessidade de conhecer o que se faz e como se faz Educação Ambiental, no quadro do sistema de ensino, e pela impossibilidade de abarcar, de todos as formas, a totalidade de tal objecto, houve também aqui, que fazer algumas opções. Neste trabalho procurar-se-á, por um lado, através da revisão da literatura. traçar o quadro teórico da EA e, por outro, fazer um estudo exploratório cujos resultados permitirão, porventura, esboçar uma "imagem", ainda que limitada. do estado da EA ao nível do 3° Ciclo do Ensino Básico. A sua estrutura inclui sete capítulos. O primeiro capítulo corresponde à introdução. No segundo capítulo encontra-se a definição do problema: identificação do problema em estudo, objectivos e perguntas de investigação. No terceiro capítulo introduzem-se as referências de base dentro do quadro teórico da Ecologia Humana. No quarto capítulo, procura-se, com base na revisão bibliográfica apresentar uma fundamentação teórica do problema, clarificar aspectos fundamentais no âmbito da Educação Ambiental (conceito, objectivos e métodos) e discutir a problemática da sua integração curricular. No quinto capítulo, descreve-se a metodologia, os procedimentos, as etapas e o contexto da investigação e também a análise e tratamento dos dados cuja interpretação constitui o sexto capítulo. No sétimo, e último, capítulo são apresentadas algumas conclusões e deixam-se algumas recomendações

    "Ciao Women": Contributos para o estudo das necessidades de aprendizagem ao longo da vida específicas de mulheres adultas em relação às TIC.

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    Este texto tem como objectivo apresentar e discutir resultados de uma investigação conduzida em cinco países europeus sobre as necessidades de aprendizagem ao longo da vida de mulheres adultas no uso de tecnologias. A metodologia adoptada baseou-se em entrevistas autobiográficas a cerca de 250 mulheres nos diferentes países e que puderem assim expressar as suas ideias, expectativas, necessidades, interesses, sentimentos e emoções relativamente às tecnologias de informação e comunicação (computador e Internet) e ao seu uso em diferentes contextos. Foram igualmente seleccionadas cinco revistas destinadas a este grupo-alvo, por país, e realizada a análise de conteúdo apropriada. O estudo incluiu ainda entrevistas a �experts� (três por país) no domínio da educação, género e tecnologias. O estudo apresenta os resultados da investigação e questiona alguns dos estereótipos mais comuns relativos à relação entre a mulher e as tecnologias bem como as práticas formativas convencionais que não atendem, regra geral, aos aspectos associados à natureza do género. O estudo enuncia algumas recomendações a levar em consideração na concepção e planeamento de acções de formação destinadas a mulheres adultas no quadro da aprendizagem ao longo da vida. Palavras-Chave: género, tecnologia, educação, aprendizagem ao longo da vida, entrevistas narrativas
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