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Excisão de Pterígio Primário com Autotransplante Conjuntival e Cola Biológica
Introdução: O Pterígio é uma patologia frequente e o seu tratamento cirúrgico é consensualmente aceite. Diferentes opções cirúrgicas e variantes estão descritas: enquanto alguns métodos caíram em desuso pela sua elevada taxa de recidiva, outros foram abandonadas pelos seus custos e complicações associados. A realização de autotransplante conjuntival tornou-se a técnica de eleição e o recurso a cola biológica tornou o procedimento mais fácil e rápido. Apresentamos a nossa experiência com esta técnica e reportamos as vantagens da utilização de cola biológica num estudo prospectivo a 5 anos.
Material e métodos: 101 casos de 92 doentes com pterígio primário foram submetidos a autotransplante conjuntival (e limbar se área limbar envolvida superior a 6mm) com recurso a cola biológica de fibrina (Tissucol® / Tisseellyo®) - 94 casos, ou polímero de polietileno glicol (PEG;
Ocuseal®) - 7 casos.
Objectivo: primário- determinar a taxa de recidiva por tempo de tratamento. Secundários- identificar perda de retalho, retracção conjuntival, complicações cirúrgicas e reacções adversas ao uso de cola biológica.
Resultados: A taxa de recidiva foi de 6% (4% no primeiro ano pós-cirurgia). A taxa de perda de retalho foi de 2%, de retracção conjuntival de 17%. Não se observaram complicações cirúrgicas graves nem reacções adversas ao uso de cola biológica. Num caso verificou-se hemorragia conjuntival.
Conclusões: A cirurgia de pterígio com autotransplante conjuntival e uso de cola biológica é um procedimento seguro, eficaz e com baixa taxa de recidiva
Contribuição da Microscopia Confocal In Vivo para o Diagnóstico e Follow-Up de Neoplasias Conjuntivais Intraepiteliais
Objectivo: Analisar o contributo da microscopia confocal in vivo para o diagnóstico efollow-up de neoplasias conjuntivais intraepiteliais.
Métodos: Avaliámos 5 doentes com neoplasia conjuntival intraepitelial unilateral com o Heidelberg Retina Tomograph II, Rostock Cornea Module. Três doentes foram submetidos a excisão com crioterapia adjuvante, um doente a excisão com crioterapia adjuvante e ciclos de IFN-a2b e um doente a excisão simples e ciclos de IFN-a2b. As imagens de microscopia confocal foram comparadas com a histologia das mesmas lesões. 0 follow-up clínico, através de fotografias do segmento anterior, foi comparado com os achados da microscopia confocal.
Resultados: Três dos doentes foram identificados histologicamente como neoplasia intraepitelial de alto grau e dois como carcinoma in situ. As características histológicas descritas correlacionam-
se bem com as visíveis à microscopia confocal: alteração da estrutura do epitélio com acantose, disqueratose, pleomorfismo celular, aumento da refletibilidade celular e nuclear, com relação núcleo/citoplasma aumentada e por vezes binucleação. A lesão é bem delimitada e os plexos nervosos sob a lesão não são visíveis. A microscopia confocal identificou uma recidiva e
demonstrou-se útil na monitorização da resposta ao tratamento.
Conclusão: A microscopia confocal ill vivo pode ter um papel importante não só no diagnóstico
inicial como também na deteção de recidivas e na avaliação da resposta ao tratamento, de uma forma minimamente invasiva
Leucemia Linfoblástica Aguda com Descolamento Macular Seroso Bilateral
Acute lymphoblastic leukemia is a malignant hematopoietic neoplasia, which is rare in adults. Although ocular fundus alterations may be commonly observed in the course of the disease, such alterations are rarely the presenting signs of the disease. Here we describe the case of a patient with painless and progressive loss of visual acuity (right eye, 2/10; left eye, 3/10) developing over two weeks, accompanied by fever and cervical lymphadenopathy. Fundus examination showed bilateral macular serous detachment, which was confirmed by optical coherence tomography. Fluorescein angiography revealed hyperfluorescent pinpoints in the posterior poles. The limits of the macular detachment were revealed in the late phase of the angiogram. The results of blood count analysis triggered a thorough, systematic patient examination. The diagnosis of acute lymphoblastic leukemia B (CD10+) was established, and intensive systemic chemotherapy was immediately initiated. One year after the diagnosis, the patient remains in complete remission without any ophthalmologic alterations.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Aplicação de Membranas Amnióticas na Reconstrução da Superfície Ocular Externa em Idade Pediátrica
Introdução: Vários estudos comprovam os benefícios da aplicação de membranas amnióticas
na reconstrução da superfície ocular em idade adulta, pelos seus efeitos anti-inflamatorios,
anti-adesivos e anti-apoptóticos. Em idade pediátrica, a reconstrução da superfície ocular carece de especial atenção e este procedimento encontra-se ainda pouco estudado. Não foi encontrado nenhum estudo especificamente dirigido à aplicação de membranas amnióticas na
reconstrução da superfície ocular externa desta faixa etária, pelo que procurámos elucidá-lo.
Material e métodos: Estudo retrospetivo englobando todos os doentes em idade pediátrica
(7,1 anos +/- 4,17) submetidos a transplante de membrana amniótica no Centro Hospitalar
de Lisboa Central entre 2008 e 2015, para reconstrução da superfície ocular externa. Entre
os doentes (n=6 olhos de 6 crianças), quatro apresentavam patologia do foro neoformativo
ou inflamatório e dois apresentavam queimaduras extensas da superfície ocular. Foi realizada
divisão em dois grupos, com base na presença ou não de insuficiência de células limbares. Foram avaliadas características clínicas e demográficas, MAVC antes e após a cirurgia, tempo de reepitelização, amplitude de movimentos oculares antes e após a cirurgia, presença de recidiva ou complicações e resultado estético. O tempo de seguimento foi de 4 a 83 meses.
Resultados: Verificaram-se sucessos completos em todos os doentes sem insuficiência limbar
(50% do total de doentes), sucessos parciais em dois dos doentes com insuficiência limbar
(33,3%) e um caso de falência terapêutica (16.7%). Nos doentes em que se observou recidiva,
o tempo médio para esta ocorrência foi de 8,3 +/- 6,8 meses. Não se verificaram complicações
em nenhum dos casos. Observou-se melhoria pós-operatória em um dos dois casos que tinham diminuição da acuidade visual pré-operatória (aumento da MAVC em 6 linhas). Verificou-se ainda uma melhoria da motilidade ocular e aspeto estético em todos os doentes com alterações prévias destes parâmetros.
Conclusão: O transplante de membrana amniótica mostrou ser muito benéfico também em
idade pediátrica. Pode ser realizado como tratamento isolado ou coadjuvante, sendo os resultados superiores nos casos de células limbares funcionantes. Não foi detetada maior incidência de complicações ou rejeições comparativamente ao descrito na literatura para a idade adulta.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Anéis de Ferrara: - 4 Anos Depois
Os anéis intraestromais, nomeadamente o anel de Ferrara, constitui uma importante opção terapêutica das doenças ectásicas da córnea, de origem não inflamatória como o Queratocone. Os autores analisaram os primeiros 30 casos operados no Serviço de Oftalmologia do CHLC relativamente à eficácia, estabilidade e segurança deste procedimento ao longo dos 4 anos. Verificaram estabilidade refractiva, diminuição queratométrica e do equivalente esférico e boa tolerância ao material implantado. Os autores concluem que esta opção terapêutica para o queratocone é segura, reversível, com resultados estáveis que permitem adiar ou evitar a queratoplastia
The Importance of Radiation Dose to the Atherosclerotic Plaque in the Left Anterior Descending Coronary Artery for Radiation-Induced Cardiac Toxicity of Breast Cancer Patients?
IMPORTANCE: Radiation-induced acute coronary events (ACEs) may occur as treatment-related late side effect of breast cancer (BC) radiation. However, the underlying mechanisms behind this radiation-induced cardiac disease remains to be determined. OBJECTIVE: The objective of this study was to test the hypothesis that radiation dose to calcified atherosclerotic plaques in the left anterior descending coronary artery (LAD) is a better predictor for ACEs than radiation dose to the whole heart or left ventricle in BC patients treated with radiotherapy (RT). DESIGN, SETTING, PARTICIPANTS, AND MAIN OUTCOMES AND MEASURES: The study cohort consisted of 910 BC patients treated with postoperative RT after breast conserving surgery. In total, 163 patients had an atherosclerotic plaque in the LAD. The endpoint was the occurrence of an ACE after treatment. For each individual patient, the mean heart dose (MHD), volume of the left ventricle receiving ≥ 5 Gy (LV-V5), mean LAD dose and mean dose to calcified atherosclerotic plaques in the LAD, if present, were acquired based on planning CT-scans. Cox-regression analysis was used to analyse the effects on the cumulative incidence of ACEs. RESULTS: The median follow-up time was 9.2 years (range: 0.1-14.3 years). In total, 38 patients (4.2%) developed an ACE during follow-up. For patients with an atherosclerotic plaque (n=163) the mean dose to the atherosclerotic plaque was the strongest predictor for ACE, even after correction for cardiovascular risk factors (HR: 1.269 (95% CI: 1.090-1.477), P=0.002). The LV-V5 was associated with ACEs in patients without atherosclerotic plaques in the LAD (n=680) (hazard ratio (HR): 1.021 (95% CI: 1.003-1.039; P=0.023). CONCLUSION AND RELEVANCE: The results of this study suggest that radiation dose to pre-existing calcified atherosclerotic plaques in the LAD is strongly associated with the development of ACEs in BC patients
Diaphragm and abdominal organ motion during radiotherapy:a comprehensive multicenter study in 189 children
Background: For accurate thoracic and abdominal radiotherapy, inter- and intrafractional geometrical uncertainties need to be considered to enable accurate margin sizes. We aim to quantify interfractional diaphragm and abdominal organ position variations, and intrafractional diaphragm motion in a large multicenter cohort of pediatric cancer patients (< 18 years). We investigated the correlation of interfractional position variations and intrafractional motion with age, and with general anesthesia (GA). Methods: In 189 children (mean age 8.1; range 0.4–17.9 years) from six institutes, interfractional position variation of both hemidiaphragms, spleen, liver, left and right kidneys was quantified using a two-step registration. CBCTs were registered to the reference CT relative to the bony anatomy, followed by organ registration. We calculated the group mean, systematic and random errors (standard deviations Σ and σ, respectively) in cranial-caudal (CC), left-right and anterior-posterior directions. Intrafractional right hemidiaphragm motion was quantified using CBCTs on which the breathing amplitude, defined as the difference between end-inspiration and end-expiration peaks, was assessed (N = 79). We investigated correlations with age (Spearman’s ρ), and differences in motion between patients treated with and without GA (N = 75; all < 5.5 years). Results: Interfractional group means were largest in CC direction and varied widely between patients, with largest variations in the right hemidiaphragm (range -13.0–17.5 mm). Interfractional group mean of the left kidney showed a borderline significant correlation with age (p = 0.047; ρ = 0.17). Intrafractional right hemidiaphragm motion in patients ≥ 5.5 years (mean 10.3 mm) was significantly larger compared to patients < 5.5 years treated without GA (mean 8.3 mm) (p = 0.02), with smaller Σ and σ values. We found a significant correlation between breathing amplitude and age (p < 0.001; ρ = 0.43). Interfractional right hemidiaphragm position variations were significantly smaller in patients < 5.5 years treated with GA than without GA (p = 0.004), but intrafractional motion showed no significant difference. Conclusion: In this large multicenter cohort of children undergoing thoracic and abdominal radiotherapy, we found that interfractional position variation does not depend on age, but the use of GA in patients < 5.5 years showed smaller systematic and random errors. Furthermore, our results showed that breathing amplitude increases with age. Moreover, variations between patients advocate the need for a patient-specific margin approach.</p
Fate specification and tissue-specific cell cycle control of the <i>Caenorhabditis elegans</i> intestine
Coordination between cell fate specification and cell cycle control in multicellular organisms is essential to regulate cell numbers in tissues and organs during development, and its failure may lead to oncogenesis. In mammalian cells, as part of a general cell cycle checkpoint mechanism, the F-box protein β-transducin repeat-containing protein (β-TrCP) and the Skp1/Cul1/F-box complex control the periodic cell cycle fluctuations in abundance of the CDC25A and B phosphatases. Here, we find that the Caenorhabditis elegans β-TrCP orthologue LIN-23 regulates a progressive decline of CDC-25.1 abundance over several embryonic cell cycles and specifies cell number of one tissue, the embryonic intestine. The negative regulation of CDC-25.1 abundance by LIN-23 may be developmentally controlled because CDC-25.1 accumulates over time within the developing germline, where LIN-23 is also present. Concurrent with the destabilization of CDC-25.1, LIN-23 displays a spatially dynamic behavior in the embryo, periodically entering a nuclear compartment where CDC-25.1 is abundant
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