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    Associação do consumo de alimentos ultraprocessados com alterações cardiometabólicas em adolescentes brasileiros

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    Introdução: A mudança do estilo de vida dos brasileiros nas últimas décadas está associada ao aumento da prevalência das doenças cardiometabólicas (DCM), principalmente pela mudança no padrão alimentar. Objetivo: Avaliar a associação do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) com marcadores de risco cardiometabólico em adolescentes brasileiros. Métodos: A amostra foi composta por adolescentes de 12 a 17 estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) entre 2013 e 2014. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um recordatório alimentar de 24 horas e a classificação NOVA foi utilizada para avaliar o grau de processamento dos alimentos. A avaliação antropométrica, assim como da alimentação, foi realizada por pesquisadores treinados. Apenas alunos do turno da manhã, devido à necessidade de jejum, realizaram a coleta de sangue para avaliação dos parâmetros bioquímicos. Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para avaliar a associação de AUP com fatores de risco cardiometabólicos. Resultados: No total, 36.952 adolescentes participaram do estudo. O consumo calórico médio proveniente de AUP foi de 30,7% ao dia. Maior consumo de AUP foi observado entre adolescentes do sexo feminino e com idade entre 15 e 17 anos. Os adolescentes que mais consumiam AUP apresentaram maior risco de ter LDL-c alterado (RP = 1,012; IC95% 1,005 – 1,029), apesar de apresentarem uma relação inversa com o HDL-c baixo (RP = 0,972; IC95% 0,952 – 0,993). Não foram observadas associações com os demais fatores de risco cardiometabólicos investigados. Conclusão: O consumo elevado de AUP parece impactar o perfil lipídico de adolescentes, especialmente as frações LDL-c e HDL-c.Introduction: The changes in the life-style of population in Brazil during the last decades were associated with increases in the cardiometabolic diseases (CMD), mostly by changes in diet pattern. Diet is an important modificable risk factor to reduce CMD prevalence, specially between young people. Objective: To evaluate the association between consumption of ultraprocessed food (UPF) and cardiometabolic markers in Brazilian adolescents. Methods: The data was composed by adolescents with 12-17 years old, students from public and private schools in Brazil, enrolled in the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA) in 2013-2014. Information about food consumption was collected using 24-hour dietary record and UPF were categorized by NOVA classification. Anthropometric measures and food consumption were collected by trained researchers. Fasting blood samples was needed, thus just morning shift students were included in the analysis. Poisson regression models were used to assess the association of UPF with cardiometabolic risk factors. Results: Overall, 36.952 adolescents were included. The average of energy intake from UPF was 30.7% per day. The Higher intake of UPF was observed in girls and those with 15-17 years old. Adolescents with higher consumption of UPF showed an increased prevalence ratios (PR) for high LDL-c (PR = 1.012; 95%IC 1.005 – 1.029), even though showing an inverse relationship with low HDL-c (PR = 0.972; 95%IC 0.952 – 0.993). No associations were observed with others cardiometabolic risk factors. Conclusion: The high consumption of UPF was associated with lipid profile among adolescents, especially the LDL-c and HDL-c fractions

    Associação da percepção do peso corporal com a qualidade da dieta de adolescentes brasileiros

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    Objective: To evaluate the association between body weight perception and quality of diet among Brazilian adolescents. Methods: The sample was composed of 71,740 adolescents aged from 12 to 17 years-old enrolled in the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes - ERICA), carried out during 2013-2014. Body weight perception was self-reported. Food consumption was assessed by food record and quality of diet index for Brazilian adolescents (DQIA-BR) was calculated, considering the balance, diversity, and diet composition. The quality of diet was compared according to weight perception for the entire sample and after stratification by nutritional status. Linear regression models were used to assess the association between body weight perception and quality of diet. Results: Among the studied adolescents, 14.7 and 30.3% reported to be underweight or overweight in relation to their desired weight, respectively. Those who perceived themselves as overweight had lower quality of diet (DQIA-BR=16.0 vs. 17.4 points; p<0.001). After stratification by BMI, adolescents with normal weight (DQIA-BR=15.3 points) or overweight (DQIA-BR=16.1 points), but who perceived themselves as overweight showed lower quality of diet when compared to their peers. In adjusted analysis, overweight perception (β= -0.51; 95%CI -0.77; -0.24) was associated to lower quality of diet. However, this association was no longer significant after stratification by BMI status. Conclusions: Body weight perception can influence the consumption of healthy foods and the quality of diet, especially for those who consider themselves overweight. However, this association is influenced by nutritional status.Objetivo: Avaliar a associação entre percepção de peso corporal e qualidade da dieta de adolescentes brasileiros. Métodos: A amostra estudada foi composta de 71.740 adolescentes de 12-17 anos participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) realizado entre 2013 e 2014. A percepção do peso corporal foi avaliada por questionário autoaplicável; o consumo alimentar, por recordatório alimentar; e a qualidade da dieta pelo índice de qualidade da dieta de adolescentes brasileiros (IQDA-BR), considerando o equilíbrio, a diversidade e a composição da dieta. A qualidade da dieta foi comparada de acordo com a percepção do peso para toda a amostra e após estratificação por índice de massa corpórea (IMC). Modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar a associação entre distúrbios na percepção do peso e qualidade da dieta. Resultados: Entre os adolescentes, 14,7 e 30,3% percebiam-se abaixo ou acima do peso, respectivamente. Aqueles que se percebiam acima do peso apresentaram menor qualidade da dieta (IQDA-BR=16,0 vs. 17,4 pontos; p<0,001). Após estratificação por IMC, adolescentes com peso normal (IQDA-BR=15,3 pontos) ou excesso de peso (IQDA-BR=16,1 pontos), mas que se percebiam como acima do peso, apresentaram pior qualidade da dieta se comparados ao demais. Em análise ajustada, perceber-se acima do peso (β= -0,51; intervalo de confiança de 95% - IC95% -0,77; -0,24) foi associado a pior qualidade da dieta, porém essa associação perdeu significância após a estratificação por IMC. Conclusões: A percepção do peso corporal parece influenciar o consumo de alimentos saudáveis e a qualidade da dieta principalmente daqueles que se consideram acima do peso, contudo essa associação é influenciada pelo estado nutricional

    Asociación entre los factores socioeconómicos y nutricionales y la estatura de los adolescentes brasileños : resultados del Estudio de Riesgo Cardiovascular en Adolescentes

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    This study aims to describe the mean height of adolescents from the five regions of Brazil and to evaluate socioeconomic and nutritional factors associated with normal growth. This is a cross-sectional study conducted in the Brazilian urban and rural areas with students aged 12 to 17 years (n = 71,553). Anthropometry, socioeconomic variables, physical activity, and diet were evaluated. Height-for-age z-scores were calculated and multiple linear regression models were used to investigate the association of exposure variables with height (outcome) by sex and age (12-13, 14-15, and 16-17 years). We observed a lower mean height in adolescents from the North Region and in individuals with low socioeconomic status. At 17 years of age, the closest to the final height in this sample, mean heights for girls and boys were 160.9 ± 0.1cm and 173.7 ± 0.3cm, respectively. In multiple linear regression analysis, physical activity (girls β = 0.119, 95%CI: 0.035; 0.202; boys β = 0.092, 95%CI: 0.012; 0.172) and high level of maternal education (girls β = 0.103, 95%CI: 0.001; 0.204; boys β = 0.39, 95%CI: 0.245; 0.534) were positively associated with height-for-age z-score in 16- to 17-year-old boys and girls. Other factors positively associated with height-for-age z-score in older students include higher protein consumption (β = 0.022, 95%CI: 0.010; 0.035) and obesity (β = 0.217, 95%CI: 0.084; 0.350) for boys, and low weight (β = 0.205, 95%CI: 0.028, 0.382) for girls. We observed differences in the mean height among adolescents from the five Brazilian regions. Normal growth, especially among older adolescents, was associated with high maternal education, practice of physical activity, protein consumption, and body mass index (BMI) categories.Buscou-se descrever a altura média dos adolescentes das cinco regiões do Brasil e avaliar os fatores socioeconômicos e nutricionais que estejam associados ao seu crescimento normal. Este é um estudo transversal realizado em ambientes urbanos e rurais no Brasil com estudantes de 12 a 17 anos (n = 71.553). Avaliamos antropometria, variáveis socioeconômicas, atividade física e dieta. Calculou-se os escores-z por idade e investigou-se a associação das variáveis de exposição com altura (desfecho) por sexo e idade (12-13, 14-15 e 16-17 anos) através de múltiplos modelos de regressão linear. Observou-se menor altura média em adolescentes da região Norte e em baixos níveis socioeconômicos. Aos 17 anos, o mais próximo da altura final nesta amostra, as alturas médias para meninas e meninos foram de 160,9 ± 0,1cm e 173,7 ± 0,3cm, respectivamente. Na análise de regressão linear múltipla, atividade física (meninas β = 0,119, IC95%: 0,035; 0,202; meninos β = 0,092, IC95%: 0,012; 0,172) e Ensino Médio materno (meninas β = 0,103, IC95%: 0,201; 0,204; meninos β = 0,39, IC95%: 0,245; 0,534) estiveram positivamente associados ao escore-z de altura por idade em meninos e meninas de 16-17 anos. Maior consumo de proteína (β = 0,022, IC95%: 0,010; 0,035) e obesidade (β = 0,217, IC95%: 0,084; 0,350) estiveram positivamente associados ao escore-z de altura para a idade meninos mais velhos, enquanto a variável associada às meninas foi baixo peso (β = 0,205, IC95%: 0,028; 0,382). Observou-se diferenças na altura média de adolescentes das cinco regiões brasileiras. O crescimento normal, especialmente entre adolescentes mais velhos, esteve associado à escolaridade materna, à prática de atividade física, ao consumo de proteínas e às categorias de índice de massa corporal (IMC).Los objetivos fueron describir la estatura media de los adolescentes de las cinco regiones de Brasil y evaluar los factores socioeconómicos y nutricionales asociados al crecimiento normal. Estudio transversal realizado en entornos urbanos y rurales de Brasil con estudiantes de 12 a 17 años (n = 71.553). Se evaluaron la antropometría, las variables socioeconómicas, la actividad física y la dieta. Se calculó la puntuación Z de la altura para la edad y se utilizaron modelos de regresión lineal múltiple para investigar la asociación de las variables de exposición con la altura (resultado) por sexo y edad (12-13, 14-15 y 16-17 años). Se observó una estatura media más baja en los adolescentes de la región norte y en los de nivel socioeconómico bajo. A los 17 años, la edad más cercana a la estatura final en esta muestra, las estaturas medias de las chicas y los chicos eran de 160,9 ± 0,1cm y 173,7 ± 0,3cm, respectivamente. En el análisis de regresión lineal múltiple, la actividad física (chicas β = 0,119, IC95%: 0,035; 0,202; chicos β = 0,092, IC95%: 0,012; 0,172) y la madre con educación secundaria (chicas β = 0,103, IC95%: 0,001; 0,204; chicos β = 0,39, IC95%: 0,245; 0,534) se asociaron positivamente con la puntuación z de la altura para la edad en chicos y chicas de 16-17 años. En el caso de los chicos, el mayor consumo de proteínas (β = 0,022, IC95%: 0,010; 0,035) y la obesidad (β = 0,217, IC95%: 0,084; 0,350), mientras que, en el caso de las chicas, el bajo peso (β = 0,205, IC95%: 0,028; 0,382) también se asociaron positivamente con la puntuación z de la altura para la edad en los estudiantes mayores. Se observaron diferencias en la estatura media entre los adolescentes de las cinco regiones brasileñas. El crecimiento normal, especialmente entre los adolescentes de mayor edad, se asoció con la alta escolaridad de la madre, la práctica de actividad física, el consumo de proteínas y las categorías de índice de masa corporal (IMC)
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