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GRAÇA E GRAMSCI, CORPOS ADOÇADOS PELO AMARO DA INTOLERÂNCIA
Ao ingressar numa instituição total , os símbolos, marcas físicas e adereços corporais de que o iniciado fez uso, até então, de modo livre e autônomo, na sociedade, são substituídos, forçosamente, por outras marcas físicas, símbolos e adereços corporais próprios daquele tipo de instituição total em que ele está entrando. Traços de identidade social são perdidos para outros convenientes à instituição: uma nova vida numa nova instituição. Graciliano Ramos e Antônio Gramsci têm seus corpos transformados em corpos dóceis adoçados pelo poder que sobre eles é exercido pela instituição total presídio. Esse fato que, dentre outros, aproxima o intelectual brasileiro do intelectual italiano constitui a sustentação teórica deste artigo
PROJETO MEMÓRIA DA FEIRA LIVRE DE FEIRA DE SANTANA: PRIMEIRA FASE - TEXTO N. 6 - CAMINHOS HISTÓRICOS DA FEIRA DE FEIRA DE SANTANA: ORIGENS E SECULARIDADES
Francisco Dias d'Ávila l instituiu a primeira feira e o primeiro mercado pecuário da Bahia em 1614, sob a denominação de Sarto Antônio do Capuame, Situada a nove léguas de Salvador e a 68 metros acima do nível do mar, a Feira do Capuame - como era mais conhecida - ocupava parte de uma região de solo fértil cercada por planície de cinco léguas quadradas, pelos rios Imbassaí, Jacuípe e Jacumirim e por extensas pastagens. Essa região era denominada Capuame. A freguesia, que tinha Santo Antônio como orago, ficava próximo da Vila de Camaçari e a duas léguas da Feira do Capuame. Nas lutas pela independência da Bahia, Capuame serviu de arsenal para conserto de armas e (durante alguns dias) de quartel para o general da Legião da Torre, comandado pelos Pires de Carvalho e Albuquerque
PROJETO MEMÓRIA DA FEIRA LIVRE DE FEIRA DE SANTANA: PRIMEIRA FASE - TEXTO N. 5: A ESCRAVIDÃO EM FEIRA DE SANTANA (Parte 2)
Os escravos eram símbolos de status, de prestígio para os fazendeiros e, também, mercadorias de manutenção cara. Em 1835 um escravo, na região feirense, valia entre cam e quinhentos mil réis; às vezes, alcançava um conto de réis: a média se aproximava de trezentos mii réis. Em 1840, era comum pagar-se quinhentos mil réis e, em 1850, um conto de réis. À partir de 1860, verificou-se uma ligeira queda no preço médio (quinhentos mil réis) a na procura por escravos - reflexos do término do tráfico (de escravos), por pressão da Inglaterra, em 1850. Em 1848 - portanto, às vésperas da extinção do tráfico - os escravos de Joaquina Maria da Encarnação, moradora de Feira de Santana, deixados para inventário, tinham as seguintes avaliações: "Joaquim, crioulo, da idade de 33 anos, do serviço enxada, avaliado em 400000; Jorge, crioulinho, da idade de 6 anos avaliado em 250000". Como se pode observar, o escravo Manoel, por ter deficiências físicas, valia 160 mil réis, bem menos que o valor de Jorge, com apenas 6 anos de idade
PROJETO MEMÓRIA DA FEIRA LIVRE DE FEIRA DE SANTANA: SEGUNDA FASE - TEXTO N, 1. OUTRAS PALAVRAS
OUTRAS PALAVRAS tem o objetivo de divulgar os depoimentos de feirantes, fregueses, autoridades e outros segmentos acerca da feira-livre e de sua extinção em 10 de janeiro de 1977. Inicialmente, serão divulgadas narrativas publicadas nas edições de 1976 e dos dias 9, 10 e 12 de janeiro de 1977, dos jornais A TARDE, JORNAL DA BAHIA e DIÁRIO DE NOTÍCIAS, publicados em Salvador (Bahia) — os dois últimos, hoje, fora de circulação. Nos números seguintes, mostraremos noticiários, artigos e também depoimentos oferecidos aos pesquisadores do Projeto Memória da Feira Livre de Feira de Santana, em trabalho de campo, pelos ex-feirantes, antigos fregueses e por todos quantos tenham conhecido e vivido a feira-livre de Feira de Santana
PROJETO MEMÓRIA DA FEIRA LIVRE DE FEIRA DE SANTANA: SEGUNDA FASE - TEXTO N. 2 - OUTRAS PALAVRAS
A revista Sitientibus publicou o texto n.1, de uma nova fase, a segunda, do Projeto Memória da Feira Livre de Feira de Santana, intitulada OUTRAS PALAVRAS. No primeiro texto desta nova fase, foram publicados depoimentos de professores, estudantes, feirantes, autoridades ... veiculados pela Imprensa em 1976 e 1977, sobre a feira livre de Feira de Santana, Bahia. O presente texto, n.2, mostra o noticiário — sobre a feira livre e o projeto de transferência dos feirantes para o Centro de Abastecimento — divulgado pelos jornais, durante o ano de 1975
PROJETO MEMÓRIA DA FEIRA LIVRE DE FEIRA DE SANTANA
A Revista Sitientibus, número 17, publicou o noticiário de 1976 e a primeira parte do material hemerográfico sobre o extermínio da feira livre relativo a 1977 — seu último ano. Este número traz a segunda parte do noticiário de 1977. Traz, também, o último texto da segunda parte — OUTRAS PALAVRAS — do Projeto Memória da Feira Livre de Feira de Santana. A terceira e última fase abrigará estudos e reflexões estabelecidos a partir dos depoimentos de feirantes e de fregueses da velha feira
PROJETO MEMÓRIA DA FEIRA LIVRE DE FEIRA DE SANTANA: SEGUNDA FASE — TEXTO N. 3 OUTRAS PALAVRAS
A Revista Sitientibus, número 14, publicou o texto n.2 desta nova fase do Projeto Memória da Feira Livre de Feira de Santana, intitulada OUTRAS PALAVRAS. No primeiro texto, esta revista publicou depoimentos de professores, estudantes, feirantes, autoridades... publicados pela Imprensa em 1976 e 1977, sobre a feira livre de Feira de Santana — extinta em 10 de janeiro de 1977 por Decreto Municipal, na gestão do então prefeito de Feira de Santana, Dr. José Falcão (falecido em 5l8l97). No segundo, o noticiário sobre a feira no ano de 1975 (Sitientibus, Feira de Santana, n.14, p.205-215, 1996). Este número expõe a produção hemerográfica referente aos anos 1976 e 1977. Trata-se de um momento especial do Projeto porque, neste ano de 1997, estamos registrando 20 anos de extermínio da velha feira livre, mãe da cidade. O próximo número de Sitientibus trará a segunda parte do ano de 1977
PROJETO MEMÓRIA DA FEIRA LIVRE DE FEIRA DE SANTANA: PRIMEIRA FASE — TEXTO N. 4º A ESCRAVIDÃO EM FEIRA DE SANTANA (Parte 1)
Este artigo espera contribuir para futuros estudos sobre a Escravidão em Feira de Santana e, amplamente, do Sertão baiano, A maioria da literatura sobre Escravidão no Brasil tem se limitado ao Recôncavo baiano, ao Nordeste açucareiro e litorâneo e, algumas vezes, às áreas de mineração. O Sertão não tem sido prestigiado, como bem o merece, por essa literatura. Apesar da existência de vários pontos comuns entre todas essas regiões, há particularidades da história econômica das áreas sertanejas que precisam receber cuidados especiais, infelizmente, não cabe, neste artigo, o aprofundamento sobre a Escravidão em Feira de Santana, Fica, porém, o relato dos fatos como contribuição
Memória e hipomnésia nos projetos de vida de adolescentes: Feira de Santana � BA
This work has a quantity-quality approach, with characterists of a study of case, where we try to set a comparative analisys on contruction/accomplishment of institutionalized teenagers life project, based on study carried out previusly with 33 institutionalized teenagers 20 teenagers we interviewed, representing 66,6% of the original group. The tool used to obtain the data was the semi-structural interview. The analisys happened through percentage determination, in an attempt to build the prolife of these teenagers as well as the analisys of contents of testimony wich were registred. The results showed that only 20% of the teenagers remember the life project built in 1999; 65% consider that in spite of difficulties they are carrying out their life project, to overcome unfavorable conditions it's necessary to keep on studying, and finally, the comnitment, responsability and motivation are some of the factors wich make the path to your realizations.Este trabalho tem uma abordagem quanti-qualitativa, com características de um estudo de caso, onde buscamos estabelecer uma análise comparativa da construção/realização do projeto de vida do adolescente institucionalizado, baseado em estudo realizado anteriormente com 33 adolescentes institucionalizados. Foram entrevistados 20 adolescentes, representando 66,6% do grupo original. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada. A análise se deu mediante a determinação de percentuais, na tentativa de se construir o perfil desses adolescentes bem como, a análise de conteúdo dos depoimentos registrados. Os resultados evidenciaram que apenas 20% dos adolescentes lembram do projeto de vida construído em 1999; 65% consideram que apesar das dificuldades estão realizando o projeto de vida; que para superar as condições desfavoráveis é necessário continuar estudando; e finalmente, que o compromisso, a responsabilidade e a motivação são alguns dos fatores que possibilitam o caminho para suas realizações
MEMÓRIA E HIPOMNÉSIA NOS PROJETOS DE VIDA DE ADOLESCENTES. FAZENDA DO MENOR, FEIRA DE SANTANA – BA
Este trabalho tem uma abordagem quanti-qualitativa, com características de um estudo de caso, onde buscamos estabelecer uma análise comparativa da construção/realização do projeto de vida do adolescente institucionalizado, baseado o perfil desses adolescentes bem como, a análise de conteúdo dos depoimentos registrados. Os resultados evidenciaram que apenas 20% dos 20 adolescentes entrevistados lembram do projeto de vida construído em 1999; 65% consideram que apesar das dificuldades estão realizando o projeto de vida; que para superar as condições desfavoráveis é necessário continuar estudando; e finalmente, que o compromisso, a responsabilidade e a motivação são alguns dos fatores que possibilitam o caminho para suas realizações. Em estudo realizado anteriormente com 33 adolescentes institucionalizados. Foram entrevistados 20 adolescentes, representando 66,6% do grupo original.