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Saúde vocal do professor: intervenção fonoaudiológica na atenção primária à saúde
OBJETIVO: apresentar uma ação de promoção a saúde vocal dos professores de três escolas municipais situadas no Distrito Sanitário III, em Recife-PE, no âmbito da Atenção Primária à Saúde - APS. MÉTODO: foi aplicado um questionário sobre o histórico vocal dos professores e realizadas seis oficinas de voz, com o intuito de sensibilizar os docentes sobre a importância dos cuidados com a voz e incentivar a prática dos exercícios vocais preventivamente como ação cotidiana dentro do processo de trabalho. Por fim, foi aplicado um questionário para avaliar a percepção dos docentes em relação às oficinas. RESULTADOS: as educadoras encontravam-se na faixa etária de 17-55 anos, tinham 10,4 anos em média de exercício profissional e 96,3% relatou a percepção de problemas com a voz ou fala, sendo que quanto maior a frequência de aparecimento do problema, maior era o tempo de exercício profissional, a jornada de trabalho e a idade. Os depoimentos foram positivos em relação às oficinas, sendo que 80% das docentes referiu melhora no desempenho profissional e 93,3% afirmou que continuará realizando os exercícios, mas apontaram a falta de tempo como principal dificuldade para realização dos exercícios rotineiramente. CONCLUSÃO: estes resultados identificam a importância da introdução de ações voltadas à saúde do professor com o intuito de amenizar os efeitos do trabalho sobre sua saúde, e a inserção do fonoaudiólogo na APS a fim de facilitar estas ações na prática cotidiana. A utilização do espaço escolar permite configurá-lo como espaço social para tomada de consciência, reflexão, discussão sobre as condições de trabalho e como um ambiente saudável
Índice de capacidade para o trabalho e desequilíbrio esforço-recompensa relacionado ao distúrbio de voz em professoras da rede estadual de Alagoas
Resumo: OBJETIVO: verificar a associação entre distúrbio de voz e dados sociodemográficos e organizacionais (situações de violência) do trabalho docente, e entre perda de capacidade para o trabalho e estresse psicossocial no trabalho. MÉTODOS: os participantes [faltou a coleta de voz para definir os grupos com e sem distúrbio de voz] foram solicitados a responder aos questionários Condição de Produção Vocal do Professor, Desequilíbrio Esforço-Recompensa e Índice de Capacidade para o Trabalho. RESULTADO: foi encontrada associação entre distúrbio de voz e os dados sociodemográficos e organizacionais do trabalho no que diz respeito ao tempo que leciona (p=0,028), ao número de escolas em que leciona (p=0,004) e às situações de violência no quesito depredação (p=0,037). Não houve significância entre o distúrbio de voz e os escores dos questionários Desequilíbrio Esforço-Recompensa e Índice de Capacidade para o Trabalho (p>0,05). Houve associação entre os dados sociodemográficos e os questionários Desequilíbrio Esforço-Recompensa e Índice de Capacidade para o Trabalho, relacionada à faixa etária (p=0,042) e à variável "Trabalha em outro local diferente da escola" (p=0,011), respectivamente. CONCLUSÃO: observa-se que professoras que possuem mais de 11 anos de docência, lecionam em duas ou mais escolas e trabalham em escolas que sempre têm depredações e violência contra os funcionários apresentam maiores chances de ter distúrbio de voz. Não houve associação entre a perda da capacidade para o trabalho e a presença do distúrbio de voz. O estresse psicossocial não mostrou significância com a presença do distúrbio de voz, mas apresentou associação com a faixa etária, observando-se Alto Desequilíbrio Esforço-Recompensa nas professoras mais jovens