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    Transformação dos principais usos da floresta no município de Moju, nordeste paraense

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    The ideas presented here resulted from a survey in the community of Santa Maria, part of Olho D’Água settlement, in the municipality of Moju, State of Pará, Brazil. The objective of the article is to analyze the transformations lived deeply for a group of agriculturists how much to the use of the forest, more specifically the associates to the attainment of huntings and the accomplishment of country, after the change of the condition of use joint for the private use from the implantation of the nesting in 2002. The study revealed significant reduction in capture of hunt by local farmers given to restricted access to hunting areas which are now privet and also given to higher demand caused by the increasing number of settled families.As reflexões aqui apresentadas foram resultantes de uma pesquisa realizada na comunidade Santa Maria, uma das comunidades componentes do Assentamento Olho D’Água II, município de Moju, estado do Pará. O objetivo do artigo é analisar as transformações vivenciadas por um grupo de agricultores quanto ao uso da floresta, mais especificamente as associadas à obtenção de caças e à realização das roças, após a mudança da condição de uso comum (posseiros) para o uso privado (assentados) a partir da implantação do assentamento em 2002. Os resultados apontam que ocorreram transformações nas dinâmicas de uso dos recursos com a intensificação do cultivo de roças e a diminuição da obtenção de caças devido à grande dificuldade em obtê-las, em decorrência das novas condições de acesso privado à terra e ao aumento demográfico cuja demanda por caça supera em muito a oferta dos animais.MOREIRA, L.F. Engenheira Agrônoma, Professora de Ciências Agrárias do IFPA, Campus Conceição do Araguaia, Pará e Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela UFPAMOTA, D.M. Doutora em Sociologia, Pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental e Professora do Programa de pós-graduação em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável da UFPA. Bolsista de Produtividade do CNPqMELO, A.T.M. Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela UFP

    Ação coletiva entre assentados da reforma agraria: o grupo de mutirão no assentamento Benedito Alves Bandeira, município do Acará / Pará

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    This paper aims to study the collective strategies, or 'mutirão' (mutual-aid effort), developed by small farmers settled on the agrarian reform settlement called Benedito Alves Bandeira (BAB) in the municipality of Acará, Pará State. This research was carried out from June to November 2009 and in January 2010. The methodology included qualitative and quantitative approaches, the main procedures being: a literature review, structured and semi-structured interviews, observations and secondary data collecting. The results show a peculiar form of collective action, whereby a group (10% of the settlers) engaged in mutual-aid effort practices took over the association that manages the settlement as a whole. This was added by the fact that the 'mutirão' group, in practice, did not just address production-related issues, as is common in mutual-aid efforts, but also settlement-related political, economic and social actions. While many studies on land reform settlements point to the settlers' resistance to collective farming, especially promoted by the Landless Workers Movement (MST), the analyzed the experience shows the acceptance of the collective work of a group of settlers gathered around the 'mutirão' and aiming at agricultural production. The following factors that favored this type of work were identified: a) a previous preparation of leaders by the Catholic Church; b) voluntary performance of activities; c) the owner of the plot manages the 'mutirão' activities; d) the users themselves define the rules; and e) the size of the group. The experience of collective work in the three plots studied hereby also guides the actions taken by the association, whose meetings are held in rotation in the homes where the 'mutirão' is to be held. Despite the example provided by this type of practice used in the settlement since the beginning of its creation, there is resistance both inside and outside the settlement against the association, characterized by individual interests and the quest for power of opposing sides, which involves even government agencies. This study will contribute to understanding the strategies of reciprocity that facilitate collective action among settlers in Northeastern Pará State linking two phenomena: the little probability of cooperation, according to the logic of collective action (Olson, 1965) that questions the willingness of a group to engage in common goals; and, the promotion of cooperative work through reciprocity-based structures.Este trabalho tem como objetivo o estudo das estratégias coletivas desenvolvidas pelos agricultores familiares assentados no projeto de assentamento da reforma agrária Benedito Alves Bandeira (BAB), no município do Acará, Estado do Pará, a partir da prática do mutirão. A pesquisa foi realizada no período de junho a novembro de 2009 e no mês de janeiro de 2010. A metodologia constou de abordagens qualitativas e quantitativas, tendo como principais procedimentos: revisão de literatura, entrevistas estruturadas e semiestruturadas, observações e levantamento de dados secundários. Os resultados mostram uma forma peculiar de ação coletiva, na qual um grupo (10% do total dos assentados) engajado na prática de mutirão assumiu a direção da associação que gerencia o assentamento em geral. Contribuiu para isso, o fato de que o grupo do mutirão, na sua prática, não tratou apenas de questões relacionadas à produção, como é comum nos mutirões, mas também das ações políticas, econômicas e sociais do assentamento. Enquanto muitos estudos sobre assentamentos da reforma agrária apontam a resistência dos assentados à produção agrícola coletiva, promovida especialmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a experiência analisada mostra a aceitação do trabalho coletivo de um grupo de assentados reunidos pelo mutirão para a produção agrícola. Foram identificados os seguintes fatores que favoreceram esta forma de trabalho: a) um preparo anterior dos líderes pela igreja católica; b) a realização voluntária da atividade; c) o dono do lote administra as atividades do mutirão; d) os próprios usuários definem as regras, e; e) o tamanho do grupo. A experiência do trabalho coletivo nos lotes orienta também as ações realizadas pela associação, cujas reuniões acontecem de forma rotativa nas casas onde são realizados os mutirões. Apesar do exemplo dessa prática utilizada no assentamento desde o inicio de sua criação, há resistências dentro e fora do mesmo à gestão do grupo de mutirão frente à associação, caracterizadas por interesses individuais e jogos de poder dos adversários, envolvendo até órgãos governamentais. Este estudo contribuirá para a compreensão das estratégias de reciprocidade que facilitam a ação coletiva entre assentados no nordeste paraense articulando dois fenômenos: a pouca probabildade da cooperação, segundo a lógica da ação coletiva (Olson, 1965) que questiona a disposição de um grupo de se engajar para os objetivos comuns, e a promoção da cooperação por meio de estruturas de reciprocidade

    SABERES ETNOBOTÂNICOS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA, ASSENTAMENTO BENEDITO ALVES BANDEIRA, ACARÁ-PA

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    Este trabalho teve por objetivo realizar um estudo sobre a ocorrência e formas de uso de plantas medicinais na comunidade Nossa Senhora Aparecida, Assentamento Benedito Alves Bandeira, Acará/PA. Utilizou-se de ferramentas metodológicas como questionário, entrevistas, observação participante, turnê guiada, coleta e preparação de exsicatas para a identificação botânica das espécies. O uso de plantas medicinais na comunidade é comum, foram citadas 77 etnoespécies, que eram encontradas nos quintais, na mata ou compradas no comércio. Totalizaram 66 finalidades e 17 formas de preparo. Entrevistados de todas as faixas etárias, homens e mulheres sem distinção de nível de escolaridade, compartilham seus saberes de forma oral ou na observação da prática, formas pelas quais também aprenderam. O conhecimento popular sobre plantas medicinais se mantém vivo e forte na comunidade, sendo que 17 participantes da pesquisa têm as plantas medicinais como primeira opção para o tratamento de enfermidades, seja de forma preventiva ou curativa
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