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    Novas formas de protesto social e velhos caminhos de luta da classe trabalhadora : encontros e desencontros. Um estudo a partir do caso brasileiro no período recente

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    A emergência de diversas e múltiplas manifestações de protesto social no plano internacional, no período dos últimos cinco ou seis anos, tem gerado caracterizações sobre a novidade ou especificidade desses movimentos, seja pelo perfil dos manifestantes, seja pelas modalidades organizativas que os convocam ou deles surgem, seja ainda por seus programas de reivindicações implícitos ou explícitos. Entre tais caracterizações e análises predomina a valorização de elementos como: a rejeição às formas tradicionais de organização das lutas da classe trabalhadora desde o século XIX (os partidos e sindicatos em especial); um perfil de lideranças e bases distinto daquele tradicionalmente associado à classe trabalhadora; um horizonte organizativo diferenciado, pautado pela rejeição a formas institucionais e estruturas hierarquizadas e um conjunto de propostas e demandas muito diversificado e fragmentado, que possui por pontos de contato uma difusa rejeição à ordem política e uma reação decidida aos modelos de ajuste econômico típicos das estratégias de enfrentamento da crise capitalista pelos governos de diferentes matrizes partidárias após 2008. Este artigo está longe de pretender questionar em bloco tal caracterização dominante. Porém, a partir do caso brasileiro, estudado com ênfase sobre o caráter das manifestações multitudinárias que eclodiram, em meio à chamada Copa das Confederações de futebol, em meados de 2013 (denominadas como "jornadas de junho") e das lutas sociais que a estas se relacionaram - ocorrendo antes ou depois - espera-se demonstrar uma conexão entre protestos coletivos que aparentemente se encaixam plenamente na caracterização acima resumida e formas mais tradicionais de luta e organização da classe trabalhadora, como as greves e o movimento sindical

    Perspectivas e dilemas da produção historiográfica recente sobre trabalhadores, sindicatos e estado no Brasil

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    O artigo propõe um balanço da historiografia sobre trabalhadores e sindicatos no Brasil, com ênfase nas novas perspectivas abertas pelos trabalhos produzidos na década de 1990. Especial atenção é dedicada à discussão do período 1945-1964, avaliando uma série de abordagens críticas em relação aos conceitos de sindicalismo populista e populism

    História e Demografia

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    UID/HIS/04209/2013Este livro é fruto de um esforço coletivo de colaboração académica internacional, voltado para a investigação sobre as relações laborais no período do século XIX aos dias atuais. Sua origem está em um projeto sediado no Instituto Internacional de História Social (IISH), de Amsterdão, chamado Colaboratório Global para a História das Relações Laborais, que é detalhadamente explicado na Introdução assinada por dois dos mais respeitados investigadores daquele instituto. O projeto é um dos principais exemplos do potencial inovador da proposta apresentada pelo IISH de desenvolvimento de uma História Global do Trabalho, que em alguma medida inspira todo o trabalho aqui reunido. //Inspirado e integrado ao projeto sediado em Amsterdão, surgiu em Portugal o projeto, também de fôlego internacional, chamado Relações Laborais em Portugal e no Mundo Lusófono, coordenado por Raquel Varela, que reúne investigadores baseados em diferentes países e instituições, com o intuito de reunir dados quantitativos e desenvolver análises qualitativas com viés comparativo sobre as relações e trabalho em Portugal e em países que viveram a colonização portuguesa, tendo por recorte cronológico o período compreendido entre os anos 1800 e 2000.publishersversionpublishe

    Trabalhadores e sindicatos na conjuntura do pré-64: a experiência carioca

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    Continuação do artigo publicado no número anterior, o autor analisa o sindicalismo carioca da segunda metade dos anos 50 e início dos 60 apoiando-se em uma pesquisa sobre a estrutura sindical e as greves de três importantes categorias de trabalhadores: ferroviários, metalúrgicos e bancários. O objetivo é revelar aspectos da dinâmica do sindicalismo doperíodo, questionando algumas interpretações correntes caracterizadas pelo uso da noção de “sindicalismo populista”

    Trabalhadores e sindicatos na conjuntura do pré-64: a experiência carioca

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    Este artigo analisa o sindicalismo carioca na segunda metade dos anos 50 e início dos 60, apoiando-se em uma pesquisa sobre a estrutura sindical e as greves do período. Dados gerais e diversos documentos sobre alguns sindicatos de grande importância são examinados. O objetivo é revelar aspectos da dinâmica do sindicalismo no período, questionando algumas interpretações correntes caracterizadas pelo uso da noção de “sindicalismo populista”

    A formação da classe operária inglesa: materialismo histórico e intervenção política

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    This article intends to reflect upon the context in which E.P. Thompson wrote his most important work, The Making of the English Working Class, whose first edition appeared in 1963. The text links Thompson’s personal experience, his political militancy and his historiographical activity. It highlights the fact that Thompson used the dialogue with contemporary workers within the adult education courses he taught, to construct the history of their formation as a social class in the 18th and 19th centuries. It also shows the reception of the book, particularly among Brazilian historians.Este artículo se propone hacer una reflexión sobre el contexto en que E.P. Thompson escribió su obra más importante, La formación de la clase obrera en Inglaterra, cuya primera edición apareció en inglés en 1963. El texto relaciona la experiencia personal Thompson, su militancia y su actividad historiográfica. Subraya que Thompson se sirvió del diálogo con los trabajadores contemporáneos en sus clases de educación de adultos para construir la historia de su formación como clase social en los siglos XVIII y XIX. Destaca, además, la recepción de la obra, en particular entre los historiadores brasileños. Neste artigo propõe-se fazer uma reflexão sobre o contexto em que E. P. Thompson escreveu sua obra mais importante, A formação da classe operária inglesa, cuja primeira edição foi publicada em inglês em 1963. O texto relaciona a experiência pessoal de Thompson, sua militancia e sua actividade historiográfica. Destaca que Thompson utilizou o diálogo com os trabalhadores contemporâneos em suas aulas de educação de adultos para construir a historia de sua formação como classe social nos séculos XVIII e XIX. Destaca, além disso, a recepção da obra, em especial entre os historiadores brasileiros
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