20 research outputs found

    Estudo dos meteoritos brasileiros do Museu Nacional – I: petrografia e mineralogia do meteorito condrito l3 Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul

    Get PDF
    The Santa Vitória do Palmar chondrite was found in 2003 in Rio Grande do Sul State, Brazil (33°30’56’’S, 53°24’65’’W). It consists of three masses (34kg, 4.34kg and 1.57kg). Showing, a black rusty- colored fusion crust and several distinct depressions (regmaglypts). It is not know if this find is correlated with a bright fireball seen in 1997 at the same region. Optical investigation shows that the meteorite has a well developed chondritic texture typical of type 3 chondrite. There are chondrules of different types (radial- pyroxene, barred-olivine and cryptocrystalline; porphyritic olivine, porphyritic pyroxene and porphyritic olivine- pyroxene; granular olivine, and compound chondrules) very well delineated many times surrounded by troilite and Huss matrix. Mineralogical studies reveal that the meteorite contains chiefly olivine Fa (0.5-35.2), pyroxene Fs (0.5-31.6), with small amount of Fe-Ni metal (kamacite, taenite and plessite) and troilite. Based on texture features and chemical data, the Santa Vitoria do Palmar meteorite is classified as an unequilibrated member of the L group chondrite. The well defined chondritic texture and the presence of glassy material indicate a petrologic type of 3 subtype 3.4-3.6, shock-stage S3/4 and weathering grade W1/2.O condrito Santa Vitória do Palmar, foi achado em 2003 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (33°30’56’’ S, 53°24’65’’W). Consiste em três massas (34kg, 4,34kg e 1,57kg), exibindo crosta de fusão preta e enferrujada e várias depressões (regmaglitos). Não se sabe se o achado está correlacionado com o bólido brilhante observado em 1997 na mesma região. Investigações microscópicas mostram que o meteorito apresenta textura condrítica bem desenvolvida típica do tipo 3. Apresenta côndrulos de diferentes tipos (piroxênio-radial, olivina-barrada, criptocristalino; olivina-porfirítica, piroxênio-porfirítico, olivina-piroxênio porfirítico, olivina granular e côndrulos compostos) muito bem delineados, por vezes, circundados por toilita e matriz Huss. Estudos mineralógicos mostram que o meteorito contém principalmente olivina Fa (0.5-35.2), piroxênio Fs (0.5-31.6), com pequena quantidade de Fe-Ni metálico (kamacita, taenita e plessita), troilita. Com base nas feições texturais e dados químicos, o meteorito Santa Vitória do Palmar está classificado como membro inequilibrado do grupo L condrito. A textura bem definida e a presença de material vítreo indicam o tipo petrológico 3 e subtipo 3,4-3, 6, com estágio de choque S3/4 e grau de intemperismo W1/2

    Meteoritos metálicos, uma visão geral: descrição de alguns sideritos brasileiros

    Get PDF
    Resum

    ESTUDO DA MATÉRIA ORGÂNICA INSOLÚVEL NO METEORITO CARBONÁCEO AGUAS ZARCAS

    Get PDF
    Through the correlation of analytical data, the geochemical study and organic optical microscopy allows indicating the conditions and state of preservation of organic inputs dispersed in sedimentary rocks, signaling the environment and the geothermal and physical processes that affected them during the various stages post-burial evolutions. Analogously, in the organic material contained in the matrix of carbonaceous meteorites, the same conventional methodology was applied. Based on these assumptions, we observed that the insoluble organic isolate of the carbonaceous meteorite Aguas Zarcas exhibits morphography similar to secondary products resulting from intermediate processes of sedimentary thermal maturation. From the characterization of the organic profile, our article suggests a correspondence about the possible depositional, thermal and preservation conditions of the organic particles while in the parental body of origin of the cosmic fragments.A través de la correlación de datos analíticos, el estudio geoquímico y la microscopía óptica orgánica permiten indicar las condiciones y el estado de conservación de los insumos orgánicos dispersos en las rocas sedimentarias, señalando el ambiente y los procesos geotérmicos y físicos que los afectaron durante las distintas etapas evolutivas post-entierro. . Análogamente, en la materia orgánica contenida en la matriz de meteoritos carbonosos se aplicó la misma metodología convencional. Con base en estos supuestos, observamos que el aislado orgánico insoluble del meteorito carbonáceo Aguas Zarcas exhibe una morfografía similar a los productos secundarios resultantes de procesos intermedios de maduración térmica sedimentaria. A partir de la caracterización del perfil orgánico, nuestro artículo sugiere una correspondencia sobre las posibles condiciones deposicionales, térmicas y de conservación de las partículas orgánicas en el cuerpo parental de origen de los fragmentos cósmicos.Por meio da correlação de dados analíticos, o estudo geoquímico e de microscopia óptica permite pontuar as condições e o estado de preservação de insumos orgânicos dispersos em rochas sedimentares, sinalizando o ambiente e os processos geotérmicos e físicos que os afetaram durante os vários estágios evolutivos do pós-enterro. Com objetivo análogo, essa metodologia analítica convencional foi aplicada na caracterização do perfil orgânico dos particulados contidos na matriz rochosa de um meteorito carbonáceo recém-caído.  Partindo desses pressupostos, a avaliação do isolado orgânico do condrito carbonáceo Aguas Zarcas expôs um aspecto morfográfico similar ao de produtos orgânicos secundários resultantes de processos intermediários de maturação térmica sedimentar. A partir da caracterização do resíduo orgânico do meteorito, nossa pesquisa propõe uma correspondência entre os dados de cada perfil objetivando diagnosticar as possíveis condições deposicionais, térmicas e de preservação enquanto no corpo parental de origem dos fragmentos cósmicos.Por meio da correlação de dados analíticos, o estudo geoquímico e de microscopia óptica orgânica permite indicar as condições  e o estado de preservação dos insumos orgânicos dispersos em rochas sedimentares, sinalizando o ambiente e os processos geotérmicos e físicos que os afetaram durante os vários estágios evolutivos pós-enterro. Analogamente, no  material orgânico contido na matriz de meteoritos carbonáceos, foi aplicado a mesma metodologia convencional. Partindo desses pressupostos observamos que, o isolado orgânico insolúvel do meteorito carbonáceo Aguas Zarcas expõe morfografia similar a de produtos secundários resultantes de processos intermediários de maturação térmica sedimentar. A partir da caracterização do perfil orgânico, nosso artigo sugere uma correspondência sobre as possíveis condições deposicionais, térmicas e de preservação das partículas orgânicas enquanto no corpo parental de origem dos fragmentos cósmicos

    A HISTÓRIA DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO E DE SUA COLEÇÃO DE METEORITOS BRASILEIROS

    Get PDF
    O principal objetivo do presente trabalho é descrever a história do Museu Nacional, desde a sua origem até os dias de hoje. Além disso, será apresentada a história de como se originou a coleção de meteoritos brasileiros. A metodologia desta pesquisa foi desenvolvida através de levantamento documental por meio de uma abordagem de revisão bibliográfica e historiográfica. Dessa forma, foi possível verificar que o Museu Nacional teve suas origens, ao que tudo indica, da Casa dos Pássaros, passando a se chamar depois de Museu Real antes do nome atual. Com base nesse levantamento também pode ser constatado que o Brasil possui cerca de 80 meteoritos catalogados desde a descoberta de seu primeiro exemplar, Bendegó. A pequena quantidade de meteoritos catalogados no país reflete bem o fato da meteorítica ainda ser pouco valorizada e difundida no Brasil. Contudo, vale salientar que isto não altera o valor que os meteoritos brasileiros possuem como patrimônio geológico tanto para o Museu Nacional, quanto para a área de Meteorítica

    A história do Museu Nacional do Rio de Janeiro e de sua coleção de meteoritos brasileiros

    Get PDF
    O principal objetivo do presente trabalho é descrever a história do Museu Nacional, desde a sua origem até os dias de hoje. Além disso, será apresentada a história de como se originou a coleção de meteoritos brasileiros. A metodologia desta pesquisa foi desenvolvida através de levantamento documental por meio de uma abordagem de revisão bibliográfica e historiográfica. Dessa forma, foi possível verificar que o Museu Nacional teve suas origens, ao que tudo indica, da Casa dos Pássaros, passando a se chamar depois de Museu Real antes do nome atual. Com base nesse levantamento também pode ser constatado que o Brasil possui cerca de 80 meteoritos catalogados desde a descoberta de seu primeiro exemplar, Bendegó. A pequena quantidade de meteoritos catalogados no país reflete bem o fato da meteorítica ainda ser pouco valorizada e difundida no Brasil. Contudo, vale salientar que isto não altera o valor que os meteoritos brasileiros possuem como patrimônio geológico tanto para o Museu Nacional, quanto para a área de Meteorítica

    The Palmas de Monte Alto meteorite: mineral chemistry and petrographic features

    Get PDF
    Several parameters have been used to classify iron meteorites, mainly mineralogy and chemical and structural properties. This paper presents these classificatory parameters, allowing a more detailed view to enlarge knowledge about the Palmas de Monte Alto meteorite. This siderite was found on the top of Monte Alto ridge, before 1955, being one of the six specimens that compose the Bahia State meteorite collection. It consists of a single mass of 97 kg which shows a highstage of oxidation in places where the crust has been removed. Its mineralogy includes kamacite, taenite, plessite, as well as secondary mineral phases such the Fe-Ni oxide akaganeite. There are also accessory minerals of common occurrence in Fe-Ni alloys of spatial origin like schreibersite, chromite and troilite, and a rare solid solution of Fe-Mn orthophosphates composed by the minerals heterosite-purpurite or sarcopside-graftonite as extreme members. The average width of its bands of kamacita (0.95 ± 0.15 mm) allows classifying it structurally as a medium octahedrite, with a medium and well-defined Windmasttaten pattern. Its contents of Ni (9.40 wt %) and Co (0.46 wt %) — compared to trace-elements Ga (22 ppm), Ir (0.70 ppm), As (16.00 ppm) and Au (1.70 ppm) — recommend the inclusion of this meteorite in the chemical group IIIAB.Diversos parâmetros têm sido utilizados para a classificação dos meteoritos de ferro, principalmente sua mineralogia e suas propriedades químicas e estruturais. Este artigo resgata e documenta o achado do meteorito férreo Palmas de Monte Alto, apresentando uma sequência de parâmetros classificatórios que amplia e detalha os dados disponíveis sobre o fragmento. Esse meteorito, um siderito, foi achado no topo da serra de Monte Alto antes de 1955 e hoje representa um dos seis espécimes que compõem a coleção de meteoritos do estado da Bahia. Ele é constituído de uma única massa de 97 kg com alto estágio de oxidação externa em locais em que a crosta de fusão foi removida. Sua mineralogia inclui kamacita, taenita e plessita, bem como fases minerais secundárias, tais como o óxido de Fe-Ni akaganeíta. Também estão presentes minerais acessórios de ocorrência comum em ligas metálicas de Fe-Ni de origem espacial, isto é, schreibersita, cromita e troilita, e foi identificada uma rara solução sólida de ortofosfatos de Fe-Mn composta dos minerais heterosita-purpurita ou sarcopsida-graftonita como membros extremos. A largura média de suas lamelas de kamacita (0,95 ± 0,15 mm) permite classificar estruturalmente o meteorito como um octaedrito médio, com padrão Widmanstätten médio e bem definido. Seus teores de Ni (9,40 wt%) e Co (0,46 wt%) comparados aos elementos-traço Ga (22 ppm), Ir (0,70 ppm), As (16,00 ppm) e Au (1,70 ppm) recomendam a inclusão desse meteorito no grupo químico IIIAB

    “Meninas com Ciência” vive e resiste pelo Museu Nacional / UFRJ

    Get PDF
    O curso de extensão “Meninas com Ciência” é uma ação concebida e executada pelas mulheres do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional (MN/UFRJ), voltado para alunas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de escolas públicas e particulares. Ocorre desde 2017, em edições semestrais, com oficinas práticas e lúdicas em Geociências. Aqui, são apresentados o histórico do curso, as atualizações ao método, avaliações de acesso e permanência das alunas, além das perspectivas futuras. O objetivo deste trabalho é inspirar novas iniciativas, democratizando o acesso às ações de divulgação no país. Desde sua criação, o curso enfrentou diversos desafios; entre eles, a perda de toda a sua estrutura física, durante o incêndio do MN/UFRJ, mas a equipe persiste e, ao longo de seis edições, teve 2333 inscritas e ofertou 455 vagas. Além disso, é crescente o interesse de outras instituições em replicar o modelo. Até o momento, “Meninas com Ciência” inspirou, com sucesso, a execução de sete ações semelhantes nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Pará, o que corrobora a receptividade da sociedade e a importância destas iniciativas voltadas às questões de gênero. Este trabalho demonstra que é possível realizar divulgação científica de qualidade e gratuita, mesmo sob condições adversas e com baixo orçamento. Ainda, traz os desafios em popularizar o acesso de meninas de diferentes condições, sociais e econômicas, ao curso. Em 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, as duas edições previstas estão suspensas. Porém, a partir desta adversidade, “Meninas com Ciência” cresce e torna-se um projeto de extensão. Trata-se de uma estrutura maior e permanente, que abriga: a) o curso presencial, que será retomado assim que possível; b) um canal online direto com a sociedade, visando propor atividades, tirar dúvidas sobre Geociências, conversar sobre as experiências de mulheres cientistas, etc. e c) a criação de linhas de pesquisa em extensão
    corecore