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    Paracoccidioidomicose: uma causa rara de encefalomielopatia infecciosa

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    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de Neurologia e NeurocirurgiaUNIFESP, Depto. de Neurologia e NeurocirurgiaSciEL

    Meningite criptocóccica em gestante HIV negativa: relato de caso e revisão da literatura

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    INTRODUCTION: Cryptococcosis has become an important entity due to the epidemic of AIDS and therefore it is a significant opportunistic infection. However, there are case reports of cryptococcal meningitis in immune competent pregnant women. Since pregnancy is considered a period of relative immunosuppression, which likely prevents fetal rejection, this could explain the occurrence of opportunistic infections. OBJECTIVE: To report a case of cryptococcosis, and review all cases involving pregnancy and neurocryptococcal infection in immune competent pregnant patients. METHODS: Case report and systematic review of the literature using the MEDLINE and SciELO databases. DISCUSSION: A total of 27 patients were analyzed from 19 studies. The mean age at diagnosis was 26.4 years. There were six patients in their first trimester of pregnancy, 10 in the second, eight in the third and three post-partum. The most prevalent symptoms were headache (85.2%), altered vision (44.4%), altered mental status (44.4%), nausea (40.7%) and fever (33.3%). There were nine deaths (33.3%). Most of the patients received intravenous amphotericin B as treatment (77.8%). The majority (66.6%) of the patients accomplished a term delivery with healthy infants. CONCLUSION: Cryptococcal meningitis should be considered during pregnancy in cases of unexplained headache, altered vision, altered mental status, nausea and fever. Patients with a confirmed diagnosis should be admitted and treated with amphotericin B.INTRODUÇÃO: Com a epidemia da AIDS, a neurocriptococose foi melhor estudada e considerada infecção fúngica oportunista. No entanto, há casos descritos de gestantes acometidas, apesar de imunocompetentes. A gestação, por si só, pode ser considerada um período de imunossupressão, para adaptação materno-fetal, o que poderia predispor à instalação de certas infecções. OBJETIVOS: Relato de caso de gestante com neurocriptococose e revisão sistemática dos casos descritos na literatura desta patologia durante a gestação, em pacientes imunocompetentes. METODOLOGIA: Revisão sistemática com busca MEDLINE e SciELO. RESULTADOS: Foram analisadas 27 pacientes com diagnóstico de neurocriptococse na gestação. A média de idade foi 26,4 anos. Seis pacientes estavam no primeiro trimestre de gravidez ao diagnóstico, 10 no segundo, oito no terceiro e três eram puérperas. O sintoma mais prevalente foi cefaléia (85,2%), seguido por alteração visual (44,4%), confusão mental (44,4%), náusea (40,7%) e febre (33%). Houve nove óbitos maternos (33,3%). Vinte e uma pacientes foram tratadas com anfotericina B (77,8%). A maioria dos casos evoluiu com gestação a termo, com recém-nascidos saudáveis (66,6%). CONCLUSÕES: Neurocriptococose deve ser um diagnóstico a se considerar na gestação, nos casos de cefaléia, alteração visual, confusão mental, náusea e febre persistentes, sendo indicada terapia intensiva e uso de anfotericina B
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