10 research outputs found

    Microalgas nocivas e ficotoxinas no complexo estuarino de Paranaguá, PR : subsídios para o monitoramento

    Get PDF
    Orientador : Luciano F. FernandesCo-orientador : Luiz A.O. ProençaDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Botanica. Defesa: Curitiba, 2005Inclui bibliografiaAs microalgas desempenham um importante papel ecológico atuando como produtores primários nos ecossistemas aquáticos. Entretanto, algumas espécies podem crescer intensivamente e formar florações com efeitos deletérios. No ambiente marinho, florações dessas microalgas nocivas podem causar a morte de organismos por depleção de oxigênio, danos físicos ou liberação de substâncias tóxicas. Podem, ainda, prejudicar o homem por causarem prejuízos econômicos às atividades de pesca, aqüicultura e turismo, ou problemas de saúde pela contaminação de alimentos com suas toxinas, as ficotoxinas. Este trabalho integrou o Projeto ALARME (FNMA/PROBIO CVI 008/2002) e buscou quantificar a abundância de microalgas potencialmente nocivas no complexo estuarino de Paranaguá (CEP), PR, detectar a presença de ficotoxinas em moluscos filtradores e testar a toxicidade de algumas microalgas em laboratório. Para tanto, entre agosto de 2002 e outrubro de 2003 foram realizadas dez amostragens aproximadamente bimestrais em seis estações de coleta dentro das baías de Paranaguá e Antonina. Foi coletada água em três estratos - superfície, meio e fundo - para a análise qualitativa e quantitativa do fitoplâncton, de variáveis ambientais e clorofila-a. O molusco filtrador "sururu" (Mytella guyanensis) foi amostrado em três locais para a análise do acúmulo de ficotoxinas paralisantes, diarréicas e amnésicas por meio de bioensaios e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Algumas cepas de microalgas potencialmente tóxicas foram isoladas de amostras do ambiente e cultivadas em laboratório. Seu crescimento foi medido e a toxicidade analisada por cromatografia líquida e testes com invertebrados marinhos e camundongos. Foram encontradas, durante o estudo, as seguintes microalgas que integram a lista de espécies potencialmente tóxicas da IOC/UNESCO - Chatonella ssp., Dinophysis acuminata, Gymnodinium catenatum, Heterosigma akashiwo, Phaeocystis ssp., Prorocentrum minimum e Pseudo-nitzschia ssp. - além de outras microalgas potencialmente nocivas de importância local, como Coscinodiscus wailesii e Trichodesmium erythraeum. Em geral, a abundância e diversidade das algas nocivas foram maiores durante a primavera (outubro a dezembro) e entre o final do verão e início do outono (fevereiro a abril). Suas ocorrências foram mais importantes nas estações localizadas na foz do estuário e na região que divide as baías de Paranaguá e Antonina. Em dezembro de 2002, o teste para detecção de toxinas diarréicas (DSP) no molusco M. guyanensis teve um resultado positivo, associado à presença do dinoflagelado D. acuminata na água, em concentrações de até 4.566 cels, L-¹. Em cultivo, H. akashiwo foi tóxica para juvenis do misidáceo Mysidopsis juniae (CL50: 1.821 ± 545 cels. mL-¹) e inibiu o desenvolvimento larval do molusco Perna perna ( CE50: 3.567 ± 294 cels. mL-¹). Confirmou-se, em cultivo, a produção de toxinas paralisantes (PSP), principalmente as do tipo N-sulfocarbamoil C-1 e C-2, em uma cepa de G. catenatum. A toxicidade máxima medida foi de 19,440 ± 3,094 rg STXeq. cel-¹. Das quatro cepas cultivadas de Pseudo-nitzschia spp., uma produziu a toxina amnésica (ASP) ácido domóico numa concentração de até 0,152 ± 0,022 rg.cel-¹. Esta investigação forneceu um panorama preliminar acerca da presença e distribuição das algas nocivas no CEP e confirmou a produção de toxinas amnésicas, diarréicas e paralisantes por microalgas que lá são encontradas. O trabalho apresentou, ainda, diretrizes para a elaboração e desenvolvimento de um programa de monitoramento de algas nocivas e ficotoxinas no CEP.Microalgae have an important ecological role as primary producers in the aquatic environments. However, some species may growth intensively and form a harmful bloom. In marine environments, these blooms may kill animals by oxygen depletion, physical damages, or release of toxic substances. Furthermore, harmful algal blooms may also cause losses to economic activities such as fishing, aquaculture and tourism, and damage the public health by seafood contamination with phycotoxins. This work was part of the ALARME Project (FNMA/PROBIO CVI 008/2002). It aimed to quantify the abundance of harmful algae in the estuarine complex of Paranagua (ECP), Parana State; to detect phycotoxins in shellfish and; to check the toxicity of some microalgae in culture. Therefore, ten nearly bimonthly samplings were made between August 2002 and October 2003, in six points in the Paranagua Bay and Antonina Bay. Water samples were taken in three depths - surface, middle and bottom - for analyses of phytoplankton, chlorophyll-a and physical and chemical parameters. Shellfish samples ("sururu" - Mytella guyanensis) were taken in three points for analyses of amnesic, paralytic and diarrhetic toxins by high performance liquid chromatography (HPLC) and mice bioassays. Finally, some strains of potentially toxic algae were cultivated for both growth and toxicity tests. During the work, some algae that integrate the list of toxic species of the Intergovernmental Oceanographic Commission (IOC) of UNESCO were found . Chattonella spp., Dinophysis acuminata, Gymnodinium catenatum, Heterosigma akashiwo, Phaeocystis spp., Prorocentrum minimum, and Pseudo-nitzschia spp. . besides other potentially harmful species with regional importance, such as Coscinodiscus wailesii and Trichodesmium erythraeum. In general, the harmful algae abundance and diversity were higher during the spring (October to December) and between the late summer and beginning of autumn (February to April). The presence of these species was more conspicuous near the estuary mouth and at the transicional region between Paranagua Bay and Antonina Bay. In December of 2002, the test for detection of diarrhetic toxins (DSP) in one shellfish M. guyanensis sample was positive. The sample was taken in the same place where the dinoflagellate D. acuminata was found in concentrations up to 4.6 10³ cells.L-¹. In culture, H. akashiwo was toxic to misidacean Mysidopsis juniae juveniles (LC50: 1.8 ± 0.5 106cells.L-¹) and inhibited the larval development of the mussel Perna perna (LE50: 3.6 ± 0.3 106cells.L-¹). Also in culture, the production of paralytic toxins (PSP), mainly C-1 and C-2, was confirmed in one strain of G. catenatum, in concentrations up to 19.44 ± 3.1 ƒÏg STXeq. cell-¹. At least one of the strains cultivated of Pseudo-nitzschia spp. produced domoic acid, an amnesic toxin (ASP), in concentrations up to 0.152 ± 0.022 rg. STXeq. cell-1. This investigation gave a preliminary prospect about the presence and distribution of the harmful algae in the ECP, and confirmed the production of amnesic, paralytic and diarrhetic toxins by algae locally found. The work also provided basic support for the elaboration and development of a monitoring program of harmful algae and toxins in the ECP

    Composition and abundance of benthic microalgae from the Estuarine Complex of Paranaguá Bay (southern Brazil) with special emphasis on toxic species

    Get PDF
    This study addressed the occurrence and distribution of benthic microalgae, with emphasis on toxic species, on differentsubstrates (macroalgae, seagrass and sediments) along the outer, euhaline zone of the Estuarine Complex of ParanaguáBay, southern Brazil, from July 2015 to May 2016. Canonical analysis of principal coordinates (CAP) was used to identifythe potential environmental drivers of microphytobenthic assemblage structure. A total of 18 potentially toxic benthicmicroalgae species were reported, including 7 dinoflagellates, 9 cyanobacteria, one diatom and one euglenophyte.The abundance of all potentially toxic microalgae varied consistently along the investigated period. Dinoflagellatesdominated the microalgae assemblage in July and September 2015. Mean densities on macrophytes ranged from 33.6cells g-1 in May 2016 to 775.6 cells g-1 in September 2015, being positively correlated with dissolved nitrogen-nutrients,water transparency, salinity, and chlorophyll-a. Prorocentrum cf. lima was the most frequent and abundant dinoflagellate.Overall, the highest abundance of toxic species occurred in February 2016, when cyanobacterial mats dominated byLyngbya cf. aestuarii were observed throughout the estuary associated with periods of heavier rainfall and higher turbidity(shallower Secchi depth). At that time, a selected microphytobenthic extract exhibited acute toxicity on nauplii of thebrine shrimp Artemia salina in the laboratory

    Harmful algae and toxis in paranaguá bay , Brazil: bases for monitoring

    Get PDF
    O complexo estuarino de Paranaguá (CEP; 25º30'S, 48º30'W), localizado no litoral sul do Brasil, abriga extensas áreas preservadas de manguezais e tem a pesca e aqüicultura como importantes atividades econômicas. Este trabalho investigou a ocorrência de microalgas nocivas no CEP e a presença de ficotoxinas no molusco bivalve Mytella guyanensis. Para tanto, foram coletadas amostras com periodicidade aproximadamente mensal, entre agosto de 2002 e outubro de 2003. Foram avaliadas variáveis físico-químicas, densidade de espécies nocivas e a presença de toxinas nos moluscos através de bioensaio com camundongos (DSP e PSP) e por cromatografia líquida (ASP). As espécies nocivas encontradas foram Pseudo-nitzschia spp., Dinophysis acuminata,Prorocentrum minimum,Gymnodinium catenatum,Phaeocystis spp., Chattonella spp. e Heterosigma akashiwo. Além dessas, Trichodesmium erythraeum e Coscinodiscus wailesii foram também incluídas no estudo pelo potencial de produzirem eventos nocivos na região. Toxinas diarréicas (DSP) foram detectadas em moluscos em dezembro de 2002 associadas à presença de D. acuminata (até 4.566 cel.l-1). Toxinas paralisantes e amnésicas foram produzidas por cepas cultivadas em laboratório. Primavera (de outubro a dezembro no hemisfério Sul) e final do verão (fevereiro a abril) foram os períodos de maior abundância de algas nocivas principalmente nos setores euhalino e polihalino interno do CEP.The estuarine complex of Paranaguá - ECP (South Brazil, 25º30'S, 48º30'W) is a large subtropical system, where pristine mangrove forests are still present, and fishery and aquaculture are important economic activities. This work investigated the occurrence of harmful algae in Paranaguá Bay, as well as the presence of toxins in the filter feeding mussel Mytella guyanensis, a local fishery resource. Samples along the Paranaguá sub-system were collected almost monthly from August 2002 to October 2003. Besides physical and chemical variables, cell densities of harmful species and presence of toxins in the mussel by mouse bioassay (DSP, PSP) and HPLC (ASP) were performed. HAB species included Pseudo-nitzschia spp., Dinophysis acuminata,Prorocentrum minimum,Gymnodinium catenatum,Phaeocystis spp., Chattonella spp. and Heterosigma akashiwo.Trichodesmium erythraeum and Coscinodiscus wailesii were also included in this study due to their potential for harmful bloom formation. Toxin results showed the occurrence of DSP (December 2002) in shellfish related to the presence of D. acuminata (max. 4,566 cells.l-1). Additionally, cultivated strains produced paralytic and amnesic toxins in laboratory. Spring (October to December, Southern Hemisphere) and late summer (February to April) were the periods of higher abundance of harmful algae, mainly in euhaline and inner polyhaline sectors of the ECP

    SEASONAL AND SPATIAL PATTERNS OF TOXIGENIC SPECIES OF Dinophysis AND Pseudo-nitzschia IN A SUBTROPICAL BRAZILIAN ESTUARY

    Get PDF
    Este estudo investigou a distribuição espacial e temporal de espécies toxigênicas de fitoplâncton entre outubro de 2010 e abril de 2012 na Baía de Guaratuba, Estado do Paraná, Brasil, onde as atividades de maricultura têm se intensificado nos últimos anos. As maiores abundâncias de Pseudo-nitzschia calliantha e P. pungens (até 7,3 x 104 células L-1), diatomáceas causadoras do envenenamento amnésico por consumo de molusco (ASP), foram correlacionadas com valores mais elevados de temperatura (de dezembro a abril), salinidade (>;20) e concentrações de silicato (variando de 6,0 a 90,0 µM). A ocorrência destas diatomáceas na baía aparentemente depende do desenvolvimento de mecanismo de inoculação na água costeira adjacente e de seu subsequente transporte pelas correntes de maré para o interior do estuário. Durante o período de estudo, no entanto, a abundância celular de Pseudo-nitzschia permaneceu baixa, provavelmente devido à limitação do crescimento por falta de fosfato, especialmente na área externa. Além disso, espécies nocivas de Dinophysis, um dinoflagelado responsável pela produção de toxinas diarreicas (DSP), foram registradas em todas as campanhas mensais de amostragem. As maiores abundâncias de D. acuminata, D. caudata e D. tripos foram associadas com a camada logo acima da haloclina, nas regiões da baía onde a estratificação da coluna de água foi mais frequente. Em algumas ocasiões, a abundância de células de D. acuminata (até 3,2 x 103 células L-1) em áreas utilizadas para cultivo de moluscos bivalves para consumo humano, superou níveis considerados perigosos. Estes resultados indicam a necessidade de implantação de um programa de monitoramento de microalgas nocivas na Baía de Guaratuba.This study investigated the spatial and temporal distributions of toxigenic phytoplankton species between October 2010 and April 2012 in Guaratuba Bay, Paraná state, Brazil, where aquaculture has been intensified in recent years. The highest abundances of Pseudo-nitzschia calliantha and P. pungens (up to 7.3 x 104 cells L-1), diatoms which cause amnesic shellfish poisoning (ASP), were correlated with higher values of temperature (from December to April, salinity (>;20) and silicate concentrations (ranging from 6.0 to 90.0 µm). The occurrence of these harmful diatoms in the bay also appeared to depend upon the development of seeding mechanisms in the adjacent coastal water and its subsequent advection by tidal currents to the interior of the estuary. During the study period, Pseudo-nitzschia cell abundance remained low to moderate probably as a result of growth limitation by phosphate shortage, especially in the outer area of the estuary. In addition, harmful species of Dinophysis, dinoflagellates responsible for diarrhetic shellfish poisoning (DSP) events, were recorded in every sampling campaign. The highest abundances of D. acuminata, D. caudata and D. tripos were associated with the upper halocline layer in regions of the bay where water column stratification was more frequent. On some occasions, cell abundances of D. acuminata (up to 3.2 x 103 cells L-1) exceeded levels considered harmful in areas used to cultivate bivalve mollusks for human consumption. These novel results strongly indicate the necessity of implementing a monitoring program for harmful microalgae in Guaratuba Bay

    Microalgas nocivas e ficotoxinas no complexo estuarino de Paranaguá, PR : subsídios para o monitoramento

    No full text
    Orientador : Luciano F. FernandesCo-orientador : Luiz A.O. ProençaDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Botanica. Defesa: Curitiba, 2005Inclui bibliografiaAs microalgas desempenham um importante papel ecológico atuando como produtores primários nos ecossistemas aquáticos. Entretanto, algumas espécies podem crescer intensivamente e formar florações com efeitos deletérios. No ambiente marinho, florações dessas microalgas nocivas podem causar a morte de organismos por depleção de oxigênio, danos físicos ou liberação de substâncias tóxicas. Podem, ainda, prejudicar o homem por causarem prejuízos econômicos às atividades de pesca, aqüicultura e turismo, ou problemas de saúde pela contaminação de alimentos com suas toxinas, as ficotoxinas. Este trabalho integrou o Projeto ALARME (FNMA/PROBIO CVI 008/2002) e buscou quantificar a abundância de microalgas potencialmente nocivas no complexo estuarino de Paranaguá (CEP), PR, detectar a presença de ficotoxinas em moluscos filtradores e testar a toxicidade de algumas microalgas em laboratório. Para tanto, entre agosto de 2002 e outrubro de 2003 foram realizadas dez amostragens aproximadamente bimestrais em seis estações de coleta dentro das baías de Paranaguá e Antonina. Foi coletada água em três estratos - superfície, meio e fundo - para a análise qualitativa e quantitativa do fitoplâncton, de variáveis ambientais e clorofila-a. O molusco filtrador "sururu" (Mytella guyanensis) foi amostrado em três locais para a análise do acúmulo de ficotoxinas paralisantes, diarréicas e amnésicas por meio de bioensaios e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Algumas cepas de microalgas potencialmente tóxicas foram isoladas de amostras do ambiente e cultivadas em laboratório. Seu crescimento foi medido e a toxicidade analisada por cromatografia líquida e testes com invertebrados marinhos e camundongos. Foram encontradas, durante o estudo, as seguintes microalgas que integram a lista de espécies potencialmente tóxicas da IOC/UNESCO - Chatonella ssp., Dinophysis acuminata, Gymnodinium catenatum, Heterosigma akashiwo, Phaeocystis ssp., Prorocentrum minimum e Pseudo-nitzschia ssp. - além de outras microalgas potencialmente nocivas de importância local, como Coscinodiscus wailesii e Trichodesmium erythraeum. Em geral, a abundância e diversidade das algas nocivas foram maiores durante a primavera (outubro a dezembro) e entre o final do verão e início do outono (fevereiro a abril). Suas ocorrências foram mais importantes nas estações localizadas na foz do estuário e na região que divide as baías de Paranaguá e Antonina. Em dezembro de 2002, o teste para detecção de toxinas diarréicas (DSP) no molusco M. guyanensis teve um resultado positivo, associado à presença do dinoflagelado D. acuminata na água, em concentrações de até 4.566 cels, L-¹. Em cultivo, H. akashiwo foi tóxica para juvenis do misidáceo Mysidopsis juniae (CL50: 1.821 ± 545 cels. mL-¹) e inibiu o desenvolvimento larval do molusco Perna perna ( CE50: 3.567 ± 294 cels. mL-¹). Confirmou-se, em cultivo, a produção de toxinas paralisantes (PSP), principalmente as do tipo N-sulfocarbamoil C-1 e C-2, em uma cepa de G. catenatum. A toxicidade máxima medida foi de 19,440 ± 3,094 rg STXeq. cel-¹. Das quatro cepas cultivadas de Pseudo-nitzschia spp., uma produziu a toxina amnésica (ASP) ácido domóico numa concentração de até 0,152 ± 0,022 rg.cel-¹. Esta investigação forneceu um panorama preliminar acerca da presença e distribuição das algas nocivas no CEP e confirmou a produção de toxinas amnésicas, diarréicas e paralisantes por microalgas que lá são encontradas. O trabalho apresentou, ainda, diretrizes para a elaboração e desenvolvimento de um programa de monitoramento de algas nocivas e ficotoxinas no CEP.Microalgae have an important ecological role as primary producers in the aquatic environments. However, some species may growth intensively and form a harmful bloom. In marine environments, these blooms may kill animals by oxygen depletion, physical damages, or release of toxic substances. Furthermore, harmful algal blooms may also cause losses to economic activities such as fishing, aquaculture and tourism, and damage the public health by seafood contamination with phycotoxins. This work was part of the ALARME Project (FNMA/PROBIO CVI 008/2002). It aimed to quantify the abundance of harmful algae in the estuarine complex of Paranagua (ECP), Parana State; to detect phycotoxins in shellfish and; to check the toxicity of some microalgae in culture. Therefore, ten nearly bimonthly samplings were made between August 2002 and October 2003, in six points in the Paranagua Bay and Antonina Bay. Water samples were taken in three depths - surface, middle and bottom - for analyses of phytoplankton, chlorophyll-a and physical and chemical parameters. Shellfish samples ("sururu" - Mytella guyanensis) were taken in three points for analyses of amnesic, paralytic and diarrhetic toxins by high performance liquid chromatography (HPLC) and mice bioassays. Finally, some strains of potentially toxic algae were cultivated for both growth and toxicity tests. During the work, some algae that integrate the list of toxic species of the Intergovernmental Oceanographic Commission (IOC) of UNESCO were found . Chattonella spp., Dinophysis acuminata, Gymnodinium catenatum, Heterosigma akashiwo, Phaeocystis spp., Prorocentrum minimum, and Pseudo-nitzschia spp. . besides other potentially harmful species with regional importance, such as Coscinodiscus wailesii and Trichodesmium erythraeum. In general, the harmful algae abundance and diversity were higher during the spring (October to December) and between the late summer and beginning of autumn (February to April). The presence of these species was more conspicuous near the estuary mouth and at the transicional region between Paranagua Bay and Antonina Bay. In December of 2002, the test for detection of diarrhetic toxins (DSP) in one shellfish M. guyanensis sample was positive. The sample was taken in the same place where the dinoflagellate D. acuminata was found in concentrations up to 4.6 10³ cells.L-¹. In culture, H. akashiwo was toxic to misidacean Mysidopsis juniae juveniles (LC50: 1.8 ± 0.5 106cells.L-¹) and inhibited the larval development of the mussel Perna perna (LE50: 3.6 ± 0.3 106cells.L-¹). Also in culture, the production of paralytic toxins (PSP), mainly C-1 and C-2, was confirmed in one strain of G. catenatum, in concentrations up to 19.44 ± 3.1 ƒÏg STXeq. cell-¹. At least one of the strains cultivated of Pseudo-nitzschia spp. produced domoic acid, an amnesic toxin (ASP), in concentrations up to 0.152 ± 0.022 rg. STXeq. cell-1. This investigation gave a preliminary prospect about the presence and distribution of the harmful algae in the ECP, and confirmed the production of amnesic, paralytic and diarrhetic toxins by algae locally found. The work also provided basic support for the elaboration and development of a monitoring program of harmful algae and toxins in the ECP

    Harmful algae and toxis in paranaguá bay , Brazil: bases for monitoring

    No full text
    The estuarine complex of Paranaguá - ECP (South Brazil, 25º30'S, 48º30'W) is a large subtropical system, where pristine mangrove forests are still present, and fishery and aquaculture are important economic activities. This work investigated the occurrence of harmful algae in Paranaguá Bay, as well as the presence of toxins in the filter feeding mussel Mytella guyanensis, a local fishery resource. Samples along the Paranaguá sub-system were collected almost monthly from August 2002 to October 2003. Besides physical and chemical variables, cell densities of harmful species and presence of toxins in the mussel by mouse bioassay (DSP, PSP) and HPLC (ASP) were performed. HAB species included Pseudo-nitzschia spp., Dinophysis acuminata,Prorocentrum minimum,Gymnodinium catenatum,Phaeocystis spp., Chattonella spp. and Heterosigma akashiwo.Trichodesmium erythraeum and Coscinodiscus wailesii were also included in this study due to their potential for harmful bloom formation. Toxin results showed the occurrence of DSP (December 2002) in shellfish related to the presence of D. acuminata (max. 4,566 cells.l-1). Additionally, cultivated strains produced paralytic and amnesic toxins in laboratory. Spring (October to December, Southern Hemisphere) and late summer (February to April) were the periods of higher abundance of harmful algae, mainly in euhaline and inner polyhaline sectors of the ECP.O complexo estuarino de Paranaguá (CEP; 25º30'S, 48º30'W), localizado no litoral sul do Brasil, abriga extensas áreas preservadas de manguezais e tem a pesca e aqüicultura como importantes atividades econômicas. Este trabalho investigou a ocorrência de microalgas nocivas no CEP e a presença de ficotoxinas no molusco bivalve Mytella guyanensis. Para tanto, foram coletadas amostras com periodicidade aproximadamente mensal, entre agosto de 2002 e outubro de 2003. Foram avaliadas variáveis físico-químicas, densidade de espécies nocivas e a presença de toxinas nos moluscos através de bioensaio com camundongos (DSP e PSP) e por cromatografia líquida (ASP). As espécies nocivas encontradas foram Pseudo-nitzschia spp., Dinophysis acuminata,Prorocentrum minimum,Gymnodinium catenatum,Phaeocystis spp., Chattonella spp. e Heterosigma akashiwo. Além dessas, Trichodesmium erythraeum e Coscinodiscus wailesii foram também incluídas no estudo pelo potencial de produzirem eventos nocivos na região. Toxinas diarréicas (DSP) foram detectadas em moluscos em dezembro de 2002 associadas à presença de D. acuminata (até 4.566 cel.l-1). Toxinas paralisantes e amnésicas foram produzidas por cepas cultivadas em laboratório. Primavera (de outubro a dezembro no hemisfério Sul) e final do verão (fevereiro a abril) foram os períodos de maior abundância de algas nocivas principalmente nos setores euhalino e polihalino interno do CEP

    SEASONAL AND SPATIAL PATTERNS OF TOXIGENIC SPECIES OF Dinophysis AND Pseudo-nitzschia IN A SUBTROPICAL BRAZILIAN ESTUARY

    No full text
    This study investigated the spatial and temporal distributions of toxigenic phytoplankton species between October 2010 and April 2012 in Guaratuba Bay, Paraná state, Brazil, where aquaculture has been intensified in recent years. The highest abundances of Pseudo-nitzschia calliantha and P. pungens (up to 7.3 x 104 cells L-1), diatoms which cause amnesic shellfish poisoning (ASP), were correlated with higher values of temperature (from December to April, salinity (>20) and silicate concentrations (ranging from 6.0 to 90.0 µm). The occurrence of these harmful diatoms in the bay also appeared to depend upon the development of seeding mechanisms in the adjacent coastal water and its subsequent advection by tidal currents to the interior of the estuary. During the study period, Pseudo-nitzschia cell abundance remained low to moderate probably as a result of growth limitation by phosphate shortage, especially in the outer area of the estuary. In addition, harmful species of Dinophysis, dinoflagellates responsible for diarrhetic shellfish poisoning (DSP) events, were recorded in every sampling campaign. The highest abundances of D. acuminata, D. caudata and D. tripos were associated with the upper halocline layer in regions of the bay where water column stratification was more frequent. On some occasions, cell abundances of D. acuminata (up to 3.2 x 103 cells L-1) exceeded levels considered harmful in areas used to cultivate bivalve mollusks for human consumption. These novel results strongly indicate the necessity of implementing a monitoring program for harmful microalgae in Guaratuba Bay
    corecore