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    O efeito de diferentes disponibilidades de sombreamento na dispersão das fezes dos bovinos nas pastagens.

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    O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes disponibilidades de sombreamento na distribuição das fezes na pastagem. Mediu-se as freqüências de distribuição das vacas e das fezes nas subáreas dos piquetes, num desenho experimental quadrado-latino (4x4), com os tratamentos: sem sombra (“sol”), sombra “única”, sombra em “bosque” e sombra “dispersa”. A análise estatística feita pelo teste do qui-quadrado constatou que as freqüências observadas das vacas e das fezes nos quadrantes foram diferentes das esperadas em todos os tratamentos (p< 0,01), exceto para a distribuição das fezes no tratamento “dispersa”. A correlação entre a freqüência das vacas e a quantidade de fezes no mesmo quadrante foi de 79%, 49%, 62% e 3%, para os tratamentos sol, única, bosque e dispersa, respectivamente. Concluiuse que sem sombra houve uma maior concentração das fezes nas proximidades da saída do piquete; com a sombra presente, esta concentração foi maior na sombra e em suas proximidades. Quando dispersa, a sombra proporcionou uma maior homogeneidade na distribuição das fezes, o que pode ter efeito a médio e longo prazo na fertilidade do solo por meio da ciclagem dos nutrientes

    A hierarquia social e o regime de oferta influenciam o consumo de água em bovinos leiteiros.

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    Pequenas propriedades leiteiras no sul do Brasil freqüentemente oferecem água para as vacas em um único bebedouro na sala de ordenha, o que pode limitar o consumo de água, com conseqüências negativas na produção e bem-estar animal. Para testar a influencia da restrição de água e dominância social na ingestão de água e no comportamento, 14 animais (novilhas, vacas em lactação e secas) foram submetidos a dois tratamentos num delineamento do tipo cross-over: acesso à água permanente (APer) ou restrito a uma vez ao dia (ARest) durante 17 dias em cada fase. A ingestão de água foi medida diariamente através de um relógio medidor de vazão acoplado à saída de água e o comportamento foi observado entre os dias 13 e 17 de cada fase, por observação visual direta, das 7:00 às 22:00 h. A dominância social e os tratamentos não influenciaram os comportamentos de comer ração/silagem, pastar, ruminar, de pé, deitada, inativa ou número de agressões, nem a distribuição espacial na sala de ordenha. Entretanto, vacas ARest beberam aproximadamente 70% do volume de água consumido pelas vacas APer (p<0,001). Em seis de oito oportunidades, vacas secas subordinadas não beberam água por até 48 horas. A limitação da disponibilidade de água uma vez ao dia na sala de ordenha pode reduzir a ingestão e prejudicar o consumo de alguns animais dentro do grupo

    From pasture to compost barns: Smallholder family dairy farmers and the expansion of industrialized animal production in Santa Catarina, Brazil

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    Why are small-scale family dairy farms expanding to larger scale industrialized systems such as compost barns in Santa Catarina, one of the largest dairy production regions in Brazil?Compost barns are presented to small-scale farmers as a modern and efficient production model. Farmers perceive that by adopting these intensive confined systems, they will acquire the social status associated with modernity. To curb the further adoption of compost barns and encourage the use of pasture-based systems instead, one needs to take multiple steps and approaches.FARMERS AND EXTENSION AGENTS: 1) Engage with farmers individually, and identify extension agents with good relationships with farmers. 2) Explain that compost barns require massive investments and higher labor demands, reduce animal welfare, and increase vulnerability to external factors, while well-managed pasture-based systems can match many of the alleged benefits of compost barns. 3) Women and younger generations in family farms are key groups to target, given their growing influence in decision-making. 4) Promote sustainable, pasture-based dairy production systems as a new face of modernity and symbol of high status that brings a sense of pride. 5) Publicize successful pasture-based farms as model farms. 6) Provide concrete steps of managing pasture-based systems that farmers can easily understand and follow.CONSUMERS: Develop public interest in sustainable, pasture-based dairy production; generate consumer markets for animal welfare-friendly, climate-friendly or carbon-neutral milk.POLICY MAKERS: Lobby for policies that incentivize production using pasture-based systems, for example: Rural credit programs for smallholders, programs that give them a secure market, payment for ecosystem services, subsidizing photovoltaic energy

    Characterization of silage production and the use by dairy farmers in the West of Santa Catarina state

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    Silage has been widely used in dairy production. However, little is known about its use at production level. The goal of this study was to characterize production and usage of silage for the dairy farming in Western Santa Catarina state. Thirty farms were selected randomly by their geographical location, in 11 municipalities of the West of Santa Catarina state, and they were invited to participate in the research. Out of these 30 farms, 6 did not have any dairy activity, and 2 preferred not to participate in the research, thus were not included. Semi-structured interviews and on-site visits were then performed. All data were analyzed with the software R version 3.2.2. 95% of the farmers produced and fed silage to animals. Out of the 22 farmers participating in the study, 82% provided silage for dairy cows during the whole year; in 86% of these farms, the silage was fed right after milking, in an average amount of 6.06 ± 0.63 kg DM (dry matter) AU-1 (animal unit, 500 kg) day-1. The average area used for maize production was 8.46 ha, representing 59% of the area destined to dairy farming. The average silage production was 8.8 and 7.6 t ha-1 year-1 in the season and off-season crop respectively, without significant differences. In most silage production areas, the no-tillage system is adopted, with the use of pesticides, chemical fertilization and transgenic seeds, without soil covering or crop rotation. Farms that fertilized maize based on soil analysis had the greatest silage yield, compared to the ones that fertilized without relying on soil analysis. The use of different types of pesticides and fertilizer quantities was not correlated to the silage production volume. Overall the production systems and the quantity of silage produced and fed to the cows do not follow technical criteria; thus silage yield and use could be improved if following strategies to better allocate crop inputs

    Produção de leite orgânico e convencional no Oeste de Santa Catarina: caracterização e percepção dos produtores.

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    É crescente o número de produtores interessados no sistema de produção orgânico, especialmente dentro da Agricultura Familiar. Porém, pouco se sabe sobre a estruturação das unidades produtivas, tecnologias e práticas que estão sendo utilizadas nesse sistema. O objetivo desse trabalho foi identificar o perfil de produtores de leite orgânico através da caracterização das famílias e unidades produtivas, investigar as motivações, as principais dificuldades e aspectos positivos e negativos da produção orgânica, além de comparar características demográficas, produtivas e manejos utilizados nos sistemas orgânico e convencional. Foram selecionadas 17 unidades leiteiras orgânicas (ORG) e 17 unidades leiteiras convencionais (CONV), de agricultores familiares, no Oeste de Santa Catarina, Brasil. Foram realizadas entrevistas com os agricultores em março e setembro de 2010 sobre suas opiniões a respeito da produção orgânica, e sobre as diferenças entre as tecnologias e manejos adotados. O tamanho da propriedade, idade, escolaridade e tempo na atividade foram similares entre os sistemas. O ORG teve rebanhos menores e menor produção por vaca, o que foi relacionado à menor porcentagem de sangue holandês no rebanho e não ao sistema em si. Esse sistema apresentou uma produção leiteira menor do que o CONV com médias de 3342 e 7912 litros/mês, respectivamente. O ORG teve um perfil de pessoas mais ativas no seu meio social, tendo maior acesso a informações, o que pode ter influenciado na opção pelo sistema de produção. A melhor exploração dos recursos forrageiros e menor utilização de antibióticos fazem com que os produtores orgânicos percebam melhorias no agroecossistema e na qualidade de vida. O maior entrave percebido pelos produtores orgânicos é a falta de reconhecimento econômico pelo mercado e de assistência técnica especializada no assunto. A adequação dos produtores aos padrões normativos é limitada pela falta de planejamento alimentar e de saúde animal

    Comportamento de porcas pré-parturientes alojadas no sistema intensivo ao ar livre ou no confinamento convencional

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    This work compared the behaviour of pre-parturient sows housed in intensive confined and outdoor systems, during the morning and afternoon prior to delivery. Eight sows were kept individually in farrowing crates or in paddocks with access to fresh pasture from 8 to 10 days before expected parturition. All outdoor sows built a nest within 24 hours before farrowing. On the morning and afternoon before farrowing they spent 6.5% of the time collecting grass and 7.5% of the time organizing the nest. Outdoor sows were observed more often than confined sows rooting (4.60% vs. 0.25%), feeding (10.2% vs. 3.0%), standing (51% vs. 13%) and walking (8% vs. 0%). Indoor sows redirected the nesting behaviour to other behaviours like attempts to dig the ground, nosing, biting and rooting parts of the crate, feeder or drinker, during 4.7% of the time. They also spent more time than outdoor sows inactive (85% vs. 60%), lying (72% vs. 41%), drinking (2.1% vs. 0.5%) and vacuum chewing (3.7% vs. 0.1%). The pre-parturient behaviour of sows was considerably affected by the husbandry system. The outdoor system appears to be more appropriate for the sows' welfare than the conventional confinement.Neste trabalho foi comparado o comportamento de porcas pré-parturientes criadas no sistema confinado convencional ou no sistema intensivo ao ar livre. Oito porcas foram mantidas individualmente em baias de maternidade ou em potreiros com acesso a pasto fresco, de oito a dez dias antes da data prevista para o parto. As porcas ao ar livre construíram um ninho nas 24 horas antes do parto. Na manhã e tarde antes do parto, passaram aproximadamente 6,5% do tempo coletando pasto e 7,5% do tempo organizando um ninho. As porcas ao ar livre foram observadas mais freqüentemente do que as confinadas fuçando (4,60% vs. 0,25%), comendo (10,2% vs. 3,0%), em pé (51% vs. 13%) e caminhando (8% vs. 0%). As porcas confinadas redirecionaram o comportamento de ninho para comportamentos como tentativas de escavar no piso, morder e fuçar partes da baia, o comedouro e o bebedouro, durante 4,7% das observações. Também foram observadas mais freqüentemente do que as porcas ao ar livre inativas (85% vs. 60%), deitadas (72% vs. 41%), bebendo (2,1% vs. 0,5%) e mascando em falso (3,7% vs. 0,1%). O comportamento de porcas pré-parturientes foi consideravelmente influenciado pelo sistema de criação. O sistema intensivo ao ar livre parece ser mais apropriado para o bem-estar de porcas nesta fase do que o confinamento convencional

    Incorporating a fresh mixed annual ryegrass and berseem clover forage into the winter diet of dairy cows resulted in reduced milk yield, but reduced nitrogen excretion and reduced methane yield

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    The winter diet of dairy cows in Mediterranean climate regions is usually a total mixed ration with a base of conserved summer crops such as corn silage and alfalfa hay. However, there is increased labor and financial cost related to this kind of feeding, which could be reduced if fresh forages were used in place of some of the conserved forage in the cow diet. The objective of our study was to evaluate the effect of including fresh mixed annual ryegrass and berseem clover into the diet of dairy cows on milk, nitrogen utilization, and methane emission. Twenty-four lactating dairy cows were split into two groups and offered either a diet similar to that usually offered to the cows (CON) or one where a mixture of fresh annual ryegrass and berseem clover was used to partially substitute the corn silage and alfalfa hay in the diet (MIX). Milk yield was recorded automatically, and methane emissions were estimated using the SF6 tracer technique. The MIX diet had lower crude protein concentration (148 vs. 170 g/kg DM) but higher DM digestibility (81.6 vs. 78.6%) than the CON diet. Compared to the cows offered the CON diet, milk yield was reduced when cows were fed the MIX diet (36.4 vs. 31.9 kg/d), but methane emissions (381 vs. 332 g/d) and nitrogen excretion were also reduced (238 vs. 180 g/d). Nitrogen use efficiency was unaffected (30.8%). In addition, milk from cows fed the MIX diet had a fatty acid profile considered to be more beneficial to human health than that of the milk from cows fed the CON diet. Increasing the protein concentration in the MIX diet, either by direct supplementation or increasing the proportion of legume in the mixed herbage, could overcome the reduction on milk and positively affect methane emission and N use efficiency

    INFLUÊNCIA DA HIERARQUIA SOCIAL E DA PROXIMIDADE DO PARTO NO LIMIAR TÉRMICO NOCICEPTIVO EM VACAS PRENHES

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    O estabelecimento dos níveis hierárquicos em bovinos se dá pelas relações dedominância, as quais são definidas por interações agonísticas. Vacas subordinadas são as principais vítimas das interações agonísticas e podem desenvolver estresse crônico. O estresse e medo provocado pelas interações agonísticas pode resultar em uma analgesia induzida, que induz a produção de opióides. No período periparturiente também ocorre liberação de opióides para mitigar as dores do parto. Os opióides endógenos, como a endorfina, modulam a transmissão da estimulação da dor nas sinapses neurais em vários pontos das vias do sistema nervoso central, aumentando o limiar nociceptivo. Neste estudo observacional testamos a hipótese de que vacas subordinadas, por serem as principais vítimas das interações agonísticas, estariam em permanente estresse e medo, e apresentariam maior limiar nociceptivo de dor. O experimento foi realizado entre maio e agosto de 2018, na “University of British Columbia - Dairy Education and Research Center” em Agassiz, Canadá. Participaram deste estudo 48 vacas da raça Holandês, entre 21-28 dias de distância do parto, com peso médio de 751 ± 130 kg e alojadas em estabulação livre. As vacas foram mantidas em dois grupos dinâmicos, em baias com densidade de 10 animais cada e o reagrupamento foi realizado semanalmente. Os grupos eram heterogêneos, compostos por animais de diferentes lactações e peso. O limiar nociceptivo de dor foi mensurado semanalmente com um medidor de limiar térmico, no qual um estímulo de calor radiante foi aplicado no tegumento dorsal sobrepondo-se às falanges médias do ante pé do animal, imediatamente acima do casco. Após 60h do reagrupamento foram registradas todas as interações agonísticas que ocorreram na área de alimentação, durante 48h consecutivas. Desta forma, obtivemos a categoria social (dominante, intermediário e subordinado) de cada animal semanalmente até um dia antes do parto. Todos os dados foram analisados com o software Rstudio. Em todo o período experimental foram registrados mais de 2000 eventos de interações agonísticas. Não houve diferença (p=0,833) no número de interações agonísticas à medida que os animais se aproximavam do parto. Houve mudança na categoria social das vacas à medida que se aproximavam do parto, sendo que 25 vacas subiram e/ou desceram de posição na categoria social. Não houve diferença (p>0,05) no limiar nociceptivo de dor entre as categorias sociais (dominantes: 81,73°C; intermediários: 80,18°C; subordinados: 78,86°C). Não houve diferença (p=0.224) no limiar nociceptivo de dor de acordo com a distância do parto. Vacas subordinadas não apresentaram limiar nociceptivo diferente das dominantes no momento final da prenhez, porém a percepção de dor pelas vacas pode ter sido afetada por estarem prenhas. Concluímos que nas condições deste estudo, a hierarquia social e a proximidade do parto não interferiu no limiar nociceptivo de dor de vacas próximas ao parto

    RELAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PROXIMIDADE E COMPORTAMENTO DE NOVILHAS LEITEIRAS CRIADAS A PASTO

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    A distribuição espacial dos bovinos na pastagem não ocorre de forma aleatória, sendo que a proximidade com outros animais pode refletir os laços sociais formados dentro de um rebanho. Alguns animais permanecem mais próximos de indivíduos específicos em relação ao restante rebanho, demostrando certa preferência. A frequência de proximidade entre bovinos é dita como interação positiva, pois está presente em organizações sociais complexas e auxilia na manutenção da relação estável entre os animais envolvidos.  O objetivo deste estudo observacional foi descrever a frequência de proximidade entre novilhas leiteiras durante seus comportamentos diurnos. O experimento foi realizado entre os meses de outubro e dezembro de 2017, no Biotério de Bovinos da Fazenda Didático-Experimental da Ressacada (FER), pertencente a Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Foram observadas 19 novilhas mochas (secas e não-prenhas) mestiças (Jersey x Holandês), com aproximadamente 48 meses de idade e peso médio de 355 ± 40kg. Na FER os animais são manejados sob Pastoreio Racional Voisin, adentrando a um novo piquete (2.500m2) a cada 24h. As observações ocorreram durante 20 dias, alternando os períodos matutino (8:00–12:00) e vespertino (14:00–18:00). Os comportamentos pastando, ócio em pé, ócio deitado, ruminando em pé, ruminando deitado, outros e a proximidade foram avaliados através de instantâneos a cada 10min. Dois animais foram considerados próximos quando estavam a uma distância correspondente ao comprimento do corpo de uma vaca adulta (aproximadamente 2m) da paleta do animal focal. Independente do período (matutino e vespertino), o comportamento pastando apresentou a maior frequência (62,42%) em relação aos demais. Durante o período matutino os animais realizaram preferencialmente os comportamentos de ócio (em pé: 16,6%; deitado: 14,5%) e ruminação (em pé: 4,9%; deitado: 13,3%). As novilhas realizaram a maior frequência dos comportamentos avaliados sozinhas (69%), próximos a um indivíduo (24%) e de dois indivíduos (6,4%). Quando próxima a outra novilha (uma ou duas), o animal focal foi observado com maior frequência pastando (47,8%), seguido de ócio (28,1%), ruminando (19,4%) e realizando outros comportamentos (4,6%). O comportamento de ócio em pé do animal focal foi ocorreu com maior frequência quando próximo de outra novilha (em pé: 19,3%, deitado: 8,8%). Enquanto que para o comportamento de ruminação ocorreu o inverso, as novilhas ruminaram com maior frequência próxima de outra quando estavam deitadas (em pé: 5,7%, deitado: 13,7%). Concluímos, que a atividade de pastoreio foi realizada preferencialmente em companhia de outra novilha, sendo esta uma provável função de coesão social do grupo durante o pastoreio
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