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Endocrine treatment of meningiomas: a review
Os meningiomas são tumores benignos do sitema nervoso central. Apresentam altas taxas de recidiva e muitas vezes são considerados inoperáveis, como quando se localizam em local de difícil acesso cirúrgico ou quando englobam estruturas nobres do cérebro. Existem evidências clínicas, epidemiológicas, bioquímicas e de experimentos "in vitro" de que seu crescimento sofre influência do meio hormonal esteróideo. Vários ensaios terapêuticos têm explorado estas características do meningioma através do uso de substâncias que interferem na ação destes esteróides: RU486 (antiprogestínico e antiglicocorticóide), acetato de medroxiprogesterona (antiprogestínico), gestrinona (antiestrogênico e antiprogestínico), tamoxifen (antiestrogênico) e buserelin (superagonista do LHRH), além do octreotide (análogo da somatostatina) e a bromocriptina (agonista dopaminérgico). Outros medicamentos possuem potencial para o tratamento dos meningiomas: aminoglutetimina, suramin e trapidil. Nesta revisão, analizamos a literatura sobre esses aspectos.Meningiomas are begnin tumors of central nervous system. They have high rates of relapse and sometimes are not amenable to total removal mainly when involve vital structures. Clinical, epidemiological, biochemical and "in vitro" experiment show evidence that meningioma growth is influencied by steroid hormonal medium. Several clinical trials have explored these meningioma characteristics with the use of substances interfering with steroid actions: RU486 (antiprogestinic and antiglucocorticoid), medroxiprogesterone acetate (antiprogestinic), gestrinone (antiestrogenic e antiprogestinic), tamoxifen (antiestrogenic) and buserelin (LHRH superagonist), beyond of octreotide (somatostatin analog) and bromocriptine (dopaminergic agonist). Other substances have potential for the meningiomas treatment: aminogluthetimide, suramin and trapidil. In this review, we analyzed the literature about these aspects
Comportamento depressivo e má qualidade de vida em homens com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise
OBJECTIVE: To assess mood and quality of life in male hemodialysis patients, and to correlate mood swings with the different domains of the quality of life questionnaire. METHOD: Forty-seven male patients undergoing regular hemodialysis for more than six months were included in the study. The Hamilton Rating Scale for Depression and the Kidney Disease Quality of Life Questionnaire, in a version translated into and adapted to Portuguese, were used. RESULTS: The patients' age was 39.4 ± 8.9 years (median ± SD). Depression was observed in 32 (68.1%) patients according to the Hamilton Rating Scale for Depression. A significant negative correlation was found between the results from the Hamilton Rating Scale for Depression and the following parameters of the specific dimensions of the Kidney Disease Quality of Life Questionnaire: list of symptoms and problems (rs = -0.399; p = 0.005), quality of social interaction (rs = -0.433; p = 0.002), and quality of sleep (rs = -0.585; p < 0.001). Among the generic domains, mood showed a significant negative correlation with general health (rs = -0.475; p < 0.001), emotional well-being (rs = -0.354; p = 0.015), social functioning and energy/fatigue (rs = -0.518; p < 0.001). The other parameters of the Kidney Disease Quality of Life Questionnaire did not show significant correlations with the Hamilton Rating Scale for Depression. CONCLUSION: Mood showed a negative correlation with the various scores of quality of life assessed by the Kidney Disease Quality of Life Questionnaire, suggesting a possible influence of mood on the quality of life of chronic renal patients undergoing hemodialysis.OBJETIVO: Avaliar o estado de humor e a qualidade de vida de homens em tratamento hemodialítico, correlacionar as alterações observadas no humor com os diferentes domínios do questionário de qualidade de vida. MÉTODO: Foram incluídos 47 homens em tratamento hemodialítico estável há mais de seis meses. Foram aplicadas a Escala de Hamilton de depressão e o Kidney Disease Quality of Life Questionnaire, questionário de qualidade de vida relacionado à saúde, em sua forma traduzida e adaptada para a língua portuguesa. RESULTADOS: A média da idade dos pacientes era 39,4 ± 8,9 anos. Na avaliação pela Escala de Hamilton, observou-se em 32 (68,1%) pacientes a presença de depressão. Encontramos correlação negativa significativa entre os resultados obtidos na escala de Hamilton e os seguintes parâmetros das dimensões específicas do Kidney Disease Quality of Life Questionnaire: lista de sintomas e problemas (rs = -0,399; p = 0,005), qualidade da interação social (rs = -0,433; p = 0,002) e sono (rs = -0,585; p < 0,001). Entre os domínios genéricos, o estado de humor apresenta correlação negativa significativa com a saúde geral (rs = -0,475; p < 0,001), o bem-estar emocional (rs = -0,354; p = 0,015), a função social e a energia/fadiga (rs = -0,518; p < 0,001). Para os demais parâmetros do Kidney Disease Quality of Life Questionnaire não foram observadas relações significativas com a escala de Hamilton. CONCLUSÃO: O estado de humor apresentou correlação negativa com diversos escores de qualidade de vida avaliados pelo Kidney Disease Quality of Life Questionnaire, sugerindo possível influência do estado de humor na qualidade de vida dos pacientes renais em hemodiálise