Autogestão do diabetes tipo 1 em adultos : uma abordagem centrada na pessoa para melhorar o conhecimento e a adesão ao tratamento em hospital terciário

Atualmente o Brasil ocupa o terceiro lugar mundial em prevalência de casos de diabetes tipo 1. Esta doença pode se desenvolver em qualquer idade, embora ocorra com mais frequência em crianças e adultos jovens. O tratamento do diabetes tipo 1 envolve rigoroso controle glicêmico e mudanças de estilo de vida para promover o controle eficaz da glicemia e autocuidado. Falhas no controle glicêmico podem estar relacionados ao desconhecimento sobre a doença e à negligência com o autocuidado, comprometendo a saúde das pessoas com diabetes. A pandemia de COVID-19 no ano de 2020 trouxe redução de consultas e dificuldade de obtenção de medicamentos e receitas médicas, o que se tornou um desafio para o controle do diabetes. As medidas de distanciamento social afetaram o estilo de vida da população, trouxeram mudanças nos hábitos diários e consequências para a saúde, principalmente das pessoas com diabetes tipo 1. Mesmo antes da pandemia, a trajetória desses pacientes nos serviços de saúde tem se mostrado um processo complexo, por excesso de demandas (atendimentos e exames). Para obter um melhor controle metabólico, estratégias que promovam a adesão às recomendações baseadas em evidência e planos de tratamento, que forneçam educação aos pacientes, cuidadores, que combatam a inércia terapêutica precisam ser implementadas. Esta tese foi elaborada para melhorar o atendimento dos pacientes com diabetes tipo 1 atendidos no ambulatório de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Primeiramente foi realizado estudo de coorte objetivando avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na qualidade do atendimento de pacientes com diabetes tipo 1. Posteriormente, foi desenvolvido estudo com objetivo de avaliar a associação entre conhecimento sobre a doença, adesão ao autocuidado e controle glicêmico em pessoas com diagnóstico de diabetes tipo 1. Por último, implementamos a navegação de pacientes em diabetes tipo 1 ao desenvolver estudo com objetivo de avaliar o efeito da navegação de pacientes no controle glicêmico, conhecimento da doença e adesão ao autocuidado destas pessoas. Durante a pandemia de COVID-19, 252 pacientes tiveram pelo menos uma consulta presencial cancelada no nosso hospital. Os indicadores de qualidade assistencial (albuminúria e/ou creatinina sérica, perfil lipídico, medida de hormônio tireoestimulante, hemoglobina glicada, retinopatia e neuropatia) apresentaram piora em relação ao ano anterior (p<0,001). Em 2019, 23,2% dos participantes tiveram todos os indicadores avaliados, enquanto em 2020, durante a pandemia, apenas 3,5% tiveram todos avaliados. Em relação ao conhecimento, autocuidado e controle glicêmico, nossos resultados mostraram que 140 (70,8%) pacientes apresentaram conhecimento satisfatório sobre o diabetes, 65 (32,8%) tiveram adesão ao autocuidado e 46 (23,2%) apresentaram controle glicêmico adequado. A amostra final de pacientes que concluíram a navegação de pacientes foi de 152 participantes. As enfermeiras navegadoras realizaram 812 teleconsultas e 158 consultas presenciais. Após a intervenção, o controle glicêmico apresentou-se melhor em 37 (24,3%) participantes, o conhecimento sobre o diabetes, também, apresentou-se melhor em 37 (24,3%) participantes. A adesão ao autocuidado aumentou em 82 (53,9%) pacientes. Os estudos realizados para construção desta tese possibilitaram melhor entendimento do autocuidado e qualidade de atendimento em pacientes com diabetes tipo 1 antes e após a pandemia. Além disso, observou-se melhora no controle glicêmico, adesão ao autocuidado e conhecimento em diabetes nos participantes do estudo. A navegação de pacientes realizada por enfermeiras se apresentou promissora e factível em aprimorar o cuidado em pacientes com diabetes tipo 1

Aspectos gerenciais de uma empresa de processamento e comercialização de alimentos em Biguaçu, Santa Catarina

TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Agronomia.As atribuições de um engenheiro agrônomo são formadas a partir da combinação das ciências biológicas, sociais, exatas e econômicas e, inserido neste contexto, esse profissional atua como técnico, extensionista, consultor, pesquisador e administrador. O estágio foi realizado na empresa Agroindústria Cozinha Fácil Comércio de Frutas e Verduras LTDA, durante o período de 13 de agosto de 2012 a 01 de novembro do mesmo ano, no município de Biguaçu, Santa Catarina. Foram realizadas atividades voltadas para a administração e planejamento estratégico, destacando-se a confecção de planilhas de anotações a campo, atualizações de planilha de controle de produção e estoque e obtenção de coordenadas geográficas para a rastreabilidade dos insumos. O relatório contempla a descrição das atividades realizadas no estágio, com posterior análise do contexto. O funcionamento de uma agroindústria é um processo dinâmico que deve aliar harmonicamente todos os pilares que a compõem. Nenhum setor pode ser esquecido ou menosprezado. Pode-se concluir, analisando amplamente e criticamente, que o estágio proporcionou uma visão mais abrangente do mundo dos negócios e da cadeia produtiva. Foi possível constatar que o conhecimento técnico, por si só, não assegura o sucesso de um empreendimento agroindustrial e o universo acadêmico não prepara adequadamente os futuros profissionais para a realidade empresarial

Gestão por competências: preparo do processo avaliativo pelos enfermeiros de uma unidade de internação

Objetivo: Compreender como ocorre o preparo do processo avaliativo dos técnicos e auxiliares de enfermagem pelos enfermeiros de uma unidade de internação clínica adulto, na perspectiva da gestão por competências.Método: Estudo descritivo, qualitativo, desenvolvido com 13 enfermeiros de um hospital universitário. Os dados coletados entre maio e junho de 2017, por meio de entrevistas semiestruturadas, foram submetidos à análise de conteúdo temática.Resultados: Emergiram duas categorias: gestão por competências, um novo modelo de avaliação; e, processo avaliativo, uma trajetória a ser discutida.Conclusão: O planejamento da avaliação ao longo do ano por meio de reuniões periódicas sobre a temática é importante para o preparo do processo avaliativo. Além disso, o conhecimento prévio dos percalços avaliativos subsidia o enfermeiro na organização da avaliação.Palavras-chave: Avaliação em enfermagem. Avaliação de desempenho profissional. Competência profissional

Quality of care in patients with type 1 diabetes during the COVID-19 pandemic : a cohort study from Southern Brazil

Background: Optimal glycemic control is the main goal for patients with diabetes. The results of type 1 diabetes patients’ neglected demands during the pandemic can determine a long-term negative clinical, social, and economic impact, and result in worse diabetes control and a higher incidence of chronic complications. Therefore, this study aims to evaluate the impact of the COVID-19 outbreak in the quality of care of patients with type 1 diabetes in Southern Brazil. Methods: Cohort study based on electronic medical records of patients with type 1 diabetes, with scheduled appointments between January 1st 2020, and November 6th 2020, at a university public hospital. The quality indicators used were: assessment of albuminuria and/or serum creatinine, lipid profile, thyroid-stimulating hormone, glycated hemoglobin, retinopathy, and neuropathy. McNemar test was used to analyze categorical variables and the Wilcoxon test for continuous variables. Results: Out of 289 patients, 49.5% were women aged 40 ± 12 years old. During the pandemic, 252 patients had at least one face-to-face appointment canceled. The quality of care indicators showed a significant worsening during the COVID-19 pandemic compared to the previous year (p < 0.001). In 2019, 23.2% of the participants had all the indicators evaluated, while in 2020, during the pandemic, only 3.5% had all of them evaluated. Conclusion: The COVID-19 pandemic hindered the offer of comprehensive and quality care to patients with type 1 diabetes

The impact of patient navigation on glycemic control, adherence to self-care and knowledge about diabetes : an intervention study

Background Patient navigation helps with better adherence to treatment, as well as better knowledge about diabetes and greater interest in performing, monitoring, and seeking health care. Therefore, this study aims to evaluate the efect of patient navigation on glycemic control, disease knowledge, adherence to self-care in people with type 1 diabetes mellitus. Methods This is an intervention study using a single group pre-test post-test design, carried out in a tertiary public teaching hospital in Southern Brazil. Participants over 18 years of age and diagnosed with type 1 diabetes were included. In total, three teleconsultations and one face-to-face consultation were carried out, with three-month intervals, until completing one year of follow-up. The nurse navigator conducted diabetes education based on the guidelines of the Brazilian Diabetes Society and the Nursing Interventions Classifcation. The diferences between glycated hemoglobin, adherence to self-care, and knowledge about initial and fnal diabetes were estimated to verify the efect of patient navigation by nurses, according to the tool applied in the frst and last consultations. Interaction analyses between variables were also performed. Student’s t-test, Generalized Estimating Equations, Wilcoxon test, and McNemar test were used. Results The fnal sample consisted of 152 participants, of which 85 (55.9%) were women, with a mean age of 45±12 years, and diabetes duration of 23.6±11.1 years. Nurse navigators conducted 812 teleconsultations and 158 face-to-face consultations. After the intervention, glycemic control improved in 37 (24.3%) participants (p<0.001), and knowledge about diabetes also improved in 37 (24.3%) participants (p<0.001). Adherence to self-care increased in 82 (53.9%) patients (p<0.001). The analysis of the interaction between glycemic control and the results from the questionnaire of knowledge about diabetes showed an interaction efect (p=0.005). However, we observed no interaction efect between glycemic control and the results from the questionnaire on adherence to self-care (p=0.706). Conclusions Our results showed improvement in glycemic control, adherence to self-care, and knowledge of diabetes in the study participants. In addition, they suggest that patient navigation performed by nurses is promising and feasible in improving care for patients with type 1 diabetes

Knowledge about diabetes and its association with adherence to self-care and glycemic control in patients with type 1 diabetes in Southern Brazil

Objective: To evaluate the association between knowledge about the disease, adherence to self-care, and glycemic control in people diagnosed with type 1 diabetes mellitus. Subjects and methods: A cross-sectional study of patients aged over 18 years diagnosed with type 1 diabetes mellitus, treated at an outpatient clinic of a Brazilian university hospital. Participants with other types of diabetes, cognitive impairment, pregnancy, and outpatient discharge were excluded. Data were collected from January to March 2021 (by telephone call), with questions about the participants' profile, diabetes knowledge questionnaire (DKN-A), and self-care inventory revised (SCI-R) translated into and adapted for Brazilian Portuguese. Data analysis involved chi-square associations, Mann-Whitney U tests, and Poisson regression. Results: Among 198 adult participants, the mean age was 42 ± 12 years, 53.5% were women, the mean glycated hemoglobin was 8.6 ± 1.6%, 140 (70.8%) had satisfactory knowledge about diabetes, 65 (32.8%) had adherence to self-care, and 46 (23.2%) had adequate glycemic control. We found an association between knowledge and adherence to self-care (p < 0.001). Knowledge was not associated with glycemic control (p = 0.705). Conclusion: Knowledge about diabetes was associated with greater adherence to self-care in people with type 1 diabetes mellitus, but it did not reflect in better glycemic control

Effect of stocking density and use of environmental enrichment materials on the welfare and the performance of pigs in the growth and finishing phases

Aim of study: To evaluate the effects of stocking density and the use of environmental enrichment (EE) objects on the welfare and the performance of pigs in the growing and finishing phases.Area of study: The southern region of Brazil.Material and methods: A total of 240 pigs, 120 immunocastrated males and 120 females, with an initial weight of 22.38 ± 2.38 kg and mean age of 65 days, were submitted to two stocking densities conditions (0.85 and 1.28 m²pig) with and without EE for 117 days. The experimental design was a 2×2×2 factorial (two categories, two densities, and two EE conditions), with six replicates. Performance variables and behavior were evaluated.Main results: For stocking density, there was a significant difference in the finishing phase from 148 to 161 days of age for the final weight (FW), average daily weight gain (ADWG), and feed conversion rate (FCR). For the EE factor, there was no difference in any of the phases or in the overall period. In the overall period, the higher availability of space improved the results of FW (140.56 kg vs 136.63 kg), ADWG (1.005 kg vs 0.974 kg), and FCR (2.05 vs 2.10). There was no effect of EE, stocking densities, or their interaction on the frequency of different behaviors of the pigs in the growth and finishing phases.Research highlights: There was no effect of interactions between enriched environments, stocking densities, and sex for animal performance and behavioral frequencies; however, differences between the factors were observed separately. The higher availability of space improved the results of FW, ADWG, and FCR