Milheto e glicerina bruta como fontes energéticas alternativas na alimentação de tourinhos Nelore e mestiços de origem leiteira .

This study aimed to evaluate crude glycerin and pearl millet as alternative energy sources to corn in diets on intake, digestibility and nitrogen balance in sheep, and performance productive and carcass of the characteristics and of the meat of young bulls Nellore and dairy crossbred. In both digestibility trials were evaluated five levels of replacement of corn by crude glycerin (0, 60, 120, 180 and 240 g.kg 1 dry matter) or by pearl millet (0, 250, 500, 750 and 1000 g.kg-1 dry matter) in diets of lambs in a completely randomized design with four replications. In the experiment with crude glycerin, intake and digestibility coefficient of nutrients and total digestible nutrient content were not altered with the inclusion of crude glycerin, with the exception of ether extract intake and of the non-fiber carbohydrates that for each g.kg-1 crude glycerin increased linearly 0.009380 and 0.095 g.d-1 respectively. The nitrogen balance increased linearly 0.02 g.d-1 for each g.kg-1 of crude glycerin replacing corn in the diet. In the experiment with pearl millet, the intake of dry matter and of crude protein were not affected by the replacement levels, with average values of 1491.60 and 193.07 g.d-1 , respectively. The ether extract intake increased linearly 0.0222 g.d-1 for each g.kg-1 of pearl millet and was observed quadratic behavior in the intake of non fiber carbohydrates with minimum value of 598.80 g.d-1 in the level of 133.5 and g.kg-1 of replacement, and intake of total digestible nutrients, with minimum value of 969.65 g.d-1 in the level of 124.5 g.kg-1 of replacement. The nitrogen balance and the apparent digestibility of nutrients were not affected by the levels of pearl millet, with the exception of the digestibility coefficient of crude protein and total digestible nutrient, which increased linearly 33.33 and 6.20% of the diet with 1000 g.kg-1 of replacement in relation for the standard diet, respectively. The crude glycerin in replacing corn in the diet up to 240 g.kg-1 of dry matter and of the pearl millet in replacement wholly to corn can be used in fed to lambs without negative effects on the nutritional value of diets. In the third experiment, were used 12 young bulls Nellore and 12 young bulls dairy crossbred with an average weight of 332.7±30.08 kg and 318.8±26.97 kg, respectively, distributed in a completely randomized design with a 3x2 factorial arrangement (corn-based diet, diet with inclusion of crude glycerin (119 g.kg-1 ) and pearl millet-based diet, and two genetic groups). In relation to standard diet, the diet with crude glycerin provided greater intake of dry matter by young bulls Nellore, while the diet with pearl millet resulted in less dry matter intake and less digestibility of neutral detergent fiber by crossbred dairy young bulls. The performance variables did not differ between diets, but differences were found in 28.78% of the daily weight gains, higher value for Crossbred dairy young bulls (1.36 x 1.06 kg.d-1 ) than for Nellore, but similar feed conversion averaging 6.06 kg of dry matter.kg-1 of BW. The dressing percentage, weight hot carcass and subcutaneous fat thickness did not were altered by the genetics groups, with average values of 431.5 kg; 54.19 kg and 2.91 mm. Crossbred dairy young bulls showed higher percentage of hindquarter and spare ribs, while Nellore bulls, higher forequarter. Carcasses of crossbred bulls showed higher composition in muscle, and carcasses of Nellore higher percentage of body fat. The use of crude glycerin (119 g.kg-1 dry matter) and of pearl millet in the diet can be carried because not alter the performance and characteristics of carcass and meat of cattle. Crossbred dairy young bulls have potential to being used for meat production, as they provide productive performance, carcass characteristics and meat satisfactory when feedlot finished with high concentrate diets and can be used alternatively to Nellore.Objetivou-se avaliar a glicerina bruta e o milheto como fontes de energia alternativas ao milho nas dietas sobre o consumo, digestibilidade aparente e balanço de nitrogênio em ovinos e desempenho produtivo e características da carcaça e da carne de tourinhos Nelore e mestiços de origem leiteira. Nos dois ensaios de digestibilidade foram avaliados cinco níveis de substituição do milho pela glicerina bruta (0, 60, 120, 180 e 240 g.kg-1 da matéria seca) ou pelo milheto (0, 250, 500, 750 e 1000 g.kg-1 da matéria seca) nas dietas de cordeiros distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. No experimento com glicerina bruta, o consumo e o coeficiente de digestibilidade dos nutrientes e teor de nutrientes digestíveis totais não foram alterados com a inclusão da glicerina bruta, com exceção do consumo de extrato etéreo e de carboidratos não fibrosos, que para cada g.kg-1 de glicerina bruta aumentaram linearmente 0,00938 e 0,095 g.d-1 , respectivamente. O balanço de nitrogênio aumentou linearmente 0,02 g.d-1 para cada g.kg-1 de glicerina bruta em substituição ao milho na dieta. No experimento com milheto, o consumo de matéria seca e de proteína bruta não foi influenciado pelos níveis de substituição, com valores médios de 1491,60 e 193,07 g.d-1 , respectivamente. O consumo de extrato etéreo aumentou linearmente 0,0222 g.d-1 para cada g.kg-1 de milheto e observou-se comportamento quadrático no consumo de carboidratos não fibrosos com valor mínimo de 598,80 g.d-1 no nível de 133,5 g.kg-1 de substituição, e no consumo de nutrientes digestíveis totais, com valor mínimo de 969,65 g.d-1 no nível de 124,5 g.kg-1 de substituição. O balanço de nitrogênio e a digestibilidade aparente dos nutrientes não foi alterado pelos níveis de milheto, com exceção do coeficiente de digestibilidade da proteína bruta e valores de nutrientes digestíveis totais que aumentaram linearmente 33,33 e 6,20% da dieta com 1000 g.kg-1 de substituição em relação à dieta padrão, respectivamente. A glicerina bruta em substituição ao milho na dieta até 240 g.kg-1 da matéria seca e o milheto substituindo integralmente o milho podem ser utilizados na alimentação de ovinos sem efeitos negativos no valor nutritivo das dietas. No terceiro experimento, foram utilizados 12 tourinhos Nelore e 12 mestiços de origem leiteira (MOL), com peso médio inicial de 332,7±30,08 kg e 318,8±26,97 kg, respectivamente, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 3x2 (dieta à base de milho, com inclusão de glicerina bruta a 119 g.kg-1 da matéria seca e dieta à base de milheto, e dois grupos genéticos). Em relação à dieta padrão, a dieta com glicerina bruta proporcionou maior consumo de matéria seca pelos tourinhos Nelore, enquanto a dieta com milheto proporcionou menor consumo de matéria seca e coeficiente de digestibilidade da fibra em detergente neutro pelos tourinhos MOL. As variáveis de desempenho não foram alteradas pelas dietas, porém verificou-se maior ganho de peso diário nos tourinhos MOL (1,36 x 1,06 kg.d1 ) que nos Nelore, mas conversão alimentar semelhantes (6,06 kg MS.kg-1PV). As dietas experimentais não influenciaram as características da carcaça e da carne. O peso de carcaça quente, rendimento de carcaça quente e a espessura de gordura subcutânea não foram influenciados pelos genótipos, com valores médios de 231,5 kg; 54,19 kg e 2,91 mm. MOL apresentaram maior percentual de traseiro especial e ponta de agulha, e animais Nelore, maior percentual de dianteiro. Carcaças de MOL apresentaram maior composição em músculos, e as de Nelore, maior composição em gordura. A utilização da glicerina bruta (119 g.kg-1 de matéria seca) e do milheto nas dietas 11 pode ser realizada, pois não altera o desempenho e as características da carcaça e da carne de bovinos. Tourinhos MOL possuem potencial de serem utilizados para produção de carne, pois proporcionam desempenho produtivo, características da carcaça e da carne satisfatórias, quando terminados em confinamento com dietas de alto concentrado, podendo ser utilizados em alternativa aos animais Nelore

Consumo, digestibilidade e balanço de nitrogênio em borregos alimentados com torta de dendê em substituição à silagem de capim-elefante

Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o consumo voluntário, a digestibilidade aparente e o balanço de nitrogênio em ovinos alimentados com dietas contendo torta de dendê. A adição da torta de dendê foi avaliada nos níveis 0; 20; 40; 60 e 80% em substituição à silagem de capim-elefante utilizando-se 20 ovinos machos castrados em um delineamento experimental inteiramente casualizado. Em todas as formas como foram expressos, o consumo e a digestibilidade de nutrientes apresentou em geral resposta quadrática aos níveis de torta de dendê utilizados na dieta. A inclusão de torta de dendê nas dietas teve efeito quadrático também sobre o balanço de nitrogênio, que aumentou até o nível de 45% de adição desse subproduto e decresceu, devido ao baixo consumo de proteína bruta nos maiores níveis. A torta de dendê possui características próprias de um alimento volumoso e tem como principal limitação o baixo consumo alimentar, por isso, seu uso na alimentação de ovinos deve ser restrito ao nível máximo de 37,34% da dieta total

Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora