15 research outputs found

    Tempo de clampeamento e fatores associados à reserva de ferro de neonatos a termo

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    OBJETIVO : Analisar o impacto do tempo de clampeamento e parâmetros obstétricos, biológicos e socioeconômicos sobre a reserva de ferro de neonatos nascidos a termo. MÉTODOS : Estudo transversal pelo qual foram avaliados os parâmetros hematológicos de neonatos de Viçosa, MG, de outubro de 2011 a julho de 2012. Foram coletados 7 mL de sangue do cordão umbilical de 144 neonatos a termo e sem baixo peso. Os parâmetros investigados foram: hemograma completo, ferro sérico, ferritina e proteína C-reativa. O tempo de clampeamento do cordão umbilical foi mensurado utilizando cronômetro digital sem interferir nos procedimentos do parto. Os dados de nascimento foram coletados nas Declarações de Nascidos Vivos e as demais informações foram obtidas com a mãe do neonato por aplicação de questionário no primeiro mês pós-parto. Realizou-se análise de regressão linear múltipla visando a estimar a influência de variáveis obstétricas, biológicas e socioeconômicas nos níveis de ferritina ao nascer. RESULTADOS : A mediana de ferritina foi 130,3 µg/L (n = 129, mínimo de 16,4 e máximo 420,5 µg/L), a média de ferro sérico foi 137,9 μg/dL (n = 144, dp = 39,29) e de hemoglobina, 14,7 g/dL (n = 144, dp = 1,47). O tempo mediano de clampeamento do cordão foi 36 segundos, variando entre sete e 100. A análise bivariada detectou associação entre os níveis de ferritina e a cor da criança, tempo de clampeamento de 60 segundos, tipo de parto, a presença de diabetes gestacional e a renda per capita da família. Renda per capita, número de consultas pré-natais e o comprimento ao nascer contribuíram com 22,0% da variação dos níveis de ferritina na análise múltipla. CONCLUSÕES : A reserva de ferro ao nascer sofreu influência de características biológicas, obstétricas e sociais. O combate à anemia deve envolver a implementação de um critério de clampeamento tardio do cordão umbilical para as diretrizes de trabalho de parto, bem como a criação de políticas voltadas para a redução das desigualdades sociais e melhoria da qualidade do atendimento pré-natal

    Diagnosis of iron deficiency anemia in children of Northeast Brazil

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    OBJECTIVE: To diagnose iron deficiency anemia in children. METHODS: The study was conducted with a sample of 301 children aged six to 30 months attending public daycare centers in the city of Recife, Northeast Brazil, in 2004. The diagnoses of anemia were based on a combination of different hematological and biochemical parameters: hemoglobin, mean corpuscular volume, ferritin, C-reactive protein, transferrin saturation and transferrin receptor. The chi-square test and ANOVA were used in the statistical analysis. RESULTS: Of all children studied, 92.4% had anemia (Hb OBJETIVO: Diagnosticar anemia por deficiencia de hierro en niños. MÉTODOS: El estudio fue desarrollado con una muestra de 301 niños con edades entre seis y 30 meses, usuarios de guarderías públicas de Recife, Noreste de Brasil, en 2004. Para el diagnóstico de la anemia se utilizó la combinación de diferentes parámetros hematológicos y bioquímicos: hemoglobina, volumen corpuscular promedio, ferritina, proteína C-reactiva, saturación de la transferrina y receptor de la transferrina. Para el análisis estadístico se empleó la prueba de chi-cuadrado y ANOVA. RESULTADOS: Del total de niños, 92,4% tenían anemia (HbOBJETIVO: Diagnosticar anemia por deficiência de ferro em crianças. MÉTODOS: O estudo foi desenvolvido com uma amostra de 301 crianças com idade entre seis e 30 meses, usuárias de creches públicas de Recife, PE, em 2004. Para o diagnóstico da anemia utilizou-se a combinação de diferentes parâmetros hematológicos e bioquímicos: hemoglobina, volume corpuscular médio, ferritina, proteína C-reativa, saturação da transferrina e receptor da transferrina. Para a análise estatística empregou-se o teste do qui-quadrado e ANOVA. RESULTADOS: Do total de crianças, 92,4% tinha anemia (Hb < 110g/L) e 28,9% apresentou anemia moderada/grave (Hb<90g/L). Níveis mais baixos de hemoglobina foram observados em crianças de seis a 17 meses. Encontrou-se deficiência de ferro em 51,5% das crianças, utilizando-se a ferritina (< 12µg/L) como parâmetro. Considerando a combinação da concentração de hemoglobina, ferritina e do receptor de transferrina, 58,1% tinha anemia com deficiência de ferro, 34,2% anemia sem déficit de ferro e 2,3% deficiência de ferro sem anemia. A concentração média de ferritina foi significativamente maior em crianças com proteína C-reativa aumentada quando comparada com aqueles com níveis normais (22,1 versus 14,8 µg/L). CONCLUSÕES: A utilização de diversos parâmetros bioquímicos e hematológicos possibilitou diagnosticar anemia por deficiência de ferro em dois terços das crianças, revelando a necessidade de identificar outros determinantes de anemia sem deficiência de ferro

    VISUOMOTOR BEHAVIOUR OF PRETERM INFANTS IN THE FIRST MONTH OF LIFE. A COMPARISON BETWEEN THE CHRONOLOGICAL AND CORRECTED AGES

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    Introduction. Technological advances have helped to lower the rate of infantile mortality and to raise the survival rate of preterm infants. Thus, studies need to be conducted in this segment of the population, while prematurity continues to be one of the risk factors for neuro-sensory-motor disorders. There is evidence to show that these children present visual and visuoperceptual disorders. With regard to visual problems, the literature suggests the hypothesis that the gestational age at the moment of birth exerts an influence on the child's visual behaviour Bearing this evidence in mind, doubts are raised as to whether such alterations can be detected in periods that are appropriate for the development of vision. Subjects and methods. We carried out a cross-sectional follow-up study of preterm infants hi the first month of life who had their visuomotor behaviour evaluated at the chronological and corrected age. A 11 of them were evaluated by applying the method for assessing the visual behaviour of infants, which is based on tests from the Bayley scales of infant development, as tot instrument for investigating visuomotor behaviour Results. Most of the preterm infants presented a response, with a higher frequency in the eye contact tests, smiling as a social response, horizontal and vertical visual tracking, and increased mobility of the upper limbs on seeing the object tit the corrected age. Conclusions. The responses obtained in this study allow its to confirm the importance of taking into account the corrected age when measuring the parameters involved in the development of visuomotor behaviour [REV NEUROL 2009; 48: 13-6]481131

    Eficácia da suplementação de ferro associado ou não à vitamina A no controle da anemia em escolares Efficacy of iron supplementation with or without vitamin A for anemia control

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    Com o objetivo de avaliar a eficácia da suplementação de ferro, associado ou não à vitamina A, na anemia ferropriva, administrado semanalmente, realizou-se ensaio clínico comunitário, randomizado, não controlado por placebo, em 1999. Uma amostra probabilística de 267 escolares de ambos os sexos com 6 a 14 anos de idade foram casualizados em bloco segundo dois tipos de intervenção: um grupo (144) recebeu 200mg de sulfato ferroso com (40mg de ferro elementar) e o outro (123) recebeu dose similar de sulfato ferroso associado a 10.000 UI de vitamina A, durante 30 semanas. A prevalência de anemia ao final foi reduzida de 48,4%, para 17,7% (p < 0,001), no grupo que recebeu sulfato ferroso, e de 58,1%, para 14,3% (p < 0,001), no grupo que recebeu sulfato ferroso associado à vitamina A. Não houve diferença significante entre os grupos, ao final do estudo, quanto às médias de Hb (p = 0,355) e à proporção de anêmicos (p = 0,479). Corrigiu-se significantemente a anemia ferropriva com suplementação semanal de sulfato ferroso, mas não houve vantagem adicional com a associação da vitamina A. Sugerem-se novos estudos sobre o sinergismo desses micronutrientes.<br>This study aimed to evaluate the efficacy of weekly iron supplementation with or without vitamin A in the treatment of iron deficiency anemia, using an experimental, randomized, non-placebo-controlled design in 1999. 267 schoolchildren 6 to 14 years of age were randomized to two treatment groups: one group (144) received 200mg iron sulfate alone, with 40mg of elemental iron, while the other (123) received the same iron supplementation dose plus 10,000 IU of vitamin A (both groups for 30 weeks). Final anemia prevalence was reduced from 48.4% to 17.7% (p < 0.001) in the group receiving iron supplementation alone and 58.1% to 14.3% (p < 0.001) in the group receiving iron plus vitamin A. There was no significant difference between the groups at the end of the study according to mean Hb (p = 0.355) and anemia (p = 0.479). There was a significant correction for iron deficiency anemia with weekly iron-alone supplementation, but with no additional advantage of vitamin A. New studies on the synergism between these two micronutrients are recommended
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