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System of information on public budgets in health: reliability and use of the information in the construction of a profile of the Brazilian cities
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Previous issue date: 2005Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.(...) Este estudo é uma contribuição para a compreensão da relação entre condições de saúde dos municípios brasileiros e aspectos de financiamento do setor saúde, utilizando o banco de dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). Seu principal objetivo é a coleta e a sistematização de informações sobre as receitas totais e despesas com ações e serviços públicos de saúde das três esferas de governo, fornecendo subsídios aos gestores e à sociedade para o planejamento e acompanhamento dos gastos públicos em saúde, conforme prevê as Leis que regulamentam os princípios do Sistema Único de Saúde (Lei 8.080/90 e Lei 8.142/90). Com o processo de descentralização determinado pelo SUS, os municípios vêm assumindo maiores responsabilidades e maior participação na composição da despesa total com saúde. O acompanhamento e fiscalização dos gastos no âmbito municipal se tornam, então, essenciais para a construção do SUS, sendo o objeto deste estudo. Os resultados são apresentados em 2 artigos. O 1º é uma validação do SIOPS, comparando seus dados com duas outras fontes de dados de âmbito nacional: o Fundo Nacional de Saúde e a Secretaria do Tesouro Nacional, para os anos de 2001 e 2002, utilizando correlação intraclasse. A maioria das variáveis registradas no SIOPS apresentaram alta concordância com as outras fontes de dados, aumentando de 2001 para 2002. O 2° artigo é uma classificação multivariada utilizando dados sócio-demográficos (...) epidemiológicos (...) indicadores de atenção básica e financeiros (...) para 2.922 municípios com informações completas. Utilizou-se análise de componentes principais para selecionar as seis co-variáveis não correlacionadas. Para a classificação multivariada, o algoritmo k-means foi utilizado gerando quatro diferentes classes, caracterizadas por: classe do tipo A a maior, com 1.387 municípios e o menor gasto médio com saúde por habitante e maior dependência para a área de saúde de outras esferas de governo: B (496 municípios), com pequeno aumento dos gastos per capita e pequena diferença na dependência para a área de saúde em relação à classe A , entretanto apresentando maiores taxas de internação por infecção respiratória e melhores indicadores sócio-demográficos; as classes do tipo C e D , com melhores indicadores de saúde e sócio-demográficos, diferem apenas pelo total de gastos com saúde, bastantes superiores na última.(...)The study now presented is a contribution to the better understanding
of the relationship between health conditions of Brazilian municipalities and financing
aspects of the health sector. The study used the data base of the Information System on
Health Public Budgets (SIOPS). SIOPS was first operated in 1999 and, in January 2005,
its coverage reached 93% (5,195) of the 5,561 Brazilian municipalities, gathering their
information for the year 2002. Its main goal is to gather and organize information on
total revenues and on expenses with public actions and services in health. It also
supplies health authorities and the society in general with relevant information for
planning and following up of public expenses in health, in accordance to the laws that
regulate de Constitutional principles of SUS (Law nr. 8.080/90 and Law nr. 8.142/90).
As the constitutionally determined decentralization progressed, municipalities have
been taking on bigger responsibilities and participation in the composition of the total
health expense. The monitoring of health expenses at the municipal level has become
essential for the implementation of SUS. This is the object of the study we now present
in two articles. The first is a validation of SIOPS, which compare its data with two other
sources that have national coverage: the National Health Found and the National
Treasury. It was done by using intra-class correlation for the years 2001 and 2002. Most
of the variables registered in SIOPS presented a high degree of matching with other
sources, which increased between 2001 and 2002.
The second article presents a multi-varied classification that used the following
types of data: socio-demographic (...) epidemiological (...) primary health care and financial (...) The classification was
applied to 2,922 municipalities that presented all of the above information. The six covariables non-correlated were selected by means of the analysis of main components.
For the multi-varied classification, the algorithm k-means was used, generating four
different classes, as follows: class A – the largest one, with 1,387 municipalities with
the lowest level of average per capita health spending and the highest dependency level
on intergovernmental transfers; class B, with 496 municipalities, with small increase
from the spending per capita and small difference on dependence for area of health in
relation to the class “A”, however presenting bigger hospitalization rate due to
respiratory infection and better socio-demographic indicators; and classes “C” and “D”,
that present better health and socio-demographic indicators, differ from the other classes
in the total health expense levels, sufficient superiors in the last one. The spatial
distribution of these classes indicates a division related to poverty, but with great
variability.
The use of SIOPS will bring about a new way of analyzing health status and the
health system, and it may be used for planning, for managing and for monitoring, by
society in general, of the public health budgets, including at the municipal level.
Furthermore, despite the fact that the system is already available, its more extensive and
continuous usage will contribute for the process of improving information quality
Revisão das dimensões de qualidade dos dados e métodos aplicados na avaliação dos sistemas de informação em saúde
No Brasil, o monitoramento da qualidade dos dados dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) não segue um plano sistemático de avaliações. Este artigo revê as iniciativas de avaliação da qualidade das informações dos sistemas brasileiros, identificando as dimensões de qualidade abordadas e o método utilizado. Foram consultadas as bases de dados SciELO, LILACS e as referências bibliográficas dos artigos identificados. Identificaram-se 375 estudos, resultando em 78 estudos após as exclusões. As quatro dimensões mais freqüentes nos artigos totalizaram cerca de 90% das análises realizadas. Os estudos identificados priorizaram as dimensões de qualidade confiabilidade, validade, cobertura e completitude. Metade dos estudos se limitou a estudar dados do Rio de Janeiro e de São Paulo. O pequeno número de estudos realizados sobre alguns sistemas e sua distribuição desigual entre as regiões impossibilitam que se conheça de forma ampla a qualidade dos sistemas de informação em saúde do país. A importância de informações de qualidade indica a necessidade de que se institua no Brasil uma política de gerenciamento dos dados dos sistemas de informação em saúde
Financiamento público em saúde e confiabilidade dos bancos de dados nacionais. Um estudo dos anos de 2001 e 2002 Government funding for health and the reliability of national databases in Brazil, 2001-2002
Criado em 1999, o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) coleta informações sobre receita e despesa com saúde das três esferas de governo. A inexistência de outros bancos de dados de abrangência nacional com informações detalhadas sobre gastos municipais faz com que seja a principal fonte de dados para estudos ou estimativas desta natureza. Este trabalho compara os valores de receita declarados pelos municípios ao SIOPS com os registros do Fundo Nacional de Saúde, no intuito de verificar a confiabilidade dos dois bancos de dados e identificar as variáveis com maior discrepância. Compara também os dados de despesa municipal com os registros da Secretaria do Tesouro Nacional. Foi obtido o Coeficiente de Correlação Intraclasses (CCIC) e, em complemento, analisou-se o gráfico de dispersão entre a média dos valores dos dois bancos de dados e a diferença entre estes. Os dados para o ano de 2002 apresentam melhor qualidade. A constatação de que o SIOPS fornece dados confiáveis deve servir de estímulo para que novos estudos considerem o vertente financiamento nas análises de situação de saúde.<br>Created in 1999, the Information System on Government Health Budgets (SIOPS) provides information on health revenues and expenditures at the three government levels: Municipal, State, and Federal. The lack of other databases with nationwide coverage and detailed information on municipal expenditures makes SIOPS the main source of data for such studies or estimates. The current study aims to compare the revenues declared in SIOPS by the municipalities and the National Health Fund records in order to assess the reliability of the two databases and identify which variables are most discordant. It also compares the data on Municipal expenditures with those from National Treasury records. The Intra-Class Correlation Coefficient (CCIC) was used for this analysis, complemented by a scatterplot of the mean values for the two databases and their differences. The 2002 data showed better quality. The recognition that SIOPS provides reliable data should stimulate new studies including financial aspects in the analysis of population health
Aspectos epidemiológicos das desigualdades raciais em saúde no Brasil Epidemiologic aspects of racial inequalities in health in Brazil
Evidências empíricas nas áreas de educação, trabalho e justiça indicam que a discriminação racial é fator estruturante das desvantagens econômicas e sociais enfrentadas por minorias étnico-raciais no Brasil. Apesar disso, as desigualdades étnico-raciais, no âmbito da saúde, têm sido pouco investigadas. Apresentam-se indicadores que demonstram que as categorias raciais predizem, de forma importante, variações na mortalidade. A mortalidade precoce predomina entre indígenas e pretos; os níveis de mortalidade materna e por doenças cerebrovasculares são mais elevados entre as mulheres pretas; e no capítulo das agressões, os homens jovens pretos apresentam ampla desvantagem. Entre as possíveis causas das desigualdades étnico-raciais em saúde, destacam-se as diferenças sócio-econômicas que se acumulam ao longo da vida de sucessivas gerações. Sugere-se que a discriminação racial, com seus efeitos próprios na saúde, encontra-se na origem de grande parte dessas desigualdades. Instrumentos diretos e indiretos de avaliação do impacto da discriminação racial na saúde são discutidos. Propõe-se que o estudo do impacto, na saúde, das inter-relações entre classe social e raça é um campo promissor para a investigação e intervenção nas desigualdades de saúde.<br>In Brazil, data on education, the labor market, and the law enforcement and court systems have already documented that racial discrimination is a structural factor underlying economic and social disadvantages experienced by racial/ethnic minorities. However, racial inequalities in health have received little investigation. According to health indicators presented in this paper, race is a strong predictor of variability in mortality. Early mortality is more frequent among indigenous and black Brazilians; mortality rates from stroke and especially maternal mortality rates are exceedingly higher among black women; violence occurs predominantly among young black men. Lifetime socioeconomic differences across successive generations have been identified as the main cause of racial inequality in health. It is also suggested that racial discrimination and its impact on health are at the origin of these inequalities. Instruments to directly or indirectly measure the impact of racial discrimination on health are discussed. The article suggests that investigation of the impact of both social class and race on health is the most productive approach, both for research as well as for policies to address health inequalities
Thrombotic and hemorrhagic complications of COVID-19 in adults hospitalized in high-income countries compared with those in adults hospitalized in low- and middle-income countries in an international registry
Background: COVID-19 has been associated with a broad range of thromboembolic, ischemic, and hemorrhagic complications (coagulopathy complications). Most studies have focused on patients with severe disease from high-income countries (HICs). Objectives: The main aims were to compare the frequency of coagulopathy complications in developing countries (low- and middle-income countries [LMICs]) with those in HICs, delineate the frequency across a range of treatment levels, and determine associations with in-hospital mortality. Methods: Adult patients enrolled in an observational, multinational registry, the International Severe Acute Respiratory and Emerging Infections COVID-19 study, between January 1, 2020, and September 15, 2021, met inclusion criteria, including admission to a hospital for laboratory-confirmed, acute COVID-19 and data on complications and survival. The advanced-treatment cohort received care, such as admission to the intensive care unit, mechanical ventilation, or inotropes or vasopressors; the basic-treatment cohort did not receive any of these interventions. Results: The study population included 495,682 patients from 52 countries, with 63% from LMICs and 85% in the basic treatment cohort. The frequency of coagulopathy complications was higher in HICs (0.76%-3.4%) than in LMICs (0.09%-1.22%). Complications were more frequent in the advanced-treatment cohort than in the basic-treatment cohort. Coagulopathy complications were associated with increased in-hospital mortality (odds ratio, 1.58; 95% CI, 1.52-1.64). The increased mortality associated with these complications was higher in LMICs (58.5%) than in HICs (35.4%). After controlling for coagulopathy complications, treatment intensity, and multiple other factors, the mortality was higher among patients in LMICs than among patients in HICs (odds ratio, 1.45; 95% CI, 1.39-1.51). Conclusion: In a large, international registry of patients hospitalized for COVID-19, coagulopathy complications were more frequent in HICs than in LMICs (developing countries). Increased mortality associated with coagulopathy complications was of a greater magnitude among patients in LMICs. Additional research is needed regarding timely diagnosis of and intervention for coagulation derangements associated with COVID-19, particularly for limited-resource settings