34 research outputs found

    Towards an ethnographic theory of the nature/culture distinction in Juruna cosmology

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    Considering that concepts such as anthropocentrism and animalism are inadequate for dealing with the relationship between humans and animals in the indigenous socio-cosmological systems, the article confronts the anthropological distinction between nature and culture with ethnographic materials taken from a Tupi society, the Juruna. The work attempts to show how the Juruna would disagree with anthropologists and that among them the distinction takes hold in a contra-hierarchical and perspectivist regime

    Plant regained: an account of the ayahuasca encounter with the Yudjá people

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    Oferecendo-se mais como uma fala do que um artigo, este texto é um relato etnográfico sobre um movimento de recriação do xamanismo que tem animado o povo Yudjá nos últimos cinco anos e que foi deslanchado por seu encontro com a ayahuasca. A fim de desdobrar o meu próprio encontro com esse encontro, procuro criar uma vizinhança ou afinidade entre o movimento Yudjá, o conceito deleuze-guattariano de agenciamentos e certos movimentos que animam a ecosofia guattariana e as cosmopolíticas stengersianas.More a s peech th an a n a rticle, this text is an ethnographic account of a movement to recreate shamanism that has animated the Yudjá people in the last five years and which was triggered by their encounter with ayahuasca. In order to unfold my own encounter with this encounter, I seek to create a proximity or affinity between the Yudjá movement, the Deleuze-guattarian concept of assemblages, and some dimensions of Félix Guattari ’s ecosophy and Isabelle Stengers’ cosmopolit ics

    O pássaro de fogo

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    The aim of this article is to develop some aspects of the great and deep contribution of Claude Lévi-Strauss to the study of Amerindian mythology. To do so it tries to articulate a few myths with the theme of the opposition between nature and culture (also developed by Lévi-Strauss). Besides that, the article brings some ethnographic data related to an indigenous conception of myth - obtained mainly from the author's field experience with the Juruna of the Upper-Xingu River.O objetivo deste artigo é, basicamente, desenvolver alguns aspectos da vasta e profunda contribuição de Claude Lévi-Strauss para o estudo dos mitos ameríndios. Para isso, procede-se através da articulação de alguns desses mitos com a também lévi-straussiana questão da oposição entre natureza e cultura. Finalmente, o artigo busca oferecer alguns elementos etnográficos para a apreensão de uma noção indígena de mito, apoiando-se principalmente na experiência de campo da autora com os Juruna do Alto-Xingu

    Condições para a manutenção da dinâmica sazonal de inundação, a conservação do ecossistema aquático e manutenção dos modos de vida dos povos da volta grande do Xingu

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    A biodiversidade aquática e a elevada produtividade pesqueira da Bacia Amazônica se devem principalmente à dinâmica anual dos pulsos de inundação e às extensas áreas alagáveis. Alguns dos principais impactos da construção de barragens para geração de hidroeletricidade incidem precisamente nesta dinâmica hidrológica. A construção da Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte interfere na dinâmica hidrológica da Volta Grande do Xingu (VGX) ao desviar a maior parte da vazão para fora desse trecho do rio. Com base em uma análise crítica da literatura sobre o impacto de barragens e de monitoramentos em campo, que vêm sendo conduzidos tanto pelo empreendedor quanto por pesquisas independentes, verificamos que seriam necessários volumes de água substancialmente maiores do que o hidrograma proposto pela empresa e pela Agência Nacional de Águas (ANA), para não causar a total ruptura na conexão do rio com as planícies alagáveis, com efeitos negativos em cascata que comprometem, inclusive, a segurança alimentar em toda a VGX. A proposta de testar o hidrograma estabelecido pela empresa por seis anos, com uma drástica redução de vazão e perda da previsibilidade e regularidade do pulso anual de inundação, fere o Princípio Precaucionário, contraria o conhecimento ecológico acumulado sobre o tema e coloca em risco o ambiente, a biota e os modos de vida das populações humanas estabelecidas naquela região.Palavras-chave: Volta Grande do Xingu. Juruna (Yudjá). Hidrograma de Consenso. Regras de operação. Belo Monte

    Mairi revisitada. A reintegração da fortaleza de Macapá na tradição oral dos Waiãpi

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