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A criação de uma secretaria de Direitos Humanos no município de Foz do Iguaçu
Relato
apresentado
ao
curso
de
especialização em Direitos Humanos na
América Latina, da Universidade Federal da
Integração Latino-Americana.
Orientador: Prof.o Me. Ivan Akselrud de
SeixasO objetivo deste trabalho é apresentar os motivos que levou o atual governo do
município de Foz do Iguaçu a criar uma Secretaria Extraordinária de Direitos
Humanos e Relações com a Comunidade. Será feito um breve relato da
história dos Direitos Humanos, desde a Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão, passando pela Declaração Universal dos Direitos Humanos até
chegarmos ao Brasil com a promulgação da Constituição Federal de 1988,
mostrando seu processo de avanços e retrocessos ao longo da história. A
história de Foz do Iguaçu, desde a sua colonização até os dias atuais vão
justificar o porquê de se pensar uma secretaria de Direitos Humanos criada
através de um decreto municipal de forma extraordinária, qual a sua estrutura e
os caminhos percorridos para atuar, efetivamente, diante de uma correlação de
forças políticas bastante adversas. Este trabalho vem ratificar a importância de
governos progressistas, comprometidos com a garantia de direitos e voltado
para construir uma sociedade onde a cidadania seja o elemento principal de
uma gestão, porém é relevante ressaltar que a luta se mostra constante diante
de uma democracia, ainda, em construção
Risco frente ao HIV/Aids entre mulheres trabalhadoras do sexo que usam crack no sul do Brasil
OBJECTIVE: To understand the social context of female sex workers who use crack and its impact on HIV/AIDS risk behaviors. METHODODOLOGICAL PROCEDURES: Qualitative study carried out in Foz do Iguaçu, Southern Brazil, in 2003. Twenty-six in-depth interviews and two focus groups were carried out with female commercial sex workers who frequently use crack. In-depth interviews with health providers, community leaders and public policy managers, as well as field observations were also conducted. Transcript data was entered into Atlas.ti software and grounded theory methodology was used to analyze the data and develop a conceptual model as a result of this study. ANALYSIS OF RESULTS: Female sex workers who use crack had low self-perceived HIV risk in spite of being engaged in risky behaviors (e.g. unprotected sex with multiple partners). Physical and sexual violence among clients, occasional and stable partners was widespread jeopardizing negotiation and consistent condom use. According to health providers, community leaders and public policy managers, several female sex workers who use crack are homeless or live in slums, and rarely have access to health services, voluntary counseling and testing, social support, pre-natal and reproductive care. CONCLUSIONS: Female sex workers who use crack experience a plethora of health and social problems, which apparently affect their risks for HIV infection. Low-threshold, user-friendly and gender-tailored interventions should be implemented, in order to increase the access to health and social-support services among this population. Those initiatives might also increase their access to reproductive health in general, and to preventive strategies focusing on HIV/AIDS and other sexually transmitted infections.OBJETIVO: Comprender el contexto social en el cual están insertadas trabajadoras del sexo que usan crack y su impacto en la adopción de comportamientos de riesgo frente al HIV/Sida. MÉTODOS: Se realizó estudio cualitativo en Foz de Iguacu (Sur de Brasil), en 2003. Se realizaron 26 encuestas con profundidad y dos grupos focales con trabajadoras del sexo que utilizan crack frecuentemente. También se realizaron encuestas con profundidad con profesionales de la salud, líderes comunitarios y gerentes de políticas públicas, además de observaciones de campo. Los datos transcritos fueron codificados con ayuda del software Atlas.ti y el método grounded theory (teoría fundamentada en datos) fue utilizada para analizar los datos y desarrollar un modelo conceptual como resultado de estudio. ANÁLISIS DE LOS RESULTADOS: Las trabajadoras del sexo que utilizan crack presentaron baja autopercepción del riesgo frente al HIV, a pesar de estar relacionadas con comportamientos de riesgo, como sexo desprotegido con múltiples parejas. Experiencias de violencia física y sexual con clientes, parejas ocasionales y estables fueron bastante frecuentes entre estas mujeres, perjudicando la negociación y el uso consistente de preservativos. Según los profesionales de la salud, los líderes comunitarios y los gerentes de políticas públicas, diversas trabajadoras del sexo usuarias de crack, viven en las calles o en barrios, raramente tienen acceso a los servicios de salud, de consejos y exámenes anónimos, de apoyo social y de salud reproductiva y pre-natal. CONCLUSIONES: Las profesionales del sexo que utilizan crack experimentaron varios problemas sociales y de salud que parecen influenciar sobre el riesgo a la infección por el HIV. Intervenciones de bajo umbral, amigables y dirigidas para cuestiones de género deben ser implementadas buscando facilitar el acceso a servicios de salud y de apoyo social en esa población. Tales iniciativas podrán también facilitar el acceso de ese grupo a servicios dirigidos a la salud reproductiva en general y estrategias específicamente dirigidas a la prevención del HIV/Sida y otras infecciones sexualmente transmisibles.OBJETIVO: Compreender o contexto social no qual estão inseridas trabalhadoras do sexo que usam crack e seu impacto na adoção de comportamentos de risco frente ao HIV/Aids. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo realizado em Foz do Iguaçu (PR), em 2003. Foram realizadas 26 entrevistas em profundidade e dois grupos focais com trabalhadoras do sexo que utilizam crack freqüentemente. Também foram realizadas entrevistas em profundidade com profissionais de saúde, líderes comunitários e gerentes de políticas públicas, além de observações de campo. Os dados transcritos foram codificados com auxílio do software Atlas.ti e a metodologia grounded theory (teoria fundamentada em dados) foi utilizada para analisar os dados e desenvolver um modelo conceitual como resultado do estudo. ANÁLISE DOS RESULTADOS: As trabalhadoras do sexo que utilizam crack apresentaram baixa autopercepção de risco frente ao HIV, apesar de estarem envolvidas em comportamentos de risco, como sexo desprotegido com múltiplos parceiros. Experiências de violência física e sexual com clientes, parceiros ocasionais e estáveis foram bastante freqüentes entre estas mulheres, prejudicando a negociação e o uso consistente de preservativos. Segundo profissionais de saúde, líderes comunitários e gerentes de políticas públicas, diversas trabalhadoras do sexo usuárias de crack, são moradoras de rua ou favelas, raramente acessam serviços de saúde, de aconselhamento e testagem anônimos, de apoio social e de saúde reprodutiva e pré-natal. CONCLUSÕES: As profissionais do sexo que utilizam crack vivenciam vários problemas sociais e de saúde que parecem influenciar o risco à infecção pelo HIV. Intervenções de limiar baixo, amigáveis e voltadas para questões de gênero devem ser implementadas objetivando facilitar o acesso a serviços de saúde e de apoio social nessa população. Tais iniciativas poderão também facilitar o acesso deste grupo a serviços voltados para saúde reprodutiva em geral e estratégias especificamente voltadas para prevenção do HIV/Aids e demais infecções sexualmente transmissíveis
HIV/AIDS risk among female sex workers who use crack in Southern Brazil
OBJECTIVE: To understand the social context of female sex workers who use crack and its impact on HIV/AIDS risk behaviors. METHODODOLOGICAL PROCEDURES: Qualitative study carried out in Foz do Iguaçu, Southern Brazil, in 2003. Twenty-six in-depth interviews and two focus groups were carried out with female commercial sex workers who frequently use crack. In-depth interviews with health providers, community leaders and public policy managers, as well as field observations were also conducted. Transcript data was entered into Atlas.ti software and grounded theory methodology was used to analyze the data and develop a conceptual model as a result of this study. ANALYSIS OF RESULTS: Female sex workers who use crack had low self-perceived HIV risk in spite of being engaged in risky behaviors (e.g. unprotected sex with multiple partners). Physical and sexual violence among clients, occasional and stable partners was widespread jeopardizing negotiation and consistent condom use. According to health providers, community leaders and public policy managers, several female sex workers who use crack are homeless or live in slums, and rarely have access to health services, voluntary counseling and testing, social support, pre-natal and reproductive care. CONCLUSIONS: Female sex workers who use crack experience a plethora of health and social problems, which apparently affect their risks for HIV infection. Low-threshold, user-friendly and gender-tailored interventions should be implemented, in order to increase the access to health and social-support services among this population. Those initiatives might also increase their access to reproductive health in general, and to preventive strategies focusing on HIV/AIDS and other sexually transmitted infections
Risco frente ao HIV/Aids entre mulheres trabalhadoras do sexo que usam crack no sul do Brasil
The study was funded by the Centers for Disease Control and Prevention, UNESCO and the Brazilian Ministry of Health.
SA Strathdee is supported in part by the endowment from the Harold Simon Chair Foundation at the University of California,
San Diego and by National Institute on Drug Abuse, grant DA19829.Submitted by Cléa Mara Barradas ([email protected]) on 2010-11-10T22:01:11Z
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Previous issue date: 2008Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio
Arouca. Departamento de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, RJ, Brazil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio
Arouca. Departamento de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, RJ, Brazil.Centro de Estudos, Pesquisa e Atenção a Drogas e Aids. Foz do Iguaçu, PR, Brazil.Centro de Estudos, Pesquisa e Atenção a Drogas e Aids. Foz do Iguaçu, PR, Brazil.Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu. Foz do Iguaçu, PR, Brazil.Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu. Foz do Iguaçu, PR, Brazil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Informação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.University of Connecticut. Center for Health Communication and Marketing. Center for Health, Intervention and Prevention. Storrs, CT, USA.University of California. San Diego School of Medicine. San Diego, CA, USA.OBJETIVO: Compreender o contexto social no qual estão inseridas
trabalhadoras do sexo que usam crack e seu impacto na adoção de
comportamentos de risco frente ao HIV/Aids.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo realizado
em Foz do Iguaçu (PR), em 2003. Foram realizadas 26 entrevistas em
profundidade e dois grupos focais com trabalhadoras do sexo que utilizam crack
freqüentemente. Também foram realizadas entrevistas em profundidade com
profi ssionais de saúde, líderes comunitários e gerentes de políticas públicas,
além de observações de campo. Os dados transcritos foram codifi cados
com auxílio do software Atlas.ti e a metodologia grounded theory (teoria
fundamentada em dados) foi utilizada para analisar os dados e desenvolver
um modelo conceitual como resultado do estudo.
ANÁLISE DOS RESULTADOS: As trabalhadoras do sexo que utilizam
crack apresentaram baixa autopercepção de risco frente ao HIV, apesar de
estarem envolvidas em comportamentos de risco, como sexo desprotegido com
múltiplos parceiros. Experiências de violência física e sexual com clientes,
parceiros ocasionais e estáveis foram bastante freqüentes entre estas mulheres,
prejudicando a negociação e o uso consistente de preservativos. Segundo
profi ssionais de saúde, líderes comunitários e gerentes de políticas públicas,
diversas trabalhadoras do sexo usuárias de crack, são moradoras de rua ou
favelas, raramente acessam serviços de saúde, de aconselhamento e testagem
anônimos, de apoio social e de saúde reprodutiva e pré-natal.
CONCLUSÕES: As profi ssionais do sexo que utilizam crack vivenciam
vários problemas sociais e de saúde que parecem infl uenciar o risco à infecção
pelo HIV. Intervenções de limiar baixo, amigáveis e voltadas para questões
de gênero devem ser implementadas objetivando facilitar o acesso a serviços
de saúde e de apoio social nessa população. Tais iniciativas poderão também
facilitar o acesso deste grupo a serviços voltados para saúde reprodutiva em
geral e estratégias especifi camente voltadas para prevenção do HIV/Aids e
demais infecções sexualmente transmissíveis.OBJECTIVE: To understand the social context of female sex workers who
use crack and its impact on HIV/AIDS risk behaviors.
METHODODOLOGICAL PROCEDURES: Qualitative study carried out in
Foz do Iguaçu, Southern Brazil, in 2003. Twenty-six in-depth interviews and
two focus groups were carried out with female commercial sex workers who
frequently use crack. In-depth interviews with health providers, community
leaders and public policy managers, as well as fi eld observations were also
conducted. Transcript data was entered into Atlas.ti software and grounded
theory methodology was used to analyze the data and develop a conceptual
model as a result of this study.
ANALYSIS OF RESULTS: Female sex workers who use crack had low
self-perceived HIV risk in spite of being engaged in risky behaviors (e.g.
unprotected sex with multiple partners). Physical and sexual violence among
clients, occasional and stable partners was widespread jeopardizing negotiation
and consistent condom use. According to health providers, community leaders
and public policy managers, several female sex workers who use crack are
homeless or live in slums, and rarely have access to health services, voluntary
counseling and testing, social support, pre-natal and reproductive care.
CONCLUSIONS: Female sex workers who use crack experience a plethora
of health and social problems, which apparently affect their risks for HIV
infection. Low-threshold, user-friendly and gender-tailored interventions
should be implemented, in order to increase the access to health and socialsupport
services among this population. Those initiatives might also increase
their access to reproductive health in general, and to preventive strategies
focusing on HIV/AIDS and other sexually transmitted infections