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Cisto aracnóide intradural torácico: quando operar? A propósito de um relato de dois casos
Introdution: Historically, the first arachnoid cyst was detected by Schlesinger in 1893, and the first report was by Spiller in 1903. Arachnoid cysts (AC) are benign tumors that develop in the cerebrospinal axis of the arachnoid membrane being common in people in the second decade of life, and predominantly in the middle and lower thoracic region (65%), in the lumbar and lumbosacral spine (13%), thoracolumbar (12%), sacral (7%) and cervical (3%). The intramedullary location of the AC is rare, with only a few cases reported in the literature. Objective: To describe a series of 2 cases of intradural thoracic AC, explaining its treatment with greater focus. Materials and methods: Description of 2 cases of patients with thoracic intradural AC and literature review. Discussion/Results: Most AC are found incidentally, are therefore asymptomatic, and remain constant in size, leading many physicians to recommend conservative treatment and periodic monitoring. The standard treatment for thoracic intradural AC that presents with symptoms, on the other hand, involves surgical exploration and relief of neural tissue compression, preferably before causing significant neurological deficits, as there is a greater chance of a satisfactory postoperative result. Final Considerations: Thoracic intradural AC, despite being rare, when symptomatic, need surgical treatment and should not be delayed due to the risk of progressive neurological motor deficit.Introdução: Historicamente, o primeiro cisto aracnoide (CA) foi detectado por Schlesinger em 1893, e o primeiro relatório foi de Spiller em 1903. Os CAs são tumores benignos que se desenvolvem no eixo cerebrospinal da membrana aracnóide sendo comuns em homens, na segunda década de vida, e predominantemente na região torácica média e baixa (65%), na coluna lombar e lombossacra (13%), toracolombar (12%), sacral (7%) e cervical (3%). A localização intramedular do CA é rara, com apenas alguns casos relatados na literatura. Objetivo: Descrever uma série de 2 casos sobre CA intradural torácico, explanando com maior enfoque sobre seu tratamento. Materiais e métodos: Descrição de 2 casos de pacientes com CA intradural torácico e revisão de literatura. Discussão/Resultados: A maioria dos CAs são encontrados incidentalmente, sendo, portanto, assintomáticos, e permanecem constantes em tamanho, fazendo com que muitos médicos recomendem tratamento conservador e com monitoramento periódico. Já o tratamento padrão, para CA intradural torácico que se apresenta com sintomatologia, envolve exploração cirúrgica e alívio da compressão do tecido neural, de preferência, antes de causar déficits neurológicos importantes, pois assim há maior chance de um resultado pós-operatório satisfatório. Considerações finais: CAs intradurais torácicos apesar de raros, quando sintomáticos, precisam de tratamento cirúrgico, não devendo ser protelado devido ao risco de déficit motor neurológico progressivo
Manejo da Comunicação Interventricular Decorrente da Cardiopatia congênita no Adulto / Management of Interventricular Communication Due to Congenital Heart Disease in Adults
INTRODUÇÃO: A comunicação interventricular (CIV) é o principal tipo de cardiopatia congênita no adulto. O artigo busca analisar os benefícios adquiridos com o tratamento clínico ou cirúrgico da CIV decorrente de cardiopatia congênita e seus impactos na vida adulta. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa de literatura, baseado na análise de artigos publicados nos últimos 10 anos nas plataformas PubMed, Scielo e Bireme. RESULTADOS: Foram analisados 12 artigos, sendo pesquisas descritivas, de caráter exploratório, com abordagens quantitativas e qualitativas. DISCUSSÃO: O tratamento de escolha varia de acordo com o grau e evolução da lesão. Geralmente, apenas defeitos no septo ventricular (DSV) instáveis são corrigidos na infância. Dentre aqueles não tratados, alguns requerem uma conduta terapêutica na vida adulta devido ao prejuízo na qualidade de vida do paciente, que pode ser farmacológica ou cirúrgica. CONCLUSÃO: O diagnóstico preciso e a conduta adequada são de suma importância para a qualidade de vida do adulto com CIV congênita. Dessa forma, existe a necessidade de ampliação do acesso à centros e profissionais especializados a fim de garantir a qualidade de vida dos pacientes e o sucesso no diagnóstico e tratamento da doença
Metalobezoares: uma revisão de escopo
Objetivo: realizar uma revisão de literatura do tipo narrativa para abordar os bezoares e o seu principal acometimento, explanando com maior enfoque o metalobezoar, que é o mais raro. Revisão bibliográfica: A ingestão de corpo estranho pode ser voluntária ou involuntária, sendo mais frequente em crianças, idosos, dependentes químicos e pacientes com distúrbios psiquiátricos. As manifestações clínicas geralmente são inespecíficas, insidiosas e progressivas, às vezes intermitentes, e apresentam estreita relação sintomática com o local, geralmente não apresentam sintomas, mas, quando apresentam, a grande maioria relata desconforto abdominal superior. O diagnóstico é feito com base na história clínica apenas quando conhecida a ingestão compulsiva ou crônica de materiais susceptíveis ou, em muitos casos, ocasionalmente por radiografia simples do abdômen ou endoscopia digestiva. A associação da presença de metalobezoar com distúrbios psiquiátricos é relevante, por conta disso avaliação e apoio psicológicos são os objetivos finais do tratamento. Considerações finais: A despeito da baixa incidência, metalobezoares devem ser considerados nos diagnósticos diferenciais de pacientes com distúrbios psiquiátricos que se apresentam com dor em andar superior do abdome e/ou vômitos
Análise do tratamento da Glomerulonefrite pós-estreptocócica complicada com encefalopatia hipertensiva na infância
A glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE) é uma doença aguda, manifestando-se até 2 semanas após faringite ou de 3 a 6 semanas após impetigo, com prevalência em crianças entre 6 a 15 anos. Destaca-se a encefalopatia hipertensiva (EH), síndrome neurológica rara em crianças, entre as possíveis complicações. Objetiva-se realizar uma revisão bibliográfica analisando a encefalopatia hipertensiva desencadeada por GNPE, bem como o seu tratamento. Para tanto, procede-se à revisão de literatura com busca no PubMed/MEDLINE e Scielo, utilizando os descritores (“Glomerulonephritis” AND “Hypertensive Encephalopathy”), pesquisados no MeSH e no DeCS. Artigos nacionais e internacionais de revisões sistemáticas e de literatura, publicados nos últimos 10 anos foram selecionados. Manteve-se, após leitura de todos os resumos, 14 artigos, que abordavam a GNPE, a EH e tratamento. Observa-se, então, que a GNPE desencadeia um processo inflamatório nos capilares glomerulares e no mesângio reduzindo a taxa de filtração glomerular, bem como sua capacidade de controle, provocando insuficiência renal aguda que cursa com hipervolemia, edema e hipertensão arterial, presente em cerca de 60 a 80% dos casos. A hipertensão arterial somada à ineficiência da autorregulação cerebral do fluxo sanguíneo, provoca lesões aguda, estabelecendo, assim, a EH em 7,9% dos pacientes. A EH tem caráter progressivo e reversível, quando prontamente tratada, sendo classificada como uma emergência médica, visando reverter e conter o avanço dos danos cerebrais deflagrados. Seus sinais e sintomas variam de leves a graves e estão diretamente relacionados ao edema cerebral - cefaleia (85%), vômitos, confusões mentais, convulsões, letargia e alterações visuais e retinianas (30%)
Rastreio de Câncer de Colo de Útero pelo DNA do HPV
Objetivo: Elucidar as atuais estratégias de prevenção do câncer de colo do útero e seus desafios, com maior enfoque no teste de DNA-HPV para rastreamento e estratificação de risco. Materiais e Métodos: Realizou-se uma busca no PubMed/MEDLINE, Scielo e Bireme/LILACS, utilizando os descritores ("screening for cervical cancer" AND "HPV DNA") pesquisados no MeSH e no DeCS. Após a aplicação dos critérios de inclusão e com a exclusão de artigos duplicados ou não disponíveis para acesso, restringiu-se para um total de 22 artigos. Resultados/ Discussão: Clinicamente, a triagem de neoplasia cervical de baixo grau por teste de HPV tem sido documentada como mais sensível para detectar lesões cervicais pré-cancerosas subjacentes por meios histológicos do que por análises repetitivas de citologia líquida. Os testes de HPV são bioquímicos e padronizados, enquanto a citologia é subjetiva e requer identificação visual. Conclusão: O avanço, no método de rastreio, dar-se-á por meio do teste de DNA-HPV. Tornando-se uma das principais medidas de saúde pública necessárias, em prol da prevenção do câncer de colo de útero.