Análise do tratamento da Glomerulonefrite pós-estreptocócica complicada com encefalopatia hipertensiva na infância

Abstract

A glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE) é uma doença aguda, manifestando-se até 2 semanas após faringite ou de 3 a 6 semanas após impetigo, com prevalência em crianças entre 6 a 15 anos. Destaca-se a encefalopatia hipertensiva (EH), síndrome neurológica rara em crianças, entre as possíveis complicações. Objetiva-se realizar uma revisão bibliográfica analisando a encefalopatia hipertensiva desencadeada por GNPE, bem como o seu tratamento. Para tanto, procede-se à revisão de literatura com busca no PubMed/MEDLINE e Scielo, utilizando os descritores (“Glomerulonephritis” AND “Hypertensive Encephalopathy”), pesquisados no MeSH e no DeCS. Artigos nacionais e internacionais de revisões sistemáticas e de literatura, publicados nos últimos 10 anos foram selecionados. Manteve-se, após leitura de todos os resumos, 14 artigos, que abordavam a GNPE, a EH e tratamento. Observa-se, então, que a GNPE desencadeia um processo inflamatório nos capilares glomerulares e no mesângio reduzindo a taxa de filtração glomerular, bem como sua capacidade de controle, provocando insuficiência renal aguda que cursa com hipervolemia, edema e hipertensão arterial, presente em cerca de 60 a 80% dos casos. A hipertensão arterial somada à ineficiência da autorregulação cerebral do fluxo sanguíneo, provoca lesões aguda, estabelecendo, assim, a EH em 7,9% dos pacientes. A EH tem caráter progressivo e reversível, quando prontamente tratada, sendo classificada como uma emergência médica, visando reverter e conter o avanço dos danos cerebrais deflagrados. Seus sinais e sintomas variam de leves a graves e estão diretamente relacionados ao edema cerebral - cefaleia (85%), vômitos, confusões mentais, convulsões, letargia e alterações visuais e retinianas (30%)

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