19 research outputs found
Factors Associated with Food Insecurity in Households of Public School Students of Salvador City, Bahia, Brazil
This cross-sectional study was conducted to find out the factors
associated with food insecurity (FI) in households of the students aged
6-12 years in public schools of Salvador city, Bahia, Brazil. The study
included 1,101 households. Food and nutritional insecurity was measured
using the Brazilian Food Insecurity Scale (BFIS). Data on socioeconomic
and demographic characteristics as well as environmental and housing
conditions were collected during the interviews conducted with the
reference persons. Multivariate polytomous logistic regression was used
in assessing factors associated with food insecurity. We detected
prevalence of food insecurity in 71.3% of the households. Severe and
moderate forms of FI were diagnosed in 37.1% of the households and were
associated with: (i) female gender of the reference person in the
households (OR 2.21, 95% CI 1.47-3.31); (ii) a monthly per-capita
income below one-fourth of the minimum wage (US$ 191,73) (OR 2.63, 95%
CI 1.68-4.08); (iii) number of residents per bedroom below 3 persons
(OR 1.91, 95% CI 1.23-2.96); and (iv) inadequate housing conditions (OR
1.84, 95% CI 1.12-4.49). Socioeconomic inequalities determine the
factors associated with FI of households in Salvador, Bahia.
Identifying vulnerabilities is necessary to support public policies in
reducing food insecurity in the country. The results of the present
study may be used in re-evaluating strategies that may limit the
inequalities in school environment
“I actually never heard of it or participated in it”: the Comprehensive National Health Policy for the Black Population in the perspective of health managers and professionals
Este artigo analisa como a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) tem sido implementada na atenção à saúde em três municípios do Estado da Bahia, Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo que faz parte da primeira etapa de uma pesquisa-ação, na qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 27 profissionais de unidades de Saúde da Família, Atenção Básica e Sede do Distrito Sanitário. Após análise de conteúdo, emergiram quatro categorias: Atenção Primária à Saúde (APS); Saúde da População Negra; Atenção à saúde na diversidade; e PNSIPN. Como resultado, os profissionais apresentaram entendimento superficial sobre a APS, apesar de a reconhecerem como porta de entrada. A relevância de uma atenção à saúde específica para a população negra foi desconsiderada, sob o argumento de que todos são iguais. A diversidade racial não foi reconhecida dentro do cotidiano, sendo o termo atrelado à diversidade LGBTQIA+ e aos ciclos de vida. O dado comum nos municípios foi o desconhecimento da PNSIPN e dos meios práticos para inseri-la no cotidiano do trabalho. A ausência da política para essa população no processo de planejamento e trabalho dos serviços revela a urgência da educação permanente em saúde para a apropriação do princípio de equidade pelas gestoras e profissionais.This paper analyzes how the Comprehensive Health National Policy for the Black Population (PNSIPN) has been implemented in three municipalities in the state of Bahia, Brazil. This qualitative study is part of an ongoing action research, in which semi-structured interviews were conducted with 27 professionals from Family Health, Primary Care, and Health District Headquarters. Content analysis revealed four categories: Primary Health Care (PHC); Health of the Black Population; Diversity health care; and PNSIPN. Professionals showed a superficial understanding regarding PHC, despite recognizing it as a gateway. A specific health care for the Black population was considered irrelevant, on the grounds that everyone is equal. Diversity appeared linked to the LGBTQIA+ population and life cycles, but not race. All municipalities lacked knowledge on the PNSIPN and the practical means to implement it in their daily work. Its absence in the services’ planning and work processes reveals an urgent need regarding continuing health education so that managers and professional can appropriate the principle of equity
No rastro do que transtorna o corpo e desregra o comer: os sentidos do descontrole de si e das "compulsões alimentares"
Transtornos alimentares: patologia ou estilo de vida?
A internet se apresenta como um novo espaço de reconfiguração das relações sociais, por isso jovens com transtornos alimentares vêm utilizando-a como forma de expressão, através das comunidades pró-anorexia e bulimia. Este artigo visa compreender a diferença entre o discurso hegemônico e a crença destas jovens, a partir das teorias antropológicas sobre a influência da cultura na saúde e na doença, da teoria da bioascese e das teorias feministas. Usando a interpretação de sentidos, percebe-se que os transtornos alimentares são considerados estilos de vida, nos quais se busca fugir ao sofrimento através do controle dos corpos e dos desejos. Há uma trama entre controle, poder e dominação, no qual as jovens pleiteiam autonomia e independência, a sociedade define e normatiza seus corpos, e dessa forma, impõem uma dominação, e os profissionais, baseados nos discursos da saúde, intentam ensiná-las como controlá-los, exercendo, de certa forma, um poder sobre o outro
Transtornos alimentares: patologia ou estilo de vida? Eating disorders: disease or life style?
A internet se apresenta como um novo espaço de reconfiguração das relações sociais, por isso jovens com transtornos alimentares vêm utilizando-a como forma de expressão, através das comunidades pró-anorexia e bulimia. Este artigo visa compreender a diferença entre o discurso hegemônico e a crença destas jovens, a partir das teorias antropológicas sobre a influência da cultura na saúde e na doença, da teoria da bioascese e das teorias feministas. Usando a interpretação de sentidos, percebe-se que os transtornos alimentares são considerados estilos de vida, nos quais se busca fugir ao sofrimento através do controle dos corpos e dos desejos. Há uma trama entre controle, poder e dominação, no qual as jovens pleiteiam autonomia e independência, a sociedade define e normatiza seus corpos, e dessa forma, impõem uma dominação, e os profissionais, baseados nos discursos da saúde, intentam ensiná-las como controlá-los, exercendo, de certa forma, um poder sobre o outro.The internet is a new space of reconfiguration of the social relationship therefore young people with eating disorders have been using the net as a way of expressing themselves, through the pro-anorexia and bulimia communities. This paper attempt to understand the difference between hegemonic approaches and the belief of these young people, from anthropological theories about the health and the disease, the bioascese and feminist theories. Using the interpretation of meanings it's noticed that the eating disorders are considered lifestyles whereby we seek to escape the suffering through the control of bodies and desires. There is a plot between control, power and domination, in which young people plead for autonomy and independence, the society defines and regulates their bodies, and thus impose a domination, and the professionals having the health discourses as bases, intend to teach them how to control their bodies, exerting somewhat a power over the other
Transtornos alimentares: patologia ou estilo de vida?
The internet is a new space of reconfiguration of the social relationship therefore young people with eating
disorders have been using the net as a way of expressing themselves, through the pro-anorexia and bulimia
communities. This paper attempt to understand the difference between hegemonic approaches and the belief of
these young people, from anthropological theories about the health and the disease, the bioascese and feminist
theories. Using the interpretation of meanings it�s noticed that the eating disorders are considered lifestyles
whereby we seek to escape the suffering through the control of bodies and desires. There is a plot between
control, power and domination, in which young people plead for autonomy and independence, the society defines
and regulates their bodies, and thus impose a domination, and the professionals having the health discourses as
bases, intend to teach them how to control their bodies, exerting somewhat a power over the other.A internet se apresenta como um novo espaço de reconfiguração das relações sociais, por isso jovens com
transtornos alimentares vêm utilizando-a como forma de expressão, através das comunidades pró-anorexia e
bulimia. Este artigo visa compreender a diferença entre o discurso hegemônico e a crença destas jovens, a partir
das teorias antropológicas sobre a influência da cultura na saúde e na doença, da teoria da bioascese e das teorias
feministas. Usando a interpretação de sentidos, percebe-se que os transtornos alimentares são considerados
estilos de vida, nos quais se busca fugir ao sofrimento através do controle dos corpos e dos desejos. Há uma trama
entre controle, poder e dominação, no qual as jovens pleiteiam autonomia e independência, a sociedade define
e normatiza seus corpos, e dessa forma, impõem uma dominação, e os profissionais, baseados nos discursos da
saúde, intentam ensiná-las como controlá-los, exercendo, de certa forma, um poder sobre o outro
No rastro do que transtorna o corpo e desregra o comer: os sentidos do descontrole de si e das "compulsões alimentares"
Propomos examinar o fenômeno das identidades somáticas, entendidas como novas formas de percepção e novas relações socialmente estabelecidas com o corpo, com o comer e a comida, incluindo modos alterados de alimentar-se que não se configuram necessariamente enquanto patologias. Utilizamos uma perspectiva teórica fenomenológica e interpretativa, valendo-nos do conceito de corporeidade, desenvolvido por Thomas Csordas, construído a partir dos conceitos de percepção corporal de Merleau-Ponty e do corpo socialmente informado, advindo do conceito de habitus de Bourdieu. Centramos a análise em narrativas de mulheres que elaboram suas trajetórias a partir de pontos de virada corporal, buscando elucidar dinâmicas socioculturais e afetivas corporeificadas, significadas a partir de pertencimentos étnicos, de classe social e gênero. Discutimos os paroxismos da individualização moderna, onde, por intermédio das compulsões alimentares, o corpo individual toma a si a enorme tarefa de expressar, significar e reverter os males do grupo