17 research outputs found

    Possibilidades éticos-estéticas da perversão: a sexualidade perverso-polimorfa como prática de liberdade em Marcuse

    Get PDF
    Cet article veut explorer la compréhension éthique-esthétique du phénomène pervers dans le travaille dHerbert Marcuse, Eros et civilisation. Dans le enregistrement éthique, nous essayons de souligner le caractère moral nécessaire à la catégorie de perversion et de montrer son lien avec la normalisation de lexpérience sexuelle et le contrôle des corps dans le cadre de la lecture du biopouvoir chez Foucault. Dans l´enregistrement esthétique, on essaye de démontrer comment Marcuse, par la voie de la reconfiguration de la relation entre Eros et Logos, propose que la perversion sexuelle implique la contestation de lordre établi et la production de nouvelles formes de relations avec soi même et avec les autres, contrairement à la réglementation instrumentale de lérotisme. Enfin, on indique comment le champ des possibilités théoriques et politiques ouvert par Marcuse dans le domaine de la transgression indique la nécessité dune reprise critique de la catégorie de perversion.This article aims to explore the ethical-esthetic understanding of the perverse phenomenon in the Herbert Marcuses work, Eros and Civilization. In the ethical register, we tried to emphasized the moral character of the category of perversion and demonstrate its connection with the normalization of sexual experience and with the disciplinary and control bodies within the biopolitical reading of Foucault. In the register of the esthetics, we pretend to show how Marcuse, throught the reconfiguration of the connection between Eros and Logos, propose that sexual perversion involves the challenging of the established order and the production of a new kind of relation between oneself and with the others individuals, in contrast with the instrumental control of eroticism. Finally, we indicate the field of possibilities theoretical-political that was opened up by Marcuse in the master of transgression points the necessity of one critical resumption of the category of perversion.Este artículo explora la comprensión ético-estética del fenómeno perverso en la obra de Marcuse, Eros y Civilización. En el registro ético, destacamos el carácter moral de la categoría de perversión y su vínculo con la normalización de la experiencia sexual, con la regulación y control de los cuerpos, en el cuadro de la lectura foucaultiana del biopoder, situando Marcuse como crítico de tales procesos en su enlace con el capitalismo. En el segundo registro, de la estética, se busca mostrar como Marcuse, a través de la reconfiguración de la relación entre Eros y Logos y de la afirmación de un ethos estético, propone que la perversión sexual implica la contestación del orden establecido y la producción de nuevos modos de relaciones consigo y con los otros. Por fin, indicamos como el campo de posibilidades abierto por Marcuse apunta hacia la necesidad de una reanudación crítica de la categoría de perversión.Este artigo visa explorar a compreensão ético-estética do fenômeno perverso realizada por Marcuse em Eros e Civilização. No registro ético, destacamos o caráter necessariamente moral da categoria de perversão e seu vínculo com a normatização da experiência sexual, com a disciplinarização e controle dos corpos, no quadro da leitura foucaultiana do biopoder, situando Marcuse como crítico de tais processos em sua ligação com o modo de produção capitalista. No segundo registro, da estética, expomos como Marcuse, através da reconfiguração da relação entre Eros e Logos e da afirmação de um ethos estético, propõe que a perversão sexual implica a contestação da ordem vigente e a produção de novos modos de relações consigo e com os outros, em contraste com a regulação instrumental do erotismo. Por fim, indicamos como o campo de possibilidades aberto por Marcuse no domínio da transgressão aponta para a necessidade de retomar criticamente a categoria de perversão

    Literary consciences of the crisis: literature in times of social turbulence

    No full text
    This paper suggests the notion of “literary consciences of the crisis”, i.e., forms of opposite consciences in times of capitalist crises that express themselves by means of literary works, marked by a profound negativity in relation to the present. These forms of consciences are engaged in the dual task of describing the effects of barbarism settled by the crisis and also of narrating the changes that occurred in the society and the ways of life of individuals. Furthermore, they would be charged with utopian energy, in such a way that the negation of the present world opens space to the possibility of another world. With this notion, I intend to reaffirm the specificity, in the historical present characterized by structural crisis, potentiality and relevance of literature to the construction of a radical critique of present time. I return to the works of Franz Kafka, Aldous Huxley and Samuel Beckett, aligning them with distinct historical periods: The Age of Catastrophe, the Golden Age and the Fall, respectively

    Teoria crítica e literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade.

    No full text
    Este artigo procura propor que o gênero literário conhecido como distopia se configura, a partir do prisma da teoria crítica da sociedade, como ferramenta de análise radical da modernidade. Para tanto, é feita uma breve caracterização do que seria tal gênero literário a partir das noções de horizonte utópico e função distópica. A partir daí se elegem três obras distópicas para pôr a prova tal argumentação: 1984, de Orwell; Fahrenheit 451, de Bradbury; e Admirável Mundo Novo, de Huxley. Destacando algumas características destes livros, é possível lançar luz acerca de traços marcantes do nosso contemporâneo, tais quais: as formas de controle da subjetividade, a configuração hipertecnológica da atual sociedade e a dinâmica de submissão da cultura à civilização. Afirma-se, deste modo, a literatura como dispositivo a partir do qual se torna possível realizar uma crítica das forças que constituem o presente. Estas distopias são, pois, formas de resistência face aos efeitos de barbárie cada vez mais presentes no tecido social

    Consciências literárias da crise: Literatura em tempos de turbulência social

    No full text
    Este artigo sugere a noção de “consciências literárias da crise”, isto é, formas de consciências opositoras em tempos de crises do capitalismo que se expressam por meio de obras literárias, marcadas por uma profunda negatividade em relação ao presente. Estas formas de consciência são engajadas na dupla tarefa de descrever os efeitos de barbárie provocados pelas crises e também de narrar as mudanças ocorridas na sociedade e nos modos de vida dos indivíduos. Além disso, seriam carregadas de energia utópica, de tal maneira que a negação do mundo vigente abre espaço para a possibilidade de outro mundo. Com esta noção, pretendo reafirmar, no quadro histórico atual marcado pela crise estrutural, a especificidade, potencialidade e relevância da literatura para a produção de uma crítica radical do presente. Retomo as obras de Franz Kafka, Aldous Huxley e Samuel Beckett, alinhando-as com períodos históricos distintos: A Era da Catástrofe, a Era de Ouro e o Desmoronamento, respectivamente

    A sombra marxiana em Freud, ou o descompasso constitutivo de um encontro

    No full text
    Este artigo busca pôr à prova os argumentos freudianos a respeito de Marx através do encontro direto dos argumentos daquele com a obra deste. A partir de então, levanta-se a hipótese de que Freud sempre lida com a sombra marxiana, isto é, com o resultado da projeção das interpretações que terceiros possuem de Marx, em particular o marxismo soviético e as interpretações de Adler e Reich. Neste sentido, a atualidade do encontro entre Marx e Freud para o século XXI tem como pressuposto o ato da crítica radical em dois tempos: tanto no que se refere à deslegitimação do marxismo soviético como representante de Marx, quanto na recusa da apropriação politicamente problemática que Freud faz de Marx

    Possibilidades éticos-estéticas da perversão: a sexualidade perverso-polimorfa como prática de liberdade em Marcuse

    No full text
    Este artigo visa explorar a compreensão ético-estética do fenômeno perverso realizada por Marcuse em Eros e Civilização. No registro ético, destacamos o caráter necessariamente moral da categoria de perversão e seu vínculo com a normatização da experiência sexual, com a disciplinarização e controle dos corpos, no quadro da leitura foucaultiana do biopoder, situando Marcuse como crítico de tais processos em sua ligação com o modo de produção capitalista. No segundo registro, da estética, expomos como Marcuse, através da reconfiguração da relação entre Eros e Logos e da afirmação de um ethos estético, propõe que a perversão sexual implica a contestação da ordem vigente e a produção de novos modos de relações consigo e com os outros, em contraste com a regulação instrumental do erotismo. Por fim, indicamos como o campo de possibilidades aberto por Marcuse no domínio da transgressão aponta para a necessidade de retomar criticamente a categoria de perversão
    corecore