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    Características epidemiológicas do suicídio no Rio Grande do Sul

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    OBJETIVO: Descrever as características epidemiológicas de mortalidade por suicídio em uma série histórica de dez anos. MÉTODOS: Foram construídas séries históricas de mortalidade por suicídio no Rio Grande do Sul a partir de dados do Sistema de Notificação de Mortalidade do Ministério da Saúde, para o período 1980 a 1999. Os dados foram padronizados de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde e analisados segundo variáveis demográficas clássicas. RESULTADOS: As taxas de suicídios durante todo o período estudado (coeficientes e mortalidade proporcional) configuraram-se como as maiores do País. Os coeficientes padronizados passaram de níveis em torno de 9/100.000 nos anos 80 para 11/100.000 em 1999. Esse alto nível de mortalidade deveu-se principalmente ao aumento da mortalidade masculina, cujos coeficientes passaram de 14/100.000 para os atuais 20/100.000. A razão homemmulher aumentou de três para cinco. Os maiores coeficientes correspondiam aos idosos, embora as taxas estejam aumentando na população de adultos jovens. Pessoas viúvas e aquelas ocupadas na agropecuária e pesca apresentaram coeficientes de mortalidade mais elevados. CONCLUSÕES: O estudo destaca o suicídio como um problema de saúde coletiva no Rio Grande do Sul e revela características que contribuem para ações preventivas.OBJECTIVE: To describe epidemiological aspects of suicide mortality in a 10-year time series. METHODS: Suicide deaths reported in the state of Rio Grande do Sul (RS), Brazil, were put together as historical time series based on data from the Ministry of Health Mortality Reporting System for the period 1980 to1999. Suicides were grouped according to the WHO criteria and analyzed using standard demographic variables. RESULTS: Suicide rates (proportional mortality and mortality rates) in RS during the study period were the highest in Brazil. The standardized rates grew from around 9 per 100,000 in the 1980s to 11 per 100,000 in 1999. This increase in mortality was attributed mainly to male mortality rates that grew from 14 per 100,000 to the current 20 per 100,000. The male:female ratio increased from 3 to 5. The highest ratios were seen among the elderly although this ratio has been increasing in young adults as well. Widows, widowers and farmers/fishers had the highest mortality rates. CONCLUSIONS: The study highlights suicide as a collective health problem in RS and shows aspects that could contribute to preventive action

    Características epidemiológicas do suicídio no Rio Grande do Sul

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    OBJETIVO: Descrever as características epidemiológicas de mortalidade por suicídio em uma série histórica de dez anos. MÉTODOS: Foram construídas séries históricas de mortalidade por suicídio no Rio Grande do Sul a partir de dados do Sistema de Notificação de Mortalidade do Ministério da Saúde, para o período 1980 a 1999. Os dados foram padronizados de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde e analisados segundo variáveis demográficas clássicas. RESULTADOS: As taxas de suicídios durante todo o período estudado (coeficientes e mortalidade proporcional) configuraram-se como as maiores do País. Os coeficientes padronizados passaram de níveis em torno de 9/100.000 nos anos 80 para 11/100.000 em 1999. Esse alto nível de mortalidade deveu-se principalmente ao aumento da mortalidade masculina, cujos coeficientes passaram de 14/100.000 para os atuais 20/100.000. A razão homemmulher aumentou de três para cinco. Os maiores coeficientes correspondiam aos idosos, embora as taxas estejam aumentando na população de adultos jovens. Pessoas viúvas e aquelas ocupadas na agropecuária e pesca apresentaram coeficientes de mortalidade mais elevados. CONCLUSÕES: O estudo destaca o suicídio como um problema de saúde coletiva no Rio Grande do Sul e revela características que contribuem para ações preventivas.OBJECTIVE: To describe epidemiological aspects of suicide mortality in a 10-year time series. METHODS: Suicide deaths reported in the state of Rio Grande do Sul (RS), Brazil, were put together as historical time series based on data from the Ministry of Health Mortality Reporting System for the period 1980 to1999. Suicides were grouped according to the WHO criteria and analyzed using standard demographic variables. RESULTS: Suicide rates (proportional mortality and mortality rates) in RS during the study period were the highest in Brazil. The standardized rates grew from around 9 per 100,000 in the 1980s to 11 per 100,000 in 1999. This increase in mortality was attributed mainly to male mortality rates that grew from 14 per 100,000 to the current 20 per 100,000. The male:female ratio increased from 3 to 5. The highest ratios were seen among the elderly although this ratio has been increasing in young adults as well. Widows, widowers and farmers/fishers had the highest mortality rates. CONCLUSIONS: The study highlights suicide as a collective health problem in RS and shows aspects that could contribute to preventive action

    Internações hospitalares no Rio Grande do Sul

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    Este é um estudo descritivo, realizado como trabalho de conclusão do XX Curso de Especialização em Saúde Pública/Escola de Saúde Pública/Secretaria da Saúde e do Meio-Ambiente (XX CESP/ESP/SSMA), Departamento de Medicina Social/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul (DMS/UFRGS) e Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ). Analisaram-se as 817.244 internações hospitalares ocorridas no Rio Grande do Sul em 1995 através do SUS (8,6 hospitalizações/100 habitantes). Os grupos que mais demandaram os serviços foram as mulheres, os menores de um ano e os idosos. As principais causas de internação foram: doenças respiratórias, parto e doenças do aparelho circulatório

    Características epidemiológicas do suicídio no Rio Grande do Sul

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    Objetivo: Descrever as características epidemiológicas de mortalidade por suicídio em uma série histórica de dez anos. Métodos: Foram construídas séries históricas de mortalidade por suicídio no Rio Grande do Sul a partir de dados do Sistema de Notificação de Mortalidade do Ministério da Saúde, para o período 1980 a 1999. Os dados foram padronizados de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde e analisados segundo variáveis demográficas clássicas. Resultados: As taxas de suicídios durante todo o período estudado (coeficientes e mortalidade proporcional) configuraram-se como as maiores do País. Os coeficientes padronizados passaram de níveis em torno de 9/100.000 nos anos 80 para 11/100.000 em 1999. Esse alto nível de mortalidade deveu-se principalmente ao aumento da mortalidade masculina, cujos coeficientes passaram de 14/100.000 para os atuais 20/100.000. A razão homemmulher aumentou de três para cinco. Os maiores coeficientes correspondiam aos idosos, embora as taxas estejam aumentando na população de adultos jovens. Pessoas viúvas e aquelas ocupadas na agropecuária e pesca apresentaram coeficientes de mortalidade mais elevados. Conclusões: O estudo destaca o suicídio como um problema de saúde coletiva no Rio Grande do Sul e revela características que contribuem para ações preventivas.Objective: To describe epidemiological aspects of suicide mortality in a 10-year time series. Methods: Suicide deaths reported in the state of Rio Grande do Sul (RS), Brazil, were put together as historical time series based on data from the Ministry of Health Mortality Reporting System for the period 1980 to1999. Suicides were grouped according to the WHO criteria and analyzed using standard demographic variables. Results: Suicide rates (proportional mortality and mortality rates) in RS during the study period were the highest in Brazil. The standardized rates grew from around 9 per 100,000 in the 1980s to 11 per 100,000 in 1999. This increase in mortality was attributed mainly to male mortality rates that grew from 14 per 100,000 to the current 20 per 100,000. The male:female ratio increased from 3 to 5. The highest ratios were seen among the elderly although this ratio has been increasing in young adults as well. Widows, widowers and farmers/fishers had the highest mortality rates. Conclusions: The study highlights suicide as a collective health problem in RS and shows aspects that could contribute to preventive action

    Taxas de suicídio no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil : associação com fatores sócio-econômicos, culturais e agrários

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    As taxas de suicídio do Rio Grande do Sul são as mais elevadas do Brasil. Estudos anteriores sugeriram uma associação com atividades agrícolas, particularmente a fumicultura, onde o uso de agrotóxicos seria particularmente intenso. Um delineamento ecológico foi utilizado para identificar fatores associados ao suicídio, tendo as 35 microrregiões do Estado como unidades de análise. Coeficientes de mortalidade por suicídios, baseados no registro de óbitos, foram padronizados por idade, sendo suas associações com fatores sócioeconômicos culturais e agrícolas avaliadas por meio de regressão linear múltipla. As taxas de suicídio, para ambos os sexos, foram inferiores em microrregiões com escolaridade elevada, e superiores onde havia maior proporção de casamentos desfeitos. As taxas masculinas foram superiores nas microrregiões com mais evangélicos tradicionais e as femininas foram menores em microrregiões com maior proporção de domicílios com um morador. Na análise ajustada não foram evidenciadas associações entre suicídios e estrutura agrária ou culturas agrícolas. Estes resultados confirmam a importância de fatores sócio-econômicos na ocorrência do suicídio, mas não apóiam a hipótese de um papel específico das práticas agrícolas.Rio Grande do Sul State has the highest suicide rates in Brazil. Previous studies have suggested a possible role of agricultural activities, especially tobacco farming, where pesticide use is intensive. An ecological study was designed to assess associations between age-adjusted suicide rates based on death certificates and socioeconomic and agricultural factors. Suicide rates in males and females were inversely associated with schooling level and directly associated with divorce/ marital separation. Rates for men were higher in areas where traditional Protestant religious were more prevalent, and rates for women were lower in areas with a higher proportion of single-inhabitant households. Multivariate analyses showed no associations between increased suicide rates and any of the agricultural variables. These results confirm the role of socioeconomic determinants of suicide, but do not support the hypothesis of a specific role of agricultural practices

    Taxas de suicídio no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil : associação com fatores sócio-econômicos, culturais e agrários

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    As taxas de suicídio do Rio Grande do Sul são as mais elevadas do Brasil. Estudos anteriores sugeriram uma associação com atividades agrícolas, particularmente a fumicultura, onde o uso de agrotóxicos seria particularmente intenso. Um delineamento ecológico foi utilizado para identificar fatores associados ao suicídio, tendo as 35 microrregiões do Estado como unidades de análise. Coeficientes de mortalidade por suicídios, baseados no registro de óbitos, foram padronizados por idade, sendo suas associações com fatores sócioeconômicos culturais e agrícolas avaliadas por meio de regressão linear múltipla. As taxas de suicídio, para ambos os sexos, foram inferiores em microrregiões com escolaridade elevada, e superiores onde havia maior proporção de casamentos desfeitos. As taxas masculinas foram superiores nas microrregiões com mais evangélicos tradicionais e as femininas foram menores em microrregiões com maior proporção de domicílios com um morador. Na análise ajustada não foram evidenciadas associações entre suicídios e estrutura agrária ou culturas agrícolas. Estes resultados confirmam a importância de fatores sócio-econômicos na ocorrência do suicídio, mas não apóiam a hipótese de um papel específico das práticas agrícolas.Rio Grande do Sul State has the highest suicide rates in Brazil. Previous studies have suggested a possible role of agricultural activities, especially tobacco farming, where pesticide use is intensive. An ecological study was designed to assess associations between age-adjusted suicide rates based on death certificates and socioeconomic and agricultural factors. Suicide rates in males and females were inversely associated with schooling level and directly associated with divorce/ marital separation. Rates for men were higher in areas where traditional Protestant religious were more prevalent, and rates for women were lower in areas with a higher proportion of single-inhabitant households. Multivariate analyses showed no associations between increased suicide rates and any of the agricultural variables. These results confirm the role of socioeconomic determinants of suicide, but do not support the hypothesis of a specific role of agricultural practices

    Suicide rates in the State of Rio Grande do Sul, Brazil: association with socioeconomic, cultural, and agricultural factors

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    Rio Grande do Sul State has the highest suicide rates in Brazil. Previous studies have suggested a possible role of agricultural activities, especially tobacco farming, where pesticide use is intensive. An ecological study was designed to assess associations between age-adjusted suicide rates based on death certificates and socioeconomic and agricultural factors. Suicide rates in males and females were inversely associated with schooling level and directly associated with divorce/marital separation. Rates for men were higher in areas where traditional Protestant religious were more prevalent, and rates for women were lower in areas with a higher proportion of single-inhabitant households. Multivariate analyses showed no associations between increased suicide rates and any of the agricultural variables. These results confirm the role of socioeconomic determinants of suicide, but do not support the hypothesis of a specific role of agricultural practices
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