10 research outputs found

    Analytical psychology and aesthetics of reception: possible dialogues

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    This article briefly presents the field of Aesthetics of Reception and highlights the Jung’s writings related to art spectators, in order to establish bases for a dialogue between those texts and that still little-known discipline. The article brings up the particularities of the phenomena involved in the apprehension of works of art, considering, among others, Jungian notions of symbols, art as a compensation and the dynamic between consciousness and the unconscious. To ground the theoretical data, the study also introduces some passages that reveal Jung as a spectator of works of art. Finally, it takes a stand against the recent acts of censorship of contemporary works of art.O artigo, após apresentar brevemente o campo da Estética da Recepção, destaca os escritos de Jung que se referem aos espectadores de arte, para, então, estabelecer bases para um diálogo entre tais textos e essa disciplina que ainda permanece pouco conhecida. O artigo discorre sobre as particularidades dos fenômenos envolvidos na apreensão de obras de arte, considerando, entre outras, as noções junguianas de símbolo, de arte como compensação e da dinâmica entre a consciência e o inconsciente. Para fundamentar os dados teóricos, o artigo também introduz algumas passagens que revelam Jung em sua faceta de espectador de obras de arte. Por fim, opõe-se aos recentes atos de censura a obras de arte contemporâneas

    Apresentação: Dossiê Jung

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    Grupos vivenciais sob uma perspectiva junguiana

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    Este artigo tece considerações quanto à possibilidade e ao alcance de grupos vivenciais, sob a perspectiva da Psicologia Analítica de Carl G. Jung, em nosso contexto socio-econômico atual. Há uma proposta prática de grupos de construção de máscaras e personagens, e a apresentação e comentários das contribuições de diferentes autores que trazem conceitos junguianos clássicos para a dimensão grupal, consideram de maneira criativa o ritual, do ponto de vista psicológico, e questionam a viabilidade de trabalhos grupais. Numa abordagem mitológica, são considerados Górgona, Dioniso, Ártemis, Eco e Narciso, com destaque à deusa grega Héstia, cujas características são relacionadas a aspectos necessariamente presentes nos grupos vivenciais e à possibilidade de ocorrer uma experiência psicológica. Os grupos vivenciais são considerados favorecedores da perspectiva de alteridade, na medida em que cada participante tem neles a oportunidade de se afirmar e de ser confirmado, isto é, de se expressar e de refletir, num campo interacional fértil

    Apresentação: Dossiê Jung

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    Despertando a mente de iluminação: uma pesquisa em Psicologia com praticantes budistas tibetanos

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    Introdução: A prática budista tibetana na contemporaneidade dá-se no contexto pós-diáspora, quando, a partir de 1959, o Tibete foi invadido e ocupado pelos chineses. O budismo propõe uma concepção de ser humano, apoiada em técnicas contemplativas, cujo objetivo é promover o desenvolvimento da personalidade, no qual está implicado um processo de abertura, desenvolvimento e diferenciação da consciência. [JUNG (1912/2008) vol. 7/1]. Objetivos: Elucidar aspectos do processo de individuação de praticantes budistas tibetanos com mais de vinte anos de inserção nesta religião, por meio de entrevistas em história oral de vida. Indagamo-nos em que medida o budismo tibetano pode ou não oferecer elementos que auxiliem o indivíduo a se perceber em um processo alinhado ao Self e, ao mesmo tempo, inserido na comunidade humana, podendo nela se engajar e se comprometer com sua melhoria. Método: A história oral, nesta pesquisa, é concebida como um corte epistemológico que se situa na interface entre diferentes campos do saber, como a psicologia analítica de Jung. Adotamos os procedimentos em história oral de vida e os pressupostos metodológicos e éticos da pesquisa simbólica, tal como concebida por Jung. [Ver TREBITSCH (1994); Ver PENNA (2004)]. Resultados: Entrevistamos cinco praticantes budistas tibetanos. A discussão acerca da dimensão ética no relacionamento mestre-discípulo fez-se necessária, revelando-se um fator importante no processo de desenvolvimento do praticante, pois, no cerne da instituição budista tibetana, está a prática de “devoção ao guru”. Outra questão abordada nas entrevistas diz respeito ao futuro do budismo tibetano no contexto pós-diáspora. Conclusão: Nossos entrevistados, de algum modo, associam a prática budista à possibilidade de viver o processo de ampliação da consciência, cujo potencial é inerente à condição humana, de maneira mais condizente com sua personalidade. Alguns entrevistados, em suas elaborações, tecem possibilidades de continuidade do budismo articuladas principalmente ao processo de transformação e desenvolvimento da personalidade, em detrimento dos aspectos ritualísticos

    Psicologia analítica e estética da recepção: diálogos possíveis

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    Resumo O artigo, após apresentar brevemente o campo da Estética da Recepção, destaca os escritos de Jung que se referem aos espectadores de arte, para, então, estabelecer bases para um diálogo entre tais textos e essa disciplina que ainda permanece pouco conhecida. O artigo discorre sobre as particularidades dos fenômenos envolvidos na apreensão de obras de arte, considerando, entre outras, as noções junguianas de símbolo, de arte como compensação e da dinâmica entre a consciência e o inconsciente. Para fundamentar os dados teóricos, o artigo também introduz algumas passagens que revelam Jung em sua faceta de espectador de obras de arte. Por fim, opõe-se aos recentes atos de censura a obras de arte contemporâneas

    Dioniso e a festa universitária: Entrevistas com estudantes da USP

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    Esta pesquisa investigou a festa universitária enquanto espaço de socialização de estudantes, enfocando o comportamento sexual, a relação com a música e a dança, e o consumo de bebidas alcoólicas e drogas. Sua questão norteadora foi: Dioniso, tomado simbolicamente, frequenta as festas universitárias? O material obtido foi analisado à luz de elementos do mito e do rito dionisíacos, embasado na psicologia analítica de Jung. Foram realizadas cinco entrevistas semiabertas com estudantes da Universidade de São Paulo, frequentadores de suas festas. O critério de inclusão foi a frequência mínima mensal a duas festas. Na análise dos dados, foram levantadas as categorias: vivências corporais prazerosas; encontro com o outro e socialização; compulsão às festas e ao consumo alcoólico. Concluiu-se que parece não haver um espaço satisfatório para o exercício da alteridade e a vivência do corpo, ou seja, para Dioniso, no cotidiano universitário. Entretanto, é possível afirmar que Dioniso frequenta as festas universitárias, pois estas possibilitam a manifestação e a vivência de características associadas a sua imagem arquetípica. Alguns questionamentos levantados para futuras pesquisas são: essas festas podem ser consideradas um tipo de ritual de iniciação? De que forma o frequentá-las influencia a vida emocional e social dos estudantes fora das festas? Além disso, relevante é averiguar possíveis propostas de intervenção no sentido de conscientização da motivação de ir a festas e como se dá a relação dos estudantes com as mesmas, especialmente considerando que parte dos estudantes manifesta uma vivência compulsiva de elevada frequência às festas e de consumo alcoólico excessivo

    As implicações da depressão pós-parto na psique do bebê:Considerações da Psicologia Analítica

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    Este artigo aborda, a partir de um estudo teórico, a influência da depressão puerperal na psiquedo bebê, segundo o referencial da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. O self e o ego do bebê encontram-se em formação e serão constituídos principalmente por meio da influência da mãe ou de seu substituto. Como a mãe é o primeiro universo da criança e os dois estão em um estado unitário, se a mãe, por estar deprimida, não se mostrar capaz de fornecer os elementos físicos e psíquicos necessários para o bebê desenvolver principalmente o aspecto positivo do arquétipo da Grande Mãe, essa criança crescerá com um self e ego frágeis, além de um sentimento de insegurança perante o mundo, podendo ocorrer, inclusive, severas psicopatologias.A depressão pós-parto pode ser explicada pela constituição de um complexo materno negativo na psique da mãe, necessitando o reconhecimento e o encaminhamento da mulher ao tratamento adequado

    Estudo sobre a prática do origami em pacientes cardíacos internados no Hospital São Paulo

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    Introdução: Origami é uma arte milenar japonesa traduzida como dobradura de papel, ori significa dobrar e gami, papel. Este trabalho vem sendo utilizado com freqüência nos hospitais por ser uma atividade de baixo custo que nos remete a algumas lendas e histórias envolvendo o restabelecimento da doença. Objetivo: Compreender os efeitos do aprendizado da técnica do origami e analisar as representações simbólicas do pássaro tsuru. Método: A pesquisa teve uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. Participaram 19 pacientes internados na enfermaria de cardiologia do Hospital São Paulo, com idade entre 24 e 65 anos, que aprenderam a técnica do origami e confeccionaram o pássaro tsuru. Em seguida, responderam um questionário sobre as percepções e sentimentos que afloraram na realização da atividade. Para a análise de conteúdo, utilizamos a técnica da análise temática. A análise simbólica dos depoimentos teve como base o referencial teórico da Psicologia Analítica de Jung. Resultados: Identificamos as seguintes categorias: Categoria 1- O origami como uma via de acesso ao estado meditativo. Categoria 2 - Simbolismos do pássaro tsuru. Categoria 3- O doente crônico no processo de individuação. Conclusão: a confecção do origami representou para os pacientes a manifestação de sentimentos e sensações associados ao estado meditativo. A estrutura do origami e seu caráter ritualístico e mandálico possuem semelhanças com o “artifício de autofocalização” (âncora) relatado nas práticas meditativas. O pássaro tsuru foi representado como símbolo da paz, liberdade e vida, despertando o paciente a olhar para si mesmo, refletindo, assim, sobre o adoecer nesse momento de sua existência. Consideramos que o trabalho com o origami é um recurso que pode auxiliar o paciente a elaborar o processo de adoecimento. Este recurso lúdico também criou um espaço de integração entre o paciente, a equipe, os familiares e o ambiente hospitalar, favorecendo a humanização do cuidado na área da saúde
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