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    Estudo in vitro da eficácia antineoplásica de metformina e de everolimus em monoterapia e terapia combinada com antineoplásicos convencionais no tratamento do câncer de ovário

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    O câncer de ovário (CAOV) configura a malignidade ginecológica mais letal, em parte pela ausência de sinais e sintomas específicos, bem como estratégias de diagnóstico insuficientes. Grande parte das mulheres acometidas por CAOV são diagnosticadas em estadios avançados da doença, e apesar da responsividade inicial satisfatória aos antineoplásicos, eventualmente desenvolve-se quimiorresistência e recorrência. Com isso, novos agentes terapêuticos que atuem diretamente em alvos moleculares tem despontado como perspectiva de melhor prognóstico do CAOV. Neste contexto, investigamos a ação da metformina e do everolimus, agentes moduladores da proteína cinase Mammalian Target of Rapamycin (mTOR), em linhagens de CAOV ES-2 e A2780. Por meio do método MTT verificamos a redução da viabilidade celular metabólica (VCM) após o tratamento com metformina e everolimus em diversas concentrações, além da intensificação do efeito do paclitaxel. Ao combinarmos metformina 10µM com o taxano na concentração de 100nM a VCM foi reduzida em 56,55% na linhagem ES- 2, e 71,38 % em A2780 em relação ao controle. De forma semelhante, everolimus 0,06nM adicionado ao paclitaxel 100nM diminuiu a VCM em 66,4% e 78,38% nas linhagens ES-2 e A2780, respectivamente. Ademais a manutenção da dose de metformina (10µM) e everolimus (0,06nM) associados ao paclitaxel 12,5nM promoveu uma VCM compatível à monoterapia com taxano à 100nM. Com o ensaio anexinaV/PI na linhagem ES-2, constatamos que a porcentagem total de células em apoptose/necrose induzida foi pequena, metformina 10µM 4,35%/3,85%, everolimus 0,06nM 1,25%/5,1%, contudo, verificamos sua ação sobre a VCM e assim, sugerimos a ocorrência de processos adicionais, como morte celular autofágica. Além disso, no tratamento com metformina e everolimus houve o predomínio de células na fase GO/G1, além de um aumento de células na fase G2/M na condição com metformina e na fase sub-G0 com everolimus. Nossos achados evidenciam a potencial empregabilidade de metformina e everolimus no tratamento do CAOV, um dos grandes desafios da clínica oncológica.Ovarian cancer (CAOV) is the most lethal of the gynecologic malignancies, partially due to the lack of specific signs and symptoms as well as diagnosis strategies insufficient. Most women affected by CAOV are diagnosed in advanced stages of the disease, and despite the initial satisfactory response to antineoplastic drugs, eventually develop chemoresistance and recurrence. Therefore, new therapeutic agents which focus on molecular targets has emerged as the prospect of better prognosis CAOV. In this context, we investigated the action of metformin and everolimus, modulators of protein kinase Mammalian Target of Rapamycin (mTOR) in the CAOV cell lines ES-2 and A2780. Metabolic cell viability (VCM) was reduced by metformin and everolimus in different concentrations, in addition intensifying the effect of paclitaxel. Combining metformin 10µM with taxane 100nM the VCM was reduced in 56,55% in the cell line ES-2, and 71,38% in A2780 compared to control. Similarly, everolimus 0,06 nM added to paclitaxel 100 nM decreased VCM in 66,4% and 73,38% in the cell lines ES-2 and A2780, respectively. Moreover the maintenance of metformin dose (10µm) and everolimus (0,06nM) associated whith paclitaxel 12,5nM promoted a VCM compatible to taxane 100nM. We performed anexinaV/PI assay in ES-2 lineage, and a low percentage of apoptotic/necrotic cells was induced (metformin 10µM, 4.35%/3.85%; everolimus 0,06nM, 1.25%/5.1 %), however, we found its action on VCM and thus suggest occurrence of additional processes, such autophagic cell death. In addition, the cells predominated in phase GO/G1 with metformin and everolimus treatment, and there was an increase of cells in G2/M and sub-G0 phase with metformin and everolimus treatment, respectively. Our findings highlight the potential application of metformin and everolimus in the treatment of CAOV, a major challenge of clinical oncologyCAPE

    Prevalência de Doença de Chagas em Idosos no Estado do Pará: Uma Análise Retrospectiva / Prevalence of Chagas Disease in Elderly People: A Retrospective Analysis

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    A Doença de Chagas é uma antropozoonose causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, tendo como vetor o inseto triatomíneo hematófago, comumente chamado de “barbeiro”. A doença cursa com uma fase aguda que pode persistir se não houver diagnóstico e tratamento oportunos, caracterizando uma fase crônica. Sendo a doença de chagas a segunda causa mais comum de morte em idosos brasileiros dentre as doenças infecto-parasitárias, a associação da doença ao processo de envelhecimento merece ênfase. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi de verificar a prevalência de Doença de Chagas em idosos do estado do Pará e sua contribuição para a formação médica. Trata-se de um estudo de caráter analítico, observacional, transversal e retrospectivo, cujos dados foram obtidos através de consulta da base de dados SINAN (Sistema de Informações de Agravo de Notificação) disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população de estudo foi constituída por todos os casos de Doença de Chagas na faixa etária de 60 a 80 anos no estado do Pará no período de 2010 a 2017. As variáveis analisadas foram: agravo de notificação, estado de notificação, modo de transmissão, sexo e faixa etária. No período analisado, foram notificados 173 casos agudos de Doenças de Chagas no Estado do Pará na faixa etária correspondente, com predomínio nos municípios de Ananindeua (23,12%), Belém (20,23%) e Abaetetuba (14,45%). A doença apesentou maiores índices em 2012 e 2017. A faixa etária mais acometida foi a de 70 – 79 anos (34,68%), na qual houve predomínio do sexo feminino (51,66%). Porém, sob uma análise geral dos casos notificados, o sexo masculino preponderou com 90 casos (52,02%). Enquanto a raça, a maioria dos acometidos pela doença se declarou de raça parda (75,72%). O principal modo de transmissão provável da doença foi o oral (75,14%), tendo como principal local provável de infecção o domicílio. Acerca do critério confirmatório, houve um predomínio da forma Laboratorial (97,68%). Em relação à evolução da doença, 148 casos confirmados evoluíram para “vivo” (85,54%) e apenas 9 para óbito. Sendo assim, percebe-se que a ocorrência de Doença de Chagas em idosos é um problema grave de saúde pública, sendo causado principalmente através da transmissão oral do patógeno. Além disso, no que tange ao sexo, observou-se equilíbrio no número de casos agudos com discreta prevalência masculina. Assim, os fatores associados à doença apresentados podem ser manipulados pelo poder público e devem ser considerados no planejamento de medidas efetivas para o seu controle
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