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Paracoccidioidomicose enzoótica em tatus (Dasypus novemcinctus) no estado do Pará
Paracoccidioides brasiliensis foi encontrado, por inoculação de triturado de fígado e baço em hamsters, em 4 de 20 tatus (Dasypus novemcinctus) examinados na região de Tucuruí, Pará. Hamsters inoculados por via intradérmica e peritoneal com o parasito desenvolveram infecções generalizadas e morreram em 1½ a 13 meses. A diagnose do fungo foi confirmada por histopatologia e cultura. Não se observaram sinais macroscópios de doenças nos tatus. A distribuição geográfica de D. novemcinctus abrange a área endêmica de paracoccidioidomicose humana, sugerindo-se que o tatu tenha algum papel na ecologia do fungo
Sorotipos, "mating type" e ploidia de amostras de C. neoformans isoladas de pacientes no Brasil
Serotype, mating type and ploidy of 84 strains of Cryptococcus neoformans isolated from 61 AIDS and 23 non-AIDS patients admitted in a tertiary teaching hospital in São Paulo, Brazil were examined. Among 61 strains isolated from AIDS patients, 60 strains were var. grubii (serotype A). Only one strain was var. gattii (serotype B). No var. neoformans (serotype D) was found. Among 23 strains isolated from non-AIDS patients, 15 were var. grubii (serotype A) and the remaining 8 were var. gattii, all of which were serotype B. Seventy-three of the 75 serotype A strains were the heterothallic alpha type (MATalpha) and the remaining 2 were untypable (asexual). Most of the MATalpha strains (69/73) were haploid and the remaining 4 strains were diploid. Similarly, both of the 2 asexual strains among the 75 serotype A strains were haploid. There were no alpha-mating type (MATalpha) strains among the 84 isolates. All of the 8 var. gattii strains were serotype B and haploid. Among a total of 84 strains tested, neither serotype AD nor serotype D were found. Neither triploid nor tetraploid were found. These results suggest that the serological, sexual and ploidy characteristics in C. neoformans strains isolated from AIDS patients in São Paulo were rather simple, whereas strains isolated from non-AIDS patients presented serotype A and B with predominance of serotype A.Foram estudados os sorotipos, "mating type" e ploidia de 84 amostras de C. neoformans isoladas de 61 pacientes com AIDS e 23 não-AIDS em São Paulo. Das amostras isoladas de pacientes com AIDS, 60 foram identificadas como var. grubii (sorotipo A) e 1 como var. gattii (sorotipo B). Não houve isolamento do sorotipo D. Entre as amostras isoladas, de pacientes não-AIDS, 15 foram de var. grubii (sorotipo A) e as 8 restantes de var. gattii, todos do sorotipo B. Setenta e três dos 75 sorotipos A foram identificadas como cepas heterotálicas do fenótipo alfa (MATalfa) e as 2 remanescentes não-tipáveis (assexuada), eram haplóides. A maioria das cepas MATalfa (69/73) era haplóide sendo 4 diplóide. Não houve o isolamento de fenótipo a (MATa) entre as 84 cepas analisadas. Todas as 11 amostras de var. gattii eram do sorotipo B e haplóides. Não foram observados os sorotipos AD e C, nem células triplóides ou tetraplóides entre as 84 amostras estudadas. Os resultados sugerem, que as características sorológicas, sexuais e de ploidia de C. neoformans, isoladas de pacientes com AIDS em São Paulo, são particularmente simples, a maioria do sorotipo A, enquanto que nos pacientes não-AIDS foram observados tanto os sorotipos A quanto o B
Inquérito com paracoccidioidina em uma população da Bahia (Brasil)
No Município de Una, localizado ao Sul do Estado da Bahia, em área com registro freqüente de casos de leishmaniose tegumentar, foram estudados 177 indivíduos, na faixa etária entre três meses e 73 anos, através de provas intradérmicas com paracoccidioidina (antígeno péptido-polissacarídico do Paracoccidioides brasiliensis). Positividade foi obtida em dez indivíduos (5,6%). Somente foi considerada positiva a reação que apresentava enduração igual ou maior que 5 mm. Em nenhum dos casos positivos à paracoccidioidina havia evidência clínica de lesões blastomicóticas. Com os soros dos indivíduos positivos à paracoccidioidina, foram realizadas provas de imunodifusão dupla e contraimunoeletroforese, com resultados negativos para anticorpos circulantes anti-P. brasiliensis. Este dado indica que, em nenhum dos reatores à paracoccidioidina, havia processo infeccioso em atividade. O percentual de positividade obtido com a paracoccidioidina, em que pesem eventuais reações cruzadas com histoplasmose, sugere a ocorrência da paracoccidioidomicose na área estudada
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