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    Complexidade do campo da Saúde Coletiva: multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, e transdisciplinaridade de saberes e práticas - análise sócio-histórica de uma trajetória paradigmática

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    This article deals with the increasing complexity of the field presently known as Collective Health, socially and historically constructed along two centuries (beginning of the XIXth, and all along the XXth) in terms of knowledge and practices. This complexity, evident in the multidisciplinary, interdisciplinary and transdisciplinary paradigms that coexist in the field, may be expressed at two levels: the level of its composing disciplines, which includes human, biological, medical and environmental disciplines, and the level of production and expression of knowledge, which includes the scientific paradigm and the ethical and practical paradigm of efficacy, both common to medicines (preventive and social medicine) and health policies. It also tries to demonstrate that the social and historical evolution of Collective Health as a scientific and practical field seems to indicate an irreversible change in the direction of complexity, in terms of knowledge, of intervention, and of expression of the different disciplines that are nowadays part of the field. To reduce this complexity to one single model in terms of disciplines or of styles of production of knowledge means to reduce the whole field to only one single dimension and to limit it at both mentioned levels, what is a very bad solution.Este artigo trata da crescente complexidade do campo conhecido como Saúde Coletiva, em termos paradigmáticos, que é expressa na convivência atual de três paradigmas (multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, transdiciplinaridade), construídos, em termos de saberes e práticas, ao longo de um período histórico de cerca de dois séculos (primeira metade do século XIX ao século XX). Essa complexidade se traduz também na profusão de disciplinas que compõem o campo, oriundas tanto das biociências, quanto de ciências da área de humanas e ambientais. A complexidade do campo evidencia-se também no seu hibridismo epistemológico, no qual coexistem normas epistemológicas de produção do conhecimento com o paradigma pragmático da eficácia e da ética, comum às medicinas preventiva e social e às políticas de saúde. Este artigo tenta também evidenciar que a evolução do campo da Saúde Coletiva no último século aponta na irreversível direção da complexidade, tanto em termos de produção do conhecimento como de intervenção de estilos de expressão das diferentes disciplinas incluídas no campo. Reduzir essa enorme complexidade a um paradigma único, seja em termos de modelos disciplinares, seja em termos de formas de expressão de sua produção, significa reduzir o campo a uma única dimensão, diminuindo-o e empobrecendo-o nos níveis analisados no trabalho

    RITOS DA FORMA. A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FISICULTURISTA EM ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

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    Este trabalho busca compreender a construção social da estética dominante nas academias de musculação e fisiculturismo no Rio de Janeiro sugerindo que a mesma está relacionada a uma ética que hierarquiza as relações sociais com base na forma corporal dos indivíduos reproduzindo o individualismo do consumo e a concepção do corpo humano como autômato. Nesse processo, o consumo de esteróides anabolizantes e o conhecimento prático de exercícios surgem como itens fundamentais para a construção da identidade fisiculturista

    Metáforas do Poder em uma Instituição Pública de Saúde

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    O objetivo deste estudo é compreender a função do ambulatório na dinâmica das relações de poder e na construção de identidade da profissão de terapeuta da biomedicina. Para a realização do trabalho foram feitas entrevistas abertas e observação etnográfica em duas unidades hospitalares da cidade do Rio de Janeiro (Hospital Pedro Ernesto, Posto de Atendimento Médico São Francisco Xavier) com 12 médicos. O ambulatório surge no discurso dos profissionais em início de carreira como instância negativa e monótona, que impede o diagnóstico de novas patologias, tornando lenta a ascensão profissional; surge também como espécie de rito de passagem formador da identidade médica. Marcado pela frequência de pacientes oriundos dos estratos sociais mais baixos, essa dimensão pública das instituições médicas repercute relações de dominação social e simbólica inerentes à nossa sociedade
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