10 research outputs found

    Somos um milhão de mulheres

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    O ensaio Somos Um Milhão de Mulheres é um fragmento de um projeto fotográfico maior, intitulado O Que Você Não Vê,a prostituição vista por nós mesmas, que contou com 16 fotógrafas, trabalhadoras sexuais de vários locais e nichos do mercado da prostituição na cidade do Rio de Janeiro. Foi um projeto artístico e documental desenvolvido no âmbito da pesquisa "Os Impactos dos Mega Eventos Esportivos nos Mercados do Sexo no Rio de Janeiro", que contou com financiamento da FAPERJ durante os anos das Olímpiadas e Para-Olimpíadas na cidade. Através das narrativas das trabalhadoras sexuais e em diálogo e colaboração do movimento brasileiro de prostitutas, procurou-se documentar a relação entre o Estado e seus projetos higienistas orientados por pânicos morais ligados à atividade prostitucional e as formas criativas pelas quais os atores ocupam a cidade, reiventam os espaços, se deslocam e criam, efetivamente, lugar. O ensaio ora apresentado investe numa das possibilidades abertas pelo projeto fotográfico maior do qual faz parte e em diálogo com a pesquisa da qual ele é fruto, oculta as identidades individuais das fotógrafas, indexadas a cada uma das imagens, para fazer emergir uma autoria coletiva de um conjunto de fotografias que é, ele mesmo e em conjunto, um acontecimento.

    A política da prostituição no Brasil: entre a “neutralidade do Estado” e os “problemas feministas”

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    O artigo foi escrito entre 2009 e 2010 a partir de um convite feito pelas feministas indianas Meena Seshu e Laxmi Murthy para compor o livro Business of Sex (O Negócio do Sexo) de que eram editoras.  O artigo está organizado em cinco blocos. O primeiro oferece um breve panorama do debate histórico sobre prostituição no Brasil. O segundo analisa tendências contemporâneas entre os anos 1970 e 1990. O terceiro aborda as relações entre feminismos e prostituição. O quarto analisa a expansão e legitimação de visões abolicionistas no país e o último bloco oferece uma seleção de visões de trabalhadoras sexuais, feministas e ativistas lésbicas sobre o problema da prostituição

    Sentidos e fantasias sobre o “luxo” na prostituição de “alto escalão” carioca

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    and luxury prostitute, the article aims to access the fantasies related to this context and to the prostitutes. Both the context and the subjects are informed by ideas as “exclusivity”, “distinction” and the imagined figure of the “college educated prostitute”. The article seeks to understand how these widely circulated representations (in common sense, in the media and academic production) act as market devices, strategically moderating the visibility of “highly confidential” practices related to the agency, sale and consumption of high end sex with prostitutes. Throughout this discussion, it analyzes the ways in which the idea of distinguishing “high end prostitution” is constructed.O artigo pretende acessar, por meio da indicação de representações comuns a respeito da prostituição e da prostituta dita de luxo, as fantasias relacionadas a este contexto e a estas mulheres como de “exclusividade”, “distinção” e da figura imaginada da “prostituta universitária”. Busca-se então entender como estas representações, de ampla circulação (tanto no senso comum quanto na produção mediática e acadêmica) atuam como dispositivos de mercado, estratégicos para moderar a visibilidade das práticas “altamente sigilosas” relacionadas ao agenciamento, venda e consumo de sexo prostituído de alto escalão. Ao longo desta discussão, analisa-se as formas pelas quais se constrói a ideia de distinção da “prostituição de luxo”

    Controle Sobre os Corpos e Administração do Tempo em Bordéis Cariocas

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    Introdução A presente pesquisa foi desenvolvida no âmbito de meu projeto de doutorado em antropologia, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ. Foram observados alguns circuitos da prostituição de luxo feminina carioca com o objetivo de compreender a dinâmica do segredo que as garotas, via de regra, empenham-se em manter a respeito de seu ofício, bem como as diversas técnicas que utilizam no exercício da profissão, para preservação de seus corpos, de sua reputação, para seduç..

    Somos um milhão de mulheres

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    O ensaio Somos Um Milhão de Mulheres é um fragmento de um projeto fotográfico maior, intitulado O Que Você Não Vê,a prostituição vista por nós mesmas, que contou com 16 fotógrafas, trabalhadoras sexuais de vários locais e nichos do mercado da prostituição na cidade do Rio de Janeiro. Foi um projeto artístico e documental desenvolvido no âmbito da pesquisa "Os Impactos dos Mega Eventos Esportivos nos Mercados do Sexo no Rio de Janeiro", que contou com financiamento da FAPERJ durante os anos das Olímpiadas e Para-Olimpíadas na cidade. Através das narrativas das trabalhadoras sexuais e em diálogo e colaboração do movimento brasileiro de prostitutas, procurou-se documentar a relação entre o Estado e seus projetos higienistas orientados por pânicos morais ligados à atividade prostitucional e as formas criativas pelas quais os atores ocupam a cidade, reiventam os espaços, se deslocam e criam, efetivamente, lugar. O ensaio ora apresentado investe numa das possibilidades abertas pelo projeto fotográfico maior do qual faz parte e em diálogo com a pesquisa da qual ele é fruto, oculta as identidades individuais das fotógrafas, indexadas a cada uma das imagens, para fazer emergir uma autoria coletiva de um conjunto de fotografias que é, ele mesmo e em conjunto, um acontecimento.

    A política da prostituição no Brasil: entre a “neutralidade do Estado” e os “problemas feministas”

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    O artigo foi escrito entre 2009 e 2010 a partir de um convite feito pelas feministas indianas Meena Seshu e Laxmi Murthy para compor o livro Business of Sex (O Negócio do Sexo) de que eram editoras.  O artigo está organizado em cinco blocos. O primeiro oferece um breve panorama do debate histórico sobre prostituição no Brasil. O segundo analisa tendências contemporâneas entre os anos 1970 e 1990. O terceiro aborda as relações entre feminismos e prostituição. O quarto analisa a expansão e legitimação de visões abolicionistas no país e o último bloco oferece uma seleção de visões de trabalhadoras sexuais, feministas e ativistas lésbicas sobre o problema da prostituição
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