31 research outputs found

    Cognitive deficit and depressive symptoms in a community group of elderly people: a preliminary study

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    Com o objetivo de avaliar déficit cognitivo e presença de sinais e sintomas depressivos, 62 idosos registrados numa Unidade de Saúde Comunitária em Porto Alegre/RS foram entrevistados em suas casas. Foram avaliados pelo Mini Exame do Estado Mental (Mini Mental State), pela escala de Montgomery-Asberg, e por um questionário sobre condições de saúde, moradia e outras variáveis de vínculos sociais. Níveis mais altos de sintomas depressivos foram observados entre os idosos expostos a fatores de risco maiores para doença cérebro-vascular (diabete e doença coronariana), enquanto que pior desempenho cognitivo foi encontrado nos sujeitos que não contavam com um confidente (variável da rede social). Os resultados sugeriram que a identificação precoce dos grupos idosos de risco pode auxiliar na prevenção de problemas sociais e de saúde, mantendo os indivíduos na comunidade.Since the number and proportion of old people increases worldwide, health professionals and systems should be made aware and prepared to deal with their problems. Cognitive deficit and symptoms of depression are commom among the elderly, and may occur in relation to various risk factors such as health conditions and psychosocial variables. In order to study cognitive deficit and the presence of signs and symptoms of depression, 62 elderly community subjects enrolled at a Community Health Unit in Porto Alegre, southern Brazil, were interviewed. They were evaluated by means of the Mini Mental State Exam, the Montgomery-Asberg Depression rating scale, and a questionnaire on health conditions, living arrangements and social variables. Higher levels of symptoms of depression were observed among subjects exposed to major risk factors for cerebrovascular diseases (diabetes and coronary disease), while impaired cognitive performance was seen among individuals who could not count on the presence of a confidant (social network variable). The results suggest that the early identification of major risk groups among old people can help to prevent institutionalization and keep individuals in the community

    Estudo das características de personalidade e fatores de vulnerabilidade em pacientes adultos com transtorno do pânico e de suas relações com a resposta ao tratamento e com o curso da doença

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    Introdução O Transtorno do Pânico (TP) é uma doença crônica e recorrente. A presença de Transtornos de Personalidade associada tem sido considerada um fator que pode contribuir na cronicidade e dificuldade em tratar alguns pacientes com TP. No entanto, a influência dos aspectos de personalidade no TP ainda não é clara, com estudos mostrando resultados controversos. Objetivos Avaliar os traços de personalidade de pacientes com TP, antes e depois de tratamento medicamentoso, comparados a um grupo controle, determinando suas implicações no tratamento agudo e em um seguimento naturalístico de 2 anos, bem como as de outros possíveis preditores de resposta (como estilo defensivo e história de trauma). Métodos Foi realizado um estudo longitudinal que consistiu de 2 fases, com uma amostra de pacientes com diagnóstico de TP, segundo o DSM-IV, provenientes do Programa de Transtornos de Ansiedade (PROTAN), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ou selecionados diretamente para a pesquisa. Na primeira fase, 47 XIII pacientes foram incluídos em um ensaio aberto com sertralina por um período de 16 semanas. Os pacientes foram avaliados por meio do MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview – DSM IV), do CGI (Clinical Global Impression), do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. O critério de remissão foi: CGI≤2 e ausência de ataques de pânico. O MMPI (Inventário Multifásico Minnesota de Personalidade) e o PDQ - IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) foram utilizados para avaliação da personalidade. Nesta primeira fase, também foram incluídos 40 controles, que não preenchiam critérios diagnósticos para transtornos psiquiátricos de Eixo I. Na segunda fase, em um seguimento naturalístico, os pacientes foram reavaliados 2 anos após terem participado do período de intervenção, por meio do CGI, do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. Nesta fase, também foi aplicado o TCI (Inventário de Temperamento e Caráter). Resultados Após o período de intervenção de 4 meses, 26 pacientes (65%) alcançaram remissão. Na linha de base, os escores de personalidade do MMPI foram significativamente mais altos nos pacientes comparados aos controles (p<0,001). Comparando os 26 pacientes em remissão aos controles, as escalas hipocondria, depressão, histeria e psicastenia permaneceram com escores significativamente mais altos nos pacientes (p<0,05), sugerindo que mesmo em sua fase assintomática, um padrão de personalidade da linha neurótica e ansiosa se mantém. As escalas do MMPI apresentaram mudança significativa, mas de pequena magnitude, ao final do tratamento, enquanto nenhuma escala do PDQ –mudou significativamente.Foram preditores de pior resposta ao tratamento farmacológico agudo: idade de início do TP; gravidade; defesas imaturas; as escalas de personalidade paranóia, psicastenia e esquizofrenia do MMPI; e as escalas paranóide e obsessivo-compulsiva do PDQ. Após uma análise controlada, idade de início, CGI e defesas imaturas mantiveram-se preditoras no tratamento agudo. Na avaliação de 2 anos, verificou-se que todas as escalas sintomáticas indicaram uma manutenção dos escores alcançados após o tratamento de 4 meses. No entanto, 37% dos pacientes não mostravam remissão e 74% permaneciam em tratamento. O uso de defesas neuróticas e as escalas de temperamento de busca de novidades e evitação ao dano associaram-se com pior resultado aos 2 anos, enquanto a escala de caráter autodirecionamento foi mais alta nos pacientes que estavam em remissão. Conclusões Os padrões mais característicos da personalidade no TP (ansioso e neurótico), mesmo que influenciados (exacerbados) por sintomas, são mantidos quando o paciente está assintomático e podem ser pesquisados. O TP apresentou uma boa resposta ao tratamento agudo. No entanto, mesmo com os ganhos mantidos, mostrou uma alta taxa de cronicidade no seguimento de 2 anos. Os fatores associados à remissão dos sintomas parecem ser diferentes em curto e longo prazos. No tratamento agudo, os preditores principais são os mais relacionados com o estado de ansiedade e o funcionamento imaturo. Por outro lado, no seguimento de longo prazo existe influência das características mais persistentes dos pacientes, como os aspectos de personalidade, medidos através do temperamento e caráter, e o funcionamento neurótico. A pesquisa aponta para a importância dos estudos de personalidade, temperamento e caráter, e do funcionamento defensivo no TP para que estratégias mais efetivas de tratamento sejam testadas, visando a trabalhar também com esses fatores.Introduction Panic Disorder (PD) is a recurrent and chronic disorder. The co-morbidity of personality disorders with PD has been considered a factor that might contribute to chronicity and the difficulty to treat some patients. However, the influence of the personality aspects in PD is still not clear and studies show controversial results. Objetive To evaluate personality traits in patients with PD, before and after pharmacological treatment, as compared to a control group, determining their influence in acute treatment outcomes and in a 2 year naturalistic follow-up, as well as to verify other predictors of response (as the defense style and the history of trauma). Methods A longitudinal study that consisted of 2 phases was performed with a sample of patients that fulfilled diagnostic criteria for PD according to DSM-IV from the Anxiety Disorders Program (PROTAN) of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, or selected directly to the research. In the first phase, 47 patients were included in an open trial with sertraline for 16 weeks. Patients were evaluated through MINI (MiniInternational Neuropsychiatric Interview – DSM-IV), CGI (Clinical Global Impression), Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale. CGI ≤ 2 and no panic attacks were considered remission. The MMPI (Minnesota Multiphasic Personality Inventory) and the PDQ-IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) were used to evaluate personality. In this first phase, 40 controls without axis I disorders were also included. In the second phase, a naturalistic follow-up study, patients were reevaluated through CGI, Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale, 2 years after have participated in the intervention period. In this phase temperament and character were assessed through the TCI (Temperament and Character Inventory). Results After the 4 months intervention period, 26 (65%) patients achieved remission. In the baseline, the MMPI personality scores were significantly higher in patients as compared to controls (p<0.001). Comparing the 26 remitted patients to controls, the scales hypochondriasis, depression, hysteria and psychasthenia remain with scores significantly higher in patients (p<0.05), suggesting that a neurotic and anxious personality pattern remains in the asymptomatic phase. The MMPI scales changed significantly, but with a small magnitude at the end of the treatment, while none of the PDQ-IV scale changed significantly. The predictors of acute worse response were: age of onset, severity, immature defenses, the personality scales paranoia, psychasthenia and schizophrenia in MMPI, and scales paranoid and obsessive-compulsive in PDQ. After a controlled analysis age of onset, severity and immature defenses remain as predictors of acute treatment.In the 2-year evaluation, all symptomatic scales keep the scores achieved after the 4-month treatment. However, 37% of patients didn’t show remission and 74% remain in treatment. The use of neurotic defenses and the temperament novelty seeking and harm avoidance were associated with worse outcome in the 2- year follow-up, while the character trait of self-directedness was higher in patients who remitted. Conclusions The more characteristics personality patterns in PD (anxious and neurotic) even though influenced (exacerbated) by symptoms, remain when patient is asymptomatic and might be investigated. PD presented a good response to acute treatment. However, even with the maintenance of gains, PD patients showed a high chronicity rate in the 2-year follow-up. The factors associated with outcome might be different in short-term and long-term follow-ups. In acute treatment, the main predictors were more related to the anxiety state and the immature functioning. On the other hand, there is an influence of more persistent patients’ characteristics, as personality aspects measured by temperament and character, and the neurotic functioning in the longer follow-up. This study suggest the importance of studying personality, temperament and character, and defensive functioning in PD patients, so that more effective treatment strategies might be tested in order to work also with these factors that might contribute to PD chronicity

    Can psychopharmacological treatment change personality traits in patients with panic disorder?

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    Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do tratamento psicofarmacológico nos padrões de personalidade em pacientes com transtorno do pânico. Método: Quarenta e sete pacientes com transtorno do pânico e 40 controles foram incluídos no estudo. O Mini International Neuropsychiatric Interview e o Inventário Multifásico Minnesota de Personalidade foram usados para avaliar os diagnósticos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais - Quarta Edição e os traços de personalidade, respectivamente. Os pacientes foram tratados com sertralina por 16 semanas Resultados: Houve uma diminuição significativa nos escores de 8 das 10 escalas do Inventário Multifásico Minnesota de Personalidade. Adicionalmente, os pacientes com transtorno do pânico apresentaram maiores escores de personalidade da tríade neurótica e de psicastenia quando comparados aos controles, mesmo após o tratamento na fase assintomática. Conclusão: Pacientes com transtorno do pânico apresentam um padrão de personalidade neurótico/ansioso na fase assintomática da doença que, mesmo que influenciado pela presença de sintomas agudos, pode ser foco de pesquisa.Objective: The aim of this study was to evaluate the effects that a particular psychopharmacological treatment has on personality patterns in patients with panic disorder. Method: Forty-seven patients with panic disorder and 40 controls were included in the study. The Mini International Neuropsychiatric Interview and Minnesota Multiphasic Personality Inventory were used to assess Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition, diagnoses and personality traits, respectively. Patients were treated with sertraline for 16 weeks. Results: There was a significant decrease in the score on 8 of the 10 Minnesota Multiphasic Personality Inventory scales. In addition, neurotic triad and psychasthenia personality scores were higher among panic disorder patients, even during the posttreatment asymptomatic phase, than among controls. Conclusion: In the asymptomatic phase of the disease, panic disorder patients present a particular neurotic/anxious personality pattern. This pattern, although altered in the presence of acute symptoms, could be a focus of research

    Preditores de recaída no segundo ano após terapia cognitivo-comportamental para pacientes com transtorno de pânico

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    Objetivo: Investigar os preditores de recaída após dois anos de terapia cognitivo-comportamental em grupo breve para pacientes com transtorno do pânico que não responderam ao tratamento farmacológico. Método: Um total de 56 pacientes com transtorno do pânico que preencheram os critérios de remissão em um ano de avaliação após as 12 sessões da terapia cognitivo-comportamental em grupo foram acompanhados. As características demográficas, clínicas e os estressores de vida foram investigados como preditores de recaída. Resultados: No segundo ano de avaliação, 39 (70%) pacientes mantiveram-se em remissão e o uso de medicação reduziu significativamente, de tal forma que 36 (64%) pacientes não estavam em tratamento psiquiátrico. Entre todas as variáveis independentes investigadas, somente o “conflito” como evento estressor de vida, RR = 3,20 (CI95% 1,60; 7,20 – p = 0,001) e a gravidade ou os sintomas residuais de ansiedade, RR = 3,60 para cada ponto a mais da escala (CI95% 1,02; 1,08 – p < 0,001), foram preditores de recaída. Conclusão: A despeito dos ganhos do tratamento através dos dois anos, os terapeutas devem manter-se atentos em relação ao manejo do estresse e no papel dos sintomas residuais de ansiedade durante este período. Os resultados são discutidos no contexto de custo-eficácia do tratamento e nas potenciais estratégias para prolongar os ganhos da terapia cognitivo-comportamental em grupo.Objective: To investigate predictors of relapse two years after a brief cognitive-behavior group therapy in patients with panic disorder who had failed to respond to pharmacologic treatment. Method: A total of 56 patients with panic disorder who had met remission criteria at 1 year evaluation after 12 sessions of cognitive-behavior group therapy were followed. Demographic and clinical features and life stressors were investigated as predictors of relapse. Results: At the 2 year assessment, 39 (70%) patients maintained remission status and use of medication was reduced significantly, such that 36 (64%) patients were not undergoing any psychiatric treatment. Among all independent variables investigated, only “conflict” as a stressful life event, RR = 3.20 (CI95% 1.60; 7.20 – p = 0.001), and the severity or residual anxiety symptoms, RR = 3.60 for each scale point (CI95% 1.02; 1.08 – p < 0.001), emerged as nonredundant predictors. Conclusion: In spite of the high treatment gains across two years of follow-up, clinicians should pay attention to stress management and to the role of residual symptoms during this period. Results were discussed in the context of treatment cost-efficacy and potential strategies to prolong treatment gains from cognitive-behavior group therapy

    Association between panic disorder, asthma and other pulmonary obstructive disorders

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    A ocorrência do transtorno do pânico com asma e outras doenças obstrutivas pulmonares é maior que o esperado, baseando-se em suas prevalências individuais. Entre pacientes com transtorno do pânico, a presença de hiperventilação, os efeitos panicogênicos do dióxido de carbono e a alta freqüência de queixas relacionadas à respiração evidenciam o papel do sistema respiratório na fisiopatogenia do transtorno do pânico. O transtorno do pânico e a ansiedade em pacientes com doenças pulmonares podem levar à significativa morbidade, incluindo evitação fóbica, tratamento agressivo com medicações ansiogênicas e hospitalizações mais freqüentes e prolongadas. Tratamento com êxito do transtorno do pânico e da ansiedade resulta em alívio da ansiedade, prevenção de depressão e de agorafobia e melhora da qualidade de vida nos pacientes com asma e outras doenças pulmonares obstrutivas.The occurrence of panic disorder with asthma and others obstructive pulmonary diseases is greater than would be expected based on their prevalences. Hyperventilation, the panicogenic effects of carbon dioxide and the high frequency of breathing-related complaints in panic disorder patients are clinical evidences that support the role of respiratory system in panic disorder. Patients with pulmonary diseases associated with panic disorder and anxiety may have higher morbidity, including phobic avoidance, aggressive treatment with anxiogenic medications and more prolonged and frequent hospitalizations. Successful treatment of panic disorder and anxiety besides prevent the occurrence of depression and agoraphobia, improve the quality of life in patients with asthma and other obstructive pulmonary diseases

    Association between panic disorder, asthma and other pulmonary obstructive disorders

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    A ocorrência do transtorno do pânico com asma e outras doenças obstrutivas pulmonares é maior que o esperado, baseando-se em suas prevalências individuais. Entre pacientes com transtorno do pânico, a presença de hiperventilação, os efeitos panicogênicos do dióxido de carbono e a alta freqüência de queixas relacionadas à respiração evidenciam o papel do sistema respiratório na fisiopatogenia do transtorno do pânico. O transtorno do pânico e a ansiedade em pacientes com doenças pulmonares podem levar à significativa morbidade, incluindo evitação fóbica, tratamento agressivo com medicações ansiogênicas e hospitalizações mais freqüentes e prolongadas. Tratamento com êxito do transtorno do pânico e da ansiedade resulta em alívio da ansiedade, prevenção de depressão e de agorafobia e melhora da qualidade de vida nos pacientes com asma e outras doenças pulmonares obstrutivas.The occurrence of panic disorder with asthma and others obstructive pulmonary diseases is greater than would be expected based on their prevalences. Hyperventilation, the panicogenic effects of carbon dioxide and the high frequency of breathing-related complaints in panic disorder patients are clinical evidences that support the role of respiratory system in panic disorder. Patients with pulmonary diseases associated with panic disorder and anxiety may have higher morbidity, including phobic avoidance, aggressive treatment with anxiogenic medications and more prolonged and frequent hospitalizations. Successful treatment of panic disorder and anxiety besides prevent the occurrence of depression and agoraphobia, improve the quality of life in patients with asthma and other obstructive pulmonary diseases
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