18 research outputs found

    Mineralogia e geoquímica da palygorskita e argilominerais associados da fácies lagunar da Formação Alcântara, Cretáceo Superior da Bacia de São Luis – Grajaú

    No full text
    The Alcântara Formation lithotypes (pelites, sandstones and dolomites) outcrop along the cliffs in the town of Alcântara, Maranhão state, and are characterized by the occurrence of the clay mineral palygorskite mainly in the form of whitish pockets, more specifically in pelitic levels. This unit is represented by shoreface deposits generated by storms processes, covered by lagoon/washover and tidal channel, comprinsing a progradational succession. In this paper, the results of mineralogical characterization of these rocks are presented, in order to understand/define palygorskite origin (autigenic or detrital), discuss the geochemical context of paleoenvironmental conditions of rich-magnesium clay minerals formation and theirs paragenesis, specially the relation between palygorskita and dolomite. Furthermore, this research shows a preliminary assessment of mineral potential of palygorskita occurrence, showing the levels where this mineral is massive and the approximate thickness of the packets. A geological profile was described at Baronesa Beach, where 22 samples were collected in two field stages. After laboratorial preparation, they were submitted to the following instrumental techniques: X-Ray diffraction (XRD), X-Ray fluorescence, thermal analysis (DTA-TAG) and scanning electron microscopy (SEM). The first field stage results and chemical and mineralogical analysis were utilized in the submitted and accepted paper by Cerâmica journal. These data show that Baronesa Brach profile is composed of sandstones, in the base, succeeded by mudstones with dolomites intercalations. In the mudstones, a vast clay mineral assemblage was described, characteristic of lagoonal environment, with variations in the contents of palygoskite, dolomite, chlorite, illite, smectite and traces of kaolinite and feldspars. Two different generations of palygorksite were described: (1) in the form of pockets or macroscopic accumulations in the rich-palygorskite pelitic levels, and (2) in the massive form, as the higher pelitic levels dominant mineral of the Baronesa Beach profile. The second generation, described for the first time in this paper, may constitute metric levels with potential economic interest. In the second field stage, analysis were performed with more detail in pelitic layers, and also, in dolomitic layers. In this stage, it was possible to observe that palygorskite is indeed the dominant clay mineral in pelites, and appear as trace mineral in dolomitic levels. Data reveal that palygorskite contents tend to increase in the upper portions of the profile, showing an inversely proportional relationship with chlorite and illite clay minerals, whose values decrease as palygorskite increases. The relationship between palygorskite and dolomite is also very significant, because when the first mineral is the dominant, dolomite appears as the second most abundant mineral. This relationship is accentuated when SEM data are analysed, because both minerals always occur associated. Palygorskite micromorphological analysis indicate its origin is autigenic, that is, it was formed “in situ”, since its features do not exhibit any wearing or reworking, eliminating any possibility of detrital origin. It is known that palygorskite can be found in association with carbonate rocks and that the appropriated conditions for its formation are semi-arid to arid climate, high Si and Mg activities with Al available, and alkaline pH (~8). These conditions, added to mineralogical assemblage, indicate that Mg concentration in solution was probably enough to precipitate palygorskite, after dolomite formation. Others factors, such as changes in physic-chemical conditions (Si increasing by the consumption of other minerals (chlorite and illite?)), may also have favoured palygorskite precipitation. In addition to the observed results, new XRD data showed that upper horizons of the profile, approximately 4m of pelites, are the ones with the highest palygorskite concentration. This mineral occurrence seems to be very significant, with very high contents in some horizons, revealing prospects of future works related to industry properties of this mineral, to a better quantifying and to possibilities about its economic use.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorOs litotipos da Formação Alcântara (pelitos, arenitos e dolomitos) afloram ao longo de falésias no município de Alcântara, estado do Maranhão e têm como característica a ocorrência do argilomineral palygorskita, principalmente na forma de bolsões esbranquiçados, mais especificamente nos níveis pelíticos. Esta unidade é representada por depósitos de shoreface gerados por processos de tempestade, recobertos por laguna/washover e canal de maré, que compõem uma sucessão progradacional. No presente trabalho, são apresentados os resultados da caracterização mineralógica destas rochas, com objetivo de entender/definir a origem da palygorskita (autigênica ou detrítica), discutir o contexto geoquímico das condições paleoambientais de formação dos argilominerais ricos em magnésio e sua paragênese mineralógica, especialmente a relação entre palygorskita e dolomita. Além disso, o trabalho mostra uma avaliação preliminar do potencial mineral da ocorrência de palygorskita, mostrando os níveis que apresentam a palygorskita maciça e qual a espessura aproximada dos pacotes. Um perfil geológico foi descrito na Praia da Baronesa, com a coleta de amostras efetuada em duas etapas de campo, totalizando 22. As mesmas, após preparação, foram submetidas às seguintes técnicas instrumentais: Difração de Raios-X (DRX), Fluorescência de Raios-X (FRX), Análises Térmicas (ATD-ATG), e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os resultados da primeira etapa de coleta e análises químicas e mineralógicas foram utilizados no artigo submetido e aceito pela revista Cerâmica. Estes dados mostram que o perfil da Praia da Baronesa é composto por arenitos na base, seguidos de pelitos dominantes, com intercalações de dolomitos. Nos pelitos, foi descrita uma ampla assembléia de argilominerais, característicos de ambiente lagunar, com variações no conteúdo de palygorskita, dolomita, clorita, illita, esmectita e traços de caulinita e feldspatos. Duas gerações de palygorskita foram descritas: (1) na forma de bolsões ou acumulações macroscópicas nos níveis pelíticos ricos em palygorskita, frequentemente descritos na literatura, e (2) na forma maciça, como mineral dominante dos níveis pelíticos superiores do perfil da Praia da Baronesa. A segunda geração, descrita pela primeira vez neste trabalho, pode constituir níveis métricos com potencial interesse econômico. Na segunda etapa, as análises foram efetuadas em camadas pelíticas com maior nível de detalhe, e também em camadas de dolomito. Nesta etapa foi possível observar que a palygorskita é de fato o argilomineral dominante nos pelitos, além de aparecer como mineral traço nos níveis dolomíticos. Os dados revelam que os teores de palygorskita tendem a aumentar nas porções superiores do perfil, mostrando uma relação inversamente proporcional com os argilominerais clorita e illita, que têm seus valores diminuídos à medida que ocorre o incremento de palygorskita. A relação entre palygorskita e dolomita também é muito marcante, uma vez que quando o primeiro mineral é dominante, a dolomita aparece como segunda fase mineral mais abundante. Esta relação é acentuada quando os dados de MEV são analisados, pois os dois minerais sempre ocorrem associados. As análises micromorfológicas da palygorskita indicam que sua origem é autigênica, ou seja, que se formou in situ, visto que suas feições não mostram desgaste ou retrabalhamento, eliminando a possibilidade de origem detrítica. Sabe-se que a palygorskita pode ser encontrada associada a rochas carbonáticas e que as condições adequadas à sua formação são clima semi-árido a árido, alta atividade de Si e Mg com disponibilidade de Al e pH alcalino (~8). Estas condições, somadas à assembleia mineralógica, indicam que a concentração de Mg em solução provavelmente foi adequada à precipitação de palygorskita, após a formação da dolomita. Outros fatores, como alteração das condições físico-químicas (incremento de sílica pelo consumo de outros minerais (clorita e illita?)), também podem ter favorecido a precipitação de palygorskita. Além dos resultados observados, os novos dados de DRX mostraram que os horizontes superiores do perfil, aproximadamente 4m de pelitos, são os que apresentam as maiores concentrações de palygorskita. A ocorrência deste mineral parece ser bastante significativa, com teores muito elevados em alguns horizontes, revelando perspectivas de trabalhos futuros relacionados às propriedades industriais deste mineral, a uma melhor quantificação do mesmo e às possibilidades quanto ao aproveitamento econômico

    Paleoambiente, paleogeografia e isótopos de carbono e oxigênio de depósitos carbonáticos miocenos da Plataforma Bragantina, Nordeste do estado do Pará, Brasil

    No full text
    The onset of the Neogene is market by the Oligocene-Miocene transition characterized by sea level global variations that triggered one of the major marine transgressions in the Earth. In Brazil, deposits related to this event are recorded in north equatorial coast with meaningful exposures in eastern Bragantina Platform, north of Pará State. These are composed by carbonate and siliciclastic deposits of the Pirabas Formation corresponding to onshore portion of a shallow carbonate platform. Stratigraphic studies allowed the Pirabas Platform division in inner platform and inner/middle platform. The inner platform is composed by tidal flats and lagoon (shallow and deep) deposits. The tidal flats are characterized by terrigenous dolomudstone, peloidal dolomudstone, boundstone with microbial mats, bioturbated rhythmites, and massive argillite. Shallow lagoon deposits are composed by laminated wackestone/packstone and bioturbated calcimudstone and the deep lagoon are constituted by dolowackstone, massive floatstone with bryozoan and massive wackestone with equinoderms. The inner/middle platform is composed by tidal inlets and bioclastic/front shoal barriers. Tidal flats deposits are constituted by wackestone/packstone with bryozoan, packstone with bryozoan and grainstone with foraminifers and red algae that display low-angle cross stratification. Bioclastic/front shoal barriers are constituted by bafflestone with bryozoan, wackestone/ packstone with Marginopora sp. and terrigenous, packstone/grainstone with foraminifers, and rudstone with bivalves. The platform displays a rich fossiliferous content composed by bryozoan, equinoderms, bivalves, gastropods, benthic and planktonic foraminifers, green and red algae, ostracods, coral fragments fossils; Gyrolithes, Thalassinoids, Sinusichnus trace fossils, this last one made by decapods crustaceous. In the inner platform the faunistic diversity is smaller dominated by bryozoan, planktonic foraminifers, ostracods, and trace fossils, while in the inner/middle platform zone this diversity is higher widely constituted by benthonic foraminifers fossils, bryozoans, bivalves and gastropods. The platform shows variations in the mineralogical content, where the calcite amount is directly related to exposition periods of the inner/middle platform with great carbonate precipitation. On the other hand, the dolomite, quartz, gypsum and pirite are related to progadation periods in the inner platform, with higher evaporation rates and continental influx. Faciological, fossiliferous and mineralogical variations displays that the Pirabas Formation was closely related to sea level variations leading to changes in shoreline recorded in high frequency shallow-upward cycles, with the cycles in the base of succession predominantly retrograditional while in the top are progradational. The chemostratigraphic framework from Pirabas Formation was made by carbon (δ13Ccarb) and oxygen (δ18Ocarb) isotopes, rare earth elements (ETR) and traces. Carbon isotopic ratios reflect a primary isotopic signature with variations of values related to each depositional environment. Oxygen isotopic ratios demonstrate a dispersive pattern related to diagenetic influence. The ETR’s show a homogeneous pattern with enriched concentrations in light ETR’s and heavy ETR’s depletion. Trace elements concentration (Fe, Sr and Mn) is within expected values to carbonate rocks with little influence of diagenesis in the geochemical content. The trend and δ13Ccarb excursion curve coincide with the variations observed in shallow-upward depositional cycles from Pirabas Formation. Intervals related to the sea level rise are marked by the δ13Ccarb ratios close to 0‰ while the intervals of the cycles with negative δ13Ccarb anomalies are linked to sea level falls. Correlations among δ13Ccarb curves from Pirabas Formation and global do not show close covariance, however we suggested that the δ13C purchased reflect, even minimally, the global isotopic excursions that marks the Eomiocene-Mesomiocene interglacial period. The sea level curve variation of Pirabas Formation display intervals similar to the short-term global eustatic curve. However, the bigger frequency of this sea level variations observed in Pirabas Formation probably indicates local tectonic factors interference in the sedimentation. Previous works suggested that the carbonate platform collapse in the Bragantina Platform region was influenced by the siliciclastic influx from Proto-cone of Amazonas River during the Mesomiocene. The comparative analysis of stratigraphic dates from basins and platforms along the coastal eastern portion in Amazon coastal zone suggests that the progressive increase of siliciclastic sedimentation, noted in the upper Pirabas Formation is related to the Barreira Formation progradation, as an answer to the transpressive/transtensive tectonic in Eo/ Mesomiocene due faults reactivations generated in the last thermal subsidence event in the Brazilian coast during the south Atlantic ocean formation.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoA transição Oligoceno-Mioceno, que representa o início do Neógeno, foi marcada por eventos globais de variação do nível do mar, que promoveu uma das maiores transgressões marinhas do planeta. No Brasil depósitos associados a essa transgressão são observados na costa equatorial norte, com significativas exposições na porção leste da Plataforma Bragantina, norte do Pará. Esse registro consiste em depósitos carbonátcos e siliciclásticos da Formação Pirabas, que correspondem a porção onshore de uma plataforma carbonática rasa. Estudos estratigráficos possibilitaram a divisão da Plataforma Pirabas em plataforma interna e interna/intermediária. A plataforma interna é constituída por depósitos de tidal flats e laguna (rasa e profunda). Os tidal flats são caracterizados por dolomudstone com terrígeno, dolomudstone peloidal, boundstone com laminação microbial, ritmito bioturbado e argilito maciço. A laguna rasa é caracterizada por wackestone/packstone laminado e calcimudstone bioturbado e a laguna profunda é constituída por dolowackestone, floatstone maciço com briozoário e wackestone maciço com equinodermos. A plataforma interna/intermediária é composta por depósitos de tidal inlets e barreiras bioclásticas/front shoal. O tidal flats é constituído por wackestone/packstone com briozoário, packstone com briozoário e grainstone com foraminíferos e algas vermelhas que apresentam estratificações cruzadas de baixo ângulo. As barreiras bioclásticas/front shoal são compostas por bafflestone com briozoário, wackestone/packstone com Marginopora sp. e terrígenos, packstone/grainstone com foraminíferos e rudstone com bivalve. A plataforma apresenta rico conteúdo fossilífero, composto principalmente por fósseis de briozoários, equinodermos, bivalves, gastrópodes, foraminíferos bentônicos e planctônicos, algas verdes e vermelhas, ostracodes, fragmentos de corais, traços fósseis de Gyrolithes, Thalassinóides e Sinusichnus, estes últimos traços fósseis de crustáceos decápodes. Na plataforma interna a diversidade faunística é menor com predomínio de briozoários, foraminíferos planctônicos, ostracodes e traços fósseis, enquanto que na zona de plataforma interna/intermediária a diversidade faunística é maior, e constituída em grande parte por fósseis bentônicos de foraminíferos, briozoários, bivalves e gastrópodes. A plataforma mostra uma variação no conteúdo mineralógico, com a quantidade de calcita diretamente relacionada a períodos de expansão da plataforma interna/intermediária com maior precipitação carbonática. Por outro lado, as proporções de dolomita, quartzo, gipsita e pirita estão diretamente associadas a períodos de progradação da plataforma interna, relacionada a maior taxa de evaporação e influxos continentais. As variações faciológicas, fossilíferas e mineralógicas mostram que a deposição da Formação Pirabas foi diretamente associada a variações do nível do mar, que proporcionou intensas mudanças na linha de costa, registrada em ciclos de raseamento ascendentes de alta frequência, que nas porções basais da sucessão mostram-se predominantemente retrogradantes, enquanto que nas porções superiores são mais progradantes. O arcabouço quimiostratigráfico da Formação Pirabas foi construído a partir de isótopos de carbono (δ13Ccarb) e oxigênio (δ18Ocarb), elementos terras raras e traços. As razões isotópicas de carbono refletem assinatura isotópica primária e os valores de δ13Ccarb variam em função de cada ambiente deposicional. As razões de δ18Ocarb apresentam um padrão dispersivo e os valores mostram influenciados diagenética.. Os ETR’s mostram um padrão homogêneo, com concentrações enriquecidas em ETR’s leves e depleção nos ETR’s pesados. A concentração dos elementos traços (Fe, Sr e Mn) está dentro dos valores esperados para rochas carbonáticas com influência mínima da diagênese no conteúdo geoquímico. As tendências e excursões da curva de δ13Ccarb coincidem com as variações observadas nos ciclos deposicionais de raseamento ascendente da Formação Pirabas. Os intervalos relacionados ao aumento do nível do mar são marcados por razões de δ13Ccarb próximas a 0‰, já as os intervalos dos ciclos relacionados a queda do nível do mar são marcadas por anomalias negativas de δ13Ccarb. A correlação entre as curvas de δ13C da Formação Pirabas e global não mostrar estreita covariância, no entanto é possível sugerir que os valores de δ13C obtidos da sucessão estudada refletem, mesmo que minimamente, as excursões isotópicas globais observadas no período interglacial do Eomioceno ao Mesomioceno. A curva de variação do nível do mar da Formação Pirabas apresenta intervalos semelhantes à curva de eustática global de curta duração. No entanto, a maior frequência dessas variações do nível do mar, observadas na curva eustática da sucessão estudada, indica uma provável interferência de fatores tectônicos locais na sedimentação. Trabalhos anteriores sugeriram que o colapso da plataforma carbonática na região da Plataforma Bragantina foi influenciado desenvolvimento pelo influxo siliciclástico do Proto-cone do rio Amazonas durante o Mesomioceno. A análise comparativa dos dados estratigráficos das bacias e plataformas localizadas ao longo da porção leste da zona costeira da Amazônia sugere que aumento progressivo da sedimentação siliciclástica, observada no topo da Formação Pirabas está relacionada com a progradação da Formação Barreiras, em resposta tectônica transpressiva/transtensiva do Eo/Mesomioceno, devido reativações de falhas geradas no último evento de subsidência térmica na costa brasileira durante a formação do Atlântico Sul

    Mineralogy and geochemistry of occurrence of palygorskite of Alcântara, S. Luís-Grajaú basin, Maranhão, Brazil

    No full text
    The Alcântara Formation (S. Luis-Grajaú Basin, Alcântara region, northern Brazil) is mainly constituted by mudstones, sandstones and limestones. These lithotypes represent a progradacional succession of lagun/washover and tidal channel deposits that overlap huge shoreface deposits. The main purpose of this work is to carry out a mineralogical and geochemical characterization of the clay minerals association related to the pelitic rocks of the Alcantara Formation, specially the known palygorskite occurrences. One geological profile was sampled (eight samples) and described at the Baronesa beach (Alcântara city). The samples were submitted to mineralogical and chemical analysis by means of the following techniques: X-ray diffraction, X-ray fluorescence, thermal analysis (TG-DTA) and scanning electron microscopy. The results showed that the Baronesa Beach profile is mainly composed by sandstones at the base, followed by mudstones with intercalations of limestones. A wide clay mineral assemblage was described in a lagoon environment, with different contents of palygorskite, chlorite, illite, smectite and traces of kaolinite. Small amounts of dolomite, calcite and feldspars were also observed. The genesis of these minerals assemblage are mainly related to arid to semi-arid climatic conditions during the deposition period, with high evaporation rates. Two generations of palygorskite were described: (1) white macroscopic accumulations easily observed in the field and frequently described in the literature; and (2) massive accumulation, as the dominant mineral, in the upper muddy levels of the Baronesa Beach profile. This second generation is described for the first time in this work, and may constitute metric levels with potential economic interest.A Formação Alcântara (bacia de São Luis-Grajaú, região de Alcântara, MA) é constituída por pelitos, arenitos e dolomitos. Esses litotipos representam uma sucessão progradacional de depósitos de laguna/washover e canal de maré sobrepondo-se a depósitos de shoreface gerados por processos de tempestade. O presente trabalho tem como objetivo principal à caracterização mineralógica e geoquímica dos argilominerais que ocorrem nos níveis pelíticos da Formação Alcântara, especialmente a palygorskita. Foi descrito e amostrado um perfil geológico na praia da Baronesa, na cidade de Alcântara, MA, no qual foram coletadas 8 amostras, que após a preparação em laboratório, foram submetidas a análises mineralógicas e químicas por difração de raios X, fluorescência de raios X, análises térmicas e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados mostraram que o perfil da praia da Baronesa é composto por arenitos na base, seguido de pelitos dominantes, com intercalações de dolomitos. Nos pelitos, foram descritos uma ampla assembléia de argilominerais, em ambiente lagunar, com variações no conteúdo de palygorskita, clorita, illita, esmectita e traços de caulinita. Observam-se ainda traços de dolomita, calcita e feldspatos. Os teores de palygorskita e dolomita (níveis dolomíticos) são acentuados, sugerindo que as condições climáticas durante o período de deposição foram áridas a semi-áridas. Duas gerações de palygorskita foram descritas: uma na forma de bolsões ou acumulações macroscópicas nos níveis pelíticos ricos em esmectita, freqüentemente descritas na literatura, e outra na forma maciça, como o mineral dominante dos níveis pelíticos superiores do perfil da praia da Baronesa. Essa segunda geração está sendo descrita pela primeira vez, neste trabalho, podendo constituir em níveis métricos e que podem revelar interesse econômico

    Sequence stratigraphy and chemostratigraphy of an Ediacaran-Cambrian foreland-related carbonate ramp (Bambuí Group, Brazil).

    No full text
    In the terminal Neoproterozoic, drastic climate changes associated with biological innovations are coupled to isotope and elemental geochemical anomalies. However, lateral variability and local depositional controls may affect global geochemical signals, which can only be tracked through a proper stratigraphic/paleogeographic assessment. Here, we investigate the sequence stratigraphy and chemostratigraphy of the basal units of the Bambuí Group, central-east Brazil. This stratigraphic unit records a foreland basin system developed during the Ediacaran-Cambrian West Gondwana assembly and represents a 1st-order sequence, in which the two lowermost 2nd-order sequences record major geochemical disturbances. The first 2nd-order sequence started with the deposition of a transgresive systems tract, possibly in a postglacial scenario, which accompanies a negative-topositive δ13Ccarb excursion. The early highstand systems tract represents the establishment of a marine carbonate ramp throughout the basin. In terms of chemostratigraphy, it corresponds to a δ13Ccarb plateau close to 0‰ and Sr/Ca ratios around 0.001. The late highstand stage coincides with a remarkable increase in Sr content and Sr/Ca ratios at basinal scale. Occurrences of the Cloudina sp. late Ediacaran index fossil were reported in this stage. An erosional unconformity associated with a dolomitic interval, locally including subaerial exposure features, marks the top of the first 2nd-order sequence. This sequence boundary heralds an abrupt increase in δ13Ccarb values, up to +14‰. These extremely high δ13Ccarb values and high Sr/Ca ratios persist throughout the overlying sequence, as a result of progressive and enhanced restriction of the foreland basin system. Basin restriction at this stage has implications for the paleontological and chemostratigraphic record of epicontinental basins of the West Gondwana in the terminal Ediacaran. Late Ediacaran Sr-rich intervals in these basins show unusually nonradiogenic 87Sr/86Sr ratios, which may represent local depositional controls and deviations from the modern oceanographic models. Physiographic barriers and stressful conditions likely represented extreme environments for metazoan colonization

    Carcharhiniformes and Rajiformes of the Pirabas Formation.

    No full text
    <p>A-F. †<i>Negaprion eurybathrodon</i> (A-B: MPEG-182-V; C-D: MPEG-787-V; E-F: MPEG-1542-V). G-J. †<i>Sphyrna arambourgi</i> (G-H: MPEG-1144-V; I-J: MPEG-1543-V). K-R. †<i>Sphyrna</i> cf. <i>S</i>. <i>laevissima</i> (K-L: DGM-DNPM-654-P; M-N: MPEG-1838-V; O-P: MPEG-278-V; Q-R: MPEG-811-V). S-V. <i>Rhynchobatus</i> sp. (S-T: MPEG-1951-V; U-V: MPEG-1950-V). W-Y. <i>Pristis</i> sp. (W: MPEG-1873-V; X: MPEG-1874-V; Y: MPEG-1873-V). View: labial (A, C, E, H, J, L-M, P, R, U), lingual (B, D, F-G, I, K, N-O, Q), posterior-occlusal (S), anterior-basal (T), occlusal (V), dorsal (W-Y).</p

    Myliobatiformes of the Pirabas Formation.

    No full text
    <p>A-B. <i>Taeniura</i> sp. (MPEG-1981-V). C-H. †<i>Aetomylaeus cubensis</i> (C-E: MPEG-1762-V, F-H: MPEG-1726-V). I-N. <i>Aetomylaeus</i> sp. (I-K: MPEG-1723-V; L-N: MPEG-1774-V). O-Q. Myliobatoidea Indet. (MPEG-1736-V). R-X. <i>Rhinoptera</i> sp. (R-T: MPEG-982-V; U-V: MPEG-1866-V; W-X: MPEG-1860-V). Y-Z. Myliobatiformes Indet. (Y: MPEG-1845-V; Z: MPEG-1755-V).</p

    Paleogeographic range of †<i>Carcharhinus ackermannii</i> Santos and Travassos 1960 [23] from both Pirabas and Cantaure formations.

    No full text
    <p>Schematic reconstruction modified from [<a href="http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0182740#pone.0182740.ref028" target="_blank">28</a>,<a href="http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0182740#pone.0182740.ref142" target="_blank">142</a>–<a href="http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0182740#pone.0182740.ref148" target="_blank">148</a>]. Reprinted from [<a href="http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0182740#pone.0182740.ref028" target="_blank">28</a>,<a href="http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0182740#pone.0182740.ref142" target="_blank">142</a>] under a CC BY license, with permission from Aguilera O. and Schwarzhans W., original copyright 2016 and 2013 respectively (<a href="http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0182740#pone.0182740.s003" target="_blank">S3 Appendix</a>).</p

    Carcharhiniformes of the Pirabas Formation.

    No full text
    <p>A-F. †<i>Galeocerdo mayumbensis</i> (A-B: MPEG-1710-V; C-D: MPEG-177-V; E-F: MPEG-1854-V). G-L. <i>Rhizoprionodon</i> sp. (G-H: MPEG-1707-V; I-J: MPEG-1708-V; K-L: MPEG-1837-V). M-R. †<i>Carcharhinus ackermannii</i> (M-N: MPEG-1131-V; O-P: MPEG-1133-V; Q-R: MPEG-824-V). S. †<i>Carcharhinus gibbesii</i> (MGM-DNPM-969-P). T-W. <i>Carcharhinus perezi</i> (T-W: MPEG-1836-V). X-Z. <i>Carcharhinus</i> sp. (X: MPEG-842-V; Y: MPEG-1928-V; Z: MPEG-1927-V). View: labial (A, D-E, H-I, L, N-O, R-T, V), lingual (B-C, F-G, J-K, M, P-Q, V, W-Z).</p

    Myliobatiformes of the Pirabas Formation.

    No full text
    <p>A-C. cf. <i>Dasyatis</i> sp. (MPEG-1977-V). D-S. cf. <i>Himantura</i> sp. (D-F: MPEG-1959-V; G-I: MPEG-1960-V; J-L: MPEG-1968-V; M-O: MPEG-1958-V; P-Q: MPEG-1967-V; MPEG-1961-V). T-Y. <i>Taeniura</i> sp. (T-V: MPEG-1980-V; W-Y: MPEG-1982-V). View: labial (C, E, H, K, N, Q, T, X), lingual (V), basal (L), Profile (F, I, S), occlusal (A-B, D, J, M, P, R, U, Y), occlusal-profile (G), anterior-basal (O, W).</p
    corecore