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Fluências Verbais e Funcionamento Executivo em Idosos Institucionalizados do Distrito de Coimbra
Contexto: As fluências verbais (FV) podem ser consideradas marcadores do funcionamento executivo (FE) e as investigações mostram que as duas se associam. Faltam estudos com idosos portugueses nestes domínios e dos aspetos que se lhe associam.
Objetivos: Descrever as pontuações médias das FV e suas componentes (agrupamento e alternância) e do FE; analisar a relação entre as FV e suas componentes e as variáveis sociodemográficas; 3) analisar a relação entre as FV e suas componentes e as FE, controlando as variáveis sociodemográficas; 4) analisar a relação entre as FV e suas componentes e as variáveis emocionais e 5) explorar o papel preditivo das variáveis com as quais tenhamos encontrado associações significativas para as FV e suas componentes.
Metodologia: Utilizando uma amostragem de conveniência, foram inquiridos 256 idosos, com idades compreendidas entre os 65 e os 100 anos, 72,3% eram mulheres: a maioria tinha companheiro (56,5%), baixa escolaridade (67,7%) e profissão essencialmente manual (85,2%). As FV foram avaliadas foneticamente (letras P, M, R) e semânticamente (animais e alimentos); as FV foram avaliadas com a Frontal Assessment Battery (FAB); os sintomas depressivos por meio do Geriatric Anxiety Inventory (GDS); os sintomas ansiosos por meio do Geriatric Anxiety Inventory (GAI) e para avaliar a satisfação com a vida utilizou-se a Satisfaction With Life Scale (SWLS).
Resultado: Os valores médios nas fluências fonémicas totais foram de 4,13 (DP = 2,81) e na semântica de 7,64 (DP = 3,47). As FV e a componente alternância, foram significativamente diferentes nos grupos definidos pela escolaridade e pela profissão. As fluências e a alternância correlacionam-se de forma significativa com o FE. Comprovámos também que a fluência fonémica e semântica apresentam correlações significativamente com o GDS; a fonémica também se correlaciona com o PANAS negativo, a alternância apresenta correlações com todas as variáveis emocionais, exceto com o SWLS. Conclusão: Sendo a avaliação do funcionamento executivo importante para o diagnóstico precoce de do declínio frontal, saber quais as variáveis que se lhe associam é importante para a reabilitação cognitiva./ Background: The verbal fluencies (VF) can be considered markers of executive functioning (EF) and investigations show that the two are associated. There is a gap in Portuguese studies with elderly in these areas and aspects associated.
Objectives: To describe the average scores of VF and its components (clustering and switching) and EF; analyze the relationship between the VF and its components and sociodemographic variables, 3) analyze the relationship between the VF and its components and the EF, controlling sociodemographic variables; 4) analyze the relationship between the VF and its components and emotional variables; and 5) explore the role of predictive variables which we found significant associations for VF and its components.
Methodology: Using a convenience sample, we questioned 256 elderly people with 65 to 100 years old, 72.3% were women, most had a partner (56.5%), low education (67.7%) and mainly a manual profession (85.2%). The VF were evaluated phonetically (letters P, M, R), and semantically (animals and food); the VF were evaluated with the Frontal Assessment Battery (FAB); depressive symptoms with the Geriatric Anxiety
Inventory (GDS), the anxiety symptoms through the Geriatric Anxiety Inventory (GAI), and to assess satisfaction with life we used the Satisfaction With Life Scale (SWLS).
Results: The phonemic means total scores were 7.64 (SD = 3.47). The VF and switching component, were significantly different between the groups defined by education and profession. The fluencies and the switching correlate significantly with the EF. We also confirmed that phonemic and semantic fluencies have significantly correlations with GDS, the phonemic also correlates with the negative PANAS, switching shows correlation with all the emotional variables, except with the SWLS.
Conclusion: Since the assessment of executive functioning is important for early diagnosis of frontal decline, knowing which variables associate with executive functioning are important for cognitive rehabilitation
Trauma, dissociação e psicopatologia em reclusos
É conhecida a presença de trauma e dissociação, e psicopatologia na população reclusa (e.g., Cima, 2003; Moskowitz, Barker-Collo e Ellson, 2005; Spitzer et al., 2003). Ao longo do processo adaptativo no cumprimento das suas penas, os reclusos apresentam algumas manifestações comportamentais ligadas a problemas de auto- estima, a sintomatologia ansiosa, depressiva e dissociativa, bem como a amnésia dissociativa associada a acontecimentos traumáticos (Gonçalves e Machado, 2005). A população reclusa representa uma população de risco quanto a experiências dissociativas, embora não haja uma associação clara ente a dissociação e determinados tipos de crimes (e.g., Spitzer et al., 2003). É também consensual que esta população tem mais tendência para simular sintomas de forma a justificar o passado criminal, sendo frequente encontrar simulação no desempenho de testes (Simões, 2010). Verifica- se ainda relação entre o abuso implementado às crianças e o seu posterior comportamento criminal, associado maioritariamente aos homens e aos agressores violentos (e.g., Widom e Ames, 1994). Nos vários estudos, não têm sido analisados os tipos de trauma, nem distinguida a psicopatologia por tipos de crime. Assim, foi objetivo desta investigação verificar o nível de experiências dissociativas, traumáticas e sintomas psicopatológicos em reclusos; verificar se há diferenças considerando a gravidade criminal (GC); e analisar se existem relações entre as experiências dissociativas, traumáticas e sintomas psicopatológicos nesta população
Dialogues with parents: welcoming, listening, empowering
info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Envelhecimento e funcionamento cognitivo: o papel da escolaridade e profissão
Inquirimos 558 idosos institucionalizados para analisar a influência do nível educacional e da profissão no funcionamento cognitivo global, amnésico, atencional, linguístico e executivo. Os idosos escolarizados pontuaram significativamente mais alto em todas as funções cognitivas. Os idosos com profissões intelectuais tiveram também medias mais altas em todas as funções cognitivas, exceto na atenção e nas funções executivas. Houve diferenças significativas entre idosos com escolaridade-‐profissões intelectuais, idosos com escolaridade---profissões manuais e idosos sem escolaridade-‐profissões manuais em todas as funções cognitivas, exceto na atenção. Conclui-‐se que a escolaridade tem um papel no envelhecimento cognitivo dependente da profissão que a pessoa exerceu ao longo da vida. As profissões que estimulam intelectualmente protegem contra o declínio das funções cognitivas vulneráveis ao envelhecimento cerebral
O impacto dos sintomas depressivos no défice cognitivo em idosos institucionalizados
Os sintomas depressivos relacionam-se com o défice cognitivo em idosos, mostrando várias investigações que os doentes com sintomas depressivos perdem algumas competências cognitivas, como a sua concentração, atenção, dificuldades de memória, aprendizagem, fluência verbal e funções executivas (Ávila e Bottino, 2006; Chodosh, Reuben, Albert e Karlamangla, 2007; Crocco e Loewenstein, 2010; Gotlib e Joormann, 2010). Os sintomas depressivos e o défice cognitivo constituem risco para a demência (Mariani, Monastero e Mecocci, 2007), mas, pela análise da literatura não fica claro se os sintomas depressivos aumentam o risco para o défice cognitivo (Ganguli, Du, Dodge, Ratcliff e Chang, 2006; Gotlib e Joormann, 2010). Os objetivos do estudo são, assim, avaliar a prevalência dos sintomas depressivos em idosos institucionalizados com e sem défice cognitivo, verificar a relação entre sintomas depressivos e défice cognitivo e o impacto dos sintomas depressivos no défice cognitivo, controlando o potencial papel das variáveis sociodemográficas na análise preditiva
O impacto dos sintomas depressivos no défice cognitivo em idosos institucionalizados
Os sintomas depressivos relacionam-se com o défice cognitivo em idosos, mostrando várias investigações que os doentes com sintomas depressivos perdem algumas competências cognitivas, como a sua concentração, atenção, dificuldades de memória, aprendizagem, fluência verbal e funções executivas (Ávila e Bottino, 2006; Chodosh, Reuben, Albert e Karlamangla, 2007; Crocco e Loewenstein, 2010; Gotlib e Joormann, 2010). Os sintomas depressivos e o défice cognitivo constituem risco para a demência (Mariani, Monastero e Mecocci, 2007), mas, pela análise da literatura não fica claro se os sintomas depressivos aumentam o risco para o défice cognitivo (Ganguli, Du, Dodge, Ratcliff e Chang, 2006; Gotlib e Joormann, 2010). Os objetivos do estudo são, assim, avaliar a prevalência dos sintomas depressivos em idosos institucionalizados com e sem défice cognitivo, verificar a relação entre sintomas depressivos e défice cognitivo e o impacto dos sintomas depressivos no défice cognitivo, controlando o potencial papel das variáveis sociodemográficas na análise preditiva
Diferenças sintomáticas, neuropsicológicas e sociodemográficas entre idosos com doença de alzheimer e idosos com depressão
Envelhecer tende a envolver problemas como a depressão e perdas cognitivas. É nesta fase tardia da vida que o idoso pode adquirir a noção de incapacidade e limitação (Aalten et al., 2008; Fontaine, 2000; Marchand, 2001; Rosenberg et al., 2010; Rosness Barca y Engedal, 2010), noção que pode ser maior com as sucessivas alterações causadas pela demência (Rasking, 1998), e que pode implicar um risco acrescido de desenvolver depressão (Beck, Rush, Shaw e Emery, 1997; Davim, Torres, Dantas e Lima, 2004; Stella, Gobbi, Corazza e Costa, 2002). Os próprios episódios depressivos são vistos como fatores de risco para o desenvolvimento posterior do processo demencial (Rasking, 1998). A depressão leva provisoriamente a uma alteração das funções cognitivas, dificultando o diagnóstico diferencial entre depressão e demência (Fleck et al., 2002). Estudos desenvolvidos nesta área concluíram que 50% dos indivíduos com depressão evoluíram para um quadro demencial (Rasking, 1998) e que a relação existente entre demência e depressão era recíproca e pronunciava-se de diferentes formas (Stoppe, 1997). Resumindo, o diagnóstico diferencial entre depressão e demência é complicado pelo défice cognitivo presente na depressão e pelos sintomas depressivos comuns na demência. Assim, a diferenciação sintomática reveste-se de grande importância nesta distinção (Aalten et al., 2008; Bryant, 2000; Rasking, 1998; Rosness et al., 2010). O objetivo deste estudo consiste em verificar quais as diferenças sintomáticas, neuropsicológicas e sociodemográficas entre a doença de Alzheimer (DA) e a depressão em idosos
Funções executivas e sintomas de ansiedade: estudo em idosos sob resposta social
A idade avançada caracteriza-se por várias mudanças psicológicas/biológicas, entre as quais se incluem mudanças do funcionamento cognitivo (Salthouse, 2009), em particular, alterações do funcionamento executivo, e ainda mudanças emocionais, incluindo a manifestação de sintomas ansiosos (Bryant, Jackson, e Ames, 2008; Segal, June, Payne, Coolidge, e Yochim, 2010). As funções executivas (FE) consistem num conjunto de processos que controlam/regulam atividades cognitivas mais simples e comportamentos dirigidos para objetivos dependentes da integridade dos lobos frontais (Lezak, Howieson, Loring, Hannay, e Fische, 2004) e, talvez por isso, o declínio das FE pode ser um marcador prodrómico importante demencial (Pereira, Yassuda, Oliveira, e Forlenza, 2008; Salthouse, Atkinson, e Berish, 2003). Por isso conhecer os correlatos das FE é importante para a implementação de programas de reabilitação. Tal como as FE, os transtornos/sintomas ansiosos parecem remeter essencialmente para o mal-funcionamento de estruturas pré-frontais (Ferrari, Busatto, McGuire, e Crippa, 2008). Segundo Sinoff e Werner (2003), a ansiedade é também indissociável da perda de memória e a sua presença é também um indicador precoce para declínio cognitivo futuro. De facto, vários estudos mostram que os sintomas ansiosos (SA) se relacionam com o declínio cognitivo (DC) (Beaudreau e O’Hara, 2008; Pietrzak et al., 2012). No entanto, se a relação entre ansiedade e défice executivo (DE), devido à partilha anatómica, é teoricamente aceite, empiricamente a investigação tem sido inconclusiva (Alansari, 2004). Assim, são objetivos do nosso estudo, averiguar a prevalência de DE e dos SA, verificar se há relação entre DE e SA, analisar outras associações potenciais com o DE e estudar o papel preditivo de variáveis relevantes no DE
Memória a curto-prazo em idosos em lar e em centro de dia
O processo de envelhecimento caracteriza-se por alterações, incluindo a degradação em diferentes funções cognitivas entre elas a memória. Aliás, a centralidade do prejuízo/declínio da memória com o envelhecimento é rapidamente verificada se considerarmos que entre os défices cognitivos referidos num dos critérios de diagnóstico de demência do Manual Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR; American Psychiatric Association [APA], 1994) é precisamente o défice/prejuízo da memória o primeiro a ser referenciado, “podendo ser acompanhado por pelo menos uma das seguintes perturbações cognitivas: afasia, apraxia, agnosia ou perturbação/prejuízo nas funções executivas” (DSM-IV-TR, p. 135)
Dialogues with parents: a parental support and empowerment program based on the Touchpoints Model
“Dialogues with Parents-welcoming, listening, and empowering” aimed to understand the impact of an innovative approach supporting parents with identified social/emotional vulnerabilities. Program goals included the promotion of positive parenting, the expansion of parents' knowledge and skills, and the enhancement of parent–child interactions. Based on the Brazelton Touchpoints Developmental-Relational Frameworks, the program applied strength-based assumptions and relationship-based practices to underpin empathic and collaborative relationships with families, seeking to strengthen their confidence in parenting. Two modalities were offered with a modular structure from prenatal–newborn to 6 years. Both included 10 modules, one in which the same group of parents carried out the complete sequence of sessions (Continuous Group) and a second in which parents selected one Touchpoint according to their needs and “drop in” to the session(s) of their choice (Touchpoints 1 by 1 Group). Data were gathered through satisfaction questionnaires at the end of each encounter. A focus group was also held with parents from the Continuous Group. The difference between applications (248) and total participation (99) indicates that parent's interest in participating is high but only a third managed to join the groups. Nevertheless, the results were very positive, highlighting the quality of the Touchpoints approach and program implementation, namely its impact on improving parents' understanding of children's development and of their own role in parenting. Parents particularly valued the opportunity to actively participate in the encounters and, in the Continuous Group, the usefulness of the encounters for themselves as a person and as parents