19 research outputs found

    Bactérias tolerantes a taninos obtidas de vacas mestiças Holandês x Zebu

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    The objective of this work was to isolate and characterize tannin-tolerant ruminal bacteria from crossbred Holstein x Zebu cows fed a chopped mixture of elephant grass (Pennisetum purpureum), young stems of "angico-vermelho" (Parapiptadenia rigida), and banana tree (Musa sp.) leaves. A total of 117 bacteria strains were isolated from enrichment cultures of rumen microflora in medium containing tannin extracts. Of these, 11 isolates were able to tolerate up to 3 g L-1 of tannins. Classical characterization procedures indicated that different morphological and physiological groups were represented. Restriction fragments profiles using Alu1 and Taq1 of 1,450 bp PCR products from the 16S rRNA gene grouped the 11 isolates into types I to VI. Sequencing of 16S rRNA PCR products was used for identification. From the 11 strains studied, seven were not identifiable by the methods used in this work, two were strains of Butyrivibrio fibrisolvens, and two of Streptococcus bovis.O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar bactérias ruminais tolerantes a taninos obtidas de vacas mestiças Holandês x Zebu alimentadas com dieta composta por capim-elefante (Pennisetum purpureum) picado com ramos novos de angico-vermelho (Parapiptadenia rigida) e folhas de bananeira (Musa sp.). Um total de 117 cepas bacterianas foram isoladas a partir de cultivos de enriquecimento da microbiota ruminal em meio contendo extrato de taninos. Destas, 11 foram capazes de tolerar até 3 g L-1 de taninos. Procedimentos clássicos de caracterização indicaram que diferentes grupos, morfológicos e fisiológicos, estavam representados. Perfis dos fragmentos de restrição com Alu1 e Taq1 dos produtos de PCR de 1.450 bp do gene 16S rRNA agruparam os 11 isolados nos tipos I a VI. O sequenciamento dos produtos PCR 16S rRNA foi utilizado para identificação. Das 11 estirpes estudadas, sete não foram identificáveis pelos métodos utilizados neste trabalho, duas eram estirpes de Butyrivibrio fibrisolvens e duas de Streptococcus bovis

    Caracterização química de espécies forrageiras tropicais utilizadas na alimentação de ruminantes

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    -Algumas características químico-bromatológicas inerentes às forrageiras tropicais comprometem o seu valor nutritivo e também contribuem para o baixo desempenho dos bovinos em regime de pastejo. Os ácidos p-cumárico e ferúlico, principais ácidos fenólicos presentes em plantas (lignina non-core), estão associados aos componentes da parede celular através de ligações éster ou éter, podendo influenciar negativamente a digestibilidade das forrageiras. Neste trabalho propomos um método por cromatografia líquida de alta eficiência para separação de quatro ácidos orgânicos: ferúlico (FER), p-cumárico (CUM), cafeico (CAF) chiquímico (CHI) e quantificação dos ácidos ferúlico e p-cumárico em forrageiras tropicais. As medidas foram realizadas no HPLC Agilent 1100 series, detector UV-VIS MWD, injetor manual (20 microlitros) e coluna de RP C-18 Zorbax ODS. A composição e fluxo da fase móvel e comprimento de onda para detecção foram parâmetros estudados na otimização do método. Foram testados diferentes solventes orgânicos (metanol, acetonitrila, tetraidrofurano) e soluções aquosas em diferentes valores de pH (soluções de ácido fosfórico, ácido acético, tampão acetato e tampão fosfato). A melhor condição foi obtida com eluição isocrática, usando como fase móvel acetonitrila/metanol/solução de H3PO4 pH 2,0 (10:12,5:77,5), fluxo de 1,0 mL/min e detecção em 236 nm. Avaliou-se repetibilidade, reprodutibilidade, linearidade e sensibilidade do método. As amostras foram tratadas com solução NaOH 1 mol/L por 24 h em banho ultratermostático a 20 C. Nestas condições, somente os ácidos ferúlico e p-cumárico éter-ligados à parede celular são extraídos. A curva analítica foi linear na faixa de 5,00 a 25,00 mg/L para os quatro ácidos, apresentando os seguintes coeficientes de correlação: 0,9995 (CHI), 0,9999 (CAF), 0,9999 (CUM) e 0,9999 (FER). O limite de detecção e o limite de quantificação foram respectivamente 0,20 mg/L e 0,68 mg/L para o CHI; 0,19 mg/L e 0,63 mg/L para o CAF; 0,25 mg/L e 0,83 mg/L para o CUM; e 0,28 mg/L e 0,92 mg/L para o FER. Foram analisadas amostras fortificadas com padrão dos ácidos cujos valores de recuperação variaram de 82% a 100% para o CUM e de 84% a 104% para o FER. O método proposto foi aplicado a amostras de forrageiras (Braquiária, Mombaça, Florona), sendo analisadas as frações colmo e folha. Os resultados obtidos para essas amostras variaram de 4,04 a 5,63 mg/g matéria seca para ácido ferúlico e de 5,52 a 8,94 mg/g matéria seca para ácido p-cumárico. A metodologia proposta apresentou boa linearidade e baixos limites de detecção e quantificação para os analitos. A recuperação média obtida nas amostras fortificadas com padrões dos ácidos foi de 93% para o CUM e 97% para o FER. O método proposto pode ainda ser adaptado para análise dos ácidos chiquímico e cafeico em outras matrizes

    Marcadores externos para estimativa de consumo por vacas leiteiras em confinamento

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    A determinação acurada do consumo individual é um dos parâmetros importantes para avaliação do valor nutritivo dos alimentos e permite o fornecimento adequado de alimentos, conforme as exigências nutricionais de cada animal. Quando há impossibilidade da realização por meio do método direto, coleta de todas as fezes produzidas pelo animal, o consumo poderá ser estimado a partir da produção fecal estimada por indicadores e da digestibilidade in vitro da dieta. Foi objetivo deste estudo avaliar os indicadores externos dióxido de titânio (TiO2) e hidroxifenilpropano enriquecido e modificado (LIPE®) nas estimativas de consumo de matéria seca (MS). Foram utilizadas quatro vacas multíparas Holandês x Gir com média de 60 dias em lactação e 488 kg de peso corporal. Os animais foram alojados em estábulo tipo free stall e alimentados com dietas à base de silagem de cana-de-açúcar suplementada com concentrado composto de milho moído, farelo de algodão e 0%, 5%, 10% e 15% de caroço de algodão (base da MS). Adotou-se delineamento quadrado latino 4 x 4. O consumo foi determinado pela razão entre a produção fecal estimada pelos indicadores e o inverso da digestibilidade in vitro da MS, sendo as fezes coletadas diretamente na ampola retal, duas vezes por dia, por um período de sete dias. Não houve diferença (P>0,05) nos consumos estimados pelos indicadores TiO2 e LIPE® (10,3 vs 12,1; 11,1 vs 12,5; 10,2 vs 12,9; e 12,7 vs 10,9 kg/vaca/dia de MS em relação ao consumo mensurado, para as dietas com 0%, 5%, 10% e 15% de inclusão do caroço de algodão, respectivamente). Os indicadores externos LIPE® e TiO2 mostraram-se adequados para estimar a produção fecal e o consumo das vacas, independente da dieta oferecida, ambos mostraram que podem ser indicadores externos substituto do óxido crômico, pois, as estimativas de consumo fornecidas por eles não diferiram (P>0,05) do consumo observado no cocho

    Subprodutos agroindustriais na ensilagem de Pennisetum purpureum/ Agroindustrial by-products in Pennisetum purpureum silage

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    Objetivou-se avaliar o efeito da inclusão de níveis crescentes (0, 5, 10, 15 e 20%) de polpa cítrica peletizada (PCP) e melaço em pó (MP) na ensilagem de capim-elefante. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 10 tratamentos e cinco repetições. Determinou-se o conteúdo de matéria seca (MS), teores de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA), lignina (LIG), proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA), carboidratos solúveis (CS), potencial hidrogeniônico (pH), nitrogênio amoniacal (N-NH3), perdas por efluentes (PE), perdas por gases (PG) e recuperação da matéria seca (RMS). Foram observados efeitos dos níveis de inclusão da PC e do MP sobre a massa de forragem ensilada. A PCP promoveu aumento de MS e CS, diminuição de FDN, FDA e LIG, e efeito quadrático para a PB. Observou-se redução na PE e PG, resultando em maior RMS com a inclusão deste aditivo. O MP aumentou o teor de MS e diminuiu a FDN, FDA e LIG linearmente. Entretanto, este aditivo promoveu aumento na PE e menor RMS. A PC proporcionou efeitos positivos sobre a silagem e sua inclusão até 10% melhora a qualidade nutricional e evita a redução do teor proteico do material. Por outro lado, o MP apresentou efeitos negativos sobre o teor proteico, perda por EFLU e produção de N.NH3, porém aumentou os teores de MS e CS, bem como as perdas via gás

    Árvores de Baginha (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) em Ecossistemas de Pastagens Cultivadas na Amazônia Ocidental

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    Foi estudado o efeito de árvores isoladas de baginha (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) sobre alguns aspectos do ecossistema de pastagens cultivadas na Amazônia Ocidental. Avaliaram-se, sob a copa das árvores e na área adjacente a pleno sol, a fertilidade do solo, a serapilheira, o teor de água no solo, a transmissão de luz ao pasto, a disponibilidade de forragem e as composições química e morfológica das gramíneas (mistura de Brachiaria decumbens e B. brizantha cv. Marandu). As árvores de baginha tiveram efeito positivo sobre a fertilidade do solo, notadamente com relação ao conteúdo de matéria orgânica e de nitrogênio, sendo a deposição de grande quantidade de serapilheira, rica em nitrogênio, a principal contribuição. A forragem sombreada apresentou maiores teores de N e K e menores de Ca, na fração folha verde, do que em áreas a pleno sol. As árvores de baginha apresentaram copa pouco densa, permitindo a transmissão de 27% da radiação fotossinteticamente ativa incidente ao meio-dia. A elevada cobertura do solo (superior a 85%) e a boa disponibilidade de forragem sob a copa da baginha, juntamente com outros atributos, confirmam o potencial desta leguminosa para arborização de pastagens e como componente de outras modalidades de sistemas silvipastoris no trópico úmido

    Diferimento de capim-buffel no Norte de Minas: produção, composição química e degradabilidade in situ

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    Objetivou-se avaliar os efeitos da vedação durante a estação de crescimento sobre o acúmulo de forragem e o valor nutritivo do capim-buffel (Cenchrus ciliaris cv. Malopo) para utiliza ção na estação seca. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com três repetições, em esquema de parcela subdividida estudando-se três épocas de vedação na parcela (janeiro, fevereiro e março) e três épocas de utilização na subparcela (junho, julho e agosto). Foram analisados os teores de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB) e degradabilidade ruminal in situ. Não houve efeito significativo das épocas de diferimento sobre a produção de matéria seca cujo valor médio foi 8.005kg ha-1. Os teores médios de PB e FDN da lâmina foliar foram 7,3 e 74,05%, respectivamente. A massa de forragem no período de utilização decresceu, obtendo-se 10.057, 7.779 e 6.177kg ha-1 em junho, julho e agosto, respectivamente. Houve redução do teor de PB da lâmina foliar com a colheita em julho e agosto. Os teores de FDN e FDA da lâmina foliar não foram alterados pela época de utilização, com média de 74,05 e 45,41%, respectivamente. A digestibilidade das folhas provenientes de pastagens vedadas em março foi maior que em fevereiro e janeiro, com valores de 58,90; 48,87 e 47,13 %, em 24h de incubação, respectivamente. Conclui-se que o capim-buffel deve ser diferido em março e utilizado em junho
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