33 research outputs found
Devemos suspender os agentes antiagregantes plaquetários para procedimentos de dispositivos cardÃacos implantáveis?
A cardiopatia isquêmica está comumente associada a arritmias ventriculares malignas, sendo o cardiodesfibrilador implantável indicado para pacientes selecionados. Essa populaçao faz uso de agentes antiagregantes plaquetários como terapia única ou com duas medicaçoes combinadas. Embora fundamentais para o tratamento da coronariopatia, os antiagregantes plaquetários aumentam o risco de sangramento nesses pacientes, em especial ao se tratar de intervençao cirúrgica. Os autores relatam o caso de paciente portador de desfibrilador cardÃaco implantável e cardiopatia isquêmica, que precisou suspender o uso de antiagregantes plaquetários em decorrência de indicaçao cirúrgica de troca da unidade geradora por desgaste de bateria. Após suspensao da dupla antiagregaçao, o paciente apresentou choque apropriado decorrente de fibrilaçao ventricular secundária a trombose aguda intrastent
Devemos suspender os agentes antiagregantes plaquetários para procedimentos de dispositivos cardÃacos implantáveis?
A cardiopatia isquêmica está comumente associada a arritmias ventriculares malignas, sendo o cardiodesfibrilador implantável indicado para pacientes selecionados. Essa populaçao faz uso de agentes antiagregantes plaquetários como terapia única ou com duas medicaçoes combinadas. Embora fundamentais para o tratamento da coronariopatia, os antiagregantes plaquetários aumentam o risco de sangramento nesses pacientes, em especial ao se tratar de intervençao cirúrgica. Os autores relatam o caso de paciente portador de desfibrilador cardÃaco implantável e cardiopatia isquêmica, que precisou suspender o uso de antiagregantes plaquetários em decorrência de indicaçao cirúrgica de troca da unidade geradora por desgaste de bateria. Após suspensao da dupla antiagregaçao, o paciente apresentou choque apropriado decorrente de fibrilaçao ventricular secundária a trombose aguda intrastent
Atrial fibrillation ablation in Brazil: results of the registry of the Brazilian Society of Cardiac Arrhythmias
BACKGROUND: Aiming to define the profile of curative atrial fibrillation (AF) ablation in Brazil, the Brazilian Cardiac Arrhythmia Society [Sociedade Brasileira de Arritmias CardÃacas] (SOBRAC) created the Brazilian Registry of AF Ablation [Registro Brasileiro de Ablação da FA]. OBJECTIVE: To describe the results of this registry. METHODS: A questionnaire was sent to SOBRAC members asking about data on patients submitted to AF ablation between September 2005 and November, 2006. RESULTS: A total of 29 groups from 13 states completed the forms. Of these, 22 (76%) had performed AF ablations. Between 1998 and 2001, 7 groups (32%) initiated AF ablations and between 2002 and 2006, 15 groups began to perform them (68%). From 1998 to 2006, 2,374 patients were submitted to ablation, 755 (32%) of them during the registry period. Most (70%) were males and 89% presented with paroxysmal or persistent AF. Ancillary imaging methods (intracardiac echocardiography and electroanatomic mapping) were used by 9 groups (41%). During an average five-month follow-up period, total success was 82% and success without use of antiarrhythmic agents was 57%. Nevertheless, 35% of the patients required two or more procedures. There were 111 complications (14.7%) and 2 deaths (0.26%). CONCLUSION: Curative AF ablation has been increasing significantly in our country, with success rates comparable to international indexes, but often more than one procedure is necessary. Despite promising results, AF ablation still results in significant morbidity. Supplementary imaging methods have been used more and more in an effort to increase efficacy and safety of the procedure. These findings should be considered by public and private funding agencies.FUNDAMENTO: Buscando delinear o perfil da ablação curativa de fibrilação atrial (FA) no Brasil, a Sociedade Brasileira de Arritmias CardÃacas (SOBRAC) idealizou o Registro Brasileiro de Ablação da FA. OBJETIVO: Descrever os resultados desse registro. MÉTODOS: Foi enviado um formulário aos sócios da SOBRAC, inquirindo sobre os dados de pacientes submetidos a ablação de FA entre setembro de 2005 e novembro de 2006. RESULTADOS: No total, 29 grupos, de 13 Estados, responderam ao formulário. Desses, 22 (76%) realizaram ablações de FA. Entre 1998 e 2001, 7 grupos (32%) iniciaram ablações de FA e entre 2002 e 2006, 15 grupos (68%). De 1998 a 2006, 2.374 pacientes foram submetidos a ablação, sendo 755 (32%) no perÃodo do registro. A maioria (70%) era do sexo masculino e 89% apresentavam FA paroxÃstica ou persistente. Métodos auxiliares de imagem (ecocardiografia intracardÃaca e mapeamento eletroanatômico) foram utilizados por 9 grupos (41%). Durante seguimento médio de cinco meses, o sucesso total foi de 82% e o sucesso sem uso de antiarrÃtmicos foi de 57%. Contudo, 35% dos pacientes necessitaram de dois ou mais procedimentos. Houve 111 complicações (14,7%) e 2 óbitos (0,26%). CONCLUSÃO: A ablação curativa de FA vem crescendo significativamente em nosso PaÃs, com taxas de sucesso comparáveis à s internacionais, mas comumente há necessidade de mais de um procedimento. Apesar dos resultados promissores, a ablação de FA ainda acarreta morbidade significativa. Métodos auxiliares de imagem têm sido cada vez mais utilizados, visando a aumentar a eficácia e a segurança do procedimento. Esses achados devem ser considerados pelos órgãos pagadores públicos e privados.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de MedicinaUNIFESP, EPMSciEL
Radioterapia em paciente com neoplasia pulmonar e marcapasso ipsilateral
Durante anos, o tratamento com radioterapia de portadores de dispositivos eletrônicos implantáveis foi considerado perigoso. Se a zona a ser irradiada envolvesse o lado em que o dispositivo estivesse localizado, a estratégia envolvia inclusive mudanças no local do implante. Passaram-se os anos e tanto os dispositivos como a radioterapia evoluÃram, e o que antes era regra para a segurança do binômio marcapasso-radioterapia hoje pode ser exceçao. Relatamos o caso de um paciente portador de neoplasia maligna de lobo superior de pulmao direito, em posiçao ipsilateral ao marcapasso implantado previamente
Analysis of Three-Dimensional Scar Architecture and Conducting Channels by High-Resolution Contrast-Enhanced Cardiac Magnetic Resonance Imaging in Chagas Heart Disease
We aimed to describe the morphology of the border zone of viable myocardium surrounded by scarring in patients with Chagas heart disease and study their association with clinical events.Adult patients with Chagas heart disease (n=22; 55% females; 65.5 years, SD 10.1) were included. Patients underwent high-resolution contrast-enhanced cardiac magnetic resonance using myocardial delayed enhancement with postprocessing analysis to identify the core scar area and border zone channels number, mass, and length. The association between border zone channel parameters and the combined end-point (cardiovascular mortality or internal cardiac defibrillator implantation) was tested by multivariable Cox proportional hazard regression analyses. The significance level was set at 0.05. Data are presented as the mean (standard deviation [SD]) or median (interquartile range).A total of 44 border zone channels (1[1-3] per patient) were identified. The border zone channel mass per patient was 1.25 (0.48-4.39) g, and the extension in layers of the border zone channels per patient was 2.4 (1.0-4.25). Most border zone channels were identified in the midwall location. Six patients presented the studied end-point during a mean follow-up of 4.9 years (SD 1.6). Border zone channel extension in layers was associated with the studied end-point independent from left ventricular ejection fraction or fibrosis mass (HR=2.03; 95% CI 1.15-3.60).High-resolution contrast-enhanced cardiac magnetic resonance can identify border zone channels in patients with Chagas heart disease. Moreover, border zone channel extension was independently associated with clinical events
Reversao e Manutençao do Ritmo Sinusal ou Controle da Resposta Ventricular na Fibrilaçao Atrial
Duas estratégias farmacológicas têm sido propostas para o tratamento da fibrilaçao atrial: a reversao e manutençao do ritmo sinusal com drogas antiarrÃtmicas ou o controle da resposta ventricular associado ao emprego de anticoagulante oral. Até que se conheçam os resultados de alguns ensaios randomizados em andamento, comparando estas duas estratégias, a conduta mais adequada parece ser: (1) restaurar o ritmo sinusal, sem utilizaçao de drogas antiarrÃtmicas profiláticas após um primeiro episódio de fibrilaçao atrial, particularmente nos pacientes sem cardiopatia; (2) manter o ritmo sinusal com drogas antiarrÃtmicas nos pacientes com crises recorrentes, instabilidade hemodinâmica ou cardiopatia estrutural moderada a grave; (3) controlar a resposta ventricular e prevenir a ocorrência de eventos tromboembólicos, por meio de terapia anticoagulante em pacientes com fibrilaçao atrial crônica e baixa probabilidade de manutençao do ritmo sinusal (diâmetro do átrio esquerdo maior que 6,0 cm, fibrilaçao atrial de longa duraçao e resistência a vários antiarrÃtmicos)
Reversao e Manutençao do Ritmo Sinusal ou Controle da Resposta Ventricular na Fibrilaçao Atrial
Duas estratégias farmacológicas têm sido propostas para o tratamento da fibrilaçao atrial: a reversao e manutençao do ritmo sinusal com drogas antiarrÃtmicas ou o controle da resposta ventricular associado ao emprego de anticoagulante oral. Até que se conheçam os resultados de alguns ensaios randomizados em andamento, comparando estas duas estratégias, a conduta mais adequada parece ser: (1) restaurar o ritmo sinusal, sem utilizaçao de drogas antiarrÃtmicas profiláticas após um primeiro episódio de fibrilaçao atrial, particularmente nos pacientes sem cardiopatia; (2) manter o ritmo sinusal com drogas antiarrÃtmicas nos pacientes com crises recorrentes, instabilidade hemodinâmica ou cardiopatia estrutural moderada a grave; (3) controlar a resposta ventricular e prevenir a ocorrência de eventos tromboembólicos, por meio de terapia anticoagulante em pacientes com fibrilaçao atrial crônica e baixa probabilidade de manutençao do ritmo sinusal (diâmetro do átrio esquerdo maior que 6,0 cm, fibrilaçao atrial de longa duraçao e resistência a vários antiarrÃtmicos)
Displasia ventricular direita arritmogênica: diagnóstico, prognóstico e tratamento
Descritas as caracterÃsticas anátomo-clinicas da displasia ventricular direita arritmogênica e discutidos os métodos diagnósticos e terapêuticos, é apresentada a Série de Maastricht constituÃda de 14 pacientes, com os dados clÃnicos, diagnósticos e terapêuticos num tempo médio de 4.2 anos de acompanhamento