45 research outputs found

    Uma interpretação da economia bizantina

    Get PDF
    (primeiro parágrafo do artigo)Acreditando ser válida a aplicação do moderno instrumental de análise econômica a épocas passadas, tentaremos verificar na história bizantina a existência daquilo que se convencionou chamar de crescimento econômico. Devemos, no entanto, atentar para que a utilização de conceitos modernos a períodos cujas óticas eram, claro, diferentes da nossa, não distorçam a realidade histórica. Para tanto, deve-se procurar compreender como os homens de um determinado momento histórico viam sua própria época, como encaravam a economia e quais eram suas espectativas a respeito. Seguros assim de que não estaremos impingindo nossos valores a outros tempos, poderemos então lançar mão dos modernos métodos de estudo, entendendo que eles nos darão apenas uma interpretação atual sobre uma época que absolutamente não via as coisas deste prisma. Assim, o historiador terá à sua disposição uma espécie de denominador comum que permitirá uma verdadeira história comparada das economias e não apenas uma enumeração e descrição dos fatos e dados econômicos passados

    Dictionnaire de la France Médiévale

    Get PDF
    FAVIER, Jean. Dictionnaire de la France Médiévale. Paris, Fayard, 1993. KIBBLER, Willian & ZINN, Grover (eds.). Medieval France. An Encyclopedia. New York, Garland, 1995

    A iconografia de Adão, autobiografia do homem medieval

    Get PDF
    Entre os séculos XI e XIII, cresceu muito o número de representações de Adão na Europa Ocidental. Isso era reflexo de um novo interesse dos medievais por si mesmos, o que os levava a verem na história daquele personagem mítico a origem de todas as grandes características físicas, psíquicas e sociais da humanidade. Devido à sua penetração em todos os níveis culturais, a iconografia foi o grande veículo daquela autobiografia coletiva do homem medieval.Between the XI and XIII centuries, the number of representations of Adam increased so much in the occidental Europe. This was a reflex of a new interest of the medievals about themselves that induced them to see in the history of that mythical personage the origin of all great physic, psychic and social characteristics of mankind. Due to its penetration in all cultural levels, the iconography was the vehicle of that collective autobiography of the medieval man

    Entre la figue et la pomme : l’iconographie romane du fruit défendu

    Get PDF
    Longtemps accaparées par l’histoire de l’art, les sources iconographiques ont, à peine récemment, commencé à montrer leur potentialité explicative pour d’autres domaines historiques, y compris celui des religions. En effet, elles permettent d’intéressantes réflexions tant sur les questions d’exégèse savante que sur celles de croyances populaires. On essaye ici d’en donner l’exemple à travers l’iconographie romane du fruit défendu. L’examen d’un vaste corpus d’environ trois cents images suggère que le choix de la figue dans ce rôle a eu pour origine un rapport analogique avec le foie, de la même nature que celui existant entre la pomme et le cœur. Les relations ainsi mises en lumière dévoilent toute une couche profonde des sensibilités collectives médiévales.Long monopolized by art history, iconographic sources have only recently begun to reveal their explicative potential for other fields of history, included the history of religions. They can indeed inspire interesting reflections, whether on questions of learned exegesis or on matters of popular belief. This article seeks to illustrate this, using Romanesque iconography of the forbidden fruit. Studying a vast corpus of some three hundred images, it would appear that when the fig is chosen for this role, there is an analogical relation with the liver, of the same nature as that existing between the apple and the heart. The relations thus brought to light reveal a deep-seated aspect of the medieval collective sensibility

    Brasil, país do futebol?

    Get PDF
    As it is the case with any cliché, the one that defines Brazil as the country of football contains some truths and many exaggerations. It is necessary to examine it critically, explore what is meant by that label and analyze each of its components from a historical and comparative perspective. Then, what the conclusion reveals about Brazilian football is as much as it does about Brazil.Como todo clichê, aquele que define o Brasil como o país do futebol contém algumas verdades e muitos exageros. É preciso examiná-lo criticamente. Verificar o que é que se entende por esse rótulo e analisar cada um de seus componentes de um ponto de vista histórico e comparativo. A conclusão revela, então, tanto sobre o futebol brasileiro quanto sobre o Brasil

    WISNIK, José Miguel: veneno remédio. O futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, 430p

    Get PDF

    Iconografia, analogia e misoginia em fins da Idade Média

    Get PDF
    UIDB/00749/2020 UIDP/00749/2020Na vasta iconografia medieval do Pecado original, durante muito tempo prevaleceu a fórmula Adão e Eva em lados diferentes da Árvore proibida, com a serpente voltada para a mulher. Nos séculos XIII-XV uma inovação conheceria grande sucesso: a serpente que induz Eva ao pecado passou várias vezes a ser figurada com feições femininas. Como para o historiador não deve haver factos inexplorados, por mais irrelevantes que pareçam à primeira vista, este artigo é uma tentativa de explicação da razão de ser daquelas imagens. A hipótese apresentada resulta da articulação de três elementos fortes na visão de mundo da época: a linguagem imagética, a argumentação analógica e a prática misógina. In the vast medieval iconography of the original Sin, the formula Adam and Eve on different sides of the Forbidden Tree, with the serpent facing the woman prevailed for a long time. In the thirteenth-fifteenth centuries an innovation would have great success: the serpent that induces Eve to sin has often been figured with feminine features. As for the historian there should be no unexplored facts, as irrelevant as they may seen at first glance, this article is an attempt to explain the purpose of those images. The hypothesis presented results from the articulation of three strong elements in the world view of that time: imagery language, analogical argumentation and misogynistic practice.publishersversionpublishe

    Georges Duby e o outro lado do Feudalismo

    Get PDF
    (primeiro parágrafo do texto)Não se trata aqui, intencionalmente, de fazer um balanço da produção historiográfica de Georges Duby, toda ela voltada para a Idade Média Central, para os séculos X-XII, portanto para a época feudal. Seria na verdade um bom momento para tanto — este ano completam-se 30 anos do surgimento de sua primeira obra, sua tese sobre o Mâcon feudal: La société aux XI et XII siècles dans la région mâconnaise. Paris, Armand Colin, 1953 (nova edição: Paris, Jean Touzot, 1971) — porém esta tarefa escapa de momento às nossas possibilidades. Assim, pretendemos apenas tecer algumas considerações sobre as duas obras do grande medieva-lista: Les trois ordres ou l'imaginaire du féodalisme. Paris, Gallimard, 1978 e Le chevalier, la femme et le prête. Paris, Hachette, 1981

    Saint Louis

    Get PDF
    LE GOFF, Jacques. Saint Louis. Paris, Gallimard, 1996
    corecore