27 research outputs found

    Sobre as comunidades de Pterospartum tridentatum sensu lato em Portugal continental

    Get PDF
    FRANCO (1971) aquando da publicação da Nova Flora de Portugal só considerou ocorrer no território nacional Pterospartum tridentatum (L.) Willk., sob o nome de Chamaespartium tridentatum (L.) P. Gibbs, contudo TALAVERA (1999), na Flora Ibérica, considerou que esta espécie era constituída por três subespécies: Pterospartum tridentatum subsp. tridentatum, Pterospartum tridentatum subsp. cantabricum (Spach) Talavera & P. Gibbs, Pterospartum tridentatum subsp. lasianthum (Spach) Talavera & P. Gibbs, que posteriormente RIVAS-MARTÍNEZ et al. (2002) reputaram serem espécies independentes. Com esta nota pretendemos esclarecer as comunidades em que estes táxones desempenham um papel importante em Portugal continental

    Fire regime as a driver of resilience, functional diversity and ecosystem services in Mediterranean mountains

    Get PDF
    Mountain areas in Portugal are usually defined as territories with rough morphology, low demographic densities, and peculiar agrarian systems based on cattle raising and husbandry. The use of fire has been a common management practice in traditional land use, mainly to control vegetation encroachment and to promote pasturelands. Therefore, historically fire has been a strong driver of vegetation patterns, soil properties and ecosystem services throughout Iberian mountains. Recently, however, a generalized tendency for abandonment of agriculture and pastoralism is promoting vegetation recovery and changes in fire regimes, driving a shift from small fires in recurrently burnt areas to energetic and largely unpredictable wildfires. We present results from studies of ecosystem resilience and vegetation dynamics driven by fire regimes, discussing their connection to the provision of ecosystem services. We report strong effects of fire recurrence, distance to the latest wildfire, and geology on scrubland resilience, with potential implications for regulating services. We also evaluated the resistance and resilience of young deciduous forests to fire disturbance and its implications for supporting services. Overall, our results support the idea that fire regime is a major driver of functional diversity in Mediterranean mountains and suggest that land abandonment and related shifts in fire regimes promote unpredictability in the spatiotemporal patterns of several ecosystem services. Finally, we discuss response options for managing changing mountain landscapes

    Efeito da fertilização mineral e orgânica e do uso de misturas simples e complexas de sementes na instalação de pastagens anuais ricas em leguminosas

    Get PDF
    No âmbito de um estudo de longo prazo de pastagens permanentes semeadas ricas em leguminosas estudou-se o efeito dos seguintes factores na flora pascícola de primeiro ano: 1) pastagem – mistura simples (MSIMP), mistura comercial complexa rica em leguminosas (MCOMP) e vegetação espontânea (ABAND); 2) fertilização de fundo – estrume de bovino (EST: 40 t/ha), fertilização mineral (FERT: 1000 kg calcário/ha, 53 kg P2O5/ha e 30 kg K2O /ha) e sem fertilização. Os dados experimentais revelaram: a percentagem de cobertura das plantas indígenas foi francamente mais elevada do que o das plantas semeadas; o tratamento ABAND foi o único que demonstrou um controlo significativo na estruturação dos dados florísticos numa RDA (Análise de redundância); FERT teve um efeito mais favorável do que EST na flora adventícia regional de cereais que colonizou as parcelas experimentais; as leguminosas semeadas – com 35,0% (EST) e 15,3% (FERT) de cobertura – foram beneficiadas pela aplicação de estrumes à sementeira; os estrumes provavelmente tiveram um efeito favorável no desenvolvimento de nichos de regeneração adequados às leguminosas, sobretudo num ano agrícola tão seco como foi o de 2008-2009; a percentagem de cobertura do L. perenne foi semelhante nos três tipos de fertilização; o tipo de mistura de sementes (MSIMP e MCOMP) teve um efeito irrelevante na flora pratense semeada.FCT-Fundação Para a Ciência e Tecnologia

    Juresian riparian birch woodlands: Carici reuterianae-Betuletum celtibericae as. nova.

    Get PDF
    The Portuguese areas of the Juresian Sector (sensu Rivas-Martínez et al., Itinera Geobotanica, 2002) include a considerable diversity of deciduous woodlands predominated by the Iberian birch (Betula celtiberica). In a recent study of the vegetation of the Peneda-Gerês mountain range (Honrado, Flora e Vegetação do Parque Nacional da Peneda-Gerês, 2003), six different birch-woodland types were recognised and classified according to both dynamic (climactic vs. secondary/ /seral formations) and synecologic (climatophilous vs. edapho-hygrophilous formations) characters. In the same study, riparian birch woodlands of the Juresian Sector were preliminarily described as a new association (Carici reuterianae-Betuletum celtibericae)

    Higro demonstrative actions for the conservation of priority habitats in northern mountain areas in Portugal

    Get PDF
    An innovative methodology is being tested towards the restoration and conservation of 200 ha of mountain priority habitats: hygrophilous heather-gorse dominated shrublands [(4020) ‘*temperate Atlantic wet heaths with Erica ciliaris and Erica tetralix’] and higrophile moor matgrasses [(6230) ‘*species-rich Nardus grasslands on silicious substrates’]. These experiments comprise 35 ha in the Atlantic Biogeographical Region - SCI “Serra de Arga” (PTCON0039) - and 50 ha on SCI “Serra de Montemuro” (PTCON0025) and 115 ha on SCI “Alvão-Marão” (PTCON0003) in the Mediterranean Biogeographical Region, located at the supra-temperate and supra-mediterranean levels on granitic mountains from the Northern Portugal, whose meso-higrophile and higrophile heather-gorse shrublands are nowadays in steep regression. The experiment comprehends the assemblage of 10 km of removable fences; the selective control of grass and shrub formations on 50 ha; the restoration of the natural hydrology on 100 ha (using artificial levees); and the promotion of extensive grazing along a path on 100 ha, all ruled by contract with the landowners. A preparatory stage has undergone, collecting and mapping data on the biogeography, climate, topography, lithology, land-use history, species, and habitats. A repport was produced over the reference status (1st stage of the Project). This presentation shows the preliminary results, carrying new information into the discussion about the most suitable techniques, implemented together or by themselves, in different intensities and periodicities, in order to induce vegetation diversity and the conservation of rare vascular plants (e.g. Genista berberidea, Gentiana pneumonanthe) and invertebrates (e.g. Maculinea alcon). Albeit burning, draining and grazing in mountain areas pose threats to the higrophile formations of Erica ciliaris, E. tetralix, Calluna vulgaris (usually with Ulex minor and, less often, Genista anglica, G. berberidea, and G. micrantha), these activities seem to benefit mat moorgrasses (e.g. Agrostis hesperica, Nardus stricta), sedges (e.g. Carex asturica, C. pilulifera), rushes (e.g. Juncus squarrosus) and herbaceous dicotyledons (e.g. genuses Cirsium, Polygala, Potentilla). Grazing is an activity in decline; still it does render vital services for well-conserved montain priority habitats. The challenge is, thus, to find ways that allow short and medium-term profitable grazing and, at the same time, ensure the ecological balance

    A classe Cytisetea scopario-striati em Portugal continental

    Get PDF
    Giestais são a designação vulgar em português para as comunidades silicícolas que se inserem na classe Cytisetea scopario-striati e são dominadas por espécies de leguminosas dos géneros Cytisus, Genista, Adenocarpus e Retama. Esta classe tem o seu óptimo na Península Ibérica e representa normalmente as orlas ou etapas de regressão de bosques climácicos da Quercetalia roboris e da Quercion broteroi. No presente trabalho apresentam-se as diversas comunidades da classe Cytisetea scopario-striati que ocorrem em Portugal continental. Propõem-se os seguintes novos sintáxones: Ulici latebracteati-Cytisetum striati cytisetosum grandiflori, Cytiso multiflori-Retametum sphaerocarpae cytisetosum scoparii, Cytiso multiflori-Retametum sphaerocarpae cytisetosum eriocarpi, Cytisetum cabezudo

    Arrelvados vivazes da bacia hidrográfica do Rio Paiva (Portugal).

    Get PDF
    Apresenta-se um estudo sistemático dos arrelvados naturais vivazes da bacia hidrográfica do rio Paiva, em particular das classes: 1) Festucetea indigestae; 2) Stipo giganteae-Agrostietea castellanae; 3) MolinioArrhenatheretea e 4} Nardetea. Com base em inventários realizados desde 2004, bem como em trabalhos publicados onde se estudou o território em causa, reconhecem- se oito associações e uma comunidade enquadráveis nas referidas classes, respectivamente: 1} Polytricho Agrostietum truncatulae, Diantho langeani- Festucetum summilusitanae ass. nova; 2) Armerio beiranae-Arrhenatheretum bufbosi ass. nova, com. de Armeria beirana e Arrhenatherum sardoum; 3) Peucedano lancifofii-Juncetum acutif/ori, Agrostio casteflanae-Arrhenatheretum bulbosi, Anthemido nobilis- Cynosuretum cristatí; 4} Centaurea lusitanoe- Pseudarrhenatheretum longifolii ass. nova, Genisto anglicae- Nardetum strictae. Apresenta-se ainda uma associação vegetal casmofítica original, enquadrável na classe Phagnalo-Rumicetea induratí, encontrada no decorrer do presente trabalho, que aqui se apresenta e descreve dado o seu valor para a conservação da natureza, dominada pelo endemismo do centro de Portuga l continental Anarrhinum /ongipedicellatum (Anarrhinetum longipedicellatí ass. nova). Destaca-se o caso particular do arrelvado Armerio beiranae Arrhenatheretum bulbosi, hoje com grande expressão no território em estudo, ocupando parte considerável das áreas graníticas mesa a supratemperadas, húmidas a hiper húmidas, das serras do Montemuro, Leomil e Lapa

    Arrelvados vivazes da bacia hidrográfica do rio Paiva (Portugal)

    Get PDF
    Apresenta-se um estudo dos arrelvados naturais vivazes da bacia hidrográfica do rio Paiva, em particular das classes: 1) Festucetea indigestae; 2) Stipo giganteae-Agrostietea castellanae; 3) Molinio-Arrhenatheretea e 4) Nardetea. Com base em inventários realizados desde 2004, bem como em trabalhos publicados onde se estudou o território em causa, reconhecem-se oito associações e uma comunidade enquadráveis nas referidas classes, respectivamente: 1) Polytricho-Agrostietum truncatulae, Diantho langeani-Festucetum summilusitanae ass. nova; 2) Arrhenathero bulbosi-Armerietum beiranae ass. nova, com. de Armeria beirana e Arrhenatherum sardoum; 3) Peucedano lancifolii-Juncetum acutiflori, Agrostio castellanae-Arrhenatheretum bulbosi, Anthemido nobilis-Cynosuretum cristati; 4) Centaureo lusitanae-Pseudarrhenatheretum longifolii ass. nova, Genisto anglicae-Nardetum strictae. Apresenta-se ainda uma associação vegetal casmofítica original, enquadrável na classe Phagnalo-Rumicetea indurati, encontrada no decorrer do presente trabalho, que aqui se descreve dado o seu valor para a conservação da natureza, dominada pelo endemismo do centro de Portugal continental Anarrhinum longipedicellatum (Anarrhinetum longipedicellati ass. nova). Destaca-se o caso particular do arrelvado Arrhenathero bulbosi-Armerietum beiranae, hoje com grande expressão no território em estudo, ocupando parte considerável das áreas graníticas meso a supratemperadas, húmidas a hiper-húmidas, das serras do Montemuro, Leomil e Lapa. A expansão deste arrelvado está indiscutivelmente ligada quer ao abandono da agricultura e do pastoreio – que levaram a uma redução considerável das áreas cultivadas, bem como das comunidades de Molinio-Arrhenatheretea e de Nardetea – quer à elevada frequência de incêndios, dado que se trata de uma comunidade subserial dos carvalhais de Holco mollis- Quercetum pyrenaicae e, pontualmente, de Rusco aculeati-Quercetum roboris quercetosum roborisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    A fitossociologia e a monitorização da biodiversidade às escalas regional, nacional e europeia

    Get PDF
    As alterações ambientais multi-escalares produzem modificações mais ou menos profundas nos padrões espacio-temporais de distribuição e abundância das espécies e na composição, atributos, funções e distribuição das biocenoses e dos ecossistemas. São particularmente sensíveis, nos nossos dias, as mudanças induzidas pelas alterações do clima à escala global, e pelas invasões biológicas e alterações nos padrões locais e regionais de ocupação e uso do solo. Num contexto de crescente aproximação entre as políticas sectoriais de conservação da natureza, de ordenamento do território e de desenvolvimento rural, as ferramentas de informação sobre o património natural e os promotores das suas dinâmicas revelam-se fundamentais para o correcto planeamento do território e para uma gestão ecologicamente sustentável da paisagem. O território Português possui uma excepcional diversidade de ecossistemas, que albergam uma notável quantidade de espécies de flora e fauna
    corecore