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    Avaliação de processo educativo sobre consumo prejudicial de drogas com agentes comunitários de saúde

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    O objetivo deste estudo foi avaliar as transformações relativas às concepções e propostas de práticas dos agentes comunitários de saúde (ACS), que participaram de processo educativo acerca das ações na atenção básica em saúde, voltadas a pessoas que consomem drogas de forma prejudicial. O processo educativo foi participativo e partiu de considerações teóricas da Saúde Coletiva, campo que concebe o consumo de drogas como fenômeno de natureza social e propõe políticas e práticas intersetoriais para lidar com essa questão. A coleta de dados adotou formulário pré-pós-teste com questões abertas, que foram respondidas por 16 ACS. Os dados foram analisados com vistas a verificar a homogeneidade/heterogeneidade dos achados em relação às categorias de análise teóricas que fundamentaram o processo educativo. Os resultados foram divididos em: concepções sobre consumidores de drogas e determinantes do uso; e políticas e práticas sociais para o cuidado em saúde envolvendo o uso de drogas. Por meio da avaliação, constatou-se que o processo educativo expôs a contradição entre os discursos moralistas predominantes e a realidade social do território onde esses ACS atuam. Conclui-se que houve transformação dos ACS em relação às suas concepções sobre o consumidor de drogas e sobre os problemas advindos do consumo de drogas. Os ACS identificaram suas limitações práticas e a responsabilidade do Estado relativa às políticas públicas voltadas ao consumo de drogas. A avaliação do processo educativo por meio de formulário pré-pós-teste mostrou-se útil para compor a análise da transformação do discurso dos participantes

    The attention to drug users in Primary Health Care: elements of the work process in Primary Health Centers

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    O objeto deste estudo são as práticas de Atenção Básica (AB) desenvolvidas nos serviços de saúde voltadas para pessoas e grupos sociais que consomem drogas de forma prejudicial. Este objeto foi recortado a partir do referencial teórico da Saúde Coletiva e se conforma na interface entre as políticas públicas voltadas para a população que faz uso prejudicial de drogas e a realidade concreta dos serviços de saúde. O estudo tem por objetivo geral analisar as práticas voltadas para consumidores problemáticos de drogas na AB, a partir do levantamento dessas práticas junto a trabalhadores de uma UBS da região periférica do município de São Paulo. Trata-se de estudo qualitativo, de natureza descritiva e analítica, que se desenvolveu na perspectiva dialético-crítica. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas e individuais com 10 trabalhadores de uma UBS mista, ou seja, que atua com a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e com o modelo tradicional de produção dos serviços de saúde. As práticas desenvolvidas pelos trabalhadores e direcionadas aos usuários de drogas são analisadas a partir da categoria analítica processo de trabalho, que permite analisar os modos e as dificuldades de operacionalização das políticas públicas nos espaços concretos de produção dos serviços de saúde. Os resultados mostram que: 1) os trabalhadores desenvolvem o processo de trabalho, na perspectiva funcionalista da moderna saúde pública, que compreende o consumo de drogas como doença e considera usuários de drogas como desviantes; 2) as práticas existentes são consideradas frágeis e os trabalhadores valorizam muito a formação técnico-clínica, que em suas opiniões proporcionaria melhores respostas para as demandas relacionadas ao uso de drogas; 3) reproduz-se um ciclo infértil de explicação sobre a incapacidade e as sensações de fracasso que tomam conta do discurso de muitos trabalhadores que lidam com demandas relacionadas ao consumo prejudicial de drogas; 4) todo o processo de trabalho parece ficar centrado num único elemento, o trabalhador em si, já que os demais elementos não se encontram estruturados para atender a demanda. Pode-se concluir que as formas como se organizam os processos de trabalho na AB e como se estrutura o processo de produção dos serviços de saúde brasileiro dificulta e/ou impede o acesso da população usuária de drogas à rede de atenção à saúde. A AB carece de elementos estruturais inerentes ao processo de produção em saúde, e da dinamicidade interna aos processos de trabalho, que favoreçam a implementação de práticas voltadas aos indivíduos e grupos sociais que usam drogas de forma prejudicial. Este trabalho contribui com a finalidade do estudo de promover denúncia em relação à fragilidade das práticas desenvolvidas na AB frente às desafiadoras e crescentes demandas relacionadas ao consumo de drogas pela população.The object of this study was the practices developed at Primary Health Care services focused on individuals and social groups who use drugs in a harmful way. The study object derived from the theoretical framework of collective health and was constructed at the interface between public policies focused on the population that uses harmful drugs and the reality of health services. The aim of the study was to analyze the practices towards drug users at Primary Health Care based on a survey of these practices with workers of a Primary Health Center (PHC) in the outskirts of São Paulo. It is a qualitative, descriptive and analytical research developed within a critical-dialectical approach. Data were collected from semi structured interviews with 10 workers of a PHC, which has two different health care models, namely: the Family Health Strategy and the traditional model of primary health services. The practices developed by workers and directed towards drug users were analyzed from the analytical category of the work process, which allows the analysis of the modes and difficulties to operationalizing public policies as practices that take place in the real spaces of the health production process. Results show that: 1) workers develop the work process within the functionalist perspective of the modern public health, which understands drug consumption as a disease and considers users as deviants; 2) the existing practices are actually considered fragile and the workers greatly value technical and clinical training that in their opinions would provide better responses to the demands related to drug use; 3) a cycle of infertile explanation about the incapacity and the feeling of failure of the workers who deal with demands related to drug use is reproduced; 4) the entire work process seems to be focused on a single element, the workers itself since the other elements seem not to be structured. It may be concluded that the ways the work process is organized in the PHC and how the process of the Brazilian primary health services is structured makes it difficult or constitute a barrier for drug users to access the health care network. The PHC lacks structural elements inherent to the health care process and internal dynamics of the work processes that favor the implementation of practices directed towards individuals and social groups who use drugs in a harmful way. The purpose of the study is to report the fragility of the practices developed at the PHC due to the challenging and increasing demands of drug consumption

    Practices in primary health care oriented toward the harmful consumption of drugs

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    Objective To analyze the practices of primary care focused on the harmful consumption of drugs. Method This is a qualitative study, developed with a dialectical-critical approach. Data collection was carried out through semi-structured interviews with 10 employees of a basic health unit (UBS). Results The demands are not accepted, and if they go beyond the barriers shaped by the historical absence of health care practices for drug users and moralistic and preconceived ideologies, they are not reinterpreted as health needs; practices that meet these demands and go beyond the barriers are poor; the functionalist approach, which explains drug use as a disease and considers drug users as deviants, supports the few existing practices. Conclusion primary health care is mistakenly focused on addiction; it lacks structural elements of the production process in health and internal dynamics of the working processes that would foster the development of collective practices

    Avaliação de processo educativo sobre consumo prejudicial de drogas com agentes comunitários de saúde

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    O objetivo deste estudo foi avaliar as transformações relativas às concepções e propostas de práticas dos agentes comunitários de saúde (ACS), que participaram de processo educativo acerca das ações na atenção básica em saúde, voltadas a pessoas que consomem drogas de forma prejudicial. O processo educativo foi participativo e partiu de considerações teóricas da Saúde Coletiva, campo que concebe o consumo de drogas como fenômeno de natureza social e propõe políticas e práticas intersetoriais para lidar com essa questão. A coleta de dados adotou formulário pré-pós-teste com questões abertas, que foram respondidas por 16 ACS. Os dados foram analisados com vistas a verificar a homogeneidade/heterogeneidade dos achados em relação às categorias de análise teóricas que fundamentaram o processo educativo. Os resultados foram divididos em: concepções sobre consumidores de drogas e determinantes do uso; e políticas e práticas sociais para o cuidado em saúde envolvendo o uso de drogas. Por meio da avaliação, constatou-se que o processo educativo expôs a contradição entre os discursos moralistas predominantes e a realidade social do território onde esses ACS atuam. Conclui-se que houve transformação dos ACS em relação às suas concepções sobre o consumidor de drogas e sobre os problemas advindos do consumo de drogas. Os ACS identificaram suas limitações práticas e a responsabilidade do Estado relativa às políticas públicas voltadas ao consumo de drogas. A avaliação do processo educativo por meio de formulário pré-pós-teste mostrou-se útil para compor a análise da transformação do discurso dos participantes

    Identification of human chromosome 22 transcribed sequences with ORF expressed sequence tags

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    Transcribed sequences in the human genome can be identified with confidence only by alignment with sequences derived from cDNAs synthesized from naturally occurring mRNAs. We constructed a set of 250,000 cDNAs that represent partial expressed gene sequences and that are biased toward the central coding regions of the resulting transcripts. They are termed ORF expressed sequence tags (ORESTES). The 250,000 ORESTES were assembled into 81,429 contigs. Of these, 1,181 (1.45%) were found to match sequences in chromosome 22 with at least one ORESTES contig for 162 (65.6%) of the 247 known genes, for 67 (44.6%) of the 150 related genes, and for 45 of the 148 (30.4%) EST-predicted genes on this chromosome. Using a set of stringent criteria to validate our sequences, we identified a further 219 previously unannotated transcribed sequences on chromosome 22. Of these, 171 were in fact also defined by EST or full length cDNA sequences available in GenBank but not utilized in the initial annotation of the first human chromosome sequence. Thus despite representing less than 15% of all expressed human sequences in the public databases at the time of the present analysis, ORESTES sequences defined 48 transcribed sequences on chromosome 22 not defined by other sequences. All of the transcribed sequences defined by ORESTES coincided with DNA regions predicted as encoding exons by genscan. (http://genes.mit.edu/GENSCAN.html)
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