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Type 1 Fimbriae, a Colonization Factor of Uropathogenic Escherichia coli, Are Controlled by the Metabolic Sensor CRP-cAMP
Type 1 fimbriae are a crucial factor for the virulence of uropathogenic Escherichia coli during the first steps of infection by mediating adhesion to epithelial cells. They are also required for the consequent colonization of the tissues and for invasion of the uroepithelium. Here, we studied the role of the specialized signal transduction system CRP-cAMP in the regulation of type 1 fimbriation. Although initially discovered by regulating carbohydrate metabolism, the CRP-cAMP complex controls a major regulatory network in Gram-negative bacteria, including a broad subset of genes spread into different functional categories of the cell. Our results indicate that CRP-cAMP plays a dual role in type 1 fimbriation, affecting both the phase variation process and fimA promoter activity, with an overall repressive outcome on fimbriation. The dissection of the regulatory pathway let us conclude that CRP-cAMP negatively affects FimB-mediated recombination by an indirect mechanism that requires DNA gyrase activity. Moreover, the underlying studies revealed that CRP-cAMP controls the expression of another global regulator in Gram-negative bacteria, the leucine-responsive protein Lrp. CRP-cAMP-mediated repression is limiting the switch from the non-fimbriated to the fimbriated state. Consistently, a drop in the intracellular concentration of cAMP due to altered physiological conditions (e.g. growth in presence of glucose) increases the percentage of fimbriated cells in the bacterial population. We also provide evidence that the repression of type 1 fimbriae by CRP-cAMP occurs during fast growth conditions (logarithmic phase) and is alleviated during slow growth (stationary phase), which is consistent with an involvement of type 1 fimbriae in the adaptation to stress conditions by promoting biofilm growth or entry into host cells. Our work suggests that the metabolic sensor CRP-cAMP plays a role in coupling the expression of type 1 fimbriae to environmental conditions, thereby also affecting subsequent attachment and colonization of host tissues
Utilidade da determinação consecutiva da proteĂna C reactiva no follow-up da pneumonia adquirida na comunidade Usefulness of consecutive C-reactive protein measurements in follow-up of severe community-acquired pneumonia
A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) Ă© a principal causa de morte devido a doença infecciosa no mundo ocidental, sendo responsável por um nĂşmero superior a 20 hospitalizações/ano por mil habitantes. As guidelines internacionais preconizam a antibioterapia combinada, como seja a associação de um â-lactâmico e de um macrĂłlido no tratamento inaugural da PAC grave. Tal facto implica a utilização de cuidados de saĂşde oneroso e o consumo elevado de antibiĂłticos, contribuindo, assim, para o aparecimento de resistĂŞncias bacterianas. Nos EUA, os custos do tratamento da PAC excedem os doze biliões de dĂłlares e, em muitos paĂses desenvolvidos, observa-se um aumento da resistĂŞncia aos macrĂłlidos. Uma vez determinada a etiologia da PAC, a antibioterapia direccionada para o agente patogĂ©nico em causa pode ser iniciada. No entanto, atĂ© agora, nĂŁo foi encontrada um biomarcador suficientemente sensĂvel e especĂfico para orientar a terapĂŞutica inaugural, devendo ser criados protocolos com essa finalidade. Os autores do presente trabalho estudaram a relevância da determinação consecutiva da proteĂna C reactiva (PCR) no follow-up de doentes com PAC, avaliando o valor preditivo da normalização tardia dos nĂveis sĂ©ricos da PCR relativamente ao risco de administração de antibioterapia inapropriada e a um prognĂłstico desfavorável. Trata-se de um estudo prospectivo multicĂŞntrico controlado conduzido em cinco hospitais universitários holandeses, entre Junho de 2000 e Julho de 2003, sobre a eficácia clĂnica da instituição empĂrica de terapĂŞutica antibiĂłtica intravenosa ou oral na PAC. A PAC foi definida pela presença de, pelo menos, dois sintomas de infecção respiratĂłria baixa aguda antes da admissĂŁo hospitalar e de um infiltrado pulmonar “de novo” ou em progressĂŁo na radiografia do tĂłrax. A classificação como grave está relacionada com um scoreno Ăndice de gravidade PSI - Pneumonia severity index >90 ou de acordo com a definição da American Thoracic Society. Foram excluĂdos indivĂduos com pneumonia intersticial, fibrose quĂstica, colonização a gram negativos devido a lesĂŁo estrutural do aparelho respiratĂłrio, esperança de vida 25c/min; Sat O2 <90% por oximetria de pulso; PaO2 <55mmHg), instabilidade hemodinâmica, alteração sĂşbita do estado de consciĂŞncia, admissĂŁo numa unidade de cuidados intensivos ou morte nos 3 primeiros dias apĂłs a admissĂŁo. A falĂŞncia tardia foi decretada pela deterioração clĂnica ou complicações, incluindo a morte, necessidade de ventilação mecânica, reintrodução de antibioterapia IV apĂłs instituição de antibiĂłticos orais, readmissĂŁo por infecção pulmonar apĂłs alta hospitalar ou pirexia apĂłs melhoria inicial no perĂodo de follow-up. O atraso na normalização da PCR foi definido por um declĂnio < 60% nos nĂveis da PCR no dia 3 e < 90% no dia 7. Foram englobados 289 doentes com uma idade mĂ©dia de 69,7±13,8 anos. Os scoresdos Ăndices PSI e APACHE II foram respectivamente 112,4±25,7 e 13,8±4,6. Outras patologias estavam presentes em 180 indivĂduos: I cardĂaca congestiva, neoplasia, doença cerebrovascular, I renal crĂłnica, doença hepática e doença pulmonar obstrutiva crĂłnica (DPOC). O nĂvel sĂ©rico mĂ©dio da PCR na admissĂŁo foi de 174mg/l, tendo sido ligeiramente inferior nos doentes submetidos a antibioterapia em ambulatĂłrio (135mg/l) e nos indivĂduos sob corticoterapia inalatĂłria (146mg/l). NĂŁo se verificou associação entre os nĂveis da PCR e as caracterĂsticas demográficas ou a presença de comorbilidade. Cerca de 232 (80,3%) doentes receberam um â-lactâmico em monoterapia como terapĂŞutica empĂrica inicial e 47 (16,3%) terapĂŞutica combinada de um â-lactâmico com um macrĂłlido. Em 122 (89,1%) dos 137 doentes com etiologia confirmada, a antibioterapia empĂrica foi considerada adequada. Um total de 20 indivĂduos (6,9%) morreram durante o perĂodo de follow-up e 9 foram transferidos para uma unidade de cuidados intensivos. O diagnĂłstico etiolĂłgico foi estabelecido em 137 (47,4%) doentes, sendo o S. pneumoniae o mais frequente (19% dos casos). Os valores da PCR mais elevados foram observados nos doentes infectados por S. pneumoniae (278mg/l) seguido pela L. pneumophila (247mg/l), H. influenzae (214mg/l), S. aureus (187mg/l), Enterobacteriaciae (129mg/l), C. pneumoniae (115mg/l), M. catarihalis (64mg/l) e M. pneumoniae (49mg/l). Doentes infectados com agentes patogĂ©nicos mĂşltiplos tinham um valor mĂ©dio da PCR, na admissĂŁo, de 213mg/l. Os doentes com etiologia desconhecida tinham uma concentração mĂ©dia, na admissĂŁo, inferior aos indivĂduos com confirmação bacteriolĂłgica (140mg/l versus 209mg/l). A determinação da PCR foi efectuada na admissĂŁo em todos os indivĂduos, em 264 (91,3%) no dia 3 e em 210 no dia 7 do internamento. O declĂnio mĂ©dio da PCR foi de 38,4% atĂ© ao dia 3 e de 80,9% na primeira semana de follow-up. Os doentes com tratamento antibiĂłtico inapropriado tinham uma normalização mais lenta dos nĂveis da PCR. O declĂnio <60% no dia 3 e <90% no dia 7 estava associado a um maior risco de terapĂŞutica empĂrica inadequada. Os doentes com atraso na normalização dos nĂveis de PCR na primeira semana apresentavam uma taxa de mortalidade superior, mas tal facto nĂŁo foi estatisticamente significativo. Doentes com atraso na normalização da PCR no dia 3 tinham um ligeiro aumento do risco de apresentar falĂŞncia terapĂŞutica precoce ou tardia, mas tal facto nĂŁo foi estatisticamente significativo
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