93 research outputs found

    Nursing education in "Estado Novo": a look at the legislation (40-70 Decades)

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    O objetivo deste trabalho é discutir o processo de construção identitária da enfermagem portuguesa durante o Estado Novo, tomando como objeto de estudo o ensino da enfermagem (décadas de 40 a 60). Teoricamente recorremos à História e Sociologia das Profissões (Freidson, 1986; Abbott, 1988, Silva, 2008) e à literatura produzida pelos próprios enfermeiros (Abreu, 2001; Amendoeira, 2006; Soares, 1997). Do ponto de vista empírico, a investigação produzida baseia-se em fontes documentais e orais. Destacando-se, principalmente, os diplomas legais e um conjunto de entrevistas realizadas a enfermeiras/os que participaram como alunos ou professores numa escola de enfermagem portuguesa, durante o período identificado. Do ponto de vista metodológico, optamos pela análise sócio histórica uma vez que permite uma compreensão ampla sobre a problemática em destaque. Defenderemos que o ensino e as escolas de enfermagem encontravam-se na dependência do Estado. Consequentemente, a definição identitária do grupo das/os enfermeiras/os é o resultado de um processo de controlo e regulação levado a efeito pelo regime político da época, dificultando a emergência do grupo como atividade profissional (Henriques, 2012)

    António Raúl Galiano Tavares (1897-1964): educator profile

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    O principal objectivo deste trabalho é apresentar o percurso identitário do professor do ensino liceal portalegrense António Raúl Galiano Tavares, assim como as representações construídas sobre o tipo de ensino em que participava. Para o efeito recorremos a um conjunto de referências teóricas que analisam a condição de professor ao longo da história. Seguimos de perto as abordagens construídas por António Nóvoa (1988; 1994; 1995), Rogério Fernandes (2004), Maria João Mogarro (2001), João Barroso (1995), entre outros autores. Utilizaremos a crítica histórica como metodologia que permite validar o nosso discurso. O corpus documental é constituído por quatro níveis de análise: documentos de arquivo (do antigo Liceu); imprensa regional e local; imprensa pedagógica; e documentação pessoal. No fundo, pretende-se estabelecer um diálogo entre a vida de um homem, na sua condição de professor, os seus alunos, a comunidade envolvente e a representações que construiu sobre a sua própria actividade profissional

    Educação, Cidadania e Igualdade de Oportunidades: Olhares sobre a Educação de Infância

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    Educação para a igualdade de género leituras a partir da realidade de cinco jardins de infância do distrito de Portalegre, Portugal

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    O propósito deste artigo prende-se com a promoção da igualdade de oportunidades em Portugal, num quadro de cidadania a partir do jardim de infância, e nele procuramos conhecer as conceções de educadoras de infância e de crianças em idade pré-escolar sobre a problemática da igualdade no seu contexto pedagógico. Para o efeito, baseamo- -nos na leitura e respetiva análise dos resultados de investigações orientadas desenvolvidas em cinco Jardins de Infância do distrito de Portalegre, Portugal. Os estudos que nos serviram de base inserem-se numa abordagem de natureza qualitativa, em que os sujeitos protagonistas (educadoras e crianças) são observados e escutados através de processos de questionário e de entrevistas. Suportamos a nossa análise no quadro teórico que construímos a partir de uma revisão do estado da arte sobre a temática da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e realça-se que esta é uma temática pouco valorizada no contexto do jardim de infância pelas profissionais, com reflexo em comportamentos e atitudes estereotipadas das crianças, pelo que fomos levados, no final deste texto, a propor algumas atividades a desenvolver no contexto de jardim de infância que fomentem a igualdade e permitam desconstruir estereótipos sociais

    Institutions for the protection of children and youth at risk: the case of the correctional colony "Vila Fernando" and "Padre António Oliveira" reformatory

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    Esta comunicação visa apresentar as origens de duas instituições reformadoras de crianças e jovens em risco, numa perspetiva histórica. Analisamos o caso da Colónia Correcional de Vila Fernando e o exemplo do Reformatório Padre António de Oliveira. Do ponto de vista conceptual seguimos as perspetivas teóricas defendidas por Erving Goffman (1974) e Michel Foucault (1988). As fontes documentais assentam em três níveis: a análise da legislação, algumas monografias históricas e, ainda, ordens de serviço das respetivas instituições. Estas instituições responderam a uma necessidade socioeducativa de crianças e jovens em perigo moral. Para o efeito eram cumpridos um conjunto de regras apertadas como mecanismos de poder no interior destas instituições em regimes próprios de vivência

    1911/2011: a century of child and youth protection

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    A Lei de Proteção à Infância de 1911 colocou Portugal na vanguarda da proteção de crianças, distinguindo assim a criança, do adulto e o Direito Penal do Direito de Menores. Foi, com este diploma, instituída a primeira Tutoria de Infância, que mais tarde veio dar origem aos atuais Tribunais de Família e Menores e instituídas a Federação Nacional dos Amigos e Defensores das Crianças e os Refúgios. Se em 1911 e 1912, respetivamente, são instituídas as Tutorias em Lisboa e no Porto, o resto do país teve de aguardar pela lei de 1925, que regulamentou a expansão do sistema, concluída apenas no Estado Novo. A lei de Proteção à Infância apenas foi objeto de reforma aquando da publicação da Organização Tutelar de Menores (OTM), em 1962. De referir ainda a década de 90, como um importante marco na proteção de menores, através da Lei Tutelar Educativa e da Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo

    A project in discussion and in search of partnerships: the district of Portalegre in the border - from smuggling to industrial development

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    A comunicação pretende apresentar o projeto de investigação “O distrito de Portalegre na fronteira – do contrabando ao desenvolvimento industrial”. Ainda numa fase embrionária, o projeto pretende estudar o contrabando no distrito de Portalegre, tendo sido proposto à Associação para o Desenvolvimento em Espaço Rural do Norte Alentejo (ADER-AL). Visando o reconhecimento da importância e da riqueza da atividade de contrabando para o desenvolvimento económico do distrito de Portalegre, procurar-se-á valorizar o património histórico, cultural e económico associado a esta temática como motores para o desenvolvimento local. Serão utilizadas metodologias de natureza quantitativa e qualitativa e recorrer-se-á a testemunhos orais, através de técnicas próprias da História Oral. O projeto, que nasce de uma parceria entre a ESE, ESTG e o C3i, procurará envolver um conjunto alargado de docentes e alunos do IPP, bem como associações locais, procurando ainda outros parceiros que pretendam envolver-se nestas questões

    Narratives about republican childhood and youth in the press of Portalegre (1910-1926)

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    A presente comunicação resulta de um projeto pedagógico desenvolvido na unidade curricular de História e Filosofia da Educação, no 3.º ano do curso de Educação Básica. O nosso objetivo consiste na apresentação do referido projeto e, em parte, dos resultados obtidos. Procuramos compreender que discursos se encontram representados na imprensa local sobre a infância e juventude na 1ª República Portuguesa. Para o efeito, recorremos a um conjunto de teóricos que permitem uma interessante discussão conceptual (Ariès, 1973; Ferreira, 2001; Gomes, 1995; Fernandes, Lopes &Filho, 2006). Neste trabalho, utilizamos, metodologicamente, a crítica histórica, numa perspetiva diacrónica. Em suma, procuramos compreender que discursos e representações podem ser encontrados na imprensa regional e local portalegrense, num tempo em que os conceitos de infância e juventude se encontram em processo de construção. Pretendemos, ainda, salientar o papel da imprensa local, enquanto valioso recurso de trabalho, rico em testemunhos educativos

    EDUCAÇÃO E DEMOCRACIA. DISCURSOS SOBRE A UNIVERSIDADE PORTUGUESA EM TEMPOS DE TRANSIÇÃO (1974-1976)

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    A Revolução portuguesa do 25 de Abril de 1974 constituiu o inicio de uma nova vaga democratizadora (Huntington, 1993). Partindo deste pressuposto procuramos discutir o processo de transição de um regime político autoritário (o Estado Novo) para um regime democrático em Portugal (1974-1976). Tratamos especificamente das problemática educativas neste período, com maior incidência sobre as instituições universitárias. Com efeito, procurou-se identificar, discutir e interpretar os discursos associados à universidade portuguesa num período rico, mas conturbado, da História da Educação Contemporânea. Optamos por uma abordagem metodológica qualitativa cujo trabalho empírico foi baseado, principalmente, na imprensa periódica diária, em particular no Diário de Lisboa (1921-1990). A análise deste periódico permitiu colocar em evidência um conjunto de discursos que circularam no interior das instituições universitárias da época possibilitando compreender o modo de apropriação das ideias em circulação naquele tempo e perceber o seu papel no novo regime político

    The Internship St. Anthony of Portalegre: a historical perspective (30 to 80 decades of the twentieth century)

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    O propósito deste trabalho consiste na apresentação de um retrato histórico sobre uma das mais relevantes instituições de proteção de crianças e jovens do norte alentejano, entre as décadas de 30 e 80 da centúria de novecentos. Partimos para esta análise ancorados num conjunto de autores que permitem problematizar este olhar histórico de uma forma global e plural (Goffman, 1974; Foucault, 1980; Amâncio, 1994; Ariés, 1973). Recorremos a um conjunto de fontes documentais que podem ser divididas em três partes: em primeiro lugar, documentação de arquivo (correspondência); em segundo lugar, a imprensa regional e local e, em terceiro lugar, a iconografia. Este trabalho carateriza-se por utilizar uma abordagem sociohistórica, do ponto de vista metodológico. Em suma, a comunicação abordará principalmente os ritmos formativos e sociais, em cruzamento com a realidade local, que o Internato de Santo António foi promovendo ao longo de várias décadas de existência na cidade de Portalegre
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