4 research outputs found

    REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas

    Get PDF
    A cooperação internacional, enquanto sistema formalizado de relações entre países, está inserida num sistema burocrático ineficiente, mediado por lógicas de racionalidade instrumental. Contudo, as redes assim constituídas beneficiam de princípios como reciprocidade, solidariedade e confiança que tendem a transformar relações institucionais protocoladas em relações mais próximas, nas quais a informalidade surge como reguladora da ordem social, numa expressão de autonomia do próprio sujeito. O cultivo desses princípios fortalece o capital social entre as partes e, consequentemente, a construção de "modos de intercâmbio informais em sistemas formais”. Como se percebem, concretamente, relações de reciprocidade no seio das redes de Cooperação Internacional? Procurando discutir sobre essas redes, o artigo tem como objetivo refletir sobre a capacidade das redes informais, no seio das interações internacionais, para a construção de uma sociedade mais solidária e democrática. Metodologicamente, recorremos à análise bibliográfica sobre a temática e ao conceito de rede de Larissa Adler Lomnitz, entendido como um sistema de intercâmbio de bens, serviços e informações, como estratégia de inserção social. Percebe-se que as relações informais são guiadas por uma lógica simbólico-cultural que entra, por vezes, em contradição com a racionalidade burocrática. Assim, a construção dessas redes é feita sob um sistema de reciprocidade, ou seja, baseado em relações de confiança, em que predominam vínculos horizontais. As redes de cooperação internacional abrem caminho à prática de novas experiências comunitárias, intercambiáveis entre partes, cujo foco remete ao exercício da reciprocidade junto a comunidades locais, tendo programas e projetos associativos como fontes de indução

    Desigualdades, pobreza e reconhecimento social: perspectivas analíticas em contextos periféricos

    No full text
    This article deals with the theory of social recognition from the perspective of the sociologist Axel Honneth, who belongs to the third generation of the Frankfurt School. The work seeks to relate this theory, which has a European matrix, with theories about poverty and social inequalities originated in Brazil, in order to test its theoretical validity, highlighting the interpretations of José de Souza Martins and Jessé Souza. It is possible to see suggestive points of contact considering the approaches about anomalous modernity, a term coined by Martins, and about peripheral modernity, an expression used by Jessé Souza, especially when thinking about poverty and inequality as phenomena beyond the materiality of life, that is, in its dimension of symbolic reproduction.Este artigo versa sobre a teoria do reconhecimento social a partir da ótica do sociólogo Axel Honneth, pertencente à terceira geração da Escola de Frankfurt. Busca-se relacionar tal teoria, de matriz europeia, com teorias explicativas sobre pobreza e desigualdades sociais no Brasil, a fim de testar sua validade teórica, com destaque para as interpretações de José de Souza Martins e Jessé Souza. É possível perceber pontos de contato sugestivos através das abordagens acerca da modernidade anômala, termo cunhado por Martins e da modernidade periférica, expressão utilizada por Jessé Souza, principalmente quando se pensam os fenômenos da pobreza e das desigualdades para além da materialidade da vida, isto é, na sua dimensão de reprodução simbólica.Este artículo aborda la teoría del reconocimiento social desde la perspectiva del sociólogo Axel Honneth, que pertenece a la tercera generación de la Escuela de Frankfurt. Se busca relacionar dicha teoría, de matriz europea, con teorías explicativas sobre la pobreza y las desigualdades sociales en Brasil, para probar su validez teórica, con énfasis en las interpretaciones de José de Souza Martins y Jessé Souza. Es posible percibir puntos de contacto sugestivos a través de los enfoques sobre la modernidad anómala, un término acuñado por Martins, y la modernidad periférica, una expresión utilizada por Jessé Souza, especialmente cuando se piensa en los fenómenos de pobreza y desigualdades más allá de la materialidad de la vida, o sea, en su dimensión de reproducción simbólica
    corecore