8 research outputs found

    O alarmante aumento da resistência bacteriana a antimicrobianos. seria o uso inapropriado destes um fator de influência no desenvolvimento de resistência?

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    Antimicrobianos são medicações que matam ou desaceleram o crescimento demicrooganismos patogênicos. O primeiro medicamento dessa classe foi descoberto porBartolomeo Gosio ao isolar ácido micênico da Penicillium glacum. Pouco tempo depois,Alexander Fleming descobriu a penicilina e fez uma previsão sobre o abuso de tais remédiosdevido ao conhecimento dos efeitos “milagrosos” de tais drogas. O uso inadequado deagentes antibióticos influencia a resistência bacteriana aos antimicrobianos. Ademais,existem outros fatores de risco em relação ao desenvolvimento de tal resistência, como ahigiene precária, o aumento de migrações entre países e também a diminuição expressiva dadescoberta de novas classes de antimicrobianos no contexto atual. Atualmente, se observacerca de 700 mil óbitos por ano mundialmente relacionados a patologias por agentesresistentes. Estima-se que esse valor pode alcançar até 10 milhões de pessoas por ano. Alémdisso, segundo a organização World Bank, a resistência a antimicrobianos pode, também,trazer prejuízos econômicos extremos, o que poderia contribuir para a condução de cerca de28 milhões de pessoas para a linha de extrema pobreza. Assim, observa-se a granderelevância de estudos que abordem tal temática, considerando também a escassez depesquisas que informem as práticas e atitudes da população do Distrito Federal que possamfavorecer o aumento da resistência bacteriana na comunidade e em ambientes hospitalares.Nesse contexto, foi conduzido um questionário criado pelas autoras com o objetivo deavaliar a realidade do Distrito Federal frente à resistência a antimicrobianos. Observou-seque na população mais idosa, acima de 70 anos, cerca de metade dos entrevistadosapresentaram um comportamento inadequado em relação ao uso dessas medicações. Foiobservado, também, que 15% dos interrogados afirmaram já terem tido alguma infecção pororganismo multirresistente. 38,5% afirmaram, ainda, que já tiveram uma patologia que nãoteve melhora mesmo após uso correto dos medicamentos indicados, sendo preciso aalteração de medicação pelo profissional da saúde que o dava assistência. Outrossim, épossível relacionar a pandemia do Covid 19 com o aumento de infecções resistentes. Entreaqueles que responderam ao questionário, 9,1% afirmaram ter feito o uso de medicaçõesantibióticas para tratar ou prevenir a Covid19. Conforme já mencionado, o uso inadequadodessa classe de medicamentos aumenta o risco do desenvolvimento de organismosmultirresistentes. A partir dos resultados obtidos, é possível afirmar que ,entre a populaçãoentrevistada, há baixa prevalência de comportamentos considerados como de risco para odesenvolvimento de resistência antimicrobiana. Isso se deve, principalmente, à aplicação doquestionário ter sido limitada à população do DF e, sobretudo, àqueles que vivem na regiãocentral da cidade, devido à localização e ao público presente na universidade a qual aspesquisadoras frequentam. O Distrito Federal apresenta, hoje, um índice dedesenvolvimento humano de cerca de 0,824, considerado muito alto para o Brasil. Assim, épossível inferir que, apenas entre a população mais idosa e provavelmente oriunda de outrasregiões, se observa maior adoção de comportamentos de risco, que podem resultar emaumento de hospitalizações e, consequentemente, maior custo para o Estado

    Avaliação da taxa de remissão de pacientes com Doença de Graves sob o uso de drogas antitireoidianas em um hospital público do Distrito Federal

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    A doença de Graves (DG) é uma condição autoimune e a causa mais comum de hipertireoidismo, sendo mais prevalente em mulheres dos 20 aos 50 anos. Trata-se de uma síndrome envolvendo aumento e hiperatividade da glândula tireóide resultante de fatores genéticos e ambientais. Sua patogênese parte da produção de autoanticorpos TRAb que estimulam os receptores de TSH levando à superprodução de hormônios tireoidianos T3 e T4. Os principais sinais e sintomas são intolerância ao calor, sudorese, fadiga, perda de peso, taquicardia, alterações oculares e bócio. O diagnóstico é feito pelos achados do exame físico e dosagem hormonal elevada de T3 e T4 ou indetectável de TSH. São utilizadas 3 abordagens de tratamento, drogas antitireoidianas (DAT), iodo radioativo (I131) e tireoidectomia. As DATs são as mais prevalentes no Brasil e induzem a remissão da doença após 6 a 12 meses de uso em 30 a 70% dos casos ao reduzirem a síntese de T3 e T4, contudo há um alto percentual de recidiva (60 a 70%), o qual está intimamente relacionado com o tempo de administração das drogas e a adesão ao tratamento prolongado. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a taxa de remissão de pacientes com hipertireoidismo secundário a doença de Graves sob o uso de DATs no Hospital Regional de Sobradinho (HRS) do Distrito Federal, determinando o tempo médio de uso necessário para alcance da remissão e o perfil epidemiológico dos pacientes do referido hospital. Trata-se de estudo retrospectivo e transversal de caráter descritivo com abordagem qualitativa e de natureza básica, sendo um estudo documental com revisão de prontuários de pacientes que fizeram acompanhamento da DG no HRS de 2015 a 2020. Foram analisados 33 pacientes com diagnóstico de hipertireoidismo no ambulatório de endocrinologia do HRS, destes, 29 são mulheres (4 homens). 93,9% fizeram uso de metimazol e apenas 6,1% usaram Propiltiouracil. A dose máxima utilizada foi de 60 mg, porém a maioria utilizou a dose de 30mg de metimazol (24,2%). Dentre os pacientes avaliados, 6 entraram em remissão com o uso de metimazol e todos os pacientes que entraram em remissão com drogas antitireoidianas tiveram recidiva da doença. Por fim, foram avaliados 29 pacientes e a taxa de remissão do hipertireoidismo foi de 18,2% (n=6), o que vai de encontro com a literatura, que corresponde a uma média de 30 a 50%. Entretanto, entre os pacientes que remitiram com o tratamento primário, houve diferença estatística entre as idades de remissão. A média de idade de quem entrou em remissão foi 33+/- 7 anos e quem não entrou em remissão foi 46 +/- 18 (p valor= 0,008), apresentando significância estatística e colaborando para maiores estudos relacionados ao hipertireoidismo

    Kaposiform hemangioendothelioma: radiological, surgical and anatomopathological correlation

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    Introduction: Kaposiform cutaneous hemangioendothelioma (HEK) is a rare locally aggressive vascular tumor, seen mainly in newborns and children. It has a prevalence of 0.91 cases per 100,000 children, being most common in the extremities. The treatment of choice is total resection; however, it is often not possible due to the lesion's extent and association with the Kasabach-Merritt phenomenon. Objectives: To describe the evolution of a rare tumor in the plantar region of a child, correlating the radiological, surgical, and histopathological findings. Methods: The authors report the case of a boy admitted at the age of five with a recurrent painful plantar skin lesion. In the magnetic resonance examination (NMR), he presented a lesion in the posterior plantar region measuring 3cmx2cm, superficial to the plantar fascia. In the biopsy examination, he revealed kaposiform hemangioendothelioma without association with the Kasabach-Merritt phenomenon. He underwent a surgical procedure for excision and presented recurrence after six months. A new broad resection, reconstruction with a plantar flap, and partial skin graft were performed, obtaining free margins, with no recurrence in the 15-year follow-up. Conclusion: Clinical findings suggested plantar fibromatosis, NMR helped in delimiting the tumor, and histopathological examination with immunohistochemistry confirmed the diagnosis of kaposiform cutaneous hemangioendothelioma. Resection was performed up to the fascia with recurrence, requiring re-approach and resection to the periosteum with reconstruction using a plantar flap and skin graft, without recurrence after 15 years. The authors call attention to the wide resection of deep and lateral margins to control tumor growth

    O alarmante aumento da resistência bacteriana a antimicrobianos: seria o uso inapropriado destes um fator de influência?

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    O uso inadequado de antibióticos promove a resistência bacteriana, juntamente com fatores de risco como má higiene, migração e redução na descoberta de novas classes de antimicrobianos. Atualmente, em escala global, há cerca de 700 milhões de mortes anuais devido a patologias relacionadas à resistência, e esse número pode chegar a 10 milhões anualmente. O estudo focou na resistência antimicrobiana no Distrito Federal. Entre as pessoas com mais de 70 anos, cerca da metade apresentou comportamento inadequado em relação ao uso de medicamentos. 15% relataram infecções anteriores por organismos multirresistentes. Além disso, 38,5% tiveram patologias persistentes, mesmo após o uso correto de medicamentos, exigindo assistência profissional e mudança de medicamentos. A pandemia da Covid-19 também contribuiu para o aumento da resistência. 9,1% dos entrevistados admitiram ter usado antibióticos para tratar ou prevenir a Covid-19. Os resultados mostram uma baixa prevalência de comportamento de risco para a resistência antimicrobiana na população estudada. No entanto, essa conclusão é limitada à população do Distrito Federal, especialmente na região central, onde a universidade está localizada, o que afeta a representatividade. Abordar o uso inadequado de antibióticos e entender os fatores de risco é importante para combater a resistência antimicrobiana. Monitoramento e pesquisas mais abrangentes são essenciais para desenvolver estratégias e políticas eficazes no enfrentamento desse desafio global à saúde

    Infarto agudo do miocárdio secundário à dissecção espontânea de artéria coronária: um relato de caso

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    Relata-se um caso de uma mulher de meia idade, sem fatores de risco cardiovasculares, apresentando um quadro de Infarto Agudo do Miocárdio Sem Supra de Segmento ST. Após a realização de um cateterismo, evidenciou imagem compatível com Dissecção Espontânea de Artéria Coronária

    A influência da atenção primária à saúde no cuidado de portadores de Paralisia Cerebral no Brasil

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    A paralisia cerebral faz parte de um grupo de distúrbios do movimento e postura com limitação de atividade atribuída a desordens não progressivas que ocorrem na fase do desenvolvimento do cérebro infantil. Este estudo objetivou a análise das políticas e diretrizes nacionais para o atendimento da pessoa com paralisia cerebral infantil e sua relação com a atuação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no acompanhamento integral de saúde e no contexto de morbimortalidade. Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo quantitativo, a partir da coleta de dados do SIM/SUS/DATASUS/MS e-Gestor AB do período entre 1996 a 2019. Observouse que as ESF do Brasil são responsáveis pela cobertura de 63,62% da população do país. Em relação a cobertura da ESF, a macrorregião brasileira que apresentou maior cobertura foi a região Nordeste com 82,33% do seu território, seguido pela região Centro-Oeste, com 65,29%, sendo a região Sudeste a com a menor cobertura, de 50,99% de sua população. A maior mortalidade por tal patologia foi vista nas regiões Sudeste e Nordeste. Tal fato demonstra que a porcentagem da população atendida pela Estratégia de Saúde da família em uma região não apresentou relação direta com a redução da mortalidade por paralisia cerebral no Brasil, resultado que difere do esperado. Dessa forma, conclui-se que não apenas a quantidade de pessoas atendidas é determinante para tal taxa, mas também a qualidade do atendimento e a inserção dos pacientes ao contexto social em que vivem são fatores relevantes para melhor prognóstico desses pacientes

    A influência da atenção primária à saúde no cuidado de portadores de paralisia cerebral no Brasil

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    A paralisia cerebral faz parte de um grupo de distúrbios do movimento e postura com limitação de atividade atribuída a desordens não progressivas que ocorrem na fase do desenvolvimento do cérebro infantil. Este estudo objetivou a análise das políticas e diretrizes nacionais para o atendimento da pessoa com paralisia cerebral infantil e sua relação com a atuação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no acompanhamento integral de saúde e no contexto de morbimortalidade. Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo quantitativo, a partir da coleta de dados do SIM/SUS/DATASUS/MS e-Gestor AB do período entre 1996 a 2019. Observouse que as ESF do Brasil são responsáveis pela cobertura de 63,62% da população do país. Em relação a cobertura da ESF, a macrorregião brasileira que apresentou maior cobertura foi a região Nordeste com 82,33% do seu território, seguido pela região Centro-Oeste, com 65,29%, sendo a região Sudeste a com a menor cobertura, de 50,99% de sua população. A maior mortalidade por tal patologia foi vista nas regiões Sudeste e Nordeste. Tal fato demonstra que a porcentagem da população atendida pela Estratégia de Saúde da família em uma região não apresentou relação direta com a redução da mortalidade por paralisia cerebral no Brasil, resultado que difere do esperado. Dessa forma, conclui-se que não apenas a quantidade de pessoas atendidas é determinante para tal taxa, mas também a qualidade do atendimento e a inserção dos pacientes ao contexto social em que vivem são fatores relevantes para melhor prognóstico desses pacientes
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