448 research outputs found

    Faute, culpabilité et dette

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    This paper attempts to analyse the relationship between Paul Ricœur and Friedrich Nietzsche starting from the specific problem of the debt that we owe to the past, that is of the legacy of the past. It is indeed a striking fact that in Memory, History, Forgetting, although Ricœur refers several times to Nietzsche, he does not take up the nietzschean analysis of the Schuld – “debt, fault”– in the Genealogy of Moral, even tacitly decline them. Starting from the importance of the notion of fault in Ricœur (particularly in The Symbolic of Evil) we will try to better understand this refusal and is hermeneutical implications

    Uma filosofia moral negativa?

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    Cet article donne un aperçu de la philosophie morale d'Adorno telle qu'elle est esquissée dans la Dialectique de la Raison à partir de deux hypothèses principales: l'importance du fond mimétique et animal dans l'adaptation de l'être humain, défini d'abord comme un être souffrant et faible; l'importance de la dénégation de ce fond dans l'édification des normes idéologiques nazies et dans les pratiques de torture. Adorno revendique une morale liée non à l'obligation d'obéissance aux normes sociales mais à l'acceptation de cette dimension animale et souffrante (zoè) de l'être humain et à la sollicitude à son égard.Este artigo apresenta a filosofia moral de Adorno baseado no seu esboço na Dialética do Esclarecimento, a partir de duas hipóteses principais: a importância do fundo mimético e animal na adaptação do ser humano, definido primeiramente como um ser sofredor e fraco; a importância da denegação desse fundo na edificação das normas ideológicas nazistas e nas práticas de tortura. Adorno reivindica uma moral ligada não à obrigação de obedecer às normas sociais, mas à aceitação dessa dimensão animal e sofredora (zoè) do ser humano e à solicitude em relação a ela.14315

    A questão do “Eros” na obra de Benjamin

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    A questão do “Eros” na obra de Benjamin se inscreve na refl exão sobre as relações entre distância e proximidade, em particular no nível da percepção sensível, da aisthèsis portanto. Partindo de um fragmento de juventude intitulado “proximidade e distância”, procuraremos mostrar como o tema do Eros prepara as refl exões posteriores sobre “aura” e perda da aura, que se inscrevem igualmente nessa dialética entre distante e próximo. Analisaremos em particular como Benjamin se apropria de vários motivos emprestados às suas leituras de L. Klages e como essas refl exões, notadamente aquelas sobre o olhar compartilhado ou não dos amantes, deverão ressurgir nas suas análises da poesia erótica de Baudelaire e do Eros na obra de Proust

    Mito, direito e justiça em Walter Benjamin

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    A hipótese desse artigo é que a concepção de mito em W. Benjamin não se opõe em primeiro lugar à razão como na tradição grega, mas sim à história, como atuação livre e responsável dos homens. A crítica ao mito não é, então, somente uma crítica de certo momento vivido pela humanidade, mas significa a crítica de uma concepção de vida e de destino que sempre ameaça voltar sob diversas formas, em particular na transformação da coerção mítica em edifício de regras e de castigos que o Direito encarna, mas que não pode ser confundido com a justiça11

    Tempo, Crise, Catástrofe – Em Defesa da Pluralidade na Pesquisa Filosófica

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    The confrontation of philosophy with other forms of knowledge is not something new. Since its establishment as a specific discourse in Plato, the so-called "philosophy" tries to define itself in confrontation with other discourses in practice in the city. We can say that the history of philosophy is not exhausted in the history of its doctrines and systems, that is, it cannot be minimally understood without taking into account the clash of philosophy with other forms of knowledge, since both philosophy and other forms of knowledge react to the broader historical constellation in which they are inscribed and, at the same time, partly provoked. In this article, we shall examine two contemporary examples of the confrontation between philosophy and the human sciences: the thoughts of Paul Ricœur and Theodor Adorno, and, more precisely, the transformations that their thoughts have undergone through confrontation with Freud's thought. Both authors faced, each one in his own way, a demand that remains the one of our time: philosophy can and must fight against evil; it can neither ignore it, nor pretend to dissolve it in a specious argumentation.A confrontação da filosofia com outras formas de saber não é novidade. Desde sua instauração como discurso específico em Platão, a assim chamada “filosofia” tenta se definir em confronto com outros discursos em vigor na cidade. Podemos dizer que a história da filosofia não se exaure na história de suas doutrinas e de seus sistemas, isto é, não pode ser minimamente entendida sem levar em consideração o embate da filosofia com outras figuras de saber, sendo que ambas, filosofia e outras formas de saber, reagem à constelação histórica mais ampla na qual se inscrevem e que, ao mesmo tempo, em parte provocam. Neste artigo, são examinados dois exemplos contemporâneos da confrontação entre filosofia e ciências humanas: os pensamentos de Paul Ricœur e de Theodor Adorno, e, mais precisamente, as transformações que seus pensamentos sofreram pela confrontação com o pensamento de Freud. Ambos os autores enfrentaram, cada qual a seu modo, uma exigência que permanece a de nosso tempo: a filosofia pode e deve lutar contra o mal; não pode nem o ignorar, nem ter a pretensão de dissolvê-lo numa argumentação capciosa

    Les empêchements de la mémoire

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    This article begins with a presupposition regarding Ricœur’s approach to memory and forgetting in Memory, History, Forgetting. His reflections on “just memory” occur within a French political landscape that suffers from “commemorative bulimia,” as Pierre Nora put it in Les lieux de mémoire (Realms of Memory). The article contrasts the opposition to the import of subjective emotions from a rigorous scientific conception of memory (Nora), with living memory as the transcendental condition of our relationship to the past (Ricœur). This confrontation underscores the ethical dimension of the politics of memory and of the collective practices of forgetting and amnesia. According to Ricœur, Freud’s hypotheses concerning trauma and mourning should serve as the best suited model for a task that aims for a just historical narrative.Cet article part de la supposition que la reprise de la thématique de la mémoire et de l’oubli, dans La mémoire, l’histoire, l’oubli, part d’une recherche de la “juste mémoire” dans un paysage politique français qui souffre de “boulimie commémorative,” comme le dénonce Pierre Nora dans Les lieux de mémoire. Est exposée la confrontation entre une conception de la mémoire empreinte d’émotions subjectives, en opposition à la rigueur scientifique de l’histoire (Nora), et une conception de la mémoire vive comme condition transcendantale de notre relation au passé (Ricœur). Cette confrontation débouche sur l’insistance de l’aspect éthique de la politique mémorielle et des pratiques collectives d’oubli et d’amnésie. Selon Ricœur, les hypothèses de Freud sur l’élaboration du trauma et sur le travail de deuil peuvent servir de paradigme privilégié à cette entreprise qui vise une narration historique juste

    Uma filosofia moral negativa?

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    Este artigo apresenta a filosofia moral de Adorno baseado no seu esboço na Dialética do Esclarecimento, a partir de duas hipóteses principais: a importância do fundo mimético e animal na adaptação do ser humano, definido primeiramente como um ser sofredor e fraco; a importância da denegação desse fundo na edificação das normas ideológicas nazistas e nas práticas de tortura. Adorno reivindica uma moral ligada não à obrigação de obedecer às normas sociais, mas à aceitação dessa dimensão animal e sofredora (zoè) do ser humano e à solicitude em relação a ela

    Os impedimentos da memória

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    Este artigo tem como pressuposto que a retomada do tema da memória e do esquecimento, em A memória, a história, o esquecimento, parte de uma pesquisa da “justa memória” em um cenário político francês que sofre de “bulimia comemorativa”, como denuncia Pierre Nora em Les lieux de mémoire. É apresentado o confronto entre uma concepção da memória imbuída de emoções subjetivas, em oposição ao rigor científico da história (Nora), e uma concepção da memória viva como condição transcendental de nossa relação com o passado (Ricoeur). Esse confronto se abre sobre a insistência do aspecto ético da política memorial e das práticas coletivas de esquecimento e de amnésia. Segundo Ricoeur, as hipóteses de Freud sobre a elaboração do trauma e sobre o trabalho do luto podem servir como paradigma privilegiado a esse empreendimento que visa uma narrativa histórica justa349
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