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    Atividade física medida objetivamente nos primeiros dois anos após o parto em mulheres com diabetes gestacional : estudo LINDA-Brasil

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    Introdução: Há poucos estudos que descrevem a atividade física (AF) no período pós-parto com medidas objetivas, especialmente em mulheres com diabetes mellitus gestacional (DMG) recente. Conhecer seu nível de AF após o parto pode orientar a realização de práticas saudáveis de atividade física e a avaliação dos resultados obtidos. Objetivos: Descrever os níveis de atividade física moderada e vigorosa (AFMV) medidos objetivamente e sua associação com características sociodemográficas e pré-natais em participantes do estudo LINDA-Brasil. Métodos: Mulheres com 18 anos ou mais que apresentaram DMG e se encontravam até dois anos após o parto foram selecionadas para o estudo. Um acelerômetro (wGT3x, ActiGraph, Pensacola - Florida, USA) foi usado na cintura abdominal por 7 dias. Características sociodemográficas e perinatais foram aferidas por questionário e medidas antropométricas foram obtidas segundo protocolos estabelecidos. A versão longa do questionário IPAQ foi aplicada utilizando apenas a dimensão de lazer. Para análise estabeleceu-se um mínimo de quatro dias de uso do acelerômetro para inclusão dos registros e a AFMV foi avaliada considerando (ou não) sua realização em sessões mínimas de 10 min. Resultados: A amostra foi constituída de 391 mulheres com idade média foi de 34 anos (±5,86 anos), IMC pós gestação de 30,4 kg/m e mediana do tempo desde o parto de 7,3 (IIQ 1.30, 31,7) meses. A média de tempo despendida em AFMV estimada pelo acelerômetro foi de 246 (SD 148) minutos/semana, mas de 49,3 (71,1) minutos/semana considerando apenas sessões mínimas de 10 minutos. O tempo médio gasto em AFMV no lazer, aferido pelo IPAQ, foi de 12,9 (70,9) minutos/semana. Mulheres brancas tinham tempos de AFMV ligeiramente menores que pardas e pretas, e aquelas com ensino superior, menores que as demais. Conclusão: A elevada média semanal de AFMV no período pós-parto de mulheres com DMG recente estimada por acelerômetro contrasta com a baixa média aferida por questionário em sessões mínimas de 10 minutos no lazer. A discrepância sugere que as AFMV aferidas pelo acelerômetro ocorram predominantemente em sessões menores de 10 minutos, por trabalho doméstico e deslocamentos relacionados. Intervenções e políticas públicas que promovam a prática da AF após o parto devem estimular sua realização no lazer, se possível, com o bebê.Introduction: There are few studies describing physical activity (PA) in the postpartum period with objective measures, especially in women with recent gestational diabetes mellitus (GDM). Knowing their PA level in the at postpartum can guide the implementation of healthy physical activity practices and the evaluation of the results obtained. Objectives: To describe the levels of moderate and vigorous physical activity (MVPA) measured objectively and its association with sociodemographic and prenatal characteristics in participants of the LINDA-Brasil study. Methods: Women 18 years or older who had GDM and were up to two years postpartum were selected for the study. An accelerometer (wGT3x, ActiGraph, Pensacola - Florida, USA) was worn at the abdominal waist for 7 days. Sociodemographic and perinatal characteristics were measured by questionnaire and anthropometric measurements were obtained according to established protocols. The long version of the IPAQ questionnaire was applied using only the leisure dimension. We established a minimum of four days of accelerometer use for record inclusion and considered MVPA performed in sessions of at least 10 min. versus during any time. Results: The sample consisted of 391 women with a mean age was 34 years (±5.86 years), post-pregnancy BMI of 30.4 kg/m, and median time since delivery of 7.3 (IIQ 1.30, 31.7) months. The mean time spent in MVPA estimated by accelerometer was 246 (SD 148) minutes/week, but only 49.3 (71.1) minutes/week when just 10-minute minimal sessions were considered. Mean time spent in leisure-time MVPA, as measured by IPAQ, was 12.9 (70.9) minutes/week. White women had slightly shorter MVPA times than brown and black women, and those with higher education shorter than the others. Conclusion: The high average weekly MVPA in postpartum among women with recent GDMG estimated by accelerometer contrasts with the low average measured by minimum 10-min leisure time sessions obtained by questionnaire. The discrepancy suggests that measured MVPA occurs predominantly in sessions shorter than 10 minutes, due to housework and related commuting. Interventions and public policies that promote PA practice after childbirth should encourage its realization in leisure time, if possible with the baby

    Experience of importation of equipment for research in the ELSA-Brasil

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    OBJETIVO: Políticas de fomento à pesquisa em saúde foram estabelecidas na última década, avançando a produção científica nacional. Tal movimento não foi acompanhado do aperfeiçoamento do arcabouço legal-institucional, dificultando o desenvolvimento dos projetos de pesquisa. Isso inclusive no que tange às atividades de importação de equipamentos. O objetivo deste artigo foi analisar o processo de importação de equipamentos para o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). MÉTODOS: Trata-se de estudo de caso, com dados coletados em documentos internos do ELSA-Brasil em cinco Centros de Investigação e respectivas fundações de apoio. Foram analisados documentos de importação de: velocidade de onda de pulso, bioimagem e retinografia. Adicionalmente, foram realizadas entrevistas não estruturadas com pesquisadores e informantes chave nas fundações. Os dados foram tratados e organizados em três etapas: administrativa-operacional, cambial e fiscal. Foram calculados os intervalos de duração dessas etapas de modo comparativo entre os centros. RESULTADOS: A necessidade de padronização dos equipamentos em estudo multicêntrico exigiu atuação conjunta de instituições executoras e fundações. Dos equipamentos analisados, a primeira etapa, a administrativa-operacional, teve duração variada (mínimo 8 e máximo de 101, com média de 55 dias), sendo mais demorada quando incluía pareceres jurídicos. A segunda etapa, a cambial, mais longa que a primeira, não apresentou entraves ao processo (mínimo 11 e máximo 381, média de 196 dias). A terceira etapa, a fiscal, foi a mais longa (mínimo 43 e máximo 388 dias, média de 215,5 dias), devido à liberação dos equipamentos sem registro no País. Outros fatores que representaram entraves: inexperiência dos centros de investigação e das instituições em trabalhar em rede; inadequação da legislação nacional às especificidades da pesquisa científica; e falta de profissionais especializados em gestão de projeto científico. CONCLUSÕES: Os resultados mostram morosidade no processo de importação de equipamentos para pesquisa no Brasil, devido, especialmente, a entraves de ordem legal, burocrática e gerencial.OBJECTIVE: Policies that promote research in health were established in the last decade, developing the Brazilian scientific production. This development has not been accompanied by an improvement in the legal-institutional framework, thus hindering the development of research projects, including equipment importation activities. The present study aimed to analyze the equipment importation process for the Brazilian Longitudinal Study for Adult Health (ELSA-Brasil). METHODS: A case study was performed with data collected from internal ELSA-Brasil documents in five Investigation Centers and their respective supporting foundations. The following importation documents were analyzed: pulse wave velocity, bioimaging and retinography. Additionally, non-structured interviews with researchers and key informers were conducted in the foundations. Data were treated and organized into three stages: administrative-operational, exchange rate, and fiscal. Lengths of duration of these stages were calculated comparatively among centers. RESULTS: The need to standardize equipment in a multicenter study required a joint action of implementing institutions and foundations. Of all pieces of equipment analyzed, the first stage was administrative-operational, with a varying duration (minimum of eight, maximum of 101, and mean of 55 days) which was longer when legal opinions were included. The second stage was the exchange rate, which was longer than the former and did not pose any obstacles to the process (minimum of 11, maximum of 381, and mean of 196 days). The third stage was fiscal, which was the longest one (minimum of 43, maximum of 388, and mean of 215.5 days), due to the release of equipment without registration into the country. There were other factors that posed obstacles: inexperience of investigation centers and institutions in networking; inadequacy of the national legislation on scientific research particularities; and the lack of specialized professionals in scientific project management. CONCLUSIONS: The results show the slowness of the equipment importation process in Brazil, especially due to legal, bureaucratic and managerial obstacles

    Gestão de custos em saúde : monitoramento das internações na rede pública por doença renal crônica no RS, 2008 a 2012

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    Introdução: Desde 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os países implementem ações de controle e vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs). Nesse contexto, a Doença Renal Crônica (DRC), com todas as suas implicações econômicas e sociais, tornou-se um dos maiores desafios à saúde pública. Objetivo: Analisar as hospitalizações por Doença Renal Crônica (DRC) na rede pública do Rio Grande do Sul (RS) de 2008 a 2012. Metodologia: Foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) dados demográficos (sexo, faixa etária, município de residência e internação) e de desfechos (tempo de permanência, uso de UTI, gasto por internação, e ocorrência ou não de óbito pela doença) e calculados indicadores expressos por coeficientes e médias. Resultados: O número de internações de residentes no RS com diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica (CID-10 N18) foi de 31.781, sendo que 31.741 (99,9%) ocorreram no Rio Grande do Sul e 40 fora do Estado, destacando-se 22 hospitalizações em Santa Catarina. Dessas internações, 54,6% foram do sexo masculino e 45,6% do sexo feminino. A faixa etária com maior quantidade no sexo masculino foi a de 55 a 69 anos, com 6.277 (36,2%) internações, e no sexo feminino, a de 50 a 64 anos de idade, com 4.643 (32,2%). A faixa etária que mais utilizou UTI foi de 60 a 64 anos de idade, porém a que mais faleceu e que necessitou de UTI foi a de menores de 20 anos (17,9% utilizaram UTI, dos quais 66,7% vieram a óbito). A média de gasto por internação foi de R2.342,60,correspondendoaovalordiaˊriodeR 2.342,60, correspondendo ao valor diário de R 244,70. A letalidade geral foi de 7,6%, atingindo 19,7% para 80 anos ou mais. O coeficiente de mortalidade por 100.000 hab./ano foi 24% maior nos homens (5,0) do que nas mulheres (4,1) e para coeficiente de internação por 10.000 hab./ano, os homens (6,7) tiveram 27% a mais de internações que as mulheres (5,2). Considerações finais: Existem poucas investigações sobre DRC no Rio Grande do Sul, sabe-se as limitações dos bancos de dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, porém estudos como este podem facilitar no enfrentamento das doenças crônicas, entre elas a Doença Renal.Introduction: Since 2002, the World Health Organization (WHO) recommends that countries implement control measures and surveillance of chronic non-communicable diseases (NCDs). In this context, chronic kidney disease (CKD), with all its economic and social implications, has become a major challenge to public health. Objectives: To analyze hospitalizations for chronic kidney disease (CKD) in the public of Rio Grande do Sul network from 2008 to 2012. Methodology: Were collected from the Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS) demographic data (gender, age, city of residence and hospitalization) and outcomes (length of stay, ICU use, expenditure per hospitalization, and occurrence not of death of the disease) and calculated indicators expressed by coefficients and averages. Results: The number of admissions of residents in the RS diagnosed with Chronic Kidney Disease (ICD-10 N18) was 31.781, of which 31,741 (99,9%) occurred in Rio Grande do Sul. Of these admissions, 54,6% were sex male and 45,6% female. The age group with the highest amount in males was 55-69 years, with 6.277 (36,2%) hospitalizations and female, 50-64 years of age with 4.643 (32,2%). The age group that most used ICU was 60-64 years old, but the one that died and who required ICU was the under 20 (17,9% used the ICU of which 66.7% came to death). The average expenditure per hospitalization was R2,342.60,correspondingtoadailyamountofR 2,342.60, corresponding to a daily amount of R 244.70. The case fatality rate was 7,6% to 19,7% for 80 years or more. The mortality rate for 100.000/hab. Year was 24% higher in men (5,0) than in women (4,1) and hospital indicators per 10.000 inhabitants/year, men (6,7) had 27% more admissions than women (5,2). Final considerations: There is little research on CKD in Rio Grande do Sul, know the limitations of the databases provided by the Ministry of Health, but studies like this can help in coping with chronic diseases, including the Kidney Disease

    Gestão de custos em saúde : monitoramento das internações na rede pública por doença renal crônica no RS, 2008 a 2012

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    Introdução: Desde 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os países implementem ações de controle e vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs). Nesse contexto, a Doença Renal Crônica (DRC), com todas as suas implicações econômicas e sociais, tornou-se um dos maiores desafios à saúde pública. Objetivo: Analisar as hospitalizações por Doença Renal Crônica (DRC) na rede pública do Rio Grande do Sul (RS) de 2008 a 2012. Metodologia: Foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) dados demográficos (sexo, faixa etária, município de residência e internação) e de desfechos (tempo de permanência, uso de UTI, gasto por internação, e ocorrência ou não de óbito pela doença) e calculados indicadores expressos por coeficientes e médias. Resultados: O número de internações de residentes no RS com diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica (CID-10 N18) foi de 31.781, sendo que 31.741 (99,9%) ocorreram no Rio Grande do Sul e 40 fora do Estado, destacando-se 22 hospitalizações em Santa Catarina. Dessas internações, 54,6% foram do sexo masculino e 45,6% do sexo feminino. A faixa etária com maior quantidade no sexo masculino foi a de 55 a 69 anos, com 6.277 (36,2%) internações, e no sexo feminino, a de 50 a 64 anos de idade, com 4.643 (32,2%). A faixa etária que mais utilizou UTI foi de 60 a 64 anos de idade, porém a que mais faleceu e que necessitou de UTI foi a de menores de 20 anos (17,9% utilizaram UTI, dos quais 66,7% vieram a óbito). A média de gasto por internação foi de R2.342,60,correspondendoaovalordiaˊriodeR 2.342,60, correspondendo ao valor diário de R 244,70. A letalidade geral foi de 7,6%, atingindo 19,7% para 80 anos ou mais. O coeficiente de mortalidade por 100.000 hab./ano foi 24% maior nos homens (5,0) do que nas mulheres (4,1) e para coeficiente de internação por 10.000 hab./ano, os homens (6,7) tiveram 27% a mais de internações que as mulheres (5,2). Considerações finais: Existem poucas investigações sobre DRC no Rio Grande do Sul, sabe-se as limitações dos bancos de dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, porém estudos como este podem facilitar no enfrentamento das doenças crônicas, entre elas a Doença Renal.Introduction: Since 2002, the World Health Organization (WHO) recommends that countries implement control measures and surveillance of chronic non-communicable diseases (NCDs). In this context, chronic kidney disease (CKD), with all its economic and social implications, has become a major challenge to public health. Objectives: To analyze hospitalizations for chronic kidney disease (CKD) in the public of Rio Grande do Sul network from 2008 to 2012. Methodology: Were collected from the Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS) demographic data (gender, age, city of residence and hospitalization) and outcomes (length of stay, ICU use, expenditure per hospitalization, and occurrence not of death of the disease) and calculated indicators expressed by coefficients and averages. Results: The number of admissions of residents in the RS diagnosed with Chronic Kidney Disease (ICD-10 N18) was 31.781, of which 31,741 (99,9%) occurred in Rio Grande do Sul. Of these admissions, 54,6% were sex male and 45,6% female. The age group with the highest amount in males was 55-69 years, with 6.277 (36,2%) hospitalizations and female, 50-64 years of age with 4.643 (32,2%). The age group that most used ICU was 60-64 years old, but the one that died and who required ICU was the under 20 (17,9% used the ICU of which 66.7% came to death). The average expenditure per hospitalization was R2,342.60,correspondingtoadailyamountofR 2,342.60, corresponding to a daily amount of R 244.70. The case fatality rate was 7,6% to 19,7% for 80 years or more. The mortality rate for 100.000/hab. Year was 24% higher in men (5,0) than in women (4,1) and hospital indicators per 10.000 inhabitants/year, men (6,7) had 27% more admissions than women (5,2). Final considerations: There is little research on CKD in Rio Grande do Sul, know the limitations of the databases provided by the Ministry of Health, but studies like this can help in coping with chronic diseases, including the Kidney Disease
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