181 research outputs found

    Pensando a memória social a partir da noção de "a posteriori" de Sigmund Freud

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    Objetiva-se nesse texto traçar uma reflexão sobre a elaboração freudiana do conceito de temporalidade definido como “a posteriori”, no sentido de pensar a memória social no escopo do saber psicanalítico. Para tanto faremos, inicialmente, uma incursão pela Mitologia. Tal conceito pressupõe que consideremos a ação do recalque como operação de cunho psíquico e de caráter eminentemente social, pois para que o sujeito produza qualquer conteúdo psíquico, pelo recalque, faz-se necessária a presença do homem na condição de ser falante. A matriz conceitual da elaboração sobre a noção de “a posteriori” nos fundamenta refletir sobre a questão do esquecimento e da lembrança como indícios do processo de constituição psíquica, o que somente ocorre na relação da cria humana com o representante da espécie, razão pela qual entendemos a construção freudiana de aparelho psíquico como uma teoria de memória e, por assim dizer, teoria do campo da memória social

    A sombra inquietante do desejo ou o triunfo da morte

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    Aborda-se, nesse ensaio, um dos aspectos fundamentais na constituição do sujeito, quer dizer, o encontro com a imagem pelo mito de Narciso considerado em suas três vertentes: Ovídio (a morte pelo amor à imagem), Pausânias (a relação com duplo gemelar) e Plotino ( o duplo no amor homossexual). Estabelece-se uma relação entre a duplicidade, o Outro, a diferença e a morte considerados os principais vetores do narcisismo. Segue-se a linha de que o narcisismo representa o amor de si mesmo e também a trilha que conduz o sujeito a uma outra modalidade de realidade dada pela imagem

    O cinema queer na subjetivação dos corpos: repensando gênero e sexualidade na educação escolar

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    O presente trabalho visa promover breves reflexões sobre as possibilidades didáticas do uso do cinema queer no âmbito da educação escolar. Com o auxílio de narrativas audiovisuais que abordem questões sobre gênero, sexualidade, raça, etnia e classe social a partir de uma perspectiva não identitária, buscamos ver no cinema um instrumento poderoso para a construção de sujeitos livres e plurais. Partindo do princípio de que o corpo não é algo natural, mas sim construído através do discurso, acreditamos que a linguagem cinematográfica, através de uma “pedagogia das sensações”, é capaz de promover a desnaturalização dos corpos e a afirmação das diferenças

    O cinema queer na subjetivação dos corpos: repensando gênero e sexualidade na educação escolar

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    O presente trabalho visa promover breves reflexões sobre as possibilidades didáticas do uso do cinema queer no âmbito da educação escolar. Com o auxílio de narrativas audiovisuais que abordem questões sobre gênero, sexualidade, raça, etnia e classe social a partir de uma perspectiva não identitária, buscamos ver no cinema um instrumento poderoso para a construção de sujeitos livres e plurais. Partindo do princípio de que o corpo não é algo natural, mas sim construído através do discurso, acreditamos que a linguagem cinematográfica, através de uma “pedagogia das sensações”, é capaz de promover a desnaturalização dos corpos e a afirmação das diferenças

    Da Passagem ao Ato ao Ato de Criação

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    Objetiva-se essa reflexão ao entendimento acerca das várias alternativas de resposta que o homem dispõe diante da exposição a situações de natureza traumática. Em princípio, configura-se a experiência traumática como a vivencia de impotência, seja considerada no plano meramente individual em que os atores são delineados como agente que pratica a violência e agente que a recebe; seja considerando a violência do Estado que, pela sua ausência, vale-se de mecanismos de contensão da tensão social pela imposição do terror. Ressalta-se ainda que é possível ao sujeito vislumbrar superar a condição de impotência em que vive pela passagem ao ato com fins destrutivos, mas há também a alternativa da criação como possibilidade da produção de uma obra que propicie um destino aos rastros deixados pela experiência traumática

    Expediente

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    Este número da Revista Morpheus – Estudos Interdisciplinares em Memória Social, organizado pelos professores Javier Alejandro Lifschitz e Francisco Ramos de Farias, tem como tema “Os usos políticos da memória”

    A constituição dos monumentos fúnebres: uma reflexão dos conceitos de trauma, tabu e angústia com base na escultura de uma carpideira

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    Este trabalho discute as questões que permeiam a constituição dos monumentos fúnebres, entendidos como uma manifestação cultural formada e legitimada constantemente por intermédio do trauma e do tabu sobre a morte, e que, por conseguinte, possuem em sua essência o que entendemos como evidência de angústia. O procedimento metodológico aplicado é o estudo de caso, pois será analisado o monumento escultórico de uma carpideira segundo a lógica em que um sujeito ou objeto nos permite uma reflexão do corpo social avaliado. O trabalho desenvolve-se da seguinte maneira: primeiramente, discorreremos sobre o conceito de monumento, sua formação física e como esta permite o diálogo entre a memória e a morte. Na sequência, refletiremos sobre os conceitos de trauma, tabu e angústia, vistos como uma tríade que molda a subjetividade inerente à existência dos monumentos escultóricos. Por fim, analisaremos um monumento escultórico localizado no Cemitério de São João Batista em Botafogo, Rio de Janeiro. A reflexão conceitual, em consonância com a metodologia do estudo de caso, demonstra o quanto os monumentos escultóricos, desde a sua edificação até a sua constante manutenção pela sociedade, refletem a mentalidade sobre a morte por intermédio de um entrelaçamento entre a cultura, a arte, a memória, ou seja, de aspectos que nos moldam, o que nos faz pensar nos monumentos como “espelhos da sociedade”

    OS DESAFIOS ENTRE O ENSINO PRESENCIAL E O ENSINO A DISTÂNCIA: UMA QUESTÃO DE CULTURA DIGITAL E DE FORMAÇÃO DO EDUCADOR

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    O presente artigo tem como finalidade refletir sobre a cultura digital como um elemento significativo na implementação de cursos a distância e os desafios frente à estrutura de uma educação formal. O mundo digital é uma realidade, e por isso mesmo impulsiona o surgimento de um repensar sobre a cultura e, consequentemente, sobre a sociedade. Ele está aí presente no cotidiano das relações. Da simples compra que se faz à consulta de um saldo bancário, a tecnologia diz presente?. E na educação, em que carteira escolar pode a tecnologia se sentar? O artigo reafirma a importância do professor como animador e estimulador da aprendizagem, recurso importante à implantação de uma cultura digital

    NEGRITUDE E DIFERENÇA: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM TEÓRICA

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    No presente trabalho, é constituída uma análise, em caráter preliminar, da contextualização do conceito de Negritude privilegiando a abordagem teórica do político, poeta e ensaísta Aimé Césaire como um dos fundadores do movimento que deu origem a essa categoria de análise. Em complementariedade, são apresentadas algumas considerações sobre a Filosofia da Diferença, sobretudo partindo das ideias do filósofo Gilles Deleuze. O principal objetivo é verificar se a Negritude pode ser entendida como uma afirmação da Diferença. Esse esforço intelectual faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo sobre a diáspora africana e suas consequências na contemporaneidade brasileira que se encontra ainda na fase de recorte teórico e delimitação espacial dos fenômenos a serem estudados.
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